scholarly journals O ensino de cinema e a experiência do filme-carta

E-Compós ◽  
2014 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
Author(s):  
Cezar Migliorin

Nesse artigo faço uma reflexão sobre os engajamentos na sala de aula em que a prática do cinema é central. Trabalho uma experiência específica que é o filme-carta. Para pensar o espaço pedagógico discuto as noções de emancipação (Jacques Rancière) e máquina (Félix Guattari) buscando entender o papel mesmo do cinema na educação. O artigo estabelece ainda um diálogo entre os filósofos franceses, Jacques Rancière e a dupla Félix Guattari e Gilles Deleuze que, apesar bases filosóficas distintas, nos ajudam a pensar a dimensão política que trazemos para o ensino e a prática do cinema.

2019 ◽  
Vol 2 (35) ◽  
pp. 22-32
Author(s):  
André Vinícius Nascimento Araújo

As representações conformam-nos a certos modos de ver, de sentir e de enunciar que são perspectivas fechadas de nossas experiências estéticas e políticas. Sendo assim, se elas tornam restritas as nossas maneiras de se relacionar com os acontecimentos, é possível pensar para além das representações? Colocamos tal questão no horizonte da leitura de pensadores como Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze, Michel Foucault e Jacques Rancière. Porém, nosso foco incide sobre a crítica ao paradigma representativo, apresentada em alguns momentos distintos da obra de Deleuze, inclusive daquela que escreve junto com Félix Guattari, quando trata da questão da rostidade. Pretendemos, primeiramente, abordar aquele que para Nietzsche não é senão o maior de todos os acontecimentos a se dar na existência humana: a morte de Deus. Acontecimento que implica uma cisão nos modos tradicionais de pensar, subsumidos a representações morais e metafísicas da existência. De que maneira a morte de Deus será o horizonte de sentido para um modo de pensar, tanto em Deleuze, quanto em Foucault, que considera as coisas e as representações que fazemos delas, como interpretações de um certo jogo de forças e de subjetivação? Por último, poderemos avaliar a partir do conceito rancièriano de partilha do sensível, como encontramos em Deleuze uma prática do pensamento que busca escapar de uma distribuição sedentária do sensível e do político quando este se restringe ao paradigma das representações.


Author(s):  
Germana Konrath ◽  
Paulo Edison Belo Reyes

Francis Alÿs, artista belga naturalizado mexicano, tem uma poética notoriamente urbana e intimamente ligada à sua formação como arquiteto. Seus trabalhos, contudo, não são pautados pelos princípios vitruvianos de firmitas, tampouco de utilitas, e mesmo a beleza (ou venustas) de suas ações destoa dos cânones da história da arte. A trajetória de Alÿs emerge de fábulas que dão vida a rituais de desterritorialização-reterritorialização inventados pelo artista para cada cidade por que passa. Este texto propõe um diálogo entre trabalhos onde Alÿs molda o espaço-tempo comum através da participação coletiva e aportes teóricos de Jacques Rancière, Michel de Certeau e da dupla Gilles Deleuze e Félix Guattari. Interessa aqui problematizar as contribuições estéticas – e portanto políticas – de Alÿs, particularmente em situações de fronteira, tanto físicas quanto simbólicas, da cidade contemporânea.


E-Compós ◽  
2014 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
Author(s):  
Cezar Migliorin

Nesse artigo faço uma reflexão sobre os engajamentos na sala de aula em que a prática do cinema é central. Trabalho uma experiência específica que é o filme-carta. Para pensar o espaço pedagógico discuto as noções de emancipação (Jacques Rancière) e máquina (Félix Guattari) buscando entender o papel mesmo do cinema na educação. O artigo estabelece ainda um diálogo entre os filósofos franceses, Jacques Rancière e a dupla Félix Guattari e Gilles Deleuze que, apesar bases filosóficas distintas, nos ajudam a pensar a dimensão política que trazemos para o ensino e a prática do cinema.


2019 ◽  
Vol 44 ◽  
pp. 63
Author(s):  
Gabriel Sausen Feil

Este artigo propõe um método que tange o modo como escrevemos sobre os autores da área educacional. Tal método se intitula “Método Biografemático” por se constituir a partir da noção de biografema, apresentada por Roland Barthes em Sade Fourier, Loyola, A câmara clara e Preparação do romance. O artigo se justifica por pensar em novas formas de expressar a escrita em Educação. Para mostrar o Método, apropria-se de três reconhecidos autores da literatura educacional: Anton Semionovitch Makarenko, Alicia Fernándes e Jacques Rancière. Esses três autores têm em comum o fato de apresentarem, em suas obras, a figura do mestre. A conclusão do artigo se expressa no argumento de que cada um dos mestres funciona ao modo do que Gilles Deleuze e Félix Guattari chamam de figura estética, tipo psicossocial e personagem conceitual. É por funcionarem dessa maneira que acabam por disparar escrituras biografemáticas, entendidas como resultados do método em questão.


2019 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 79-105
Author(s):  
Roberta Stubs

Este texto é um grito de resistência que pensa a coextensividade entre o coeficiente artístico e o coeficiente vida enquanto produção de mundos. Recorro a Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jacques Rancière, Marcel Duchamp e François Soulages para pensar a arte, e a imagem fotográfica mais especificamente, enquanto ficção ética-estética-política. Num convite para inventar no mundo outras suavidades/sensibilidades, entendo a ficção como exercício político para desmistificar as verdades absolutas que crivam nosso corpo e a própria realidade. Num contexto de esvaziamento de nossa capacidade imaginativa, a ficção se torna ferramenta que reativa em nosso corpo/subjetividade fluxos crítico-inventivos. É nesse sentido que apostamos no /im/possível como forma de ultrapassar um aparente esgotamento do presente e resignificar a vida. Valendo-me de alguns trabalhos autorais, exploro a ideia de que em terreno de ficção o tempo ganha várias camadas, o presente se expande no encontro do passado com o futuro, e a realidade se desdobra em múltiplos e vastos mundos.


