scholarly journals Revisitando o debate da violência, dos abusos e maus-tratos sofridos pela pessoa idosa

2021 ◽  
Vol 42 (2) ◽  
pp. 223
Author(s):  
Maria Luiza de Andrade Picanço Meleiro ◽  
Izaura Rodrigues Nascimento ◽  
André Luiz Machado das Neves

O Brasil passa por mudanças significativas e profundas em sua estrutura etária, com isso o contingente de idosos só tende a aumentar. Concomitante a esse aumento, crescem também, na mesma proporção, os desafios que o País tende a enfrentar face a estas transformações. Nesse aspecto, objetiva-se revisitar debates sobre maus-tratos e abusos sofridos pelas pessoas idosas e explorar a produtividade analítica do conceito de violência e demografia para se pensar a relação contemporânea. Para isso, realizou-se uma pesquisa de revisão narrativa da literatura. Adotamos uma abordagem de cunho sociológico sobre o tema da violência. Para tal partiu-se de algumas ideias de Norbert Elias, Michel Foucault, Max Weber, Michel Misse, Willem Schinkel e Thomas Hobbes. Todos relacionam a violência ao poder, como Foucault, no entanto alguns se voltaram para o entendimento de sua fonte (Hobbes), configuração (Elias), para o Estado moderno que detém o monopólio legítimo de seu uso (Weber), outros para a compreensão sociológica contemporânea da violência na problemática que envolve estrutura e sujeito (Skinkel, Misse). Conclui-se que as várias formas de violência sofridas pelos idosos brasileiros constituem práticas sociais de violação de direitos consagrados na Constituição da República de 1988 e no Estatuto do Idoso. Portanto, é necessário resguardar e proteger os direitos dos idosos. Apesar das inúmeras possibilidades e contextos em que se originam, as várias expressões de violência podem ser devidamente tratadas, prevenidas e reduzidas.

2021 ◽  
Vol 10 (5) ◽  
pp. e11310514006
Author(s):  
Maria Luiza de Andrade Picanço Meleiro ◽  
Izaura Rodrigues Nascimento ◽  
Fabiola Silva dos Santos ◽  
Natalie Picanço de Medeiros da Silva ◽  
Victória Aleksandra Abreu Cavalcante

Apoiado em pesquisa bibliográfica de especialistas na área de violência e violência contra idosos, assim como em documentos oficiais do governo brasileiro, o artigo objetiva trazer à discussão a problemática da violência e da violência sofrida pela pessoa idosa no contexto brasileiro. O Brasil passa por mudanças significativas e profundas em sua estrutura etária e o contingente de idosos só tende a aumentar. Concomitante a esse aumento, crescem também, na mesma proporção, os desafios que o país tende a enfrentar face a esta realidade. É realizada uma abordagem de cunho sociológico sobre o tema da violência com o objetivo de compreender, situar, conceituar, caracterizar e problematizar a violência dentro do contexto social e sua manifestação na sociedade. Para tal nos valemos das ideias de Norbert Elias, Michel Foucault, Max Weber, Michel Missi, Willem Schinkel, Norberto Bobbio, Edgar Morin, Thomas Hobbes, dentre outros. O texto conclui afirmando que a violência entre seres humanos parece fazer parte da própria história da humanidade, e que violência doméstica e os maus-tratos a idosos não devem ser entendidos fora do contexto da violência social/estrutural em que os indivíduos e as comunidades estão inseridos. É necessário, portanto, que o conjunto da sociedade tenha uma visão mais ampliada, que permita a percepção de que o enfrentamento da violência contra o idoso ultrapassa a análise criminal e exige a aplicação dos princípios que norteiam a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso.


IUSTA ◽  
2016 ◽  
Vol 2 (29) ◽  
Author(s):  
PAULO ILICH BACCA BENAVIDES

<p>El artículo presenta las teorías del Estado y del poder derivadas de las obras de Hans Kelsen, Max Weber, Karl Marx, Norbert Elias, Michel Foucault y Catherine Mackinnon. Para hacerlo se tiende un puente entre literatura, historiografía y teoría política. Se trata de una reconstrucción crítica que propone una visión alter- nativa a la narración convencional de la teoría y la historia del Estado en el mundo occidental a partir de un examen riguroso de ésta, pero al tiempo, de un cuestionamiento igualmente estricto de sus fundamentos epistemológicos: muchos de ellos emparentados con políticas clasistas, etnocéntricas y sexistas.</p>


2010 ◽  
pp. 121-134
Author(s):  
Philippe Corcuff

Il saggio, nato da una conferenza sul tema della democrazia organizzata da "Attac", č una trattazione della questione dei processi di individualizzazione e disindividualizzazione in relazione all'impegno politico che ripercorre la produzione sociologica recente e attraversa le analisi di autori come Norbert Elias, Jacques Derrida e Michel Foucault. Particolare attenzione č rivolta al problema dei presupposti impliciti operanti nell'analisi sociologica e a quanto da essi deriva sul piano valutativo. L'autore, che propone un recupero critico della nozione di individualitÀ, mette in guardia da un lato rispetto a una considerazione atemporale delle categorie sociologiche e politiche, dall'altro rispetto alle riduzioni semplificanti dell'individualismo di cui sottolinea invece l'irriducibile complessitÀ.


