scholarly journals Debate público e filosofia no Brasil

Idéias ◽  
2012 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 15
Author(s):  
Nythamar Hilario Fernandes de Oliveira Junior

No ensaio que abre o dossiê, de autoria de Nythamar de Oliveira, são discutidos alguns paradigmas teóricos na filosofia política contemporânea, notadamente as teorias de John Rawls, Jürgen Habermas e Amartya Sen. São mobilizados, nesse contexto, conceitos centrais na filosofia política como os de igualdade, liberdade, equidade, democracia, justiça e autonomia. Mais do que apresentar as ideias desses autores de grande relevo na atualidade, conectando-as com debate filosófico mais amplo, o ensaio “Debatepúblico e filosofia no Brasil” oferece também uma reflexão sobre o papel dessas teorias – e dos filósofos que delas se ocupam – na realidade política brasileira e, mais especificamente, no contexto da formação e consolidação das instituições democráticas em nosso país. Para tanto, o autor mescla de maneira peculiar contribuições de filósofos pertencentes às mais diversas posições do espectro político e ideológico.

Compolítica ◽  
2013 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 257-278
Author(s):  
Patricia Guimarães Gil ◽  
Heloiza Matos e Nobre

O processo de consolidação democrática no Brasil e a persistência das desigualdades sociais no País desafiam a produção de estudos e práticas em comunicação pública com uma perspectiva pró-desenvolvimento. O artigo propõe uma moldura teórica que articule elementos centrais das obras de Jürgen Habermas, John Rawls e Amartya Sen, e que venha a inspirar uma construção metodológica para as pesquisas no campo, aliando processos políticos deliberativos e participativos, reparação de injustiças e ampliação das capacidades dos cidadãos.


2016 ◽  
Vol 7 (11) ◽  
Author(s):  
Sílvia Alves (Universidade de Lisboa, Portugal)

Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre a desobediência civil e a democracia no pensamento político contemporâneo, através das obras de Hannah Arendt, Norberto Bobbio, John Rawls e Jürgen Habermas. A indissociabilidade entre democracia e desobediência civil emerge num ambiente favorável mas antinómico e pleno de tensão.


2015 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 43-63
Author(s):  
Mariano Garreta Leclercq

El presente artículo propone algunas objeciones contra la concepción deliberativa de la democracia desarrollada por Carlos Nino. El blanco central de las objeciones es la tesis del filósofo argentino según la cual el valor del debate democrático derivaría, fundamentalmente, de sus virtudes epistémicas, es decir, de su capacidad para elevar las probabilidades de que el sistema político tome las decisiones correctas. Se cuestiona el modo en que el autor presenta su propuesta como una forma de superar las deficiencias que presentarían las concepciones de John Rawls y Jürgen Habermas en el campo de la epistemología moral. Se intentará demostrar que el modelo de deliberación defendido por Nino no resulta aplicable a un contexto de pluralismo razonable filosófico, religioso y moral como el que resulta característico de las democracias liberales contemporáneas. Por último, se ofrece el esbozo de una concepción alternativa, práctica y moral, no epistémica, del valor de los procedimientos democráticos y de la naturaleza de la legitimidad política.


2018 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 361-380
Author(s):  
Sávia Lorena Barreto Carvalho De Sousa

Este ensaio teórico de base analítica visa entender criticamente aspectos do liberalismo e da intervenção do Estado. Com o objetivo central de resgatar questões trabalhadas por autores modernos da Ciência Política a respeito das formas que uma sociedade pode ser mais justa e combater as desigualdades no mundo, o questionamento principal se desdobra em reflexões sobre como conciliar a liberdade com a atuação dos mercados e a respeito dos limites da democracia neste contexto, discutidos em uma problematização de pensadores como Adam Smith, Alex de Tocqueville, Stuart Mill, Max Weber e Karl Marx em diálogo com teóricos mais contemporâneos, como Friedrich Hayek, John Rawls, Jürgen Habermas e Anthony Giddens. Conclui-se a urgência de um processo de fortalecimento dos Parlamentos, com políticas públicas de inclusão social que permitam uma sociedade mais igualitária e uma educação que abra portas para formar um cidadão crítico, que compreenda as diferenças dentro do campo do respeito ao Outro e às liberdades de escolha. A proposta de contínuo aprimoramento das instituições e juízos através de sistemas de consultas, reformas e revisões jurídicas e políticas, é cada vez mais necessária em um mundo de constantes mudanças.


