Fatores que interferem na não adesão de mulheres ao teste de Papanicolaou: revisão integrativa

Objetivo: Identificar os fatores que interferem na não adesão de mulheres ao Teste de Papanicolaou. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada de forma pareada nas bases de dados CINAHL, LILACS, MEDLINE e na biblioteca virtual Scielo, entre maio e agosto de 2021 por meio dos Descritores em Saúde Women, Papanicolaou Test Uterine Cervical Neoplasms e Risk Factors, cruzados pelo operador booleano and. Selecionaram-se 19 artigos para amostra final. Resultados: Diversos fatores foram identificados como preditivos à não adesão do Teste de Papanicolaou, dentre eles: baixa renda, escolaridade, faixa etária, falta de conhecimento sobre o teste, não possuir companheiro, uso de tabaco, álcool e outras drogas, vergonha ou medo do procedimento, acreditar estar bem de saúde, dificuldade de acesso aos serviços e falta de integralidade da assistência prestada. Considerações finais: Percebe-se que os fatores associados à não adesão do Teste de Papanicolaou remetem a presença de iniquidades sociais e raciais, fatores individuais, condições e oferta dos serviços de saúde deficiente, além da cobertura insuficiente da realização do teste; sendo necessário, portanto, realizar ações educativas para sensibilizar a população sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce, tratamento oportuno da doença e realização de busca ativa.

Uterine cervical neoplasms mass screening at the University Hospital Centre of Libreville, Gabon: Associated factors with precancerous and cancerous lesions

The objectives of this study were to identify the associated factors with cancerous and precancerous lesions of cervix. In Africa, the incidence of uterine cervical neoplasms varies from one region to another, where most women with uterine cervical neoplasms are seen at an advanced stage. For this reason, uterine cervical neoplasms mass screening reduces the incidence and mortality due to this disease, similar to what is being done in Europe. A cross-sectional analytical study was conducted. Socio-demographic characteristics, gynaecological-obstetrical history, risk factors, data from visual inspection with acetic acid and visual inspection with Lugol, colposcopy impressions and results of cytological analysis were performed. A simple and multiple regression were performed to establish a statistically significant difference between certain factors and the presence of precancerous or cancerous lesions of uterine cervical. In this study, of 63 women diagnosed histologically, 43 had precancerous lesions and 20 had cancerous lesions. we found that being older than 35, having the first intercourse before 18, having an antecedent of STI, being a widow and using of tobacco were risk factors associated with precancerous lesions (p = 0.013 with OR = 3.44 (1.22–9.73), p = 0.009 with OR = 4.07 (1.69–13.08), p < 0.001 with OR = 3.80 (1.94–7.47), p < 0.001 with OR = 9.77 (3.87–24.70) and p < 0.001 with OR = 5.47 (2.60–11.52)) respectively. Only being older than 45, being a widow and using tobacco were risk factors associated with cancerous lesions (p = 0.021 with OR = 2.01 (1.58–3.56), p = 0.02 with OR = 2.96 (2.10–3.87), p = 0.041 with OR = 1.98 (1.46–2.44)) respectively. Among participants diagnosed with uterine cervical neoplasms, there was a significant association with the STI, marital status and smoking. Despite the integration of the detection of precancerous uterine cervical neoplasms lesions into health facilities in Gabon, uterine cervical neoplasms ranks second among women’s cancers in terms of incidence and first in terms of mortality.

