scholarly journals A VIVÊNCIA DA PESSOA COM DIABETES APÓS ATENDIMENTO DE URGÊNCIA

2011 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
Author(s):  
Simone Crsitina Baggio ◽  
Jocimara Costa Mazzola ◽  
Sonia Silva Marcon

O objetivo deste estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa foi compreender os fatores intervenientes no tratamento do diabetes mellitus que levam pessoas com esse diagnóstico a necessitar de atendimento de saúde de urgência. O estudo foi realizado em setembro de 2009 com 18 pessoas diabéticas; os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados mostram que, entre os cuidados cotidianos para o controle da doença, o domínio da alimentação e o uso correto das medicações são os mais valorizados e que a dieta com restrições é a principal dificuldade enfrentada. Concluímos que os indivíduos estudados necessitam de orientações para o aprimoramento de habilidades, sendo imprescindível que as equipes de saúde conheçam a realidade individual e que estejam capacitadas e volvidas à sistematização da assistência visando mudanças de hábitos de vida e contribuindo com o controle da síndrome metabólica.

2007 ◽  
Vol 51 (8) ◽  
pp. 1185-1190 ◽  
Author(s):  
Maria Silvia S. Caetano ◽  
Lucio Vilar ◽  
Claudio E. Kater

Os incidentalomas de adrenais (IA) são tumores freqüentes em humanos. A síndrome de Cushing (SC) endógena é rara e os adenomas de adrenais são responsáveis por 10% dos casos de SC. A SC subclínica ocorre em IA com dinâmica do cortisol anormal e ausência de fenótipo característico de hipercortisolismo. A prevalência média de SC subclínica em IA é de 9%. Dados de pequenas séries indicam que 20% dos IA desenvolvem alterações bioquímicas quando acompanhados por 10 anos. A evolução da SC subclínica parece ser benigna, raramente ocorrendo aumento da massa e evolução para a SC clinicamente manifesta. Os incidentalomas e a SC subclínica têm sido correlacionados aos componentes da síndrome metabólica, especialmente ao diabetes mellitus do tipo 2. Embora o número de pacientes avaliados ainda seja pequeno, os estudos disponíveis demonstram que o tratamento do hipercortisolismo resulta em melhor controle metabólico e da pressão arterial. Esses achados levaram alguns autores a pesquisar a presença de SC subclínica em pacientes com diagnóstico prévio de diabetes mellitus. Os estudos realizados utilizando diferentes abordagens diagnósticas mostraram que nesse grupo de pacientes a incidência de SC subclínica é maior do que na população geral.


2014 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Ana Roberta Vilarouca da Silva

No Brasil, a Síndrome Metabólica (SM) é desconhecida em várias regiões, e pouco estudada em diferentes populações. Isso porque, é proveniente da globalização, indicador inerente à modificação do estilo de vida da sociedade. Esta síndrome associa-se a Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), especialmente as cardiovasculares. E por ser multifatorial, destacam-se os níveis pressóricos e glicêmicos elevados, fatores-problema no desenvolvimento de complicações. A SM é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular (a hipertensão arterial, a dislipidemia, a obesidade visceral e as manifestações de disfunção endotelial), usualmente relacionados à disposição central de gordura e à resistência à insulina(1). As três principais definições clínicas da SM em adultos utilizadas são as propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e pela International Diabetes Federation (IDF)(2). E em adolescentes existem adaptações(3-4). Assim, são fatores de risco para SM agregação de excesso de peso ou adiposidade central, hipertensão arterial, elevação dos triglicerídeos, diminuição do colesterol HDL (high density lipoprotein) e intolerância à glicose/resistência à insulina/diabetes mellitus tipo II (DMII). A prevalência de síndrome metabólica é variável, em função dos diferentes critérios diagnósticos utilizados. Na população pediátrica, as frequências de síndrome metabólica variam de 4,2% a 9,2%, com aumento na prevalência quando se consideram crianças e adolescentes obesos para 17,3% e 35,5%. Alguns estudos destacam que os componentes mais frequentes no diagnóstico de síndrome metabólica são a aumentada circunferência abdominal (88,1%) e pressão arterial (47,5%), seguidos de maior concentração de triglicerídeos (23,4%) e de baixo HDL-colesterol (23,3%)(5). Em se tratando do estado do Piauí, a busca à literatura revelou que até o presente momento, existe uma pesquisa em conclusão com foco na SM entre universitários e outras que iniciaram em 2014 com escolares, incluindo crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas. Consequentemente, ainda não se conhece a sua prevalência nesses locais, assim como, não se conhece a prevalência da SM em populações específicas, como em adolescentes escolares. Levando em consideração as informações descritas anteriormente sobre os possíveis agravos que a SM pode causar, a associação às doenças cardiovasculares e ao DM2, acredita-se que a pesquisa sobre os fatores de risco para SM seja de extrema importância ao trazer dados iniciais sobre a SM, o que deverá suscitar o planejamento e a implementação de ações que tenham impacto na promoção da saúde dos estudantes.


