scholarly journals A correlação entre o desempenho físico funcional de membros inferiores e a gravidade da doença pulmonar obstrutiva crônica

2013 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 379-387 ◽  
Author(s):  
Helton Eckermann da Silva ◽  
Adria Zipperer

INTRODUÇÃO: A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença que progressivamente compromete a tolerância ao esforço, levando a limitações ou incapacidades funcionais. Além do teste de caminhada de seis minutos (TC6), novos testes vêm sendo propostos para avaliar tais limitações. O SPPB (Short Physical Performance Battery) consiste em uma bateria de testes que avalia o desempenho físico funcional de membros inferiores (DFFMI) OBJETIVO: Avaliar o DFFMI de portadores de DPOC usuários de oxigenoterapia domiciliar (OD) por meio do SPPB e correlacioná-lo com marcadores multidimensionais de gravidade da DPOC. MATERIAIS E MÉTODOS: De 54 portadores de DPOC muito grave usuários de OD, 25 atenderam aos critérios de inclusão. O SPPB avaliou o DFFMI através de testes de equilíbrio estático, velocidade da marcha e levantar-se da cadeira. O índice BODE foi composto a partir da composição corporal, VEF1, dispneia e TC6. RESULTADOS: Entre os 25 avaliados (11 mulheres e 14 homens) com média de idade de 71 ± 6,80 anos e VEF1 médio de 27,40 ± 9,68% do previsto, o escore total médio do SPPB foi 9,36 ± 1,80 pontos (moderado desempenho). A média do índice BODE (em que B significa índice de massa corpórea - body mass índex; O, obstrução; E, tolerância ao exercício; e D, da dispneia) foi de 6,16 ± 2,36 pontos. O escore total do SPPB apresentou correlação negativa com o BODE e positiva com o TC6. A variável velocidade da marcha em segundos do SPPB correlacionou-se negativamente com o TC6 e positivamente com o MRC e o BODE. CONCLUSÃO: Diante das correlações observadas destacamos a praticidade e utilidade do SPPB na avaliação e monitoramento da gravidade da DPOC e capacidade funcional para a amostra estudada, sugerindo um potencial uso como instrumento para prognóstico da DPOC, em associação com outros marcadores.

2009 ◽  
Vol 35 (12) ◽  
pp. 1174-1181 ◽  
Author(s):  
Wellington Pereira dos Santos Yamaguti ◽  
Elaine Paulin ◽  
João Marcos Salge ◽  
Maria Cristina Chammas ◽  
Alberto Cukier ◽  
...  

OBJETIVO: Verificar se indivíduos portadores de DPOC com disfunção diafragmática apresentam maior risco de mortalidade quando comparados àqueles sem disfunção diafragmática. MÉTODOS: Foi avaliada a função pulmonar, a mobilidade diafragmática, a qualidade de vida e o índice conhecido como Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE) em 42 pacientes portadores de DPOC. Os pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com a gravidade do acometimento da mobilidade do diafragma: grupo de baixa mobilidade (BM; mobilidade < 33,99 mm) e grupo de alta mobilidade (AM; mobilidade > 34,00 mm). O índice BODE e a qualidade de vida foram quantificados nos dois grupos. Todos os pacientes foram acompanhados prospectivamente por um período de até 48 meses a fim de identificarmos o número de óbitos decorrentes de complicações respiratórias devido a DPOC. RESULTADOS: Dos 42 pacientes avaliados, 20 foram classificados no grupo BM, e 22 foram alocados no grupo AM. Não houve diferenças significativas quanto à faixa etária, hiperinsuflação pulmonar e fatores relacionados à qualidade de vida entre os grupos. Entretanto, o grupo BM apresentou maior pontuação no índice BODE em relação ao grupo AM (p = 0,01). O acompanhamento dos pacientes ao longo de 48 meses permitiu identificar quatro óbitos na população estudada, sendo todos os casos no grupo BM (15,79%; p = 0,02). CONCLUSÕES: Esses resultados sugerem que pacientes portadores de DPOC com disfunção diafragmática, caracterizada por uma baixa mobilidade do diafragma, apresentam maior risco de mortalidade quando comparados àqueles sem disfunção diafragmática.


