scholarly journals Taxa de panmixia na goiabeira (Psidium guajava L.)

Bragantia ◽  
1962 ◽  
Vol 21 (unico) ◽  
pp. 15-20 ◽  
Author(s):  
J. Soubihe Sobrinho ◽  
J. T. A. Gurgel

Foi relatada o presença de algumas goiabeiras com frutos de polpa branca distribuídas em um goíabal de cêrca de 30.000 árvores com frutos de polpa vermelha, pertencente à Fábrica Peixe, em Santo Antônio do Posse, São Paulo. Desde que o caráter de polpa branca é recessivo ao caráter de polpa vermelho, a existência daquelas árvores ofereceu a oportunidade de, usando o gen responsável pelo primeiro caráter como um recessivo marcador, determinar a taxa de panmixia. Para o presente estudo colheram-se, de cada planta possuindo o gen recessivo, 3 frutos de polinização livre; semearam-se as sementes e nas plantas que dai resultaram, protocolaram-se aquelas com frutos de polpa vermelha e de polpa branca (quadro 1). A análise estatística por meio do teste de qui-quodrodo para homogeneidade de proporção revelou que a taxa de panmixia variava de planta a planta, indo de 25,7 o 41,3% (quadro 2). Foi considerado que o valor médio obtido de 35,6% seria apenas uma aproximação ao verdadeiro valor da polinizoção cruzada no goiabeira. De acôrdo com a literatura, o principal agente polinizador é a abelha comum (Apis mellifera L.)

1999 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 657-660 ◽  
Author(s):  
Elton L. Araujo ◽  
Valquíria R. S. Veloso ◽  
Francisco M. Souza Filho ◽  
Roberto A. Zucchi

O ápice do acúleo de A. turpiniae Stone é muito semelhante ao de A. fraterculus (Wied.) e de A. zenildae Zucchi. Conseqüentemente, A. turpiniae pode ser confundida com essas duas espécies. Entretanto, A. turpiniae difere de A. fraterculus e de A. zenildae por possuir o ápice do acúleo mais delgado. Além disso, o ápice do acúleo de A. turpiniae é mais longo do que o de A. fraterculus e a serra é mais curta do que a de A. zenildae. Anastrepha turpiniae já havia sido registrada no Estado de Minas Gerais (hospedeiro desconhecido). Novos registros de distribuição e de hospedeiros apresentados são: Estado do Amazonas (em Terminalis catappa), Estado de Goiás (em T. catappa e Andira humilis) e Estado de São Paulo (em Eugenia dodoneifolia, Psidium guajava, Prunus persica e Syzygium jambos).


2005 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 909-915 ◽  
Author(s):  
Severino Matias de Alencar ◽  
Cláudio Lima de Aguiar ◽  
Julio Paredes-Guzmán ◽  
Yong Kun Park

A própolis é uma substância resinosa coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas. Sua composição depende da época, vegetação e local de coleta. Análises fitoquímicas de própolis produzidas de Baccharis dracunculioflia (alecrim-do-campo) por abelhas Apis mellifera africanizada nos estados de São Paulo e Minas Gerais foram feitas por espectrofotometria na região U.V.-Visível, CCDAE-FR, CLAE-FR e CG-EM. Uma característica dos compostos fenólicos das própolis analisadas e da espécie vegetal de B. dracunculiofolia foi a alta proporção de artepilin C e outros derivados do ácido cinâmico. Com base nas evidências fitoquímicas, B. dracunculifolia foi identificada como a principal fonte vegetal das própolis produzidas nos estados de São Paulo e Minas Gerais.


