As plantas medicinais têm sido usadas desde a antiguidade no tratamento de diversas enfermidades humanas. As folhas de Bauhinia monandra são amplamente utilizadas no Brasil como fitoterápico no tratamento do Diabetes Mellitus. A partir das folhas de B. monandra, foi purificada uma lectina galactose-específica, denominada de BmoLL, que também apresentou uma importante capacidade hipoglicemiante. Seguindo as normas propostas pela Portaria nº 116, de 8 de agosto de 1996 do Ministério da Saúde do Brasil, o trabalho objetivou avaliar o potencial de mutagenicidade e toxicidade da BmoLL, mediante autilização dos testes com cepas de Escherichia coli da linhagem CC104 (Teste de mutagênese direta), com cepas de Salmonella typhimurium da linhagem TA (Teste de Kado), com plasmídeo pBCKS (Quebra de DNA plasmidial) e com enzima Exonuclease III (Detecção de sítios abásicos). Os resultados demonstraram que a lectina foi incapaz de aumentar a frequência de mutação reversa das cepas de S. typhimurium, com e sem ativador metabólico. No entanto, uma diminuição significativa na frequência de mutação espontânea foi observada nas cepas de E. coli, especialmente na deficiente de reparo (CC104mutMmutY), sugerindo um potencial antioxidante da lectina. A BmoLL é incapaz de gerar danos genotóxicos ecitotóxicos, com base nas concentrações testadas e nos ensaios realizados.