scholarly journals Entre a classe e a multidão

2021 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
Author(s):  
Cássia Zimmermann Fiedler
Keyword(s):  

O presente trabalho tem por objetivo realizar, primeiramente, uma ligeira introdução da concepção de de carne biopolítica, na medida em que se perpassa por diferentes autores, os quais serão explicitamente perseguidos com o objetivo de sinalizar os substratos através dos quais se fundamenta uma perspectiva ontológica materialista, sendo ela a expressão do ser enquanto atravessado por produtividade e, nesse sentido, representativo da caracterização das sociedades e de seus respectivos desenrolares. Tal abordagem é capaz de fornecer os sedimentos que sustentam a descrição da chamada multidão, termo que será apresentado enquanto resgatado do âmago do pensamento político moderno, sendo posteriormente reconfigurado a partir de balizas contemporâneas. Dessa maneira, será por meio de uma série de comparações realizadas com relação à determinadas entidades políticas, tais como as massas, os povos e as classes, que serão explicitadas as particularidades as quais são sublinhadas com o intuito de delimitar o conceito de multidão, tanto como os entrelaçamentos realizados por Antonio Negri e Michael Hardt, os quais sinalizam para a possibilidade de designar uma classe multitudinária.

Author(s):  
Ingrid Diran

Agamben describes his posture as a reader as one of seeking a text’s Entwicklungsfähigkeit, or capacity for elaboration.1 In examining Agamben’s practices of reading, we can attend to the opposite phenomenon: the counter-elaboration that a text, in having being read by the philosopher, performs upon Agamben’s own thought. This reciprocal elaboration might constitute a paradigm for Agamben’s use of reading, according to his own idiosyncratic definition of use as an event in the middle voice, in which (according to a definition of Benveniste) the subject ‘effects an action only in affecting itself (il effectue en s’affectant)’ (UB 28). With this definition in mind, we could say that Agamben effects a text (he writes) only to the extent that he is also affected by another text (he reads). This is why Agamben’s position as a reader proves particularly important to any assessment of his work, quite aside from the problem of influence or intellectual genealogy. For this same reason, however, assessing Agamben’s relation to Antonio Negri – a figure with whom, by most measures, he is at odds – poses an unexpected challenge: how can Agamben’s thought be a use of Negri? Answering this question means not only assessing the critical distance between the two thinkers, but also taking this distance as a measure, in the Spinozan sense, of mutual affection.


2018 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 175
Author(s):  
Ozan Alakavuklar
Keyword(s):  

Review of Michael Hardt and Antonio Negri, Assembly. A new gloss on the capacity of the multitude in the age of Empire.  


2018 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
Author(s):  
Arthur Roberto Capella Giannattasio
Keyword(s):  

Resenha do Livro Empire, de Michael Hardt e Antonio Negri


Author(s):  
Carlos Augusto Peixoto Junior

O presente artigo tem como objetivo retratar a atualidade do conceito de sociedade do espetáculo tal como formulado por Guy Debord, buscando avaliar algumas de suas repercussões junto ao pensamento filosófico- político contemporâneo. Neste sentido, consideramos inicialmente a concepção de sociedade de controle tal como proposta por GUIes Deleuze, para em seguida investigarmos suas conexões com as concepções de Império e Multidão tal como propostos por Antonio Negri e Michael Hardt. Por último, discutimos os pontos de vista de Giorgio Agamben sobre o espetáculo contemporâneo e suas repercussões no que diz respeito à singularidade dos processos de subjetivação. Com esse percurso nos propomos também a avaliar as possibilidades de resistência aos usos da mídia por parte do poder dominante.


2015 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 45
Author(s):  
Dilma Beatriz Rocha Juliano ◽  
Jean Raphael Zimmermann Houllou
Keyword(s):  

O artigo propõe o estudo de Star Trek: a série original, em específico, em que aparecem, na relação entre a Enterprise e seus inimigos, os Romulanos e os Klingons, na primeira temporada. O seriado sugere a defesa de valores e um modo de operar a política que se coadunam com o funcionamento da “ordem imperial” que surgia no seu contexto de produção, a Guerra Fria. Além disso, também é possível constatar na ficção a presença de desejos da “multidão”, já que a ordem imperial pode ser parcialmente entendida como uma reposta aos seus anseios transformadores. As concepções de “Império” e “Multidão” apoiam-se no pensamento de Antonio Negri e Michael Hardt. 


2019 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 663-687
Author(s):  
Jessica Auchter ◽  
Bruna Holstein Meireles ◽  
Victor Coutinho Lage

Abstract Jacques Derrida delivered the basis of The Specters of Marx: The State of the Debt, the Work of Mourning, & the New International as a plenary address at the conference ‘Whither Marxism?’ hosted by the University of California, Riverside, in 1993. The longer book version was published in French the same year and appeared in English and Portuguese the following year. In the decade after the publication of Specters, Derrida’s analyses provoked a large critical literature and invited both consternation and celebration by figures such as Antonio Negri, Wendy Brown and Frederic Jameson. This forum seeks to stimulate new reflections on Derrida, deconstruction and Specters of Marx by considering how the futures past announced by the book have fared after an eventful quarter century. In this third group of contributions, Jessica Auchter, Bruna Holstein Meireles and Victor Coutinho Lage draw broadly on Derrida’s writings to explore the spectrality of the international or inter-state-eal: of politics itself being based on hospitality toward the ghost as foreign guest, of the possibility of enacting a politics of spectrality that might aspire to a new kind of universality, and of how a ‘without international’ might escape the series of prisons that constitutes the international.


2001 ◽  
Vol 8 (16) ◽  
pp. 9
Author(s):  
James Petras
Keyword(s):  

<p>Los Estados imperiales, lejos de ser substituidos por la expansión en el exterior del capital, han crecido y se han convertido en componentes esenciales de la economía política mundial. El presente ensayo dirige una fuerte crítica al libro <em>Imperio</em> de Antonio Negri y Michael Hardt, y argumenta que el concepto de imperio de los autores encubre el papel del Estado imperial, disminuyendo así la importancia de un adversario esencial en las primeras líneas de la defensa de los privilegios y el poder de las compañías multinacionales. Al realizar la crítica a Imperio aprovecha la oportunidad para explicar el papel prioritario que el Estado imperial juega hoy, pues la globalización no existiría si no fuera por la intervención estatal. El imperialismo adopta muchas formas, pero persigue siempre el mismo objetivo: la conquista de mercados. Todo esto es el pretexto para poner de manifiesto lo que es el Imperio, el imperialismo que aún subsiste y el Estado. El Estado no sólo no deja de tener razón se ser sino que es pieza clave en el engranaje del sistema capitalista mundial hoy en día  y más que nunca.</p>


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document