scholarly journals Pesquisas agronômicas das plantas medicinais da Mata Atlântica regulamentadas pela ANVISA

2012 ◽  
Vol 14 (spe) ◽  
pp. 131-137 ◽  
Author(s):  
L.C. Ming ◽  
M.I. Ferreira ◽  
G.G. Gonçalves

Com a divulgação da lista das espécies medicinais pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a Resolução RDC Nº10, de 09 de março de 2010, o uso dessas plantas passa a ter a chancela oficial do órgão governamental regulamentando seu uso e, em consequência disso, ter sua demanda bastante aumentada. A obtenção desses materiais adquire então grande importância, uma vez que haverá a necessidade de se produzir essas plantas. Com o objetivo de se avaliar a situação das pesquisas agronômicas com essas espécies, particularmente as de ocorrência na Mata Atlântica, foi feito um levantamento do número de publicações a partir dos nomes científicos, na base de dados eletrônica CAB Abstract, de 1990 a 2011. A pesquisa mostrou que o número de publicações por espécie varia de 2 a 1129, sendo que as espécies com maior número de artigos são aquelas já cultivadas como alimentícias. Das 66 espécies listadas, 36 são exóticas, 24 são da Mata Atlântica e 6 são nativas de outros biomas. Dentre as espécies da Mata Atlântica, foram excluídas as ruderais, frutíferas e arbóreas, devido à maioria dos trabalhos na área agronômica estarem relacionados ao manejo, controle ou produção de frutos e não ao seu cultivo sobre o ponto de vista medicinal. A única exceção foi a espécie medicinal arbórea Maytenus ilicifolia. Assim, foram selecionadas 16 espécies, as quais tiveram as publicações divididas em quatro áreas: Agronomia; Fitoquímica, Ensaios biológicos e Outros. Nesta pesquisa foi possível identificar que 32% dos artigos publicados são agronômicos, área que apresenta menos publicações do que a área de atividade biológica, que tem 40% das publicações, e a área de fitoquimica tem 20% das publicações. Estes resultados mostram que os pesquisadores estão atentos à importância das pesquisas agronômicas com plantas medicinais, mas que se faz necessário realizar trabalhos de domesticação das espécies selvagens e de fitotecnia com as espécies menos estudadas, para viabilizar o cultivo, a conservação dos recursos genéticos vegetais e do meio ambiente.

2019 ◽  
Vol 50 ◽  
Author(s):  
Alexandre De Oliveira e Aguiar
Keyword(s):  
De Se ◽  

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros mais ameaçados. Isso é um problema na medida em que os remanescentes desse bioma podem prestar inúmeros serviços ambientais à sociedade. A legislação brasileira permite que municípios elaborem Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), visando a contribuir nesse contexto. O objetivo deste trabalho é estudar as estratégias e ações propostas nos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) em seis municípios brasileiros. O trabalho é de pesquisa documental e se baseia na análise de conteúdo dos PMMAs nos seis municípios. A análise identificou as categorias de ações e de estratégias a partir dos planos de ação que constam nos documentos. Foram analisadas também características de planejamento como definição de responsáveis, prazos, metas e recursos. Foram identificadas como principais categorias de estratégias: unidades de conservação; arborização urbana; atuação em áreas de preservação permanente; legislação; captação de recursos; educação ambiental; ação política e institucional; ação sobre vetores de pressão; obtenção de novas informações; e economia verde. As ações propostas são, em geral, consistentes com recomendações técnicas e de gestão, no entanto em alguns casos e em alguns temas parecem mais um brainstorming de ideias, sem uma priorização clara, nem definição de responsabilidades, prazos e metas quantitativas. Há necessidade de se trazer um equilíbrio entre a especificidade desses elementos para dar direção e segurança na implantação e flexibilidade que permite adaptar o plano, que tende a ser visto como algo processual e não estático, ao longo do tempo. Ficam como desafios entender as razões para as deficiências no planejamento da implantação, a captação de recursos e o envolvimento de setores produtivos na elaboração e no financiamento das ações.


