scholarly journals NARRATIVAS CONTRACOLONIAS EM O CRIME DO CAIS DO VALONGO

2021 ◽  
pp. 161-174
Author(s):  
Iasmin Rocha da Luz Araruna de Oliveira
Keyword(s):  

A produção literária de escritoras negras tem sido aquela que mais questiona os apagamentos e silenciamentos históricos e epistêmicos dentro do texto nacional canônico. O negro dentro do cânone é sistematicamente retratado a partir de estereótipos e no lugar de outro. Neste trabalho, a pretendo analisar, a partir de teóricos como Homi Bhabha, Beatriz Nascimento e Guerreiro Ramos, como a obra O Crime do Cais do Valongo, da escritora Eliana Alves Cruz, publicado em 2018, faz uma leitura crítica da memória e da história negra partindo dos próprios negros, deslocando o lugar da representação para a representatividade e criando uma narrativa da história que rompe com a ideia do negro como o outro.

2020 ◽  
Vol 138 (1) ◽  
pp. 62-79
Author(s):  
Maryam Soltan Beyad ◽  
Ehsan Kazemi

AbstractChallenging the established poetic idea of Ireland as a unified whole, new Irish poetry encourages a perspective toward homeland alongside with a corresponding revision of Irish subjectivity as liminality. Introduced by Homi Bhabha as a postcolonial cultural term, the idea privileges hybrid cultures and challenges solid or authentic ones. Moreover, this liminal rationale entails a corresponding chronotopic rendition, as Bakhtin intends to theorize it, whereby the notion of spatio-temporality assists the poet in rethinking the Irish identity. An archeologist shrouded as a poet, Heaney’s early work, North (1975), is an attempt to reterritorialize the Motherland while Station Island (1984) represents the deterritorialization of the land, a collection in which Heaney proposes an alternative notion of Irish identity. The present study seeks to show how Heaney’s aforementioned poetry collections manifest a transition from a patently nationalist reception of land to a tendency to liminal spaces. Hence, a critical juxtaposition of these two works bears witness to an endeavor to move beyond the solid, reductionist perspective of the unified Ireland into a state of liminality with respect to Bhabha’s idea of hybridity. Furthermore, it is argued how Bakhtin’s idea of chronotope can accommodate to the accomplishment of such a poetic project.


Resonance ◽  
1998 ◽  
Vol 3 (7) ◽  
pp. 3-5
Author(s):  
G. Venkataraman
Keyword(s):  

Archaeologies ◽  
2012 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 52-54 ◽  
Author(s):  
Ömür Harmansah ◽  
Nick Shepherd
Keyword(s):  

Genre ◽  
2021 ◽  
Vol 54 (2) ◽  
pp. 195-219
Author(s):  
Liz Shek-Noble

Alexis Wright's second novel, Carpentaria, received critical acclaim upon its publication by Giramondo in 2006. As the recipient of the Miles Franklin Literary Award in 2007, Carpentaria cemented Wright's position as the country's foremost Indigenous novelist. This article places Carpentaria within contemporary discussions of “big, ambitious novels” by contemporary women novelists by examining the ways the novel simultaneously invites and resists its inclusion into an established canon of “great Australian novels” (GANs). While critics have been quick to celebrate the formal innovations of Carpentaria as what makes it worthy of GAN status, the novel nevertheless opposes the integrationist and homogenizing myths that accompany canonization. Therefore, the article finds that Wright's vision of a future Australia involves moments of antagonism and mutual understanding between white settler and Indigenous communities. This article uses the work of Homi Bhabha to argue that Carpentaria demonstrates the emergence of a third space wherein negotiation between these two cultures produces knowledge that is “new, neither the one nor the other.” In so doing, Wright shows the resilience of Indigenous knowledge even as it is subject to transformation upon contact with contradictory ideological and epistemological frameworks.


