scholarly journals Expressão dos antígenos ABH e Lewis na gastrite crônica e alterações pré- neoplásica da mucosa gástrica

2002 ◽  
Vol 39 (4) ◽  
pp. 222-232 ◽  
Author(s):  
Délia Cristina Figueira Aguiar ◽  
Tereza Cristina Oliveira Corvelo ◽  
Marialva Araújo ◽  
Ermelinda Moutinho da Cruz ◽  
Samiry Daibes ◽  
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RACIONAL: A aderência do Helicobacter pylori à mucosa gástrica humana é pré-requisito para sua colonização e o desenvolvimento da gastrite crônica. Os antígenos de grupos sangüíneos, presentes no muco gástrico, são descritos como prováveis receptores da bactéria neste epitélio. A expressão alterada destes antígenos está associada ao desenvolvimento do câncer gástrico. OBJETIVOS: Verificar a ocorrência do Helicobacter pylori e a distribuição da expressão dos antígenos ABH e Lewis correlacionada com as alterações histopatológicas de pacientes com gastrite crônica. PACIENTES E MÉTODOS: Analisaram-se 63 amostras de sangue, saliva e biopsias gástricas de pacientes com gastrite crônica através das técnicas dot-blot-ELISA, imunoperoxidase indireta e colorações do Gram modificado e hematoxilina-eosina. RESULTADOS: Não foram encontradas associações significativas entre a presença da bactéria e os fenótipos de grupos sangüíneos ABH, Lewis e Secretor. Na maioria dos pacientes, a expressão dos antígenos ABH e Lewis, estava restrita principalmente ao epitélio foveolar da mucosa gástrica, concordando com a expressão ao nível salivar. A expressão inapropriada desses antígenos ocorria sempre na infecção pelo Helicobacter pylori e/ou alterações pré-neoplásicas da mucosa gástrica. Em áreas com metaplasia intestinal foi observada a redução da reatividade para os antígenos H e Le b, e principalmente o aumento de Leª. CONCLUSÃO: Alterações no padrão de glicosilação destes antígenos refletem diferentes estágios de diferenciação celular e são marcadores potenciais na avaliação diagnóstica e prognóstica das patologias gástricas.

Author(s):  
Claudio Bresciani ◽  
Ibrahim Latif ◽  
Roger Beltrati Coser ◽  
Osmar Yagi ◽  
Claudio Roberto Deutsch ◽  
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RACIONAL: A causa do câncer gástrico (CG) é controversa e tem vários fatores envolvidos no seu processo de carcinogênese, incluindo o Helicobacter pylori (Hp) O papel da infecção pelo Hp no CG permanece incerto, com vários estudos controversos. OBJETIVO: Correlacionar a presença da infecção pelo Hp com câncer gástrico, através de exame anatomopatológico convencional do estômago ressecado. MÉTODO: Noventa e um pacientes tratados por ressecção cirúrgica foram revistos. O exame anatomopatológico foi feito em todos os pacientes para determinar a presença de infecção por Hp, metaplasia intestinal (MI) e confirmação do tipo histológico por hematoxilina-eosina. A análise estatística foi realizada através do qui-quadrado e testes de log-rank. RESULTADOS: MI foi observada em 81 tumores (89%). Em geral, a presença de infecção pelo Hp foi observada em 46 casos (50,5%). Não houve associação entre idade e Hp. Nos grupos de pacientes com CG avançado e precoce, a infecção pelo Hp estava presente em 47,7% e 54% dos tumores. A infecção pelo Hp ocorreu em 40 tumores (49%) no grupo de pacientes com MI. Nos com tumores sem MI, Hp estava presente em cinco (50%). Tumores proximais tiveram mais infecção por Hp, quando comparados aos tumores distais. CONCLUSÕES: A taxa de infecção não teve associação significativa com o tipo histológico, sexo, MI ou estágio de desenvolvimento tumoral. Esses resultados podem indicar que a participação da infecção pelo Hp durante o desenvolvimento do CG não pode ser descartada; no entanto, provavelmente não é essencial em todas as fases e o mecanismo do CG pode ser distinto da gastrite crônica e MI. Finalmente, é possível que a associação proposta é mera coincidência e que não há nenhuma influência real das bactérias no processo de carcinogênese.


