scholarly journals Expressão epidemiológica de outras doenças sexualmente transmissíveis entre portadores de AIDS

1994 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 93-99 ◽  
Author(s):  
Elucir Gir ◽  
Geraldo Duarte ◽  
Roberto Martinez ◽  
Tokico Murakawa Moriya ◽  
José Fernando de Castro Figueiredo ◽  
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Keyword(s):  

Objetivou-se avaliar a freqüência de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) em pacientes portadores de AIDS, identificando-se suas associações epidemiológicas e possíveis relações com as categorias de exposição ao vírus. Os dados foram coletados dos prontuários médicos, identificando-se as DST com base em dados de anamnese, exame físico e exames laboratoriais. Dos portadores de HIV/AIDS, atendidos no hospital estudado, de janeiro de 1986 a janeiro de 1992, 207 constituíram a amostra estudada. Dos pacientes estudados, 88 (42,5%) apresentaram alguma DST e 119 (57,5%) não, resultando proporção de pacientes com DST/pacientes sem DST igual a 0,7. As DST mais prevalentes foram hepatite B (33, 3%), sífilis (30, 3%) e gonorréia (12, 9%). Quanto às categorias de exposição dos indivíduos ao HIV, a mais prevalente foi a sangüínea (44,9%), seguida pela sexual (21,3%), sexual e sangüínea (17, 9%) e indeterminada em 15, 9%. Comparando particularmente as categorias de transmissão sexual e sangüínea do HIV e a presença de outras DST, estas foram significativamente mais freqüentes nos casos cuja categoria de exposição referida foi a sexual.

2017 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 8-15 ◽  
Author(s):  
Juliane Andrade ◽  
Jairo Aparecido Ayres ◽  
Rúbia Aguiar Alencar ◽  
Marli Teresinha Cassamassimo Duarte ◽  
Cristina Maria Garcia de Lima Parada
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Resumo Objetivo Identificar a prevalência e fatores associados às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em idosos. Métodos Estudo transversal, realizado em município do interior paulista, entre 2011-2012. Aplicou-se questionário estruturado a 382 idosos, coletou-se exame para sífilis, hepatite B e HIV/Aids. Análise de dados foi realizada por modelo de regressão logística, com discussão a partir do referencial da vulnerabilidade. Resultados A prevalência de IST foi 3,4%, sendo 2,6%, 0,5% e 0,3% de sífilis, hepatite B e infecção pelo HIV, respectivamente. Associaram-se de forma independente a este desfecho sexo e história de IST: mulheres tiveram 12 vezes mais chance que homens e, em idosos com história destas infecções, houve cinco vezes mais chance de IST, quando comparados àqueles sem história. Conclusão Os resultados apontam para vulnerabilidade individual e programática dos idosos às IST. Sugerem-se estratégias que favoreçam às mulheres negociarem a prática de sexo seguro e a educação permanente dos profissionais na temática.


