scholarly journals Semeadura direta de forrageiras de estação fria em campo natural submetido à aplicação de herbicidas: II. Composição botânica

2004 ◽  
Vol 34 (3) ◽  
pp. 769-777 ◽  
Author(s):  
Enrique Pérez Gomar ◽  
José Miguel Reichert ◽  
Dalvan José Reinert ◽  
Fernando García Prechac ◽  
Elbio Berretta ◽  
...  

A semeadura direta de espécies forrageiras de estação fria permite reduzir a marcada estacionalidade da sua produção em campos naturais. Durante quatro anos, conduziu-se um experimento de aplicação de herbicidas sobre campo nativo, em um solo Argissolo Vermelho-Amarelo, de textura arenosa do norte do Uruguai visando introduzir forrageiras de estação fria e estudar o impacto dos herbicidas na composição botânica de espécies estivais. Foram testadas doses de herbicidas (glifosate 1L ha-1, glifosate 4L ha-1, paraquat 3L ha-1 e testemunha), como tratamento principal, aplicadas no ano 1994, em um delineamento blocos ao acaso. A repetição ou não das mesmas doses no ano 1995 constituiu a subparcela e a aplicação ou não das mesmas doses no ano de 1996 constituiu a sub-subparcela. No levantamento de espécies da vegetação existentes no outono de 1998, observou-se que o maior distúrbio sobre a composição botânica do campo nativo foi provocado com a aplicação continuada da dose de 4L ha-1 de glifosate, onde foram identificadas seis espécies. No levantamento de espécies existentes no tratamento testemunha, no outono, foram identificadas onze espécies, sendo que as espécies Andropogon lateralis, Paspalum notatum, Conyza bonariensis, Eryngium horridum, Desmodium incanum, Cyperus sp. e Digitaria sp. constituiram 90% da composição botânica. Com a aplicação de herbicida, ocorreu uma substituição de espécies perenes por anuais.

1998 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 235-240 ◽  
Author(s):  
Miguel Vicente Weiss Ferri ◽  
FIávio Luiz Foletto Eltz ◽  
Nelson Diehl Kruse

Para avaliar doses do herbicida glyphosate, isolado ou misturado com 2,4-D, na dessecação do campo nativo para semeadura direta de soja, foi conduzido um experimento no compus da UFSM. Os tratamentos foram: glyphosate a 360, 720 e 1080g ha-1 de equivalente ácido, isolado ou em mistura com 200g ha-1 de 2,4-D éster, aspergidos em dois volumes de calda (50 e 200l ha-1), além de testemunha sem controle. A aspersão dos herbicidas ocorreu em 30/10/95 e a semeadura da soja em 27/12/95. Das 57 espécies presentes no campo nativo, as principais foram: Paspalum notatum var. notatum biótipos "C" e "D", Vernonia polyanthes, Vernonia nudiflora, Eryngium horridum e Baccharis trimera. Os resultados mostram que o uso de 2,4-D e a redução do volume de calda de 200 para 50l ha-1 não melhoraram a eficácia de controle do glyphosate, que mostrou controle geral de 48, 73 e 90% para as doses de 360, 720 e 1080g ha-1. O glyphosate mostrou controle ineficiente de V. polyanthes, V. nudiflora e E. horridum, independente da dose ou mistura com 2,4-D, sendo eficiente para B. trimera à 720 e 1080g ha-1. Houve controle do Paspalum de 54, 79 e 93% para o glyphosate à 360, 720 e 1080g ha-1 . O rendimento médio de grãos de soja foi de 1762, 2502, 2690 e 2793 kg ha-1, para testemunha e glyphosate a 360, 720 e 1080g ha-1. Conclui-se que, para semeadura direta de soja sobre campo nativo, a dose de 1080g ha-1 de glyphosate é adequada.


Author(s):  
Gleise M Silva ◽  
Lautaro R Cangiano ◽  
Thiago F. Fabris ◽  
Victoria R Merenda ◽  
Ricardo C Chebel ◽  
...  