PLoS ONE ◽  
2015 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. e0119914 ◽  
Author(s):  
Suxing Shen ◽  
Jing Li ◽  
Qi Guo ◽  
Wen Zhang ◽  
Xiuyang Wang ◽  
...  

2020 ◽  
Vol 10 (24) ◽  
pp. 9022
Author(s):  
Souhail Hermassi ◽  
Maha Sellami ◽  
Georg Fieseler ◽  
El Ghali Bouhafs ◽  
Lawrence D. Hayes ◽  
...  

This study aimed to compare 10-to-12-year-old Qatari male athletes and assess body fat, body mass index, and physical fitness, as well as the difference of these measures between ages. Thirty-five youth handball players volunteered for the investigation and were divided into three groups: 12-year-old players (U12; n = 12), 11-year-old players (U11; n = 11), 10-year-old players (U10; n = 12). Anthropometry was assessed by body mass, body fat percentage (%BF), and body mass index (BMI). Measurements included the Yo-Yo Intermittent Recovery Test Level 1 (Yo-Yo IR1), jumping ability (squat and countermovement jumps (SJ and CMJ, respectively)), and sprint tests (10 and 15 m). The power of the upper extremity was measured by a 2-kg overhead medicine ball throw for distance. Except for %BF (p = 0.387) and BMI (p = 0.070), all anthropometric and demographic parameters were different between age groups. The largest differences were found for body mass (p = 0.007) and body height (p = 0.008). Regarding fitness parameters, only the medicine ball throw (p = 0.022) was different between age groups (U10 vs. U12: p = 0.009; U11 vs. U12: p = 0.048). There was no difference between groups for jumping (CMJ: p = 0.586; SJ: p = 0.377), sprinting (10 m: p = 0.211; 15 m: p = 0.194) and Yo-Yo IR1 (p = 0.228). Body fat was the anthropometric parameter with the strongest relationship with physical performance in that lower body fat was related to superior jumping performance and sprint performance. In conclusion, except for %BF and BMI, all anthropometric parameters were different between U10, U11, and U12 handball players. For physical parameters, jumping, sprinting, and endurance performance were not different between age groups. From a practical perspective, coaches can use these findings as reference for the evaluation of their school-aged handball players, as well as for establishing performance goals.


2020 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 186-193
Author(s):  
Ali E. Cigerci ◽  
Harun Genc

Background and Study Aim: The target of this paper was to examine the effects of strength training with different frequency on physical, performance and strength features on untrained university male students. Material and Methods: 24 subjects (age= 21.47+1.50) were divided into three groups; 8 for strength training group once a week (ST1), 8 for strength training group three times a week (ST3) and 8 for control group (CG). The training groups were applied a 6-week ST that lasted approximately 80-90 minutes for each training 3 days a week for ST3 and once a week for ST1. Analysis of intergroup, intragroup and the effect of training were carried out with repeated measures ANOVA. Significance was set at 0.05. Results: There was no difference in body weight and body mass index values in training groups, while a significant increase was found in CG. In addition, there was a significant decrease in body fat percentage and a significant increase in skeleton muscle mass without any change in body weight and body mass index in ST3. No statistical difference was seen in 10-20 m sprint and agility tests in all groups. For vertical jump, balance test for right and left leg, there was a significant difference between the pre and post-test measurements of ST1 and ST3. In standing long jump measurements, significance was seen in favor of ST3. In strength parameter, while a significant difference was detected in bench press, shoulder press and push-up due to the development of training groups, a statistically significance was found in squat and biceps curl by reason of improvement in ST3. Conclusion: As a conclusion, it can be said that 6-week strength training with different frequency applied on untrained male students has a positive effect on physical, performance and strength features.


2012 ◽  
Vol 17 (4) ◽  
pp. 378-384 ◽  
Author(s):  
Maurizio Gallucci ◽  
S. Mazzuco ◽  
F. Ongaro ◽  
E. Di Giorgi ◽  
P. Mecocci ◽  
...  