2006 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 949-953 ◽  
Author(s):  
Luís Carlos Marchini ◽  
Vanderlei Doniseti Acassio dos Reis ◽  
Augusta Carolina de Camargo Carmello Moreti
Keyword(s):  

Com o objetivo de se verificar a composição físico-química de amostras do pólen coletado por abelhas Africanizadas, foram realizadas coletas em 5 colméias de abelhas Apis mellifera Africanizadas utilizando coletores de pólen de alvado (frontais) com orifícios de 4,00mm de diâmetro, em Piracicaba, São Paulo, durante um ano (março de 1999 a março de 2000). A composição química das amostras foi determinada no Laboratório de Apicultura do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ/USP. Foram obtidas as seguintes médias: 21,5% de proteínas; 2,8% de cinzas; 23,6% de umidade; 76,3% de resíduo seco; 3,5% de lipídios; 28,4% de açúcares totais; 20,7mEq kg-1 de pólen de acidez titulável e pH igual a 5,1. Para análise estatística, foram considerados todos os dados referentes aos diferentes dias de coleta, sendo as médias mensais comparadas pelo teste de Tukey em nível de 5%. Foram verificadas diferenças significativas nas médias ao longo do ano para os diferentes parâmetros estudados, com exceção da porcentagem de cinzas que não apresentou variação significativa.


Zootaxa ◽  
2006 ◽  
Vol 1235 (1) ◽  
pp. 63 ◽  
Author(s):  
SONIA MARIA NOEMBERG LAZZARI ◽  
REGINA CÉLIA ZONTA-DE-CARVALHO ◽  
JOSIANE TERESINHA CARDOSO ◽  
DANIÉLA CRISTINA CALADO

Greenidea psidii van der Goot, 1916 is registered by the first time in Brazil. It was found associated with Psidium guajava L. in Paraná, Santa Catarina, and São Paulo States, and with Psidium cattleianum Sabine in the city of Curitiba, Paraná. A brief comparative synopsis and pictures of the main diagnostic characters are given for this species and for Greenidea ficicola Takahashi, 1921, which was also recently found in Brazil, collected on Ficus benjamina (L.) in Paraná and Santa Catarina, and on Ficus microcarpa L. in São Paulo State.


2003 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 617-625 ◽  
Author(s):  
M. Gimenes

This study was designed to characterize the interactions between Ludwigia elegans flowers and visiting bees during two years in two areas 200 km apart, at the same latitude (approximately 22º48'S) but at different altitudes (Alumínio, 600 m, and Campos do Jordão, 1500 m), in the State of São Paulo, Brazil. As these flowers open simultaneously in the morning and lose their petals by sunset, interaction with bees occurs only during the photophase. Flowers of L. elegans were mainly visited by bees, the most frequent species being: Tetraglossula anthracina (Michener, 1989) (Colletidae), Rhophitulus sp. (Andrenidae), and Pseudagapostemon spp. (Halictidae), all considered specialized bees for collecting pollen and nectar from these flowers, as well as the generalist bee Apis mellifera Linnaeus, 1758 (Apidae). The specialist bees were temporally adjusted to the opening schedule of the flower, which occurs primarily in the morning, but shows a circannual variation. T. anthracina appears in both study areas, but only between December and April. The annual activity patterns of these specialist bees are synchronized to the phenology of L. elegans. Photoperiod and temperature cycles are suggested as the main synchronizers of both bees and plants.


2001 ◽  
Vol 58 (1) ◽  
pp. 101-107 ◽  
Author(s):  
Rainério Meireles da Silva ◽  
Gerhard Bandel ◽  
Maria Inez Fernandes Faraldo ◽  
Paulo Sodero Martins
Keyword(s):  

O conhecimento da biologia reprodutiva da mandioca é essencial para o desenvolvimento de programas de melhoramento genético e compreensão do processo de domesticação. Este trabalho avalia aspectos que influenciam a reprodução sexuada, tais como morfologia floral, ecologia da polinização, produção e viabilidade dos grãos de pólen, apomixia, produção e germinação de sementes de etnovariedades de mandioca coletadas em roças de caboclos e índios da Região Amazônica e do Estado de São Paulo. Os aspectos da biologia reprodutiva foram estudados a partir de avaliações de campo e coleta de botões florais e sementes. Os experimentos foram realizados em Piracicaba, SP. Constatou-se alteração na morfologia floral da etnovariedade DG-55, a qual possui flores hermafroditas, e DG-65 e variedade Mantiqueira, que apresentaram menor número de óvulos por ovário. A abelha (Apis mellifera) foi o principal polinizador da mandioca. Houve variação significativa no número e viabilidade de grãos de pólen, constatando-se que as anteras do verticilo superior da flor masculina apresentaram, significativamente, maior número de grãos de pólen. Não foi constatada apomixia. Foi detectado maior número de frutos com duas ou três sementes. No entanto, sementes originadas de fruto com semente única apresentaram maior porcentagem de germinação. As alterações morfológicas na estrutura floral influenciaram a produção e viabilidade das sementes. A variação constatada nos aspectos da biologia reprodutiva, provavelmente, ocorreu devido à pressão seletiva diferenciada a que as etnovariedades foram submetidas ao longo do processo de domesticação.