2021 ◽  
Author(s):  
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Este livro reúne trabalhos científicos relevantes em Ciências Médicas. Decidiu-se pela divisão em três seções: i) área pré-clínica; ii) psiquiatria e neurologia; iii) infectologia. Considerando a ampla aplicação de cimentos ortopédicos e dentários para os mais diversos fins no âmbito das ciências da saúde, os capítulos um e dois se complementam e trazem importante contribuição científica avaliando o cimento PBS®CIMMO no preenchimento de falhas ósseas aplicadas às intervenções bucais. O microRNA-26a é um modulador endógeno do fator de crescimento dos hepatócitos, de papel relevante no reparo tecidual. O papel do miR26a no processo de reparo renal foi avaliado em ratos submetidos a modelo de lesão renal aguda induzida e apresentado pelo capítulo três. O estudo sugere que miR26a pode ter um papel de controle de feedback negativo da tradução de HGF durante a fase de recuperação / proliferativa. Por meio do capítulo quatro foram demonstrados os efeitos cardioprotetores do carvacrol através da melhora da função cardíaca após a lesão de isquemia e reperfusão, redução da área de infarto cardíaco e redução da atividade de importantes enzimas antioxidantes após a lesão de isquemia e reperfusão cardíaca. O estudo contribui para a ciência farmacêutica produzir fármacos que possam ser utilizados no tratamento de pacientes com cardiopatia aguda visando a prevenção dos danos oxidativos decorrentes da lesão de reperfusão cardíaca. Iniciando a seção de Psiquiatria e Neurologia, por meio do capítulo cinco foi abordado o tema da dependência química de álcool enquanto problema de saúde pública e o alto índice de abandono de tratamento. Foram investigadas as características clínicas relacionadas à prontidão de alcoolistas para permanecer em tratamento. O capítulo demonstra a importância da identificação de fatores de modificação dos aspectos motivacionais na construção de projetos terapêuticos mais consentâneos às necessidades terapêuticas individuais. A associação entre epilepsia e transtornos psiquiátricos tem sido descrita desde o início da prática da Neurologia e da Psiquiatria. Comorbidades psiquiátricas têm impacto direto no prognóstico de pacientes epilépticos, influenciando o controle farmacológico e cirúrgico de crises, aumentando a mortalidade. Pelo capítulo seis é demonstrada a importância da identificação destas variáveis clínicas durante a avaliação diagnóstica dos pacientes com epilepsia. As imbricações entre o fenômeno epiléptico e os transtornos mentais aproximam Neurologia e Psiquiatria em torno mecanismos fisiopatológicos comuns a ambos. O fenômeno da Normalização Forçada foi descrito ao observar, em pacientes com epilepsia, o desaparecimento de descargas epiléticas no eletroencefalograma, concomitante com o desenvolvimento de sintomas psicóticos. Pelo capítulo sete é demonstrado que o desenvolvimento de novas técnicas de imagem permitiu uma série de evidências relacionando a ocorrência destas descargas epilépticas no sistema límbico e consequente coativação e desativação dessas “redes de estado de repouso”. No entanto, ainda há muitas controvérsias sobre os mecanismos básicos das alterações de redes relacionadas ao controle emocional, concluindo pela necessidade de uma metodologia de estudo mais homogênea para explicar esse interessante fenômeno neuropsiquiátrico com maior precisão. Iniciando a seção de Infectologia, por meio do capítulo oito foi tratado sobre o HIV/AIDS e o frequente comprometimento do desempenho das atividades diárias. Foi avaliada a capacidade de acesso lexical em idosos soropositivos em comparação com idosos com HIV/AIDS, concluindo o desempenho inferior destes últimos. O estudo reforça a importância de avaliar precocemente as funções cognitivas para manter a independência e a qualidade de vida do idoso com HIV/AIDS. Pelo capítulo nove são identificadas as alterações na atividade das enzimas hepáticas devido à infecção pelos vírus da hepatite B ou C. Foram aplicados metabonômicos baseados em espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio concluindo-se pela capacidade de distinguir pacientes com e sem alterações da atividade sérica da AST e da ALT decorrentes da infecção crônica. Foi possível ainda indicar a classe de compostos associada à discriminação, mostrando assim mais uma aplicação potencial da estratégia metabonômica na prática clínica, permitindo uma análise mais profunda do processo de investigação da doença hepática desses pacientes.


