scholarly journals MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE SAÚDE EM TRABALHADORES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

RAHIS ◽  
2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 152
Author(s):  
Felipe Leonardo Rigo ◽  
Andréia Resende dos Reis ◽  
Cassidy Tavares Silva ◽  
Carolina Henriques Gomes Miranda

INTRODUÇÃO: O hábito de consumir bebidas alcoólicas está associado a questões socioculturais. O cenário em virtude da pandemia pela COVID-19 tem sido associada ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas na população geral e estudos começam a refletir quais seriam os possíveis efeitos do álcool na saúde física e mental durante a pandemia e a longo prazo. OBJETIVO: Avaliar o padrão de consumo do álcool entre os profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, e realizado em um hospital público em Belo Horizonte e referência no atendimento da COVID-19 no estado de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2020. Para a coleta dos dados utilizou-se dois instrumentos, sendo o primeiro referente a questões do perfil sociodemográfico e ocupacional dos trabalhadores. Já o segundo instrumento foi o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Estudo aprovado pelo Parecer nº 4.177.387. RESULTADOS: Entrevistados 129 profissionais de saúde, sendo 83,5% mulheres, com idade entre 30 e 49 anos (80,2%), casadas (58,1%), professavam uma religião (90,7%), pós-graduação (39%), alocadas no centro de terapia intensiva (34,4%) e carga horária maior que 44 horas (42%). O consumo de álcool foi de 59,7% entre os participantes e a cerveja foi a bebida a mais consumida (50%) seguida do vinho (21%). Entre os que começaram a beber após a pandemia houve aumento do consumo (11,5%). As principais razões para o uso de bebidas alcoólicas foram relaxar (32%) e lazer (30%). A frequência de consumo de bebidas alcoólicas (2 a 4 vezes por mês) foi de 53,6%. Na pontuação do AUDIT, o consumo de risco foi mais frequente entre os profissionais que possui familiares com o hábito de consumir álcool (p<0,005) e nos que bebiam anteriormente a pandemia (p<0,001). CONCLUSÃO:  O consumo de álcool é frequente entre os profissionais de saúde e houve aumento da ingestão de álcool devido ao cenário da pandemia pelo COVID-19. Atividades educativas que visam mudanças de comportamento de saúde são essenciais para promoção de hábitos saudáveis entre os profissionais de saúde.   Palavras-chave: Consumo de Bebidas Alcoólicas; Pandemia; Pessoal de Saúde.

2020 ◽  
Vol 12 (12) ◽  
pp. e5003
Author(s):  
Fabíola Afonso Fagundes Pereira ◽  
Andra Aparecida da Silva Dionízio ◽  
Danilo Cangussu Mendes ◽  
Deborah Fernanda Nunes Moreira ◽  
Karinne Lima Serrat ◽  
...  

Objetivo: Conhecer o perfil e os fatores associados ao uso de bebidas alcoólicas, entre acadêmicos da área da saúde de uma universidade de Montes Claros, Minas Gerais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com 331 estudantes matriculados nos cursos da área da saúde de uma universidade do norte de Minas Gerais. Foi aplicado o questionário Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) acrescido de perguntas sociodemográficas adaptadas para este estudo. Realizou-se análise descritiva (Teste qui quadrado de Pearson) e a Regressão logística binária, aplicando a técnica stepwise backward. Resultados: O estudo mostrou que 52,3% dos acadêmicos tinham o hábito de ingerir bebidas alcoólicas e 79,5% dos entrevistados apresentaram um baixo risco para o consumo de álcool ou são abstêmios. E os indivíduos que apresentaram maiores chances de consumo de risco foram: ter amigos que bebem (OR=22,826; valor p=0,002), ter filhos (OR=4,757; valor p=0,025), ter algum tipo de trabalho formal ou informal (OR=4,624; valor p=0,013), ser solteiro (OR=10,184; valor p=0,02) e ter familiares que bebem (OR=1,983; valor p=0,042). Conclusão: Constatou-se assim, a necessidade de ações educativas para conscientização dos universitários acerca do consumo de bebidas alcoólicas e das consequências do uso abusivo.