2019 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 796-836 ◽  
Author(s):  
Luciana Cabral Farias ◽  
Ana Lúcia de Araújo Lima Coelho ◽  
Christiano Coelho
Keyword(s):  
De Se ◽  

Esta pesquisa teve por objetivo identificar, por meio da análise das concepções de sustentabilidade dos estudantes do curso de Administração da UFPB, maneiras de se incorporar a sustentabilidade à sua formação. Em termos metodológicos, realizou-se uma pesquisa fenomenográfica, abordagem cujo objetivo é investigar empiricamente como as pessoas experienciam, compreendem e atribuem significado a um fenômeno no mundo em torno deles. Sua aplicação na UFPB levou em conta a relevância de se estudar educação para a sustentabilidade em um campus universitário inserido em um ambiente de Mata Atlântica. Foram identificadas três concepções de sustentabilidade: oportunidade, recursos e senso de coletividade, da mais superficial à mais profunda, respectivamente. A pesquisa revelou que a maior parte dos estudantes entrevistados concebe sustentabilidade em termos de recursos, não sendo possível identificar um aprofundamento resultante do processo de formação desses estudantes. Cinco direcionamentos foram apontados pelos alunos para a incorporação da sustentabilidade na formação do administrador: a criação de uma disciplina específica focada na sustentabilidade; a abordagem da sustentabilidade de forma interdisciplinar; a prática como aporte à teoria; o fomento a projetos de iniciação científica que tratem sobre essa temática; e a realização de campanhas institucionais de conscientização sobre a sustentabilidade.


2020 ◽  
Vol 72 (6) ◽  
pp. 2141-2147
Author(s):  
Z.Ê.S. Souza ◽  
B.V. Moraes ◽  
F.S. Krawczak ◽  
L. Zulzke ◽  
T.V. Carvalho ◽  
...  

RESUMO A febre maculosa brasileira (FMB), descrita inicialmente nos Estados Unidos como febre maculosa das Montanhas Rochosas, é uma antropozoonose relatada apenas no continente americano e causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. No Brasil a transmissão ocorre sobretudo pela picada de carrapatos do gênero Amblyomma spp. A doença foi inicialmente descrita como de transmissão em áreas rurais e silvestres, no entanto áreas periurbanas e urbanas vêm apresentando casos, principalmente relacionados com a presença de humanos residindo em pequenos fragmentos de mata ciliar. O presente estudo teve por objetivo elucidar a dispersão da FMB nas proximidades dos reservatórios Guarapiranga e Billings, na cidade de São Paulo, SP. Para tanto, a presença de anticorpos anti-R. rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia bellii foi avaliada em cães atendidos nas campanhas de esterilização cirúrgica e residentes ao redor dos reservatórios. Foram coletadas amostras de 393 cães, e as amostras de soro foram analisadas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI), com ponto de corte de 1:64. Os títulos para R. rickettsii variaram de 256 a 4096, com positividade de 3,3% (13/393); para R. bellii, de 128 a 1024 e 4,1% (16/393) de positivos, e um único animal (0,25%) foi soropositivo para R. parkeri, com título de 128. Os achados permitem concluir que a região de estudo apresenta condições de se tornar uma possível área com casos de FMB, pois comporta fragmentação de Mata Atlântica, condições essas ideais para a manutenção do vetor do gênero Amblyomma já descrito na região, bem como para a presença da Rickettsia rickettsii circulante entre os cães, confirmada pela existência de anticorpos. Condutas referentes à conscientização da população por meio de trabalhos educacionais devem ser implantadas para a prevenção da doença na população da área.


2017 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 92
Author(s):  
Ligia Maria Tavares Da Silva ◽  
Rayme de Barros Braga
Keyword(s):  
De Se ◽  

O Parque Natural Municipal do Rio Cuiá é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, criado por decreto, no ano de 2011, localizado na bacia hidrográfica de mesmo nome, na zona sul do Município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Sua criação foi justificada pela importância do ecossistema local, composto de um grande fragmento de Mata Atlântica, além de se constituir em área relevante de lazer para os habitantes da zona sul, que sofre acelerada urbanização. Este artigo é uma contribuição para o Plano de Manejo desta Unidade de Conservação, fornecendo subsídios geográficos, por meio da caracterização dos elementos do meio natural, da elaboração do mapeamento ambiental, feito com ferramentas de geoprocessamento, e das observações acerca dos impactos ambientais, decorrentes de observações in loco, a partir dos trabalhos de campo.