Exame de Papanicolaou e câncer cervical em homens transgêneros: revisão integrativa

Introdução: O exame de Papanicolaou é o principal método de rastreamento para o câncer do colo do útero, que pode acometer os homens transgêneros que apresentam esse órgão. Objetivo: Destacar a importância do exame citopatológico no combate ao câncer cervical em homens transgêneros. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de cunho descritivo e abordagem qualitativa, realizada nas bases SciELO, PUBMED, MEDLINE, LILACS, BVS e Science Direct, utilizando os descritores “Transgender Persons”, “Uterine Cervical Neoplasms” e “Papanicolaou Test”. Foram incluídos artigos de 2015 a 2020 que abordam sobre o exame de Papanicolaou, e o câncer do colo do útero ou lesões precursoras do câncer em homens transgêneros. A análise ocorreu através de leitura crítica e categorização temática. Resultados e discussão: Foram encontrados oito artigos que originaram três categorias: Rastreamento do câncer cervical em homens transgêneros, histórico relacionado ao exame de Papanicolaou e percepções sobre o rastreamento do câncer cervical. Assim, constatou-se que os homens transgêneros não realizam rastreamento do câncer cervical como as mulheres cisgêneros e enfrentam desafios únicos no exame de Papanicolaou, pertinentes a cada realidade, levando-os a buscar alternativas que minimizem seus desconfortos. Conclusão: Os dados revelam a importância do exame de Papanicolaou no rastreamento do câncer cervical em homens transgêneros, visto que comparado a meios alternativos buscados, o mesmo é o mais confiável atualmente. Ainda, reforçam a necessidade de conhecimento para um rastreamento de forma individualizada nesse público.

Fatores de proteção e ações de prevenção para o câncer de colo de útero: uma revisão integrativa dos últimos 10 anos

Objetivo: Realizar uma revisão integrativa acerca do tema relacionado aos fatores de proteção e ações de prevenção associadas ao câncer de colo do útero, com o intuito de levantar e compilar dados para uma melhor elucidação da eficácia dessas variáveis e o impacto na incidência da doença em questão. Métodos: Foram realizadas buscas na base de dados MEDLINE/PubMed utilizando-se os descritores “Cervical cancer; prevention; screening; cervix; pap test”, “Uterine Cervical Neoplasms; cervical cancer; protective factors” e “Uterine Cervical Neoplasms; prevention; cervical cancer; protective agents”, com ênfase nos últimos 10 anos. Resultados: Foram revisados os fatores de proteção e prevenção ao desenvolvimento do câncer cervical, incluindo a vacina contra os tipos carcinogênicos do vírus HPV, o exame Papanicolau, o uso de vitaminas e substâncias antioxidantes, a imunoterapia com cogumelos e o equilíbrio da microbiota vaginal. Considerações finais: Considerando a importância epidemiológica do câncer de colo de útero, é de grande relevância a busca por dados que levem à fatores protetores dessa neoplasia, além de um aprofundamento futuro nos estudos desses elementos que apresentam grande potencial de ação preventiva contra o desenvolvimento do câncer em questão.

Prevalência de HPV em amostras cérvico-vaginais no Rio Grande do Sul

Introdução: o câncer de colo de útero é considerado um problema de saúde pública mundialmente. Seu diagnóstico é realizado através do exame citopatológico (EC) e seu desenvolvimento está relacionado à infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Objetivo: estabelecer prevalência de diferentes genótipos de HPV em amostras cérvico-vaginais no Rio Grande do Sul. Método: foi realizada uma revisão da literatura e visando alcançar o máximo de sensibilidade na estratégia de busca, foram utilizados os seguintes descritores: "Papillomavirus Infections", "genotypes", “Rio Grande do Sul”, “Brazil” e "uterine cervical neoplasms", obtida da MeSH (Medical Subject Headings). Resultados: a pesquisa eletrônica foi realizada por meio da estratégia supracitada e foram encontrados 34 estudos. Após a revisão dos resumos, oito artigos elegíveis foram escolhidos e mais três foram selecionados de forma manual. Os artigos elegíveis para inclusão nesta revisão descrevem qualquer possível relação entre Papilomavirus Humano, genótipos, estado do Rio Grande do Sul no Brasil e Câncer Cervical. Considerações finais: os genótipos mais prevalentes no Rio Grande do Sul continuam sendo os incluídos nas vacinas disponíveis pelo Ministério da Saúde e a prevenção secundária segue sendo uma estratégia para rastreamento e diagnóstico de alterações citopatológicas.