2000 ◽  
Vol 44 (6) ◽  
pp. 509-518 ◽  
Author(s):  
Leila Maria Batista Araújo ◽  
Maria M. dos Santos Britto ◽  
Thomaz R. Porto da Cruz

O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) resulta de defeitos na secreção e ação da insulina. Ele está freqüentemente associado à resistência à insulina, obesidade andróide, dislipidemia e hipertensão arterial, constituindo a síndrome metabólica. O tratamento atual visa diminuir a resistência à insulina e melhorar a função da célula beta pancreática com dieta, exercícios, hipoglicemiantes orais, anti-hiperglicemiantes e/ou drogas anti-obesidade. Novas drogas no tratamento do DM estão surgindo, tornando possíveis múltiplas opções terapêuticas. Este artigo apresenta uma revisão sobre o assunto.


2021 ◽  
Vol 37 ◽  
pp. e9004
Author(s):  
Laís Assunção Vilefort ◽  
Laura Vitória de Oliveira Frade ◽  
Marcelo Hot Petronilho ◽  
Anna Carolina dos Reis Santos ◽  
Igor Henrique Vidal ◽  
...  

Objetivo: Revisar na literatura científica os aspectos em uma ampla abordagem sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Revisão bibliográfica: A SOP é uma endocrinopatia muito comum em mulheres, principalmente na idade reprodutiva. Seu quadro clínico é caracterizado por hiperandrogenismo, disfunção ovulatória e infertilidade. Além disso, está associada a fatores de risco cardiovasculares como obesidade, resistência à insulina, dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica, síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2. Por conta da extensa variabilidade clínica, o diagnóstico da SOP pode ser difícil. O tratamento é, na maior parte das vezes, sintomático e estabelecido de acordo com as principais manifestações clínicas da paciente, o desejo de contracepção ou gestação e a presença de distúrbios metabólicos associados. Considerações finais: A SOP deve ser diagnosticada e tratada preferencialmente por um médico ginecologista obstetra com o intuito de reduzir o risco de complicações associadas à doença e melhorar a qualidade de vida da paciente afetada.


Author(s):  
Aline Da Silva Santos

O Diabetes Mellitus (DM) representa uma doença metabólica, com etiologias e fisiopatologia complexa e multifatorial, caracterizado por hiperglicemia, que resulta de uma secreção deficiente de insulina pelas células β, resistência periférica à ação da insulina ou ambas (SBD, 2018). As duas classes mais prevalentes são o DM tipo 2 (DM 2), que responde por 85 a 90% dos casos, e o DM tipo 1 (DM l) que corresponde a 5 a 10% (ADA, 2018).O DM2 é o tipo mais prevalente e está frequentemente associado à componentes da síndrome metabólica, como obesidade visceral, dislipidemia aterogênica (hipertrigliceridemia e redução do high densitylipoproteincholesterol [HDL-c]) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) que apresenta como elo a resistência insulínica (RI) (ADA, 2018).A presença de DM representa fator de risco significativo para doença cardiovascular (DCV), com aumento da sua prevalência de 2 a 4 vezes assim como antecipa o seu desenvolvimento em cerca de 15 anos. O aumento da atividade pró-aterogênica nas células musculares lisas da parede vascular e da agregação plaquetária, além do aumento de fatores pró-coagulantes, da viscosidade sanguínea e da produção de fibrinogênio, são alguns dos mecanismos que favorecem o desenvolvimento dessa complicação (DIRETRIZES SBD 208).O sobrepeso e obesidade são condições de elevada prevalência e morbidade que representam fatores de risco importantes para patologias como DM 2, dislipidemia, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, entre outras . Em geral, quanto maior o peso, representado pelo índice de massa corpórea (IMC), maior o risco dessas comorbidades (VILAR 2013).Tais aspectos justificam a realização de estudos que visem avaliar a associação entre a excesso de peso e presença DCV em pacientes que tenham diagnóstico de DM 2 com duração de diagnóstico elevada, uma vez que tais dados podem fornecer base para futuras intervenções preventivas e terapêuticas.


2021 ◽  
Vol 10 (14) ◽  
pp. e349101419993
Author(s):  
Maurício Ferreira Gomes ◽  
Silvia Priscila Marques Igreja ◽  
Silvia da Silva Rodrigues Cardoso ◽  
Isan Trindade Vale ◽  
Aline Costa Bastos ◽  
...  