2018 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 203-214 ◽  
Author(s):  
Larissa Santi Fernandes ◽  
Maria José Trevizani Nitsche ◽  
Ilda de Godoy

Resumo O artigo tem por objetivos verificar a presença da Síndrome de burnout entre profissionais da área de Enfermagem, nas Unidades de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário, e a existência de associação entre consumo de álcool e tabaco. Participaram da pesquisa 160 profissionais de Enfermagem de 04 Unidades de Terapia Intensiva, no período de Março de 2013 a Fevereiro de 2014. Utilizou-se um questionário estruturado, acrescido da história tabágica, Maslach Burnout Inventory, Alcohol Use Disorders Identification Test, Questionário de Dependência de Fagerström, e a mensuração do monóxido de carbono. Utilizou-se o teste qui-quadrado ou exato de Fisher. A Síndrome foi encontrada em 34 profissionais, sendo a maioria do sexo feminino, casados e adultos jovens. Dezoito profissionais se declararam fumantes. Um percentual de 6,4% dos Auxiliares de Enfermagem, 50% dos Técnicos de Enfermagem e 71,4% dos Enfermeiros bebiam moderado; 5,4% dos Auxiliares de Enfermagem e 14,3% dos Enfermeiros apresentaram padrão de beber de risco e somente 01 Técnico de Enfermagem possuía possível dependência de álcool. Houve associação positiva da Síndrome com tabagismo em 01 UTI. Os serviços de Terapia Intensiva do hospital necessitam de intervenções dos gestores dos serviços, com a finalidade de cuidar da saúde dos seus cuidadores.


Author(s):  
Theresa Jacobs ◽  
Maike Linke ◽  
Ernst Peter Richter ◽  
Stephanie Drössler ◽  
Anja Zimmermann ◽  
...  

Zusammenfassung Hintergrund In der Literatur lassen sich Hinweise darauf finden, dass bei Medizinstudierenden häufig risikohafter Alkoholkonsum vorliegt. Ziel der Arbeit Das Ziel dieser Arbeit ist, den Alkoholkonsum Medizinstudierender im Zeitverlauf zu untersuchen. Material und Methoden Von 2011 bis 2017 wurden Dresdner Medizinstudierende des zweiten Semesters mit dem „Alcohol Use Disorders Identification Test“ (AUDIT) befragt. Mögliche beeinflussende Faktoren des Alkoholkonsums wie Alter, Geschlecht, psychische Belastung („Brief-Symptom Inventory-18“ [BSI-18]), Jahrgang und Abiturnote der Medizinstudierenden wurden in einer Regressionsanalyse geprüft. Ergebnisse Auffällige Scores im AUDIT wiesen 47 % der Studierenden auf. Die männlichen Studierenden zeigten verglichen mit ihren Kommilitoninnen signifikant höhere Scores (6,73 vs. 4,64; p < 0,001). Aus der Regressionsanalyse gingen das Geschlecht (p = 0,000) sowie die psychische Belastung (p = 0,041; Frauen: p = 0,000) als beeinflussende Faktoren des Alkoholkonsums hervor. Schlussfolgerung Die Medizinstudierenden des zweiten Semesters zeigen häufig problematischen Alkoholkonsum, wobei dies v. a. für die männlichen Studierenden gilt. Der Alkoholkonsum von Medizinstudierenden scheint sich von 2011 bis 2017 nicht zu verändern. Die psychische Belastung stand überwiegend bei den weiblichen Medizinstudierenden mit dem Alkoholkonsum in Zusammenhang.


2018 ◽  
Vol 165 (5) ◽  
pp. 312-316 ◽  
Author(s):  
Jason Watterson ◽  
B Gabbe ◽  
P Dietze ◽  
A Bowring ◽  
J V Rosenfeld

BackgroundThe Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) is widely used for monitoring harmful alcohol consumption among high-risk populations. A number of short versions of AUDIT have been developed for use in time-constrained settings. In military populations, a range of AUDIT variations have been used, but the optimal combination of AUDIT items has not been determined.MethodsA total of 952 participants (80% male), recruited as part of a wider study, completed the AUDIT-10. We systematically assessed all possible combinations of three or four AUDIT items and established AUDIT variations using the following statistics: Cronbach’s alpha (internal consistency), variance explained (R2) and Pearson’s correlation coefficient (concurrent validity).ResultsMedian AUDIT-10 score was 7 for males and 6 for females, and 380 (40%) participants were classified as having a score indicative of harmful or hazardous alcohol use (≥8) according to WHO classifications.A novel four-item AUDIT variation (3, 4, 8 and 9) performed consistently higher than established variations across statistical measures; it explained 85% of variance in AUDIT-10, had a Pearson’s correlation of 0.92 and Cronbach’s alpha was 0.63. The FAST, an established shortened AUDIT variant, together with several other four-item novel variants of AUDIT-10 performed similarly. The AUDIT-C performed consistently low on all measures, but with a satisfactory level of internal consistency (75%).ConclusionShortened AUDIT variations may be suitable alternatives to the full AUDIT for screening hazardous alcohol consumption in military populations. Four-item AUDIT variations focused on short-term risky drinking and its consequences performed better than three item versions.Trial registration numberACTRN12614001332617.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document