Diagnóstico ◽  
2021 ◽  
Vol 60 (2) ◽  
pp. 79-85
Author(s):  
Manuel Valdivieso Rodríguez

El carcinoma gástrico es uno de los cánceres más frecuentes y más letales en el Perú. Los factores de riesgo son múltiples; destacando al sexo masculino y edad avanzada, ingesta alta de sal, alimentos conservados en sal, carnes y pescados ahumados o secos, alimentos encurtidos, baja refrigeración, baja ingesta de frutas y verduras con baja ingesta de vitaminas A y C, infecciones al virus Epstein Barr y al Helicobacter pylori, exposición a radiación, factores genéticos múltiples, bajos niveles de actividad física, obesidad y pobreza o bajo nivel socioeconómico. La infección de la mucosa gástrica por Helicobacter pylori, Carcinógeno tipo 1, produce lesiones progresivas y sucesivas que pueden evolucionar a través de una serie de pasos intermedios, de gastritis a cáncer. El daño de la infección en la mucosa gástrica puede ser reversible con el tratamiento de la infección excepto cuando se llega a metaplasia intestinal que con frecuencia representa el denominado “punto de no retorno”. La emergencia de resistencia antibiótica del Helicobacter pylori impide la recuperación de las lesiones histológicas y facilita el desarrollo del cáncer gástrico.


2007 ◽  
Vol 44 (2) ◽  
pp. 93-98 ◽  
Author(s):  
Leandro Bizarro Muller ◽  
Renato Borges Fagundes ◽  
Claudia Carvalho de Moraes ◽  
Alexandre Rampazzo

RACIONAL: A infecção pelo Helicobacter pylori é fator importante no desenvolvimento da carcinogênese gástrica, mas somente uma fração dos pacientes infectados irá desenvolver câncer gástrico. A infecção pelo H. pylori determina gastrite crônica não-atrófica, que pode evoluir para gastrite atrófica e metaplasia intestinal e, finalmente, para displasia e adenocarcinoma. OBJETIVO: Estudar a prevalência da infecção pelo H. pylori e das lesões precursoras de câncer gástrico e sua associação, em pacientes submetidos a endoscopia digestiva alta em serviço de referência da região central do Estado do Rio Grande do Sul. MÊTODOS: Foram analisadas retrospectivamente biopsias de corpo e antro gástrico obtidas de pacientes submetidos a endoscopia digestiva alta no período entre 1994 e 2003, nas quais foi realizada pesquisa de H. pylori. As lâminas foram coradas pelo método da hematoxilina-eosina e os achados histológicos foram classificados de acordo com o sistema de Sydney em mucosa normal, gastrite crônica não-atrófica, gastrite atrófica e metaplasia intestinal. As alterações histológicas encontradas foram relacionadas com a presença de infecção pelo H. pylori. RESULTADOS: Biopsias de 2.019 pacientes foram incluídas no estudo. A idade média dos pacientes foi de 52 (±15) anos e 59% eram do sexo feminino. A pesquisa de H. pylori foi positiva em 76% dos pacientes. Mucosa normal, gastrite crônica não-atrófica, gastrite atrófica e metaplasia intestinal foram diagnosticadas em 5%, 77%, 3% e 15% das biopsias, respectivamente. A infecção por H. pylori determinou uma razão de chances 10 vezes (IC95% 6.50 - 17%) maior de se encontrar algum grau de alteração histológica na mucosa gástrica. A razão de chances dos pacientes infectados apresentarem gastrite crônica não-atrófica, foi igual a 3 (IC95% 2,2 - 3,4). A razão de chances dos pacientes infectados apresentarem gastrite atrófica e metaplasia intestinal foi menor que 1. CONCLUSÃO: A prevalência da infecção por H. pylori foi alta (76%) e os indivíduos infectados apresentaram probabilidade 10 vezes maior para a ocorrência de lesão da mucosa gástrica. Gastrite crônica não-atrófica apresentou prevalência de 77%, gastrite atrófica 3% e metaplasia intestinal 15%. A infecção pelo H. pylori determinou uma probabilidade 3 vezes maior para o desenvolvimento de gastrite crônica não-atrófica e não determinou risco para a ocorrência de gastrite atrófica e metaplasia intestinal, sugerindo que possivelmente outros fatores de risco, além do H. pylori, estejam envolvidos no processo da carcinogênese gástrica.


2021 ◽  
Vol 36 (1) ◽  
pp. 18-23
Author(s):  
Jose Darío Portillo Miño ◽  
Laura María Araujo Prado ◽  
Jorge Mauricio Melo Yepes ◽  
Yeison Harvey Carlosama Rosero