2010 ◽  
Vol 36 (4) ◽  
pp. 447-452 ◽  
Author(s):  
Zênia Trindade de Souto Araujo ◽  
Gardenia Holanda

OBJETIVO: Determinar se há uma correlação entre o índice Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity (BODE; IMC, obstrução das vias aéreas, dispneia e capacidade de exercício) e a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com DPOC. MÉTODOS: Foram avaliados 42 pacientes com DPOC quanto a parâmetros de função pulmonar; variáveis antropométricas; capacidade de exercício através da distância máxima percorrida no teste de caminhada de seis minutos; dispneia através da escala modificada Medical Research Council (MRC); índice BODE; e a qualidade de vida através do questionário do Saint George's Respiratory Questionnaire modificado (SGRQm). Os pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com a estratificação de gravidade da doença: VEF1 > 50% e VEF1 < 50%. RESULTADOS: Os valores médios do índice BODE para os grupos VEF1 > 50% e VEF1 < 50% foram, respectivamente, 2,58 ± 1,17 e 4,15 ± 1,81. Houve diferença significativa na comparação das variáveis VEF1 e VEF1/CVF entre os grupos. Houve correlações moderadas e significativas entre os escores do índice BODE e todos os domínios do SGRQm no grupo de pacientes com VEF1 < 50%. CONCLUSÕES: Houve correlação entre o escore do índice BODE e os escores de todos os domínios do SGRQm nos pacientes com DPOC com VEF1 < 50%. Portanto, os pacientes DPOC com VEF1 < 50% morrem mais rápido e têm pior qualidade de vida.


2010 ◽  
Vol 5 ◽  
Author(s):  
Zuhal Karakurt ◽  
Ayşem Öztin Güven ◽  
Özlem Yazıcıoğlu Moçin ◽  
Yusuf Karavelioğlu ◽  
Gökay Güngör ◽  
...  

Aim: To evaluate kyphoscoliosis patients with chronic hypercapnic respiratory failure (CHRF) using the six minute walk test (6MWT) distance (6MWD) and cardio-pulmonary function tests. Method: This prospective cross-sectional study was carried out in a tertiary training and research hospital in Turkey. Kyphoscoliosis patients with CHRF on home mechanical ventilation (HMV) followed in a respiratory intensive care unit (RICU) out-patient clinic were enrolled. Patients’ demographics were recorded as well as transthoracic echocardiography (ECHO), 6MWD, spirometry, arterial blood gas (ABG) values and high resolution chest computed tomography. 6MWT results were compared with other parameters. Results: Thirty four patients with kyphoscoliosis and chronic respiratory insufficiency admitted to our outpatient clinic were included in the study but 25 (17 M) patients underwent 6MWT (8 patients walked with oxygen supplement due to PaO2 < 60 mm Hg). The mean 6MWD was 274.4 ± 76.2 (median 270) m and median 6MWD predicted rate was 43.7% (inter quartile ratio, IQR, 37.6% to 47.7%). Median HMV use was 3 years (IQR 2-4). 6MWD predicted rate, body mass index (BMI), HMV duration were similar in male and female patients. 6MWD correlated well with age, BMI, dyspnea score for baseline 6MWT (r: - 0.59, p < 0.002, r: - 0.58, p < 0.003, r: - 0.55, p < 0.005 respectively) but modestly with forced expiratory volume in one second, pulse rate for baseline 6MWT, pulse saturation rate, fatigue and dyspnea score at end of 6MWT (r: - 0.44, p < 0.048; r: 0.44, p < 0.027; r: - 0.43, p < 0.031; r: - 0.42, p < 0.036; r: - 0.42, p < 0.034 respectively). 6MWD predicted rate was only correlated with dyspnea score at baseline (r: - 0.46, p < 0.022). The systolic pulmonary arterial pressure (PAPs) in 6 (24%) cases was more than 40mmHg, in whom mean PaO2/FiO2 was 301.4 ± 55.4 compared to 280.9 ± 50.2 in those with normal PAPs (p > 0.40). Conclusion: The 6MWT is an easy way to evaluate physical performance limitation in kyphoscoliosis patients with chronic hypercapnic respiratory failure using home mechanical ventilation. Nearly 275 m was the mean distance walked in the 6MWT, but rather than distance in meters, the 6MWD predicted rate according to gender and body mass index equation might be a better way for deciding about physical performance of these patients. Dyspnea score at baseline before the 6MWT may be the most important point that affects 6MWD in this patient population.


PLoS ONE ◽  
2013 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. e56483 ◽  
Author(s):  
Rebecca Hardy ◽  
Rachel Cooper ◽  
Avan Aihie Sayer ◽  
Yoav Ben-Shlomo ◽  
Cyrus Cooper ◽  
...  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document