scholarly journals Potencial alelopático da parte aérea de Senna occidentalis (L.) Link (Fabaceae, Caesalpinioideae): bioensaios em laboratório

2010 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 235-242 ◽  
Author(s):  
Ana Carina da Silva Cândido ◽  
Valerí Schmidt ◽  
Valdemir Antônio Laura ◽  
Odival Faccenda ◽  
Sônia Corina Hess ◽  
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A bioatividade das frações semipurificadas (hexânica, acetato de etila e etanol-água) do extrato etanólico das partes aérea de S. occidentalis foi avaliada através de ensaios de germinação e de crescimento de Lactuca sativa (alface), Lycopersicon esculentum (tomate), Allium cepa (cebola) e Triticum aestivum (trigo), em laboratório. Foram utilizadas três concentrações (250, 500, 1000 mg L-1) de cada fração e um controle não tratado, com quatro repetições de 50 sementes. Os bioensaios de germinação revelaram que todas as frações atrasaram a germinação de alface, tomate e cebola, e as frações hexânica e acetato de etila reduziram a germinabilidade de tomate e cebola. Nos bioensaios de crescimento, a fração hexânica estimulou o crescimento da raiz e inibiu o crescimento do hipocótilo das eudicotiledôneas. A mesma fração inibiu o crescimento da raiz e do coleóptilo das monocotiledôneas. A fração acetato de etila inibiu o crescimento da raiz das plântulas-alvo e o hipocótilo/coleóptilo de tomate e cebola. A fração etanol-água estimulou o crescimento da raiz de tomate e do hipocótilo de alface e inibiu o crescimento da raiz de cebola e trigo e, também, do coleóptilo de cebola, na concentração de 1000 mg L-1. Nos bioensaios com herbicidas comerciais foram observados efeitos semelhantes àqueles obtidos na germinação pelas frações e no crescimento pelas frações hexânica e acetato de etila. Na cromatografia em camada delgada, foram detectados terpenos na fração hexânica, compostos fenólicos e alcalóides na fração acetato de etila. A análise espectrofotométrica revelou que a fração acetato de etila possui o maior conteúdo de compostos fenólicos e flavonóides.

2011 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 95-104 ◽  
Author(s):  
Valerí Schmidt da Silva ◽  
Ana Carina da Silva Cândido ◽  
Caroline Muller ◽  
Valdemir Antônio Laura ◽  
Odival Faccenda ◽  
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O objetivo deste trabalho foi determinar o potencial fitotóxico do extrato etanólico bruto e das frações semipurificadas de Dicranopteris flexuosa por meio de bioensaios de germinação e crescimento de Lactuca sativa L. (alface), Lycopersicon esculentum L. (tomate), Allium cepa L. (cebola) e Triticum aestivum L. (trigo) em laboratório e casa de vegetação e quantificar o teor total de fenóis e flavonóides dos extratos e frações. Nos bioensaios realizados em laboratório foram utilizadas quatro concentrações (0, 250, 500, 1000 mg L-1), com quatro repetições de 50 sementes. A análise dos resultados indica redução da velocidade e/ou inibição da germinação, estímulo do crescimento da raiz das eudicotiledôneas e inibição da raiz adventícia das monocotiledôneas estudadas. Nos bioensaios realizados em casa de vegetação foram utilizadas as mesmas concentrações dos bioensaios em laboratório, com oito repetições de cinco sementes por vaso. A análise dos resultados indica que o comprimento da raiz foi afetado pelo extrato etanólico bruto, ocorrendo estímulo em tomate e inibição em cebola e trigo. A produção de massa seca da parte aérea foi estimulada na menor concentração em alface e trigo. A fração acetato de etila foi a que apresentou os maiores teores de fenóis e flavonóides totais. Embora os resultados sejam preliminares, observa-se que o extrato etanólico e as frações semipurificadas de D. flexuosa também contêm substâncias que interferem no crescimento das plântulas de alface, tomate, cebola e trigo.