Author(s):  
Sérgio Luís Stirbolov Motta
Keyword(s):  
De Se ◽  

A dependência de energia, o desperdício de água, o mau uso e manejo de florestas, obras irresponsáveis ambientalmente, poluição de mananciais, mares, oceanos, terra, ar, e inúmeras outras ações que prejudicam o meio ambiente vêm causando dificuldades à própria sociedade que ainda as admitem, embora havendo crescentes restrições. Os impactos negativos tomaram tamanha dimensão que grupos organizados como o Greenpeace e o SOS Mata Atlântica vêm ganhando cada vez mais projeção e cumprindo um papel fundamental na conscientização da população, contribuindo, também, para que ações empresariais irresponsáveis ambientalmente sejam pressionadas pela sociedade. O objetivo deste artigo é apresentar a incorporação da responsabilidade ambiental às empresas como um diferencial capaz de, por um lado, contribuir para a efetiva melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e, por outro, constituir-se em vantagem competitiva. Para tanto, é apresentada uma breve discussão acerca da vantagem competitiva e do marketing ecológico, e os resultados de uma pesquisa qualitativa, realizada em 1999 pelo autor, que teve por objetivo conhecer a importância do “fator meio ambiente” nas decisões de compra de consumidoras de determinadas categorias de produtos, com o intuito de se averiguar a predisposição em relação a produtos ecologicamente corretos.


2015 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 242-245 ◽  
Author(s):  
Francisco Virgínio ◽  
Tatiane Tagliatti Maciel ◽  
Bruno Corrêa Barbosa

Resumo. Alguns vespídeos sociais neotropicais se associam com alguns vertebrados e outros insetos, sendo essas interações relatadas há décadas, entretanto pouco se sabe sobre a presença dessas no Bioma Caatinga e Mata Atlântica. Neste estudo descreve-se o primeiro registro de ocorrência da associação entre ninhos de vespas Polybia rejecta (Fabricius) e formigas Azteca chartifex Forel em área de transição da Mata Atlântica e Caatinga no Rio Grande do Norte. As observações ocorreram em mata particular no município de Monte Alegre, de outubro de 2009 a setembro de 2014 através da busca ativa por colônias, uso do método ad libitum, fotografia e coleta de espécimes com posterior identificação. Na área de estudo foram localizadas quatro colônias ativas e uma abandonada de P. rejecta, todas associadas aos ninhos de A. chartifex com aproximação de 20 a 30 cm. Verificou-se que, quando a colônia de P. rejecta era perturbada, os indivíduos se tornavam agressivos, enquanto que as formigas se aglomeravam no intuito de se defenderem de um provável predador. Essas interações parecem beneficiar tanto vespas como formigas, pois se supõe que as vespas agridam possíveis predadores das formigas, enquanto que as formigas atacam aves e primatas predadores das vespas. Este trabalho corrobora com a hipótese de que a associação entre vespas sociais P. rejecta e formigas A. chartifex é benéfica para ambas as espécies, e que provavelmente as vespas são as mais beneficiadas, como também revela a não exclusividade dessa associação para os biomas aqui relatados.Nesting Polybia rejecta (Fabricius)(Hymenoptera: Vespidae) Associated with Azteca chartifex Forel (Hymenoptera: Formicidae) in Ecotone Caatinga/Atlantic Forest, in the State of Rio Grande do NorteAbstract. Some neotropical social wasps which are associated with some vertebrates and other insects like ants, and these interactions are reported for decades, but little is known about the presence of these in the Caatinga and Atlantic Forest. This study describes the first association's record between nests of Polybia rejecta (Fabricius) wasp and Azteca chartifex Forel ants in the transition area of the Atlantic Forest and Caatinga in Rio Grande do Norte. The observations were in a private forest in Monte Alegre, from October 2009 to September 2014 through active search for colonies, use of ad libitum method, photography and collection of specimens with traceability. In the study area were found four active colonies and one abandoned of P. rejecta, all associated with nests of A. chartifex with approach of 20-30 cm. It was found that when the colony of P. rejecta was disturbed, they became aggressive towards the disturbance object, whereas the ants gathered in order to fend off a potential predators. These interactions appear to benefit wasps and ants, it is assumed that is possible that wasps attack ants's predators, whereas the ants attack the wasps's predators. This study corroborates the hypothesis that the association between the social wasps P. rejecta and A. chartifex ants is beneficial for both species, and probably the wasps are the most benefited, but also shows the non-exclusivity of this association for the biomes up then reported.