2019 ◽  
Vol 32 (4) ◽  
pp. 485-498
Author(s):  
Maureen Junker-Kenny

Concepts of ‘public reason’ vary according to the underlying understandings of theoretical and practical reason; they make a difference to what can be argued for in the public sphere as justified expectations to oneself and fellow-citizens. What is the significance for the scope of ethics when two neo-Kantian theorists of public reason, John Rawls and Jürgen Habermas, propose a reduced reading of the ‘antinomy’ highlighted in Kant’s analysis of practical reason? The desire for meaning, unrelinquishable for humans, is frustrated when moral initiatives are met with hostility. Kant resolves the antinomy between morality and happiness by invoking the concept of a creator God whose concern that our anticipatory moral actions should not fail encourages the hope on which human agency relies. Defining the scope of ethics by the unconditional character of reason ( Vernunft) rules out the minimisation of ethics to what can safely be expected to be delivered.


2012 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 223-243 ◽  
Author(s):  
Cora Alexa Døving

Do religious debaters challenge the secular public sphere? This article is an analysis of the largest religion related debate in Norway: the debate about the hijab and the use of religious symbols in the public sphere. The article is empirically founded on the debates in 2009 that began with the question about to which degree the hijab could become part of the Norwegian police uniform for those who would wish to use it. The analysis is mainly centred on the arguments of the hijab wearers: to what degree is their religious motivation translated into a secular language? The empirical examination will show that Muslim debaters arguments can be characterized by a striking absence of references to religious concepts, and a just as striking use of secular ones. The article suggests that the lack of religious argumentation is an expression of an Islamic secularism rather than a result of a translation process. The hijab wearer's arguments are presented in the light of John Rawls’ and Jürgen Habermas’ thoughts about the need for translation—and its price.


Prospectiva ◽  
2013 ◽  
pp. 161
Author(s):  
John Manuel Sanclemente Palacio

<p dir="ltr"><span>En este artículo se expone la forma como John Rawls y Jürgen Habermas ofrecen una salida normativa y procedimental para abordar los conflictos que se producen de la tensión entre el Estado y la pluralidad política, étnica y cultural. Dicha salida implica, por una parte, superar los déficits del liberalismo en cuanto a la consolidación de vínculos cívicos, solidarios y participativos entre los ciudadanos; por otra, buscar un pegamento que viabilice la cohesión social, el proceso político democrático y la solución de los asuntos públicos de manera consensuada. En el caso de John Rawls, la salida versa sobre la idea del consenso traslapado y la razón pública, y en el caso de Jürgen Habermas sobre el concepto de patriotismo constitucional. La tesis que se defenderá es que ambas salidas implican la construcción de un vínculo moral que se fundamenta en valores políticos y principios del constitucionalismo moderno, los cuales se encuentran anclados en la cultura política de regímenes democráticos con revisión constitucional. Dicho vínculo supone ir más allá de un modus vivendi o de la simple tolerancia entre la pluralidad étnica, religiosa, cultural y sexualque existe en una comunidad política.</span></p><div><span><br /></span></div>


Author(s):  
José Marcos Miné Vanzella ◽  
Lino Rampazzo

O presente ensaio tem por objetivo contribuir com o debate sobre o valor e universalidade da democracia para a emancipação humana. Propõe pensar a compreensão da universalidade da democracia no enfoque abrangente da cultura argumentativa, a partir de Amartya Sen e Jürgen Habermas. Entende que as abordagens metodológicas, pragmática de um e pragmática formal do outro dos autores são complementares. Nesta perspectiva procura demonstrar que a democracia, além de suas raízes institucionais modernas, vincula-se também a expressões culturais da Índia, África e América pré-colombiana. Portanto não é mera expressão de domínio cultural e político ocidental, mas desenvolvimento de uma tendência profunda de governo mediante a discussão e razão pública. O que permite recepcionar de um ponto de vista mais amplo a contribuição do pensamento de Habermas que explicita o nexo interno entre Justiça, Direitos Humanos e Democracia, na perspectiva procedimental de uma esfera pública  crítica  com  uma  racionalidade  pública  que  inclui  a  todos.  Apresenta  o desenvolvimento das capacidades políticas e sociais, bem como o papel instrumental da democracia, na construção da compreensão dos direitos e da cultura que permitem o aprendizado, a emancipação e o desenvolvimento da própria identidade.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document