scholarly journals Tobias Barreto e as questões kantianas

2020 ◽  
pp. 277-286
Author(s):  
Halwaro Carvalho Freire
Keyword(s):  
De Se ◽  

Pouco citado e estudado nos currículos dos ambientes acadêmicos das universidades brasileiras, o filósofo sergipano, Tobias Barreto, foi um importante representante do Nordeste no que diz respeito a produção filosófica brasileira do século XIX. O seguinte artigo tem como objetivo expor algumas ideias deste pensador trazendo à luz a importância de se trabalhar um filósofo brasileiro num quadro em que predomina o estudo de filósofos ocidentais europeus. Assim, esse trabalho tem um duplo intento: “ressuscitar” algumas ideias do pensamento de Tobias Barreto e, ao mesmo tempo, mostrar a leitura e o diálogo que este autor buscou com a tradição que o precedeu, especialmente seu afastamento do positivismo de Auguste Comte e sua aproximação com a filosofia alemã, mais especificamente, com a leitura de Immanuel Kant.

2018 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 329-348
Author(s):  
Susana Viegas
Keyword(s):  

Apresentamos a leitura deleuziana do papel e do poder da imaginação e do esquematismo no juízo estético segundo Immanuel Kant destacando, em particular, a importância de se pensar um desacordo entre faculdades e de, no limite, afirmarmos a impossibilidade de uma filosofia da arte. Como se dá o processo que liga sensações e conceitos, arte e filosofia? Ao respondermos a esta questão, também esclarecemos a situação peculiar de Kant na filosofia de Gilles Deleuze e a leitura que este faz em A Filosofia Crítica de Kant, publicado em 1963. Teremos como objeto de análise um filme sensorial, To the Wonder/A Essência do Amor (2012), realizado por Terrence Malick.


Author(s):  
Helder Félix Pereira de SOUZA ◽  
Valquiria Vasconcelos da Piedade
Keyword(s):  

A noção de mal arraigado na natureza humana já está presente com clareza nas lições de 1775/76 sobre antropologia de Kant, principalmente no texto Do carácter da humanidade em geral. A partir deste texto, o intuito é tecer algumas considerações sobre a ideia do mal presente na obra A Religião nos Limites da Simples Razão de Immanuel Kant relacionando-o com o conceito de banalidade do mal da politóloga alemã Hannah Arendt. Para isso na primeira parte do ensaio discorre-se sobre o mal e o bem presente na lição de 1775/76 de Kant; a segunda parte destaca as três concepções kantianas de mal; na terceira parte o mal radical é pensado, de maneira breve, junto ao conceito de banalidade do mal de Arendt, a fim de destacar sua diferença e complementaridade. Por fim, algumas considerações finais sobre o tema e a sua urgência na atualidade.