2018 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Michelle Queiroz dos Santos ◽  
Jandra Cibele Rodrigues de Abrantes Pereira Leite
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O ambiente hospitalar tem sido considerado insalubre e oferece riscos de acidentes e doenças, principalmente, para os trabalhadores de Enfermagem que estão expostos a vários riscos ocupacionais, entre eles, o risco biológico. O objetivo geral do estudo foi identificar a vulnerabilidade dos profissionais de Enfermagem frente aos riscos biológicos e a relevância do risco de adquirir patologias como HIV/AIDS, Hepatite B e C. Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, realizado de setembro a novembro de 2016 na Sala de Emergência (SE) do HJPII. Nesse período, foram acompanhados cinco enfermeiros e vinte e três técnicos de enfermagem totalizando 28 profissionais. A coleta de dados se deu através de observação sistemática e aplicação de um questionário, com perguntas fechadas e abertas, divididas em duas partes: Dados de identificação e Riscos Ocupacionais. Os dados sociodemográficos evidenciam que a equipe de enfermagem é predominantemente feminina e possuem mais de um vínculo empregatício. Os dados relacionados aos riscos ocupacionais evidenciam o ambiente estressante e sobrecarga de trabalho como principais fatores de risco psicossocial. Quanto aos riscos biológicos, 100% dos profissionais admitiram exposição à infeções e doenças, bem como 92,9% assumiram estar expostos a sangue, fluídos e secreções. Os resultados relacionados aos riscos físicos revelam que o item com maior porcentagem foi o estresse onde 100% dos profissionais revelaram ter no ambiente de trabalho. A frequência do uso de EPI apresenta resultado contraditório com a observação realizada em campo, tendo em vista que os profissionais referem utilizá-los frequentemente e a observa mostrou que a utilização de EPI nem sempre acontece nas situações de exposição. Observa-se notoriamente que as dificuldades de aceitação e cumprimento de medidas preventivas são fatores existentes e, por isso, preocupantes, evidenciando assim a necessidade de reavaliar as atividades de educação permanente no cenário do estudo, com a proposta de abordagens que permitam a construção de um conhecimento capaz de modificar a prática desses profissionais mediante a observância dos fatores que interferem na adesão ao equipamento de proteção individual.


2020 ◽  
Vol 12 (9) ◽  
pp. e3891
Author(s):  
Samantha Vieira Alves Amaral ◽  
Renata Lacerda Prata Rocha ◽  
Vinicius Siqueira Seabra Junqueira ◽  
Lorraine Dayanne Moreira Martins ◽  
Hemilly Mendonça Souza ◽  
...  
Keyword(s):  
De Se ◽  

Objetivo: Compreender sobre o comportamento e o conhecimento de um grupo de idosos frente às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's). Métodos: Foi realizada uma pesquisa de campo, de delineamento quantitativo, com 59 idosos participantes de um grupo de convivência do município de Nova Lima - MG, no período de julho a outubro de 2018. Resultados: O estudo evidenciou que os idosos possuem certo conhecimento acerca das IST´S e de suas formas de transmissão. Dentre as IST'S a mais conhecida pelos entrevistados é a HIV/AIDS (64%). Porém a maioria adota comportamento de risco ao não usar o preservativo nas relações sexuais (76,3%), e 81,4% deles não se consideram vulneráveis para adquirir uma IST, justificando tal fato por terem parceiro fixo. Um achado positivo é a ciência da existência da vacina contra a hepatite B (50,8%), identificando-a como uma doença imunoprevenível, disponível inclusive para sua faixa etária. Conclusão: O estudo denota a necessidade de práticas mais assertivas voltadas a esse público de maneira a sensibilizá-los quanto a importância de se proteger nas relações sexuais.


Author(s):  
Clidenor Gomes Filho ◽  
José Vicente Macedo Filho ◽  
Ana Lúcia Minuzzi ◽  
Mariana Mesquita Gomes ◽  
Alejandro Ostermayer Luquetti

Neste trabalho é descrita a triagem de doenças infecciosas em gestantes do estado de Goiás para detecção de agravos que podem ser transmitidos durante a gravidez e causar sequelas na criança.A triagem é realizada por meio de programa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e as Secretarias Municipais de Saúde.A experiência da APAE na detecção de algumas doenças congênitas por teste simples em papel filtro foi aproveitada e seu uso expandido para a detecção de doenças infecciosas/transmissíveis.De setembro de 2003 até junho de 2009 foram examinadas amostras de 348.037 gestantes.Implantada progressivamente a partir de dois municípios, a triagem para doenças infecciosas está disponível em 245 dos 246 municípios do estado de Goiás. Os agravos triados foram: sífilis, HIV/Aids, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C, infecção pelo Trypanosoma cruzi, HTLV e citomegalovirose. A triagem foi realizada em papel filtro por testes imunoenzimáticos ELISA) para cada marcador e os resultados positivos foram confirmados por coleta de sangue venoso, cujo soro foi encaminhado a diferentes centros de referência. Foram identificadas 11.061 gestantes com resultados positivos. A confirmação após os testes com soro foi obtida em 10.496 (94,9%) amostras com as seguintes prevalências: sífilis: 4.028 (1,2%); toxoplasmose: 2.320 (0,7%), anticorpos anti-T. cruzi: 1.768 (0,5%); hepatite B: 956 (0,3%); HIV: 469 (0,1%), hepatite C: 334 (0,1%), HTLV: 312 (0,1%), rubéola: 181(0,05%) e fase aguda de citomegalovirose: 128 (0,04%). Os resultados foram encaminhados ao pré-natalista e ao núcleo de vigilância epidemiológica municipal.