2009 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 655-663 ◽  
Author(s):  
H.L. Silva ◽  
M.M. Trezzi ◽  
J.A. Marchese ◽  
G. Buzzello ◽  
E. Miotto Jr. ◽  
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Na agricultura atual, o método mais utilizado para o controle de plantas daninhas é o químico, em razão da facilidade de uso, elevada eficiência e baixa necessidade de mão de obra. No entanto, a utilização inadequada desses produtos provoca problemas ao ambiente e à saúde humana. Cresce, portanto, a busca por métodos alternativos de controle de plantas daninhas, menos demandadores de energia e menos tóxicos e agressivos ao ambiente. Este trabalho objetivou avaliar o efeito alelopático da cultura do girassol (Helianthus annuus) sobre diferentes espécies de plantas daninhas e cultivadas, em dois experimentos realizados em delineamento experimental completamente casualizado, utilizando o método da semeadura em substituição. O primeiro experimento foi realizado com quatro repetições, em esquema bifatorial. O primeiro fator foi constituído por seis espécies indicadoras: picão-preto (Bidens pilosa), corda-de-viola (Ipomoea grandifolia), caruru (Amaranthus hybridus), alface (Lactuca sativa, cultivar Aurélia), tomate (Lycopersicon esculentum, cultivar Santa Cruz), trigo (Triticum aestivum, cultivar BRS 208); e o segundo, pela presença ou não de plântulas de girassol. O segundo experimento foi composto por 24 tratamentos, representados por 23 genótipos de girassol e por uma testemunha sem girassol, utilizando-se quatro repetições. A espécie indicadora foi apenas o picão-preto. Em ambos os experimentos, no final do período de sete dias de convívio, foram avaliados o número de sementes germinadas e o comprimento radicular e da parte aérea das espécies indicadoras. Não foram observadas diferenças entre as porcentagens de germinação de quaisquer das espécies indicadoras avaliadas, em função da presença ou não das plântulas de girassol. A presença de plântulas de girassol estimulou o crescimento radicular das plântulas de tomate e trigo e inibiu o crescimento da parte aérea de picão-preto, trigo e corda-de-viola. Houve grande variabilidade de potencial alelopático entre genótipos de girassol sobre a germinação e o crescimento radicular e da parte aérea de Bidens pilosa. Os resultados demonstram que a técnica da semeadura em substituição é adequada para detectar efeitos estimulativos ou inibitórios de girassol sobre espécies indicadoras e para discriminar genótipos de girassol quanto à habilidade em inibir ou estimular plântulas de Bidens pilosa.


HortScience ◽  
2002 ◽  
Vol 37 (2) ◽  
pp. 287-291 ◽  
Author(s):  
Jaehong Park ◽  
James W. Mjelde ◽  
Stephen W. Fuller ◽  
Jaime E. Malaga ◽  
C. Parr Rosson ◽  
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The historical effects of El Niño/La Niña events on supplies of selected fresh vegetables and melons (Cucumis melo L.) were evaluated by estimating single-equation supply relationships. Economic variables in the estimated equations were, generally, of the correct sign and significant at usual levels. El Niño events had a negative and statistically significant effect on the Texas muskmelon, Florida fall squash [Praecitrullus fistulosus Stocks) Pang.] and the California fall lettuce (Lactuca sativa L.) supply with expected production declines of 15%, 21%, and 5% relative to historical mean production. In contrast, the expected supplies of United States summer onions (Allium cepa L.) and Florida fall and winter tomatoes (Lycopersicon esculentum Mill.) increased about 7%, 10%, and 25% during El Niño events. La Niña events had a negative and significant effect on Texas muskmelon, honeydew, and watermelon, with supplies expected to decline 20%, 29%, and 13% with the occurrence of this event.