Química Nova ◽  
2007 ◽  
Vol 30 (7) ◽  
pp. 1653-1657 ◽  
Author(s):  
Luís Carlos Marchini ◽  
Augusta Carolina de Camargo Carmell Moreti ◽  
Ivani Pozar Otsuk ◽  
Geni da Silva Sodré

1964 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
pp. 253-264 ◽  
Author(s):  
Clóvis F. Oliveira Santos

Neste trabalho apresentamos os resultados da análise polínica de 11 amostras de mel e de polem coletados pelas abelhas Apis mellifera L., durante o período de março de 1960, no Apiário da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Através dessa análise, pudemos comprovar e identificar como plantas nectaríferas e poliníferas as seguintes espécies: Eucalyptus sp., Dombeya sp., Agave sisalana, Vernonia sp., Montanoa bipinnatificada, Persea americana, Baccharis sp.. Citrus sp., e como plantas poliníferas as que seguem: Bidens piíosus, Cosmus sulphureus, Pirostegia venusta, Mel-linis minutiflora. Pudemos, assim, avaliar de modo indireto o período de florescimento das plantas apícolas nos arredores do apiário da Escola e comparar essa avaliação com as observações diretas de KERR & AMARAL (196°) sobre o período de florescimentos das plantas apícolas no planalto Paulista. Daí podermos afirmar ser a análise polínica dos méis e a análise dos polens coletados pelas abelhas um método prático de valor para estudos de fenologia das plantas apícolas. Poderemos assim aplicar a análise polínica em nossos futuros estudos sobre a fenologia das plantas apícolas em diferentes regiões do Estado de São Paulo.


2017 ◽  
Vol 20 (0) ◽  
Author(s):  
Ricardo Costa Rodrigues de Camargo ◽  
Karen Linelle de Oliveira ◽  
Maria Isabel Berto

Resumo Os méis das abelhas sem ferrão são produtos únicos da biodiversidade brasileira, presentes e valorizados pela cultura popular desde os povos originais das Américas. Por ser mais ácido e apresentar maior teor de umidade, seu sabor é peculiar e sua viscosidade é menor quando comparada ao mel proveniente da espécie exótica Apis mellifera. Devido a essas diferenças, esse produto necessita do estabelecimento de parâmetros físico-químicos específicos que sejam referência tanto para controle de qualidade como para sua comercialização. Com base em pesquisas realizadas pela Embrapa, pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas e pelo levantamento bibliográfico de diversos estudos científicos realizados por outros institutos de ensino e pesquisa, esta comunicação tem como objetivo esclarecer as peculiaridades deste produto e apresentar uma proposta de Regulamento Técnico de Identidade e Padrão para o Mel das Abelhas Sem Ferrão, visando sua comercialização no Estado de São Paulo, contribuindo assim para a disponibilidade de um produto seguro e de qualidade para o consumidor final.


2003 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 498-500 ◽  
Author(s):  
Fernando Mendes Pereira ◽  
Celso Albano Carvalho ◽  
Jair Costa Nachtigal
Keyword(s):  

A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma espécie que vem se tornando de grande importância em diversas regiões do Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, maior produtor nacional. Desde 1985, a UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, vem desenvolvendo um programa de melhoramento genético da goiabeira, com o objetivo de obter plantas com boas características agronômicas e com frutos que possam ser destinados tanto à industrialização quanto ao consumo na forma de fruta fresca. Partindo-se de 219 plantas, oriundas de diversos cruzamentos, e após dez anos de avaliação, chegou-se à cultivar Século XXI, cujas principais características são: planta muito produtiva com ciclo precoce (130 dias da floração à colheita), frutos grandes, com polpa espessa, róseo-avermelhada, ótimo sabor e com poucas e pequenas sementes.


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