Objetivo: describir las características sociodemográficas e histopatológicas en pacientes con diagnóstico de adenocarcinoma gástrico en la Clínica Oncológica Aurora, durante el período 2014-2017 en la ciudad de Pasto, Colombia. Métodos: se realizó un estudio descriptivo en una cohorte de 54 pacientes con diagnóstico de cáncer gástrico sometidos a gastrectomía durante los años 2014 a 2017. La información sociodemográfica se obtuvo a través de la historia clínica. El sistema de Sydney y la clasificación de Lauren se usaron para determinar las características histopatológicas. Resultados: la mayoría de los tumores se presentó en hombres mayores de 50 años (relación hombre mujer de 2,6:1). La ubicación predominante fue la región antropilórica. El histotipo tumoral más frecuente fue el intestinal (80 %). La prevalencia de Helicobacter pylori en pacientes fue del 24,07 % y fue mayor en el histotipo intestinal. La metaplasia intestinal fue la lesión premaligna más prevalente en todos los histotipos tumorales. Conclusiones: en el presente estudio se encontró que la edad mayor a 50 años y el sexo masculino son condiciones asociadas con el cáncer gástrico; hallazgo ya demostrado en estudios previos. Es perentorio avanzar en el mejoramiento de las condiciones de salud pública, control de la infección por H. pylori y tamizaje temprano de lesiones premalignas, pues son factores determinantes en la carcinogénesis de pacientes con carcinomas no cardiales e histotipos intestinales ubicados en la región antrocorporal. Aunque no se encontraron diferencias significativas entre los histotipos tumorales, el adenocarcinoma de tipo intestinal ubicado en la región antropilórica fue el diagnóstico más frecuente.


2021 ◽  
Vol 46 (3) ◽  
Author(s):  
Mauricio Alberto Melo-Peñaloza ◽  
Andrea Mendoza-Rodríguez

Introducción: se han descrito cambios morfológicos asociados a la infección gástrica por H. como: gastritis crónica superficial, gastritis atrófica, gastritis folicular y metaplasia intestinal. Importancia: La atrofia y la metaplasia gástrica pertenecen a la cascada de cambios histológicos que conducen al cáncer gástrico. Metodología: estudio retrospectivo de corte transversal en el que se analizaron pacientes con dispepsia; durante su examen se practicó endoscopia y biopsias gástricas. Se documentó infección o no por H. y los cambios morfológicos presentes. Resultado: total de casos positivos para infección H. en biopsias gástricas 127/166 (76.5%), casos negativos para infección H. en biopsias gástricas 39/166 (23.4%). Edad promedio 45.38 años, sexo femenino 80/127 (63%), gastritis crónica superficial 61/127 (48%), gastritis nodular 43/127 (33.87%), atrofia gástrica 7/127 (5.5%), metaplasia intestinal 7/127 (5.5%). Biopsias negativas para H. con diagnóstico de atrofia 5/39 (12.8%), con hallazgo de metaplasia fueron: 4/39 (10.2%). Conclusiones: los cambios morfológicos encontrados en biopsias gástricas son similares a la literatura universal. La atrofia y especialmente la metaplasia intestinal son cambios morfológicos asociados a la infección por H. y son a su vez factores de riesgo para el desarrollo del cáncer gástrico que fueron documentados en la serie que presentamos. Hay casos negativos para la infección H. , con cambios superficiales de atrofia y metaplasia por lo que es recomendable hacer estudios adicionales para descartar completamente la infección por H.pylori


2017 ◽  
Vol 32 (3) ◽  
pp. 209
Author(s):  
Yomaira Yepez Caicedo ◽  
Pedro Alexander Ricaurte Enriquez ◽  
Alvaro Bedoya Urresta ◽  
Dedsy Yajaira Berbesi Fernández

Introducción. Se determinó la asociación entre los hábitos alimentarios y la presencia de lesiones precursoras de malignidad gástrica (gastritis crónica atrófica, metaplasia intestinal y displasia leve), en hombres y mujeres entre los 30 y los 60 años de edad que acudieron a consulta de gastroenterología en el Centro de Investigación de Enfermedades Digestivas de la ciudad de Pasto (Nariño) durante el último trimestre del año 2015 y el primer semestre del año 2016. Metodología: estudio analítico transversal en el que se analizaron variables histológicas, sociales, demográficas, antropométricas y alimentarias. Se realizó análisis descriptivo, bivariado y multivariado por medio de odds ratio (oportunidad relativa) cruda y ajustada con un IC del 95%.Resultados: el 35,5% de los 231 pacientes encuestados fueron diagnosticados histológicamente con dichas lesiones; la edad promedio no superó los 46 años; predominó el sexo femenino con 57,1%; el 32,5% tenía una formación de nivel profesional y el 58% estaba afiliado al régimen subsidiado. Estas lesiones se asociaron con el consumo de cereales y grasas por encima de los 10 y 8,5 intercambios (OR 2,20; 95% CI: 1,08 – 4,47) y (OR 2,52; 95% CI: 1,28-4,94), respectivamente. La incorporación de sal a las comidas servidas aumenta la probabilidad de presentar lesiones estomacales en 1,94 (IC del 95%; 1,03-3,66). El consumo regular de vegetales por encima de los 2 intercambios reduce la probabilidad de presentar lesiones estomacales (OR 0,53; IC del 95%; 0,27-0,99).Conclusión: con la investigación, se pretende aportar conocimientos acerca de diferentes factores que pueden participar en la iniciación, promoción y progresión del cáncer gástrico.