Author(s):  
Tomás Rodrigo López Arias ◽  
Virginia Florencia Fernández Peralta ◽  
Deidamia Mercedes Franco de Diana ◽  
Edgar Fidel Galeano Delgado ◽  
Fernando Salvador Alonso Márquez ◽  
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El Arroyo Caañabe, es un curso de agua que corre a través de los Departamentos Central y Paraguarí (República del Paraguay). Las descargas de origen agropecuario, urbano e industrial contaminan sus aguas. En este trabajo se evalúa la calidad del arroyo mediante sus características fisicoquímicas, ecotoxicológicas, microbiológicas y se la comparan con la legislación vigente. Se colectaron muestras en los meses de Julio y Setiembre del año 2014. Se estudiaron tres sitios denominados S1, ubicado en aguas arriba de la Ciudad de Carapegua; S2 en la intersección del arroyo con la Ruta 1, y S3, en la zona límite de las ciudades de Carapegua y Nueva Italia. Se realizaron ensayos de toxicidad aguda con Daphnia magna, Lactuca sativa, y alevines de Danio rerio; además de ensayos crónicos en Tetradesmus wisconsinenesis, D. rerio y Allium cepa. Se evaluaron los grupos y especies microbianos siguientes: aerobios mesófilos, enterobacterias, coliformes totales, coliformes fecales, E. coli, Pseudomona aeruginosa, mohos y levaduras; además se determinaron índices de calidad y de contaminación. Los resultados indican que las aguas del arroyo presentaron características de clase II y de clase III según el padrón establecido por la Secretaría del Ambiente del Paraguay. El índice de calidad de agua (ICA) arrojó valores comprendidos entre 52 y 62 lo que otorga la clasificación de “regular”; mientras que el índice de contaminación trófica (ICOTRO) presentó valores entre 0,12 y 0.26, indicando “eutrofización”. Los recuentos de coliformes fueron superiores en el segundo muestreo, aunque dentro lo establecido por la norma. La presencia de P. aeruginosa en los tres puntos constituye un riesgo para la salud. Ensayos ecotoxicológicos agudos mostraron que las aguas presentan escasos efectos letales, no obstante los ensayos crónicos en A. cepa y el test de micronúcleos en D. rerio indican potenciales efectos citotóxicos y genotóxicos de las aguas del Arroyo Caañabe.


1994 ◽  
Vol 119 (3) ◽  
pp. 408-413 ◽  
Author(s):  
Anwar A. Khan

A gibberellic acid (GA) biosynthesis inhibitor, tetcyclacis, induced dormancy in nondormant seeds of lettuce (Lactuca sativa L.), tomato (Lycopersicon esculentum Mill.), pepper (Capsicum annuum L.), carrot [Daucus carota var. sativus (Hoffn.)], onion (Allium cepa L.), celery (Apium graveolens L.), and impatiens (Impatiens novette), as most of the seeds failed to germinate after washing under conditions that permitted germination before dormancy induction. In lettuce seeds, tetcyclacis and paclobutrazol were more effective in inhibiting germination in light than in darkness. A 16- to 24-h soak treatment with tetcyclacis was sufficient to induce dormancy in nearly all seeds. Tetcyclacis failed to induce dormancy if applied after 6 h presoak in water. Dormancy induced by tetcyclacis was released by GA4+7 (a mixture of gibberellin A4 and A7), light, and moist-chilling treatments. When GA4+7 was applied with tetcyclacis, dormancy induction was prevented under both favorable, e.g., 25C, and unfavorable, e.g., 5C, or low water potential (Ψ), germination conditions. Unlike tetcyclacis, abscisic acid (ABA) failed to induce dormancy in lettuce seeds. Thermodormancy induction in lettuce seeds at 35C was prevented by fluridone. However, neither ABA nor tetcyclacis countered its effect. Dormancy was also induced in lettuce seeds by ancymidol, flurprimidol, or paclobutrazol. Dormancy induced by tetcyclacis in pepper, tomato, carrot, and onion seeds was released by GA4+7, but not by irradiation or moist-chilling. Chemical names used: 5-(4-chlorophenyl)-3, 4, 5, 9, 10-pentaazatetracyclo [5.4.102,6.08,11]-dodeca-3, 9-diene (tetcyclacis); 1-(4-chlorophenyl)-4, 4-dimethyl-2-(1H-1, 2, 4-triazole-1-yl)-3-pentanol (paclobutrazol); α-cyclopropyl-α-(4-methoxyphenyl)-5-pyrimidine methanol (ancymidol); α-(1-methyl)-α-[4-(trifluoromethoxy) phenyl]-5-pyrimidine-methanol (flurprimidol); 1-methyl-3-phenyl-5-[3-(trifluoromethyl)phenyl]-4 (1H)-pyridinone (fluridone).