Abstract This experiment evaluated the effects of providing artificial shade during summer on activity, behavior, and growth performance of pregnant grazing beef heifers. Thirty-six black-hided Angus and Angus crossbred pregnant heifers [418 ± 9 kg body weight (BW); approximately 90 d of gestation] were stratified by breed, blocked by BW, and allocated to 12 ‘Pensacola’ bahiagrass pastures (Paspalum notatum Flüggé; 1.3 ha, n = 3 heifers/pasture) with or without access to artificial shade (SHADE vs. NO SHADE; 6 pastures each) for 7 wk during summer. The shade structures were composed of shade cloth (11 × 7.3 m length, 2.4 m height: 26.8 m 2 of shade per heifer). Shrunk BW was recorded on enrollment (d 0) and wk 7 (d 47), whereas full BW was obtained on wk 2 (d 14), 4 (d 28), and 6 (d 42) to assess average daily gain (ADG). Vaginal temperature was recorded for five consecutive days during wk 1, 3, 5, and 7 using an intravaginal digital thermo-logger, and individual GPS devices were used to quantify the use of shade for an 8-h period. Activity was monitored using automated monitoring devices (HR-LDn tags SCR Engineers Ltd., Netanya, Israel) through the experimental period. Vaginal temperature was lower (P < 0.01) for heifers in the SHADE compared with heifers in the NO SHADE treatment from 1200 to 1600 h and 1100 to 1900 h for wk 1 and 3, respectively. Heifers in the SHADE treatment spent 70% of the 8-h period evaluated under the shaded structure. Provision of shade increased (P < 0.01) daily lying time (11.4 ± 0.2 vs. 10.3 ± 0.2 h/d) and standing bouts per day (P < 0.01; 12.6 ± 0.4 vs. 10.8 ± 0.4 bouts/d), whereas it reduced (P < 0.01) standing bout duration (61.6 ± 3.0 vs. 82.9 ± 3.0 min/bout) relative to heifers without access to shade. The interaction between treatment and hour affected (P < 0.01) daily rumination time because heifers with access to SHADE had greater rumination between 1000 and 1200 h. Although ADG tended (P = 0.08) to be greater for the heifers in the SHADE treatment (0.20 vs. -0.02 kg, respectively), the access to shade did not (P = 0.79) affect the final BW. In conclusion, providing artificial shade during summer to pregnant grazing beef heifers was effective in reducing vaginal temperatures and exerted changes in heifer behaviors that translated into slight improvements in growth performance.


2020 ◽  
Vol 98 (Supplement_4) ◽  
pp. 129-130
Author(s):  
Gleise Medeiros da Silva ◽  
Tessa M Schulmeister ◽  
Federico Podversich ◽  
Federico Tarnonsky ◽  
Maria E Zamora ◽  
...  

Abstract A completely randomized design study with a 2 × 2 factorial arrangement of treatments evaluated the impact of artificial shade (SHADE or NO SHADE) and breed (ANGUS vs. BRANGUS) on performance of cows, nursing calves, and subsequent offspring. Twenty-four Angus and 24 Brangus black-hided pregnant cows (579 ± 8 kg BW; 6.5 yr; approximately 85 d of gestation) and their nursing calves were randomly allocated to 12 ‘Pensacola’ bahiagrass pastures (Paspalum notatum Flüggé; 1.3 ha; n = 4 pairs/pasture), with or without access to artificial shade (NO SHADE BRANGUS [NSB], NO SHADE ANGUS [NSA], SHADE BRANGUS [SB], and SHADE ANGUS [SA]) for 56 d during summer. Body condition score (BCS) of cows and BW of pairs were obtained on d -1, 0, 55, and 56 (weaning weight). Following weaning, calves were randomly allocated to 4 pens (n = 12/pen) equipped with GrowSafe feed bunks for 14 d to measure feed intake (DMI) and efficiency (G:F). A shade × breed interaction (P < 0.05) was observed for average daily gain (ADG) and BCS of cows, with SB being greatest (P ≤ 0.05). Pre-weaning calf ADG tended to be greater (P = 0.10) for SHADE vs. NO SHADE. Weaning weight and BW 14-d post-weaning were lesser for NSB vs. NSA, SA, and SB, whereas no differences in DMI, ADG, or G:F were observed (P > 0.11). Gestation length was greater for SHADE vs. NO SHADE cows (292 vs. 274; P = 0.02), but calf birth weight was not different. Providing artificial shade to pregnant-lactating beef cows positively impacted the growth of Brangus but not Angus cows. However, weaning BW of calves from Angus cows regardless of shade access did not differ from that of Brangus calves with shade. Further research should investigate the potential long-term effects of shade on the subsequent offspring.


Author(s):  
Evandro Francisco Ferreira da Silva Souza ◽  
Leonardo Oliveira Medici ◽  
Marcello Antonio Duarte Gentile ◽  
Mohammad Bagher Hassanpouraghdam ◽  
Daniel Fonseca Carvalho ◽  
...  