2016 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Márcia Astrês Fernandes

Em meados dos anos 80, uma importante estratégia de redução de danos à saúde do usuário de substâncias psicoativas mudou a visão de dependência química no mundo. A iniciativa partiu de uma instituição holandesa que oferecia aos usuários de drogas seringas descartáveis para a administração de drogas injetáveis(1). Foi a primeira vez que o consumo de drogas passou a suscitar a reflexão de seus protagonistas: os próprios usuários dependentes químicos, principais interessados e beneficiados por boas práticas de saúde. A Redução de Danos parte do entendimento de que nem sempre existe no usuário o desejo de interromper o uso e respeita a singularidade de cada caso para o direcionamento das ações em saúde. Trabalha na perspectiva de reduzir os índices de HIV/AIDS, Hepatite B e C, entre usuários de drogas injetáveis; além de controlar reações adversas às drogas psicoativas, sem exigir a interrupção do consumo, e busca a promoção da inclusão social e cidadania do usuário. Estima-se que um total de 246 milhões de pessoas - um pouco mais do que 5% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos – tenha feito uso de drogas ilícitas em 2013. Neste mesmo ano, 187,100 mortes foram relacionadas com as drogas e cerca de 27 milhões de pessoas faziam uso problemático dessas substâncias, das quais quase a metade usava drogas injetáveis, e aproximadamente 1,65 milhão eram portadores de HIV(2). Neste contexto, a Política de Redução de Danos, regida pela portaria nº 1.028, de 1º de julho de 2005, estabelece ações de redução de danos associados ao uso de drogas, sem, necessariamente, intervir na sua oferta ou consumo, assim, a abstinência não pode ser o único objetivo a ser alcançado. E compreende medidas de atenção integral à saúde, como informação, educação, aconselhamento, assistência social e à saúde, disponibilização de insumos de proteção à saúde e de prevenção ao HIV/AIDS e Hepatites, além do estímulo à adoção de comportamentos mais seguros no consumo de produtos e nas práticas sexuais(3). Assim, a busca pelo cuidado de si mesmo e o manejo do seu padrão de consumo envolve a autonomia do próprio usuário de drogas, que ao longo do tempo pode e deve trabalhar sua abstinência gradual e progressivamente, com vistas a alcançar sua recuperação em relação à dependência química. Neste sentido, a Estratégia de Redução de Danos vem alcançando resultados positivos em relação à Educação em Saúde, visto que proporciona mudanças nos modos de consumo de drogas e diminui as práticas sexuais de risco. O usuário sente-se respeitado e acolhido, manifestando apreço por aproximar-se do serviço de saúde que oferece tal recurso. Ademais, com a adesão espontânea, o vínculo terapêutico se fortalece e a Redução de Danos ganha espaço e se fortalece para atuar, inclusive, na perspectiva de prevenção em Saúde. Portanto, a redução de danos não exclui a abstinência, como objetivo aos indivíduos dependentes, mas, possibilita às pessoas escolhas mais pragmáticas para limitar o seu consumo. Por outro lado, auxilia as pessoas a se engajarem, motivando-as ao contato com os serviços de tratamento, quando se sentirem prontas(4). Quanto às medidas de orientações podem ser destacadas as informações voltadas aos possíveis riscos e danos relacionados ao consumo de substâncias que causem dependência; desestímulo ao compartilhamento de instrumentos utilizados para consumo das mesmas; prevenção e conduta em caso de intoxicação aguda; prevenção das infecções pelo HIV, hepatites, endocardites e outras patologias de padrão de transmissão similar; orientação para prática do sexo seguro; e divulgação dos princípios e garantias fundamentais assegurados na Constituição Federal e nas declarações universais de direitos(3). Buscar entender o outro na sua singularidade e contexto de vida, potencializar ações em saúde, livre de julgamentos, signos e estereótipos sociais, para a produção de vínculo terapêutico, de autonomia e do protagonismo do próprio usuário de drogas, respeitando os princípios do Sistema Único de Saúde-SUS de igualdade, universalidade e integralidade da Saúde consistem, na verdade, em passos importantes para a reflexão e consolidação destas ações de corresponsabilidade social. 