Author(s):  
Bianca De Moura Calixto
Keyword(s):  
De Se ◽  

Mamíferos terrestres de médio e grande porte desempenham um importante papel em vários níveis da organização de um ecossistema, podendo ser destacados o controle populacional de suas presas, no caso das espécies carnívoras, e a constante regeneração das matas, no caso dos herbívoros (Emmons & Feer, 2005; Abreu Jr. & Kohler, 2009; Sinclair, 2003; Tonhasca Jr., 2005); mamíferos maiores são importantes também por agruparem diversas espécies consideradas indicadoras ambientais, refletindo a preservação do local onde ocorrem (Mazzolli, 2006). A presença e a abundância destes mamíferos em determinada localidade é afetada não só pela qualidade ambiental, mas também pelo fato de serem os principais alvos de atividades humanas como a caça ilegal (Cuarón, 2000).Apesar disto, mamíferos terrestres de médio e grande porte são pouco estudados devido às dificuldades referentes ao seu registro; em muitos inventários as armadilhas utilizadas não permitem a captura de mamíferos maiores ou, mesmo que sejam utilizadas armadilhas grandes, o menor tamanho das populações destes mamíferos dificulta sua captura.A instalação de armadilhas fotográficas na área estudada auxilia na elaboração de inventários mais completos, já que registra espécies comumente não capturadas e mesmo aquelas que ocorrem em locais onde os vestígios não são muito comuns (áreas com grande quantidade de serrapilheira ou muito secas onde pegadas dificilmente são produzidas, por exemplo) (Silveira et al., 2003; O’Connel et al., 2011; Glen et al., 2013).Uma das formas de aumentar também a representatividade dos mamíferos médios e grandes nos inventários é registrar estes animais não através de sua captura, mas a partir da recuperação dos vestígios deixados por eles em seu ambiente e de registros visuais diretos ou fotográficos. Além de se tratar de uma importante ferramenta no registro de espécies não registradas através dos demais métodos, o registro através de vestígios é uma metodologia fácil de ser desenvolvida e com baixo custo.Assim, este plano de trabalho oferecerá informações adicionais em relação às espécies registradas através da captura em armadilhas, sendo uma ferramenta complementar importante ao conhecimento mais completo das mastofaunas da Mata Atlântica baiana, especificamente na Serra da Jiboia.


FLORESTA ◽  
2017 ◽  
Vol 47 (3) ◽  
Author(s):  
Benjamin Leonardo Alves White ◽  
Marcus Vinícius Noronha de Oliveira ◽  
Genésio Tâmara Ribeiro

Incêndios florestais constituem um dos maiores problemas ambientais do mundo moderno. Eles podem reduzir a biodiversidade, contribuir com a emissão de gases do efeito estufa e alterar as propriedades químicas e físicas do solo. Em busca de novos conhecimentos que auxiliem os trabalhos de prevenção e combate aos incêndios, novos estudos vêm sendo desenvolvidos baseando-se na modelagem do comportamento do fogo. O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros como velocidade de propagação do fogo, comprimento das chamas e consumo do material combustível em diferentes fitofisionomias presentes no Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, Capela, Sergipe, Brasil. Para tal, foram coletadas amostras de material combustível superficial que foram levadas ao laboratório para realização de 45 queimas experimentais. Os dados obtidos em laboratório foram comparados às simulações realizadas pelos softwares Eucalyptus Fire Safety System e BehavePlus buscando-se avaliar a eficiência dos mesmos. Foram observadas diferenças significativas nos parâmetros do comportamento do fogo entre os ambientes selecionados para o estudo. Nas fitofisionomias de bambuzal e vegetação regenerante, o fogo apresentou maior velocidade de propagação e comprimento das chamas quando comparado com as áreas de mata fechada. O consumo do material combustível foi maior nos bambuzais. Em relação aos softwares utilizados, houveram diferenças significativas entre os valores reais e os simulados por ambos. Os resultados obtidos demostram a necessidade de se construir ou ajustar modelos matemáticos que estimem com maior eficiência o comportamento do fogo a fim de se auxiliar os trabalhos de prevenção e combate.