Author(s):  
Luis Eustáquio Soares

resumo Em diálogo polifônico com Jacques Rancière (2009), Michel Foucault (1999), Gilles Deleuze e Félix Guattari (2008), Samir Amin (2005), Agamben, (2008), entre outros, este artigo põe em destaque a indiscernibilidade atual entre biopolítica, espetáculo e imperialismo mundial integrado, ao mesmo tempo que procura analisar processos de resistência e alternativa a essas interfaces imperialistas a partir de uma biopolítica afirmativa presente, como hipótese, nos romances A revolução melancólica(1943) e Chão(1945), ambos de Oswald de Andrade; Parque Industrial (1933), de Patrícia Galvão, Pagu; e PanAmérica (1967), de José Agrippino de Paula.


2016 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 85
Author(s):  
Aurélia Regina de Souza Honorato

Este texto é um recorte de meu estudo para doutoramento que teve como problema de pesquisa a seguinte questão: é possível, por meio do sensível, promover uma formação de professores e professoras de Artes com potencial crítico e político? Uma formação para um novo professor e professora que a partir da experiência cria modos de vida e assim cria uma nova aula de Artes? Nele trago reflexões acerca da imagem, especialmente a imagem na arte como exercício do olhar, buscando avançar os limites da cronologia para alcançar a imagem em sua multiplicidade. A partir de autores como Georges Didi-Huberman, Jacques Rancière, Emanuelle Coccia, Gilles Deleuze e Félix Guattari, o texto tem também como objetivo pensar a mobilização que a arte promove como afeto que, de modo reflexivo, promove um novo olhar, um novo ouvir, um novo sentir sobre as coisas do mundo.


Ícone ◽  
2018 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
pp. 210-224
Author(s):  
Marina Feldhues

Este trabalho procura refletir sobre se é possível pensar sobre a realidade do mundo, procurar compreender a realidade, por meio da fotografia. Para tanto, parte das proposições levantadas por Susan Sontag sobre o assunto. Na sequência, faz uma revisão teórica das proposições de Sontag à luz das reflexões trazidas por Jacques Rancière sobre imagem, operações de arte e montagem; Walter Benjamin sobre o ato de narrar; Gerry Badger e László Moholy-Nagy sobre narrar como fotos; e Gilles Deleuze sobre o pensamento como experiência.  Por último, procuramos analisar, com base nas reflexões trazidas pelos autores mencionados, como as operações artísticas da instalação Truth Study Center de Wolfgang Tillmans, contribuem para refletirmos sobre a experiência de pensar a realidade do mundo a partir de fotografias.


Author(s):  
Régis De Azevedo Garcia

Este artigo busca debater de forma incipiente e a partir do olhar de potencial sensível, transformador e de resistência da Educação Ambiental os desdobramentos de questões de ética e estética e a relação destas questões com as possíveis formas de enfrentamento de reconhecidas violências em relação ao indígena no contexto urbano. As normatividades acabam por minar as relações entre o indígena e o não-indígena fazendo com que qualquer diferença nos contextos da cidade seja vista como uma ameaça aos estatutos de uma pressuposta e desejada normalidade. Para suscitar este debate, serão utilizados autores como Jacques Rancière, Pierre Clastres e Félix Guattari para elucidar e problematizar as questões propostas.


2017 ◽  
Vol 29 (46) ◽  
pp. 111
Author(s):  
Leticia Arancibia Martínez ◽  
Teresa Montealegre Barba

El presente artículo intenta indagar en el estatus político de la filosofía a partir de una lectura de Gilles Deleuze y Jacques Rancière. Este vínculo nos parece pertinente para comprender o dar un nuevo enfoque a la crisis actual de lo político, en la que pareciera no haber alternativa al presentarse como un dispositivo que reproduce la desigualdad y descontento social (política institucional, política de partidos). La elaboración de esta investigación, intenta mostrar que la crisis existente tiene como parte del problema su concepción de política misma. Es por ello que la pregunta ¿qué es realmente la política?, es fundamental para pensar nuestra actualidad. Por lo anterior, la relevancia de la concepción de política en ambos autores, reside en su radicalización que permite evidenciar a toda política institucional como policial. La política siempre surge y refiere a un Afuera que se resiste a ser apresado por un sistema, institución y toda lógica normativa. Lo político es resistencia pura, devenir en proceso. A través del examen del vínculo  entre filosofía y política (la llamada filosofía política), se propone una aproximación a una comprensión de lo político entendido como resistencia elaborada por ambos autores, vínculo que logra dar cuenta de la potencialidad de la política y del carácter dual de la filosofía. Esta dualidad es dada por su carácter creacional donde por un lado, tiene un rasgo emancipatorio, y por otro, un rasgo fundacional. Con respecto a lo anterior, se trabajará principalmente a partir de una lectura de ¿Qué es la filosofía? y Conversaciones, de Deleuze, haciendo aproximaciones a la obra de Rancière a partir de El desacuerdo y Aux bords du politique, principalmente.


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