1996 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 37-50 ◽  
Author(s):  
Ilsi Iob Boldrini ◽  
Lilian Eggers
Keyword(s):  

O presente estudo objetivou avaliar modificações ocorridas na vegetação em uma área de campo natural, após oito anos sem influência de pastoreio. A área situa-se na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, no município de Eldorado do Sul, RS, onde foram realizadas amostragens em 1984 e 1992. Dezesseis unidades amostrais permanentes de 0,25 m² foram utilizadas para verificar a presença e o valor de cobertura das espécies, pela escala de Daubenmire. São apresentados os valores de freqüência e cobertura absolutas (FA e CA, respectivamente) das espécies de Gramineae, Compositae, Rubiaceae, Leguminosae, Umbelliferae e Cyperaceae nos levantamentos de 1984 e 1992. O trabalho evidenciou a relação entre a forma biológica das espécies predominantes e os estados pastejado ou excluído. Em Gramineae, espécies rasteiras, estoloníferas ou rizomatosas (Paspalum notatum, Axonopus affinis e outras), características da área pastejada, foram substituídas por plantas de hábito cespitoso (Andropogon lateralis, Elyonurus candidus e outras), capazes de sombrear e sobrepujar as de baixo porte. Espécies de compostas e rubiáceas, de um modo geral, apresentaram uma redução em FA e pouca alteração em CA. As leguminosas apresentaram principalmente um aumento em FA, mantendo a CA praticamente constante. As umbelíferas destacaram-se pelo aumento da CA em metade de suas espécies. Ocorreu o surgimento de 25 e o desaparecimento de 42 espécies em 1992.


2003 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 1-9 ◽  
Author(s):  
S.O. Procópio ◽  
E.A. Ferreira ◽  
E.A.M. Silva ◽  
A.A. Silva ◽  
R.J.N. Rufino ◽  
...  
Keyword(s):  

O objetivo deste trabalho foi estudar a anatomia das folhas das espécies de plantas daninhas de grande ocorrência no Brasil: Galinsoga parviflora, Crotalaria incana, Conyza bonariensis e Ipomoea cairica, visando melhor entendimento sobre as barreiras que cada espécie impõe à penetração dos herbicidas e, assim, fornecer subsídios à busca de estratégias para superar esses obstáculos. As folhas completamente expandidas do terceiro ao quinto nó foram coletadas de plantas de ocorrência espontânea no campo. Das folhas de cada espécie foram obtidas três amostras da região central, com aproximadamente 1 cm², as quais foram utilizadas em estudos da estrutura e clarificação e em observações em microscópio eletrônico de varredura (MEV). Todas as espécies avaliadas são anfiestomáticas. A principal barreira foliar potencial à penetração de herbicidas observada na planta daninha G. parviflora foi a baixa densidade estomática na face adaxial. C. incana apresentou como possível principal obstáculo foliar à penetração de herbicidas o alto teor de cera epicuticular. Já em relação a C. bonariensis, alta densidade tricomática, grande espessura da cutícula da face adaxial e baixa densidade estomática na face adaxial foram as principais barreiras detectadas. Grande espessura da cutícula da face adaxial e baixa densidade estomática na face adaxial foram os possíveis obstáculos constatados nas folhas de I. cairica.


Weed Science ◽  
1989 ◽  
Vol 37 (1) ◽  
pp. 5-11 ◽  
Author(s):  
Kevin C. Vaughn ◽  
Martin A. Vaughan ◽  
Patrick Camilleri

Cross-resistance of the paraquat-resistant (R) hairy fleabane to other compounds that accept electrons from photosystem I (PSI) or produce toxic oxygen species was determined by chlorophyll loss, electron microscopy, and chlorophyll fluorescence suppression. Although the R bioype is approximately 100 x more resistant to paraquat than the susceptible (S) biotype based upon the assays for tissue damage, little or no cross-resistance was observed to a number of other PSI electron acceptors, including the bipyridilium herbicide morfamquat. A low level of resistance (approximately 10-fold) was noted to diquat and the singlet oxygen generator rose bengal. As measured by chlorophyll fluorescence suppression, the R biotype was about 100-fold resistant to paraquat, but only 10-fold resistant to diquat, and exhibited no resistance to morfamquat. Because differences observed with this protocol are direct measures of the ability of the herbicide to reach the active site and the results correlate with the level of resistance observed by chlorophyll bleaching or electron microscopy, these data suggest that compartmentalization is the major factor in paraquat resistance in hairy fleabane.


2011 ◽  
Vol 60 (229) ◽  
Author(s):  
F.T. Pádua ◽  
J.C.C. Almeida ◽  
D.D. Nepomuceno ◽  
O. Cabral Neto ◽  
B.B. Deminicis
Keyword(s):  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document