Author(s):  
G. S. Saddler

Abstract A description is provided for Burkholderia cepacia. Information is included on the disease caused by the organism, its transmission, geographical distribution, and hosts. HOSTS: Common host is Allium cepa, but can also cause disease in Allium sativum. Also identified as causing disease in Lycopersicon esculentum (63, 3168), a cavity disease of a cultivated mushroom (Agaricus bitorquis) (72, 5605) and a leaf spot on the a number of orchids including Cymbidium spp., Dendrobium sp. and Paphiopedilum spp. (66, 4326). The bacterium can also be found in soil, in clinical material, in disinfectant solutions and as an opportunistic pathogen of man and animals. It is gaining in significance as a major pathogen for sufferers of cystic fibrosis (Isles et al., 1984; McKevitt & Woods, 1984; Thomassen et al., 1985). DISEASE: Onion slippery skin; this is a rot of bulb scales, usually occurring at or near maturity, sometimes in storage. The bacterium does not appear to be strongly invasive, attacking plants that are damaged or weakened. Bacteria are thought to gain entry through the neck or leaf blades as the foliage falls over and the epidermis breaks, at maturity (64, 5550). GEOGRAPHICAL DISTRIBUTION: Worldwide. TRANSMISSION: Appears to be a soilborne wound pathogen.


Author(s):  
ANDERSON LUIZ NUNES ◽  
RIBAS ANTONIO VIDAL

A determinação da concentração de compostos no solo por meio de plantas quantificadoras apresenta como principal vantagem detectar somente resíduos biologicamente ativos, não havendo necessidade de instrumentos onerosos e de prévia extração dos resíduos do solo. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo selecionar plantas quantificadoras da presença de herbicidas residuais (pré emergentes) para o uso em bioensaios. Utilizou-se delineamento experimental completamente casualizado com arranjo bifatorial 8 x 6, com cinco repetições. O fator A consistiu de espécies cultiváveis e o fator B de herbicidas aplicados em pré emergência. Os resultados evidenciaram que a sensibilidade na detecção do herbicida no solo depende da espécie utilizada. A sensibilidade das espécies Lactuca sativa L. e Raphanus sativus var. sativus L. não permitiu condições de quantificar a presença dos herbicidas atrazina, cloransulam, imazaquin, metribuzin e S-metolacloro. Raphanus sativus var. oleiferus Metzger é potencial quantificador de imazaquin e S metolacloro. Plantas de Curcubita pepo L. são promissoras na bioavaliação de metribuzin. A espécie Cucumis sativus L. mostrou-se potencial bioindicadora de cloransulan e imazaquin. Avena sativa L. apresentou-se como potencial quantificadora de imazaquin e metribuzin. Hordeum vulgare L. pode quantificar o metribuzin e Triticum aestivum L. é promissor na detecção da biodisponibilidade de atrazina.


Chemosphere ◽  
2020 ◽  
Vol 256 ◽  
pp. 126985 ◽  
Author(s):  
Patrícia Moraes Sinohara Souza ◽  
Lais Roberta Deroldo Sommaggio ◽  
Maria Aparecida Marin-Morales ◽  
Ana Rita Morales

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