Cintia de Andrade Corrêa
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Leandro Andrei Beser de Deus
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Nadja Maria Castilho da Costa
Para incentivar os agricultores a preservar e/ou restaurar a vegetação nativa como previsto na Lei 12.651/2012, um programa de desenvolvimento rural sustentável do Rio de Janeiro investe na proteção e recuperação de Áreas de Preservação Permanente, especialmente as de nascente. O objetivo deste trabalho, relacionado a este programa, é construir cenários ambientais que subsidiem o planejamento e a gestão de APPs. A metodologia é a quantificação das classes de cobertura da terra: "Floresta", "Não Floresta", "Água" e "Não Classificada", usando geotecnologias em duas cenas comparativas, 2011 e 2016, e um cenário futuro, 2046. Foram utilizados o programa ArcGis 10.3 para processamento de imagem digital, os sensores Landsat 5 TM e Landsat 8 OLI e o programa Idrisi Selva 17.0/Land Change Modeler para a geração de modelos preditivos e análise comparativa. Os resultados indicam que, entre 2011 e 2016, houve um aumento de 160,4 hectares da classe “Não Floresta” em relação à “Floresta”: a classe “Floresta” diminuiu 7,4%, enquanto a classe “Não Floresta” aumentou 5,33%. Para o cenário futuro 2046, o modelo probabilístico markoviano apresenta 52% de chance de conversão da classe "Floresta" em "Não Floresta", portanto, há uma predição de cenário futuro tendencial pessimista de desmatamento. Recomenda-se o monitoramento da microbacia conjugado a mudanças na cobertura da terra e a ações de preservação de "Floresta”.