Author(s):  
Setyo Wibowo

<div><p><strong>Abstract :</strong> Faith becomes problematic in our modern world. In the age of secularization and emancipation man masters the Nature with his growing reason and ever developing technology. This new situation brings with itself a discredit toward faith and religion. Without refusing the existence of God, Immanuel Kant declares that theology is a paralogism (a fallacious reasoning). Auguste Comte corners the religion in the realm of infantile age to be overcomed by the progress of science. Meanwhile Friedrich Nietzsche, from his own view, analyses that the phenomenon of fanatism in religion hides the uncontrallble “need to believe” typically found among the weaks.The central critique of Martin Heidegger toward ontotheological metaphysics shows that theology defined as science does not think. Man of faith has already all the answer before a question is posed, therefore he cannot truly pariticipate in the question of Being. This article tries to consider these objections against faith. As an answer, this article offers to acknowledge “the act of believe” as an universal disposition in man. Much wider than his need to possess knowledge, man is driven by a desire for the infinite. Faith resumes this human desire for infinite.</p><p><em>Keywords : Emancipation, theology, metaphysics, faith, knowledge, way of belief, act of belief, passivity, infinite horizon, anthropological disposision.</em></p><p><em><br /></em></p><p><strong>Abstrak :</strong> Iman menjadi problem di dunia modern. Gerak sekularisasi dan emansipasi manusia berkat perkembangan rasionya, yang tampak dalam penguasaan manusia atas alam lewat teknologi, membuat keyakinan pada Tuhan dianggap ketinggalan roh jaman. Meskipun tidak menolak Tuhan, Immanuel Kant menganggap bahwa teologi adalah sebuah paralogisme. Auguste Comte tegas-tegas mengatakan bahwa jaman teologi dan agama adalah era kekanak-kanakan yang harus dilampaui demi kemajuan jaman. Friedrich Nietzsche memperingatkan bahwa fanatisme dalam agama adalah tanda besarnya kebutuhan manusia untuk percaya, yang tidak lain adalah kelemahan diri manusia. Kritikan besar Martin Heidegger kepada metafisika onto-teologis semakin menunjukkan inferioritas iman di depan pemikiran. Beriman artinya tidak bisa berpikir secara sungguh-sungguh. Artikel ini hendak menimbang keberatan-keberatan atas iman di atas dan sekaligus menawarkan bahwa “tindak percaya” adalah sesuatu yang secara antropologis menjadi disposisi setiap manusia. Lebih luas daripada obsesi pada “pengetahuan”, manusia memiliki hasrat akan ketakterbatasan yang menemukan ekspresinya dalam apa yang kita sebut sebagai iman.</p><p><em>Kata kunci : Emansipasi, teologi, metafisika, iman, pengetahuan, cara beriman, tindak percaya, pasitivitas, horison ketakterbatasan, disposisi antropologis.</em></p></div>


Author(s):  
Ana Maria Honorato Borges ◽  
Euzilene Ferreira de Rezende ◽  
Ludimila Lemes Arruda Ferreira
Keyword(s):  

O presente artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre autonomia e esclarecimento. Estas duas expressões são essenciais no contexto da educação contemporânea, haja visto que para o ser humano se tornar um ser social e aparentemente livre, ele carece de ser educado e ter consciência do quanto vale a pena a sua independência. Neste sentido, a discussão proposta é relevante num momento em que se vive muito mais a heteronomia do que a autonomia propriamente dita. Autores como Carlos Rodrigues Brandão, Norberto Bobbio, Immanuel Kant e outros foram utilizados neste estudo, porém a ênfase será dada a Paulo Freire. Em Freire, autor considerado como um dos influenciadores do movimento chamado Pedagogia Crítica e um dos mais célebres educadores do Brasil, se encontra o cerne da autonomia, em especial, para aqueles alunos que se matriculam nas instituições de ensino somente na vida adulta. Para ele, a escolarização é o ponto de partida para a conquista do próprio eu, pois ao se autoidentificar o aluno consegue se situar na sociedade de maneira analítica e negar a tudo o que conduz a opressão, evoluindo assim à construção do seu pensamento crítico. Para discutir o referido tema foi realizada uma revisão da literatura, principalmente nas obras Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia que tratam especificamente de autonomia a partir da condição de opressão. Essas e outras obras do autor trazem contribuições para compreender a importância de se construir uma educação pautada na liberdade, no respeito e na ética, pois só assim os indivíduos serão capazes de perceber e envidar esforços na luta contra as ideologias das classes dominantes e buscarem uma sociedade mais justa e digna para todos.


2016 ◽  
Vol 28 (44) ◽  
pp. 391
Author(s):  
Andrea Faggion
Keyword(s):  