2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 169-170
Author(s):  
Denerson De Santana Jacob ◽  
Virginia Vasconcellos

Este artigo apresenta o projeto paisagístico para a revitalização do entorno do Canal do Anil, no Sub Bairro de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Rio de Janeiro-RJ, Brasil, como TCC do Curso de Paisagismo, da Escola de Belas Artes – UFRJ. Ele parte de uma pesquisa, que visa a compreender a área numa visão macro e micro, realizada a partir de levantamentos bibliográficos e levantamentos físicos de campo.A área vem sendo ocupada, na sua maioria, por indivíduos de baixa renda que trabalham nos bairros vizinhos como a Barra da Tijuca, carentes por espaços públicos de lazer comunitários, acessibilidade adequada às moradias, infraestrutura urbana básica e qualidade da água e do solo.O Canal do Anil pertence a uma das sub bacias que confluem para a Lagoa da Barra da Tijuca. O seu percurso natural, que era composto por vegetação de Mata Atlântica, foi drasticamente agredido por assentamentos próximos e irregulares e, seu corpo hídrico, foi praticamente todo canalizado, o que também ajudou na deterioração da sua borda, que apresenta ocupação irregular densa, além de se configurar uma área pouco segura para os moradores e visitantes. Embora o local disponha de alguns pontos com serviços de abastecimento de água e luz, o esgotamento sanitário, na maioria das vezes o lixo é jogado diretamente no Canal, que sofre com problemas de mau cheiro, animais indesejáveis, suscetibilidade a doenças, alguns pontos de alagamento, redução da vegetação e aumento de áreas impermeáveis.Para a realização do trabalho partiu-se de um embasamento teórico-conceitual, levantamentos bibliográficos, com coleta de dados em publicações acadêmicas, plantas da Prefeitura e referências projetuais; levantamentos de campo, com visitas in loco, observações diretas não participativas, registros fotográficos e Base Google Earth. Os dados foram tratados a partir da confecção de mapas (biofísicos, figura e fundo, gabarito e uso do solo), cortes e desenhos. Foram utilizados, ainda, programas    computacionais, como AutoCad e PhotoShop. Nos levantamentos foram constatados os principais problemas da população que habita o entorno do Canal, do próprio estado físico da sub bacia, além do potencial paisagístico e ambiental do local.1.     O PROJETO PAISAGÍSTICO O projeto paisagístico proposto apresenta soluções para a revitalização do espaço, buscando atender à comunidade em suas reivindicações, respeitando suas necessidades e o meio ambiente local.A proposta oferece melhores condições de conforto, segurança e bem estar à população dotando a área de mobiliário e equipamentos urbanos que possibilitam a prática de esportes, o passeio seguro e o lazer infanto-juvenil e adulto, área para cães, mudança dos revestimentos de piso (melhoria da drenagem) e alargamento, onde possível, dos passeios, introdução de árvores, jardineiras e canteiros, melhoria da infraestrutura urbana, (sistema elétrico subterrâneo), implantação de sistema de coleta de esgoto sanitário, gás natural e água, onde ainda não há.


Author(s):  
Joyce Barreto Pinto ◽  
José Roberto de Lima Andrade ◽  
Carlos Eduardo Silva
Keyword(s):  
De Se ◽  

A relação entre meio ambiente e turismo é muito intrínseca, sobretudo quando se fala em Unidades de Conservação. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) prevê em algumas categorias a intervenção indireta do homem, facilitando a relação com as comunidades envolvidas. O Ecoturismo, segmento do turismo que, diante do fortalecimento da consciência ambiental e da procura por melhoria da qualidade de vida, tem ganhado cada vez mais adeptos nos últimos anos, caracterizando-se como uma alternativa ao desenvolvimento das populações entorno, uma vez que ele considera que os benefícios devem contemplar tanto a conservação das áreas visitadas quanto a questão sócio-econômica da comunidade local. Em vista desta realidade, o presente trabalho se propôs a analisar os aspectos naturais e sócio-culturais na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu e possibilidades para o desenvolvimento do Ecoturismo local. A Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu localiza-se na zona Norte de Aracaju e apresenta a única cobertura vegetal com remanescentes da Mata Atlântica na cidade.. Conclui-se que, mesmo incipiente no estado, o Ecoturismo, sobretudo na APA Morro do Urubu tem grandes possibilidades de se transformar em produto ecoturístico.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document