2020 ◽  
Vol 46 (2) ◽  
Author(s):  
Bianca Jorge Sequeira ◽  
Cassandra Loureiro Mangabeira ◽  
Fernanda Zambonin ◽  
Jamilla Karla Corrêa Reis ◽  
Wagner Do Carmo Costa ◽  
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Keyword(s):  

Objetivou-se investigar as características sociodemográficas, a prevalência das IST e o conhecimento dos profissionais do sexo no extremo norte brasileiro. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico, de caráter quantitativo. A pesquisa ocorreu no mês de agosto de 2018 em pontos de prostituição em Boa Vista - Roraima através da aplicação de instrumentos que coletaram dados sociodemográficos, o conhecimento sobre as IST e realização de testes rápidos para detecção de HIV/AIDS, Sífilis, Hepatite B e C. Para a realização da estatística descritiva e analítica foram utilizados os programas Microsoft Excel e Epi Info. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Roraima (CEP∕UFRR) sob o parecer nº 2.962.053. A amostra deste estudo foi constituída por 72 profissionais do sexo e a prevalência da infecção por IST foi de 13,8%, sendo 12,5% diagnósticos de Sífilis e 1,4% de HIV. Quanto ao nível de conhecimento sobre as IST, a maioria dos participantes foi classificada com um nível de conhecimento médio. Nenhuma variável testada apresentou associação significativa estatisticamente com o desfecho diagnóstico positivo para IST. Conclui-se, portanto, que as IST nos profissionais do sexo são um fenômeno complexo e multidimensional, influenciado pelas características sociais, econômicas, culturais e que as principais medidas para modificar esse cenário devem ser voltadas a prevenção, o acesso aos serviços de saúde, detecção precoce e tratamento oportuno.