Immanuel Kant e Adam Smith foram dois filósofos historicamente próximos, afinal, foram dois pensadores modernos de reconhecida importância. Além da proximidade temporal, Adam Smith foi amigo pessoal e interlocutor daquele que foi o filósofo que, possivelmente, mais impressionava Kant, a saber, David Hume. Não é então de se estranhar que existam pontos de contato entre as obras de Kant e Smith, a menos que nos esqueçamos que, além de ser um pioneiro da ciência econômica, Smith foi também um importante filósofo moral. Essa mera possibilidade de uma relação é reforçada por registros da admiração de Kant por Smith em escritos não publicados do primeiro. Dado o apreço de Kant pela investigação de Smith sobre o conhecimento moral do homem, este trabalho explora um paralelo entre o modo como Smith compara a virtude da justiça à virtude da beneficência na obra A Teoria dos Sentimentos Morais e o modo como Kant distingue os deveres jurídicos dos deveres éticos ou de virtude em sua Metafísica dos Costumes. A hipótese que temos em vista é que Smith poderia ter apresentado a Kant o conhecimento moral comum que haveria de ser formulado em princípios metafísicos por Kant. Na verdade, mais do que sabermos se foi de Smith que Kant retirou distinções e análises conceituais tão caras a sua própria filosofia moral, importa exatamente notar como o pensamento dos dois filósofos poderia bem guardar a referida relação um para o outro, de tal forma que um possa ser usado para iluminar o outro.


EXAMÃPAKU ◽  
2014 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
Author(s):  
Víctor Paulo Oliveira Batista
Keyword(s):  

Este artigo tem como propósito fazer uma análise acerca da Filosofia da História do filósofo alemão Immanuel Kant. Será abordada no presente trabalho sua obra “Idéia de uma História Universal com um Propósito Cosmopolita”, interpretando, assim, nove proposições de como ele via a História, no período compreendido como Modernidade. Para efeito de melhor entendimento, serão solicitadas, durante o texto, reflexões de alguns historiadores acerca do assunto, a fim de perceber como tal visão é englobada na historiografia. Este trabalho fará uma abordagem a cerca de como era a história por volta do século XVII e XVIII, onde toda a Europa se englobaria em uma história universal, como um modelo a ser seguido, com a meta de chegar a uma sociedade livre, emancipada, tais elementos característicos do pensamento Iluminista. Nesta perspectiva, será exposto, portanto, como esse modo de se fazer história da época é encaixado na conjuntura de alguns acontecimentos históricos do período da Modernidade, como os governos absolutistas ilustrados e a Revolução Francesa. Palavras-Chave: Filosofia da História; Modernidade; Historiografia.


2019 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 000i-000v
Author(s):  
Aldair Oliveira de Andrade ◽  
Wagner dos Reis Marques Araújo ◽  
Antonio Marcos de Oliveira Siqueira

Neste primeiro número do volume 2 (2019) da Revista Relações Sociais iniciamos mais uma etapa do que denominamos como um processo fundamental para a construção de uma sociedade esclarecida e emancipada. Somente a socialização e o acesso aos conhecimentos produzidos pelas diversas instituições de ensino e sua aplicação na transformação da realidade pode tornar o mundo melhor.É sempre um desafio para a equipe editorial encontrar um fio condutor entre os diversos resultados de reflexões submetidos a este período, sendo de sua natureza acreditar que conhecimento produzido cientificamente deve ser obrigatoriamente compartilhado indistintamente.Neste volume trazemos temos interessantes, o que nos remente a refletir com pensadores como, Hannad Arendt, Karl Marx, Adorno, Immanuel Kant, entre outros. Assim, somos forçados a lembrar de Hannah Arendt (1999) Que com seu brilhantismo denunciou os descaminhos que a humanidade percorre ao depreciar vida e a “banalizar o mal”. Não menos oportuno lembrar do Kant (2010), quando advoga da urgência de se alcançar o esclarecimento, sendo esta condição possível à aquele que reconhece como sua a culpa de sua menoridade, sendo esta a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo.  Nestes tempos em que há uma banalização das informações, é urgente que o homem busque a maioridade e se livre do julgo da ignorância.Vivemos num tempo e que o capitalismo alcançou o mais alto nível de exploração e expropriação da vida, em que o sentido da vida é consumir, num tempo em que nos tornamos partes e peças de uma grande engrenagem montada, em que desenvolvemos uma um individualismo doentio e patológico (Lipovetsky, 2014) por isso tão difícil de se pensar no protagonismo da classe trabalhadora na transformação do mundo (Marx, 1982 )Este número,  como num mosaico ou caleidoscópio nos propomos a socializar pesquisas que versam sobre, poder, controle e informações, registros, administração e gerenciamento de registros, formação política de trabalhadores,  a luta por direitos e inclusão social dos menos favorecidos, a luta pela inclusão e o direito ao trabalho, a questão  do crescimento da violência e seu alinhamento com o poder, a formação continuada de educadores, o cerceamento do exercício profissional em detrimento do tipo de formação profissional, a formação do cidadão,  e por fim, e não menos importante a percepção de universitários sobre violência doméstica. Este é, em poucas linhas, o enredo deste volume, essas são as pitadas da tessitura do real que nos propomos a compartilhar com todos os leitores e leituras deste país e por que não ousar, do mundo.Os textos nos auxiliam a compreender melhor estes tempos e a buscar ações de transformação da dura realidade que bate a nossa porta. É na esperança de transformação, de que acertemos o passo em direção a escolhas que sejam mais promissoras para afirmação da vida é que nos esforçamos para trazer a público os textos que aqui apresentamos.