2019 ◽  
Vol 33 (2) ◽  
pp. 48-71
Author(s):  
Andrea Rossi

This article analyses the set of ethical questions underlying the emergence of the modern politics of security, as articulated, in particular, in the work of Thomas Hobbes. An ethic is here understood – in line with its ancient philosophical use and the interpretation advanced by authors such as Michel Foucault and Pierre Hadot – as a domain of reflections and practices related to the cultivation and conversion of the self ( askēsis, metanoia). The article aims to demonstrate that, besides attending to the physical safety of the state and its citizens, modern apparatuses of security are also crucially implicated in the formation of their subjects as ethical and autonomous individuals. To substantiate this thesis, the article first illustrates how, since the first appearance of the term in the vocabulary of Western thought – and in Seneca’s work in particular – theories of security have been intimately tied to the cultivation of the self. It thus interprets Hobbes’s reflections on the subject as the upshot of a substantive, if implicit, re-articulation of Seneca’s ethic of security, by focusing on the two authors’ respective understandings of (a) autonomy, (b) the world, (c) ascesis, and (d) politics. Overall, it is suggested that the differences between the two authors testify to a wider political-historical shift: in modern regimes of governmentality, the ethical dimension of security no longer defines the rightful exercise of political power, but rather appears as an object of social and economic governance.


Acheronta ◽  
2021 ◽  
pp. 166
Author(s):  
Gerardo Adrián Aguilar

<p class="Default"> Lo obra “<em>La ideología alemana</em>” de los autores Marx y Engels es relevante por su potencial descriptivo de lo real en términos de crítica. Filosóficamente, en términos de problematizaciones en el campo de la filosofía, constituye un quiebre, pues implica una profunda revisión de los postulados de idealismo y del materialismo.</p><p class="Default">El tema a abordar en el siguiente trabajo está centrado en la lateralidad del concepto de filosofía que percibimos en la obra, que se presenta como crítica, como una filosofía negativa, pero dejando entrever que introduce su concepto filosófico como análisis de los supuestos, para ello se pondrá a la luz la crítica a filosofía hegeliana y como al mismo momento presentan su concepto de filosofía.</p><p class="Default">Seguidamente desde el análisis de Michel Foucault se intentará poner de manifiesto una técnica de interpretación basada en la sospecha del lenguaje, para exponer y favorecer una correcta hermenéutica sobre esta filosofía crítica adoptada, posteriormente acercarle al lector como debe ser estudiada la historia y plasmar lo que propone Marx con respecto a ella.</p><p class="Default">Por último, entender las complejidades de la sociedad desde esta visión filosófica como práctica para conocer las diversidades contemporáneas bajo una interpretación de Enrique Dussel.</p><p class="Default">La finalidad del trabajo es apropiarnos de lo escrito por Marx y Engels, lo que fundamentan en su línea de pensamiento criticando el conocimiento existente, exponer una técnica para interpretarlos, dejar claro su concepto de filosofía y contrastarlo contemporáneamente.</p><p class="Default">Hobsbawm afirma sobre Marx: “… el reconocido padre fundador (con Durkheim y Max Weber) del pensamiento moderno sobre la sociedad.” (Hobsbawm, 2011, p. 21)</p>


2019 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 169-195
Author(s):  
Bruno Gontyjo do Couto
Keyword(s):  

Em meio a diferentes usos possíveis, o termo “modernidade” já foi empregado no sentido de designar a “mentalidade de uma época” que, dentre outras coisas, teria como uma de suas principais marcas a crença no conhecimento como forma de domínio da natureza e do fluxo histórico e, assim sendo, uma ferramenta de emancipação do homem. Trata-se de uma conjuntura na qual se pregava o triunfo da razão sobre o devir, uma forma de compreensão social crente na proeminência da razão sobre o mundo, sugerindo um nexo específico entre razão e história que aqui será problematizado. Posto isso, este ensaio pretende realizar um itinerário bibliográfico voltado para a apreensão dos saberes sociológicos que estiveram envolvidos com esse tema. Mais especificamente, objetiva realizar uma exegese a partir dos trabalhos de Georg Simmel, Max Weber e Norbert Elias, tomando esses trabalhos não só como modos de interpretação por meio dos quais o nexo entre razão e história tornou-se sociologicamente “inteligível”, mas, sobretudo, como modos de compreensão social que informam consciências e que, na medida em que o fazem, participam da constituição do mesmo nexo.


2012 ◽  
Vol 02 (04) ◽  
pp. 347-354
Author(s):  
Jan-Erik Lane
Keyword(s):  

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