Este artigo analisa os impactos dos diferentes modais de transporte nos fluxos de comércio internacional dos estados brasileiros. Para isso, usamos a equação gravitacional estimando três modelos diferentes: dados agrupados; efeitos fixos; e efeitos aleatórios. Além disso, incluímos variáveis para os principais modais de transporte utilizados no país, isto é, modal rodoviário, ferroviário, aquático e aéreo. Finalmente, uma vez que há evidências de que existe correlação espacial nos dados, incluímos um modelo de econometria espacial, o modelo spatial lag of X (SLX). Usamos um painel que incluiu dados de comércio de 2012, 2013, 2014 e 2015 para todos os 27 estados do Brasil para os principais parceiros comerciais do país. Nossos resultados mostram que o comércio dos estados brasileiros é impactado de forma significativa pela infra-estrutura de transporte dos estados, especialmente o transporte rodoviário, mas também o transporte ferroviário e aquático. Além disso, descobrimos que a infra-estrutura ferroviária e portuária em estados vizinhos é importante para explicar as exportações de um estado. Isso explica, por exemplo, o fato de que uma proporção substancial das exportações de soja dos estados do Centro Oeste como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás é exportada através do uso da infra-estrutura ferroviária e portuária do estado vizinho São Paulo.