Author(s):  
Jean Michel De Lima SILVA (UECE) ◽  
Renata De Freitas CHAVES (UECE)
Keyword(s):  

A presente pesquisa tem por finalidade demonstrar o fio condutor que rege toda a história universal para Immanuel Kant. A metodologia a ser utilizada se baseia na pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, pela qual trabalharemos a edição bilíngue (Alemão-Português) da obra: “Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita”. É de se verificar que a história universal se ocupa da narrativa das ações humanas, a saber, de suas manifestações. Nesta perspectiva Kant busca uma apreensão filosófica da história universal,acompanhando um plano oculto da própria natureza que busca efetivar uma constituição política perfeita. Assim para atingirmos nosso objetivo de explicitar o fio condutor da história universal, analisaremos primeiramente o homem como o único ser racional sobre a face da terra, como também, a exigência de se cultivar esta mesma razão no âmbito da espécie e da história. Em umsegundo momento, trabalharemos o antagonismo como motor que desperta os talentos humanos e os faz superar sua tendência à preguiça. Temos aqui o aparecimento da “astúcia da razão” que se utiliza dos vícios (tais como: projeção, ânsia de dominação e vaidade) para alcançar o desenvolvimento cultural e garantir uma sociedade na qual a liberdade se expressa sob leis civis.Por fim, abordaremos ainda as relações internacionais entre Estados e a elaboração de um Estado cosmopolita universal. Chega-se ao resultado, que para Kant, o conjunto da história humana é a efetivação de um plano oculto da própria natureza que procura estabelecer uma constituição política perfeita tanto internamente, como, externamente.


2014 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 1-15
Author(s):  
Vinicius Pinheiro Marques ◽  
Sérgio Augusto Pereira Lorentino ◽  
Rubem Ribeiro de Carvalho
Keyword(s):  

Este artigo teve como delimitação de tema e também questão central a possibilidade da aplicação do pensamento Kantiano sobre dignidade humana como fundamento do princípio lealdade processual. Para tanto, não só identificou a idéia do autor como, brevemente, descreveu a natureza jurídica da jurisdição, da relação jurídica processual, para relacionar ao final com o princípio da lealdade processual. A relevância do artigo está na evidente necessidade de se ter movimentos teóricos e construções normativas que acompanhem as transformações sociais considerando um sistema que vem se fundamentando na dignidade humana, sendo objetivo essencial na construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Utilizando-se como referencial teórico a idéia de dignidade aventada pelo filósofo Immanuel Kant, foi desenvolvida uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, cuja vertente metodológica é de procedimento bibliográfico teórico-documental, sob um ângulo dogmático, utilizada como forma de analisar os resultados. Concluiu-se que a percepção Kantiana sobre a dignidade humana pode fundamentar o princípio da lealdade processual.      


Author(s):  
Immanuel Kant ◽  
Henry Allison ◽  
Peter Heath ◽  
Gary Hatfield ◽  
Michael Friedman
Keyword(s):  

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