2019 ◽  
Vol 13 ◽  
Author(s):  
Lucas Barros de Araújo ◽  
Patrícia Mendes de Barros ◽  
Roselma Lucchese ◽  
Aurelio Goulart Rodovalho ◽  
Graciele Cristina Silva ◽  
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Objetivo: estimar a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis nos exames de pré-natal masculino. Método: trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, de casos novos de infecções sexualmente transmissíveis por rastreio de 335 exames pré-natais masculino. Utilizou-se como instrumento de pesquisa a ficha de registro do pré-natal masculino tendo as variáveis: idade, sexo, escolaridade, entre outros. Digitaram-se os dados em planilhas eletrônicas, analisando-os no programa SPSS, versão 22.0 Resultados: informa-se que os resultados foram considerados todos casos novos, uma vez que não havia relato anterior de diagnóstico ou tratamento das ISTs. Mostra-se que a idade média dos homens registrados foi de 30,55 anos. Dentre esta amostra houveram três casos reagentes para HIV/Aids, 22 para Sífilis, cinco casos reagentes para hepatite B, e três casos para hepatite C. Conclusão: conclui-se que mesmo diante de uma amostra não representativa numericamente do total de gestantes atendidas no município, observou-se que é importante realizar o rastreio positivo para casos novos de infecção por HIV/Aids, Hepatite B e C, sobretudo para Sífilis. Descritores: Sífilis Congênita; Hepatite B; Hepatite C; HIV; Prevalência; Saúde do Homem.AbstractObjective: to estimate the prevalence of sexually transmitted infections in male prenatal examinations. Method: this is a retrospective quantitative study of new cases of sexually transmitted infections by screening 335 male prenatal examinations. The research instrument used was the male prenatal registration form with the variables: age, sex, education, among others. Data was entered into spreadsheets and analyzed using the SPSS program, version 22.0. Results: it is reported that the results were considered all new cases, since there was no previous report of diagnosis or treatment of STIs. The average age of registered men is shown to be 30.55 years. Among this sample there were three cases reactive for HIV/AIDS, 22 cases for Syphilis, five cases reactive for hepatitis B, and three cases for hepatitis C. Conclusion: it is concluded that even before a sample not numerically representative of the total number of pregnant women attended in the It was noted that positive screening for new cases of HIV/AIDS, Hepatitis B and C infection is important, especially for Syphilis. Descriptors: Syphilis, Congenital; Hepatitis B; Hepatitis C; HIV; Prevalence; Men's Health.ResumenObjetivo: estimar la prevalencia de infecciones de transmisión sexual en los exámenes prenatales masculinos. Método: este es un estudio cuantitativo retrospectivo de nuevos casos de infecciones de transmisión sexual mediante la detección de 335 exámenes prenatales masculinos. El instrumento de investigación utilizado fue el formulario de registro prenatal masculino con las variables: edad, sexo, escolaridad, entre otros. Los datos se ingresaron en hojas de cálculo y se analizaron utilizando el programa SPSS, versión 22.0 Resultados: se informa que los resultados se consideraron todos los casos nuevos, ya que no había un informe previo de diagnóstico o tratamiento de las ITS. La edad promedio de los hombres registrados es de 30.55 años. Entre esta muestra, hubo tres casos reactivos para el VIH/SIDA, 22 casos para la Sífilis, cinco casos reactivos para la hepatitis B y tres casos para la hepatitis C. Conclusión: se concluye que incluso antes de una muestra no representa numéricamente el número total de mujeres embarazadas atendidas en el municipio, se observó que la detección positiva de nuevos casos de infección por VIH/SIDA, Hepatitis B y C, especialmente para Sífilis, era importante. Descriptores: Sífilis Congénita; Hepatitis B; Hepatitis C; VIH; Prevalencia; Salud del Hombre.


2007 ◽  
Vol 41 (suppl 2) ◽  
pp. 57-63 ◽  
Author(s):  
Angela Mattos Marchesini ◽  
Zilá Prestes Prá-Baldi ◽  
Fábio Mesquita ◽  
Regina Bueno ◽  
Cássia Maria Buchalla
Keyword(s):  

OBJETIVO: Descrever o perfil de usuários de drogas injetáveis vivendo com HIV/Aids e estimar a prevalência de hepatites B e C nesse grupo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 205 pessoas vivendo com HIV/Aids, usuários de drogas injetáveis em acompanhamento em três unidades de atendimento da rede pública do Município de São Paulo, em 2003. Foi selecionada amostra não-probabilística, obtida de forma consecutiva e voluntária, nos dias em que compareciam para consulta nas unidades de atendimento. Por meio de entrevistas, foram levantados dados pessoais e informações sobre comportamento sexual, uso de drogas e conhecimento de hepatites. Foram realizados testes para detecção da infecção pelos vírus das hepatites B e C. RESULTADOS: Dos entrevistados, 81% eram homens e 19% mulheres, com idade média de 39 anos (dp=6,1) e seis anos de educação formal (dp=2,0). Não havia diferença em relação ao estado marital entre os sexos, 48% eram solteiros, 42% casados e 8% divorciados. A idade média do primeiro uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas foi 13, 15 e 18 anos, respectivamente. Prevalências de hepatites B e C foram, respectivamente, de 55% (IC 95%: 49;63) e 83% (IC 95%: 78;88). Antes de usar droga injetável pela primeira vez, 80% dos respondentes não tinham ouvido falar de hepatites B e C. CONCLUSÕES: A alta prevalência de hepatites B e C e o baixo nível de conhecimento sobre a doença justificam a inclusão de esclarecimentos sobre as infecções hepáticas e de vacinação contra hepatite B nas estratégias de redução de danos pelo HIV.


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