Tematicas ◽  
2014 ◽  
Vol 22 (44) ◽  
pp. 35-60
Author(s):  
Mariana Faiad Batista Alves
Keyword(s):  

Buscaremos, neste ensaio, apresentar propostas teóricas possíveis para pensar uma situação inusitada e particular em que se encontram muitos indianos atualmente. Partiremos de experiências concretas, frutos de um estranhamento que beira a perplexidade, para mostrar a dificuldade real em compreender o que se entende por modernidade na Índia. Seguimos com uma revisão bibliográfica de autores os quais acreditamos que estão na busca por compreender uma realidade que necessita de pressupostos teóricos cujo escopo seja capaz de abarcar uma cultura milenar forte e persistente em contato direto com a globalização. Para isso, traremos a discussão textos de Homi Bhabha e parte da obra de Salman Rushdie.


2019 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Luís Paulo Cruz Borges

A presente tese tem como objeto de estudo a relação dos jovens estudantes do Ensino Médio com o conhecimento escolar. Pauta-se na abordagem teórico-metodológica etnográfica, situada na fronteira entre a antropologia e a educação. Assim, foram utilizados o caderno de campo, notas etnográficas, descrição densa, entrevistas, fotografias, observação participante e produções textuais como formas de apreender um recorte da realidade social. Articulam-se as categorias conhecimento escolar, juventudes e futuro, privilegiando os teóricos Bernard Charlot, Carmen Gabriel, Alice Lopes e Elizabeth Macedo, Juarez Dayrell, José Pais, Gilberto Velho, Clifford Geertz, Carmen de Mattos, Homi Bhabha, W. Pinar e Arjun Appadurai.  A tese questionou: como jovens estudantes do Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual do Rio de Janeiro se relacionam com o conhecimento socializado pela escola?  Como objetivo geral, estudou e investigou, através da ótica dos próprios participantes da pesquisa, qual é o papel da escola diante do conhecimento escolar. Dessa forma, emergiram três categorias analíticas: i) o conhecimento escolar, partindo da relação entre as instâncias críticas e pós-críticas, colocando em xeque as concepções de escola e suas contradições presentes na modernidade, além de um confronto entre o texto curricular proposto na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) com as vozes discentes encontradas na pesquisa; ii) a ideia de juventudes em trânsito abordando a relação dos jovens com o conhecimento escolar, compreendendo os processos educacionais e a própria imagem e concepção de juventude em sua relação com a escola. Opera-se numa lógica de que há uma polifonia nas vozes discentes que podem ser escutadas como forma de uma produção curricular pensando os dissensos como caminhos possíveis. iii) por fim, articula-se a categoria futuro da escola, e dos seus sujeitos, em um processo de dupla transitividade: o futuro como temporalidade e o futuro como emergência e (re)imaginação das relações sociais dos jovens com o conhecimento e a escola. Deste modo, trabalha-se o futuro como uma categoria etnográfica sob rasura, em que as vozes discentes indicam que escola e que conhecimento hão de existir. À guisa de conclusão, defende-se a tese de que o conhecimento escolar, entendido como atos de significação, é uma dimensão criadora dos modos de subjetivação e diferença, capaz de permitir a emergência de transformações sociais no contexto escolar que ocorrem a partir das vozes dos seus sujeitos pautando-se na enunciação cultural.  Descrevem-se as vozes de alunos e alunas que se misturam à interpretação do pesquisador (re)imaginando a escola do futuro, que só se faz existente a partir de mudanças profundas em sua arquitetura moderna, a partir da sua reconstrução, sob rasura, e inserção na pós-modernidade.


Author(s):  
Doaa Embabi

This paper examines the link between the notion of ‘cultural translation,’ initially introduced by Homi Bhabha in The Location of Culture (1994), and autobiographical writing by a translingual writer: Edward Said’s memoir, Out of Place (1999). As an ArabAmerican intellectual, Said culminates his writing career with a memoir, in which he represents the educational years of his life. Said shows through the narrative that the interplay between Arabic and English language and cultures strongly infl uenced the formation of his identity. Thus, this paper explores reading his memoir as an attempt at ‘cultural translation’ according to which difference is not necessarily trapped in binary oppositions of self/other; East/West; home/foreign land – to name only a few. Difference in this context rather opens a possibility for more fluid boundaries allowing for negotiation and change.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document