Trata-se de uma revisão integrativa bibliográfica, cujo tema é as complicações enfrentadas pelos pacientes diabéticos no processo de cicatrização: uma abordagem farmacêutica. A presente revisão da literatura utilizou como base dados da Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (Medline), a Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Google Scholar e os dados da PUBMED. O diabetes Mellitus apresenta alta incidência na população mundial sendo uma doença metabólica crônica, dividida em diabetes tipo 1 e tipo 2, sendo o mais incidente na população o diabetes tipo 2 que representa uma disfunção na atividade da insulina (hormônio pancreático), ambas caracterizadas por elevação do nível glicêmico nos pacientes. Tal alteração patológica pode trazer serias complicações ao paciente diabético, em destaque as complicações no reparo de lesões teciduais. A importância da abordagem em pacientes portadores de diabetes mellitus se faz devido ao grande índice da população que é diagnosticada e/ou tem pré-disposição a desenvolver essa síndrome metabólica.  A aplicação de terapias adequadas demonstra-se como grande ponto de atenção para o sucesso das terapias, sendo as plantas medicinais e os seus metabólitos ativos de grande valor para sucesso na terapia de lesões em diabéticos. Baseado nisso, os diversos autores descritos no estudo ressaltam as possibilidades terapêuticas, inseridos na prática clínica e levantam as possiblidades de produtos farmacêuticos que podem ser utilizados no tratamento de lesões em diabéticos. Por fim, concluímos que é de suma importância uma continuidade de estudos para melhor compreensão da temática para buscar minimizar assim complicações associadas a cicatrização nos diabéticos.


2017 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 330
Author(s):  
Artur Figueiredo Delgado

A conferência de abertura do 49th Annual Meeting of The European Society for Paediatric Gastroenterology,<br />Hepatology and Nutrition (ESPGHAN 2016) foi ministrada pelo Professor George P. Chrousos. Ele<br />é um dos 250 mais proeminentes cientistas pesquisadores do mundo em sua área de atuação. O<br />Professor George P. Chrousos explanou sobre as mais variadas situações em que potenciais causas<br />de stress determinam condições inflamatórias. Os processos inflamatórios e as alterações da condição<br />nutricional estão relacionados a significantes modificações metabólicas. A subnutrição (caquexia) e<br />a obesidade estão relacionadas com a inflamação e consequente risco aumentado de alterações<br />imunológicas, infecção, Diabetes Mellitus tipo II, Síndrome Metabólica e doenças cardiovasculares. Os<br />biomarcadores tem potencial para diagnóstico, monitorização, estratificação e como prognóstico em<br />várias síndromes. O exemplo mais conhecido é a síndrome da resposta inflamatória sistêmica que pode<br />impactar na condição nutricional. Os biomarcadores podem avaliar as duas condições e vários deles<br />são frequentemente utilizados na prática clínica: albumina, proteína C-reativa, 25-hidroxivitamina D,<br />cálcio, magnésio, proteínas totais, transferrina, triglicérides e zinco. Novos estudos serão necessários<br />para estabelecer o valor dos biomarcadores quanto ao prognóstico (morbimortalidade).


Author(s):  
C. Nogueira ◽  
S. Belo ◽  
S. Corujeira ◽  
R. Martins ◽  
G. Silva ◽  
...  

2017 ◽  
Vol 10 (S 01) ◽  
pp. S330-S334
Author(s):  
Artur Figueiredo Delgado

RESUMOA conferência de abertura do 49th Annual Meeting of The European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN 2016) foi ministrada pelo Professor George P. Chrousos. Ele é um dos 250 mais proeminentes cientistas pesquisadores do mundo em sua área de atuação. O Professor George P. Chrousos explanou sobre as mais variadas situações em que potenciais causas de stress determinam condições inflamatórias. Os processos inflamatórios e as alterações da condição nutricional estão relacionados a significantes modificações metabólicas. A subnutrição (caquexia) e a obesidade estão relacionadas com a inflamação e consequente risco aumentado de alterações imunológicas, infecção, Diabetes Mellitus tipo II, Síndrome Metabólica e doenças cardiovasculares. Os biomarcadores tem potencial para diagnóstico, monitorização, estratificação e como prognóstico em várias síndromes. O exemplo mais conhecido é a síndrome da resposta inflamatória sistêmica que pode impactar na condição nutricional. Os biomarcadores podem avaliar as duas condições e vários deles são frequentemente utilizados na prática clínica: albumina, proteína C-reativa, 25-hidroxivitamina D, cálcio, magnésio, proteínas totais, transferrina, triglicérides e zinco. Novos estudos serão necessários para estabelecer o valor dos biomarcadores quanto ao prognóstico (morbimortalidade).


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