2019 ◽  
Vol 34 (2) ◽  
pp. 177-189 ◽  
Author(s):  
Ricardo Oliveros ◽  
Raúl Eduardo Pinilla Morales ◽  
Helena Facundo Navia ◽  
Ricardo Sánchez Pedraza

El cáncer gástrico es un problema de salud pública. Las cifras de mortalidad y supervivencia son impresentables en nuestro país. En Colombia no existe ningún programa ni estrategias de diagnóstico temprano, ni tampoco es priorizado como un problema de salud. Los trabajos existentes demuestran que la mayoría de los pacientes cuando son diagnosticados presentan estadios avanzados. Un 90 % de los canceres gástricos se consideran consecuencia de un largo proceso inflamatorio sobre la mucosa gástrica. La infección por Helicobacter pylori es la principal etiología de la gastritis, la cual puede progresar a atrofia, metaplasia, displasia y cáncer. La atrofia gástrica establece un campo de cancerización más propenso a cambios moleculares y fenotípicos que terminan en un cáncer en crecimiento. Es claro que la historia natural proporciona un racional entendimiento clínico patológico para estrategias de prevención primaria y secundaria. Una evidencia bien establecida demuestra que la combinación de las estrategias primarias (erradicación del H. pylori) y secundarias (diagnóstico y seguimiento endoscópico de lesiones premalignas) pueden prevenir o limitar la progresión de la carcinogénesis gástrica. El riesgo de cáncer gástrico asociado con la gastritis por H. pylori puede ser estratificado de acuerdo con la gravedad y extensión de la atrofia de la mucosa gástrica. Esta aproximación está adaptada a diferentes países, de acuerdo con su incidencia específica de cáncer gástrico, condición socioeconómica y factores culturales, que requiere de la participación complementaria de los gastroenterólogos, los cirujanos, los oncólogos y patólogos. Frente a este problema de salud pública no hay ninguna acción por parte de las autoridades de salud ni del gremio médico. Por tanto, se revisan las estrategias de manejo que permitan intervenir la historia natural de la enfermedad con el objetivo de disminuir la incidencia y mortalidad. La implementación y estandarización de estas estrategias de manejo en nuestro medio podrán beneficiar a los pacientes con riesgo incrementado para cáncer gástrico y pueden implementarse (en países sin programas de tamizaje) de una forma racional, similar a como se está haciendo con el cáncer colorrectal, en todo el mundo.


2020 ◽  
Vol 35 (4) ◽  
pp. 570-574
Author(s):  
Hugo Alejandro Bedoya Arias ◽  
Carlos Calvache ◽  
Felipe Anduquia ◽  
Natalia Hurtado ◽  
Santiago Bedoya ◽  
...  

Introducción. Para establecer una frecuencia de seguimiento como método de tamización en cáncer gástrico, se propone la endoscopia en pacientes mayores de 35 años con síntomas de dispepsia, y en pacientes mayores de 40 años con alto riesgo. La demora en la realización de la primera endoscopia en la vida de un paciente incrementa el riesgo de no detectar lesiones premalignas ni cáncer potencialmente prevenible. Los objetivos de nuestro estudio fueron describir el número de pacientes mayores de 40 años con endoscopia de primera vez y evaluar la presencia de lesiones premalignas y malignas del estómago en pacientes sin tamización. Métodos. Revisión retrospectiva de base de datos. Se describieron hallazgos de informes de histopatología en pacientes mayores de 40 años (lesiones premalignas y malignas). Adicionalmente se describieron las variables sociodemográficas de los pacientes con endoscopia de primera vez y la presencia de infección por Helicobacter pylori en la población mencionada. Resultados. Setenta y ocho pacientes (23,6 %) tuvieron una endoscopia de primera vez siendo mayores de 40 años. En el 44 % de los pacientes se encontró la presencia de Helicobacter pylori, 25,4 % de los pacientes presentaron atrofia gástrica, 23,1 % metaplasia, ningún paciente presentó displasia y un paciente (1,3 %) presentó un adenocarcinoma gástrico. Discusión. Los resultados de nuestro estudio muestran un número elevado de pacientes sin endoscopia de tamización. Nuestro estudio resalta la importancia del uso de la endoscopia de tamización en la prevención, así como en el diagnóstico temprano de cáncer gástrico y sugiere mayor adherencia a las guías de práctica clínica.


Author(s):  
Camylla Machado Marques ◽  
Evilanna Lima Aruda ◽  
Luana Nascimento ◽  
Mirian Gabriela Martins Pereira ◽  
Thulio César Teixeira

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