scholarly journals Água de drenagem ou esgoto sanitário? Uma análise do sistema de macrodrenagem em cidade de médio porte na Região Nordeste

2021 ◽  
Vol 26 (5) ◽  
pp. 935-943
Author(s):  
Juscelino Alves Henriques ◽  
Rui de Oliveira ◽  
Monica de Amorim Coura ◽  
Marcelo Libânio ◽  
Márcio Benedito Baptista

RESUMO A concepção dos sistemas de drenagem de águas pluviais como separador absoluto é uma característica marcante na gestão das águas urbanas, no entanto não é o reflexo da realidade de tal sistema na maioria das cidades brasileiras, onde frequentemente esgotos e águas pluviais escoam pelos mesmos condutos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi investigar as contribuições de contaminação fecal dos canais de drenagem afluentes ao Canal do Prado, pertencentes ao sistema de macrodrenagem de águas pluviais da cidade de Campina Grande, na Paraíba. Para a realização da pesquisa de campo, foram definidos sete pontos de monitoramento ao longo do canal e, como indicadores de contaminação fecal, coliformes termotolerantes, Escherichia coli e os ovos dos helmintos Ascaris lumbricoides, Taenia sp, Hymenolepis nana, Hymenolepis diminuta, Enterobius vermicularis, Ancilostomideo sp e Trichuris sp. Os resultados apontaram que ovos de Ascaris lumbricoides foram os que apresentaram maior frequência nos pontos de monitoramento, relacionados à maior descarga de esgotos sanitários. Tais descargas também foram verificadas por elevados valores médios de coliformes termotolerantes que atingiram até 1,6 x 107 UFC.100 mL-1, valor típico de esgoto sanitário. Escherichia coli ocorreu em mais de 90% das amostras coletadas em todos os pontos de monitoramento.

1968 ◽  
Vol 2 (4) ◽  
pp. 169-214 ◽  
Author(s):  
Ruy Gomes de Moraes

1 - Foram examinadas as fezes de 2.666 indivíduos, operários e funcionários de duas Emprésas industriais, situadas, uma na cidade do Rio de Janeiro e outra no Estado do Rio (Brasil); 2 - Dos 2.666 indivíduos, 1941 (72.80%) estavam parasitados por um ou mais helmintos e 725 (27,20%) tinham seus exames de fezes negativos; 3 - De cada um dos 2.666 indivíduos foi feito um hemograma completo, tendo sido aproveitada a taxa de eosinófilos que, em associação com os exames de fezes, constituiu o objeto principal dêste trabalho. 4 - Na Tabela A observa-se o número de vêzes em que cada um dos vermes foi observado e seus respectivos percentuais. Embora não seja um trabalho de epidemiologia, verifica-se que 46,81% são infestados pelo Trichuris trichiura; 23,85% pelo Strongyloides stercoralis; 22,46% pelo Necator americanus e/ou Ancylostoma duodenale; 20,51% pelo Ascaris lumbricóides; 1,65% pelo Schistosoma mansoni; 0.67% pelo Enterobius vermicularis; 0,26% por Taenia solium ou T. saginata e 0,11% por Hymenolepis nana; 5 - Os exames de fezes foram feitos pelos métodos de Faust (ou de Ritchie), de Willis, de Baermann e de sedimentação; 6 - A eosinofilia anotada foi a relativa ou em seu percentual, sendo considerada hipereosinofilia uma taxa de eosinófilos igual ou superior a 5% (Eo > 5%); 7 - Foram abordados de modo conciso os fatores que provocam oscilações na eosinofilia normal tais como a idade, a raça, as horas do nictêmero, os fatores físicos, o sexo, os fatores químicos e outros; 8 - Tratou-se de modo mais extenso das diferenças entre as hipereosinofilias parasitárias e não parasitárias, tendo sido focalizada a dinâmica da eosinofilia traduzida na curva de Lavier. 9 - A distribuição dos 2.666 casos foi feita pelos diferentes graus de eosinofilia, tendo sido levantados gráficos e traçadas curvas sôbre a distribuição de cada helminto e de suas associações. 10 - Por ser necessário à explanação do assunto, foi criado o "índice eosinofilico", o qual corresponde à relação entre o número de casos de um determinado grupo com Eo > 5% e Eo < 5%. Para o total de casos positivos, ao "índice eosinofílico" denominamos "índice eosinofílico médio" em para o total dos negativos "índice eosinofílico residual"; 11 - Estabelecendo-se o "índice eosinofílico", pode-se ajuizar a capacidade eosinofilogênica de cada helminto isoladamente, bem como a de suas associações; 12 - Atenção especial foi dada aos problemas da existência da hipereosinofilia nos casos com exames coprológicos negativos para helmintos, tendo-se passado em revista vários dos aspectos biológicos que o assunto comporta; 13 - Outra questão de grande importância clínica explanada neste trabalho é a do encontro de casos de parasitismo por vermes, sem hipereosinofilia. O autor, baseado em seus dados e em outros colhidos na literatura sôbre o assunto, discute a fisiopatologia da eosinopoiese nas helmintoses e ojerece uma interpretação para êste fato ainda não defintivamente esclarecido.


2020 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 284
Author(s):  
Hamit Mahamat Alio ◽  
Fombotioh Ndifor ◽  
Samafou Kemba ◽  
Issa Ramat Adam ◽  
Nack Jacques ◽  
...  

In tropical areas gastrointestinal parasitosis are constantly changing in frequency and the large number of asymptomatic carriers continue to be a public health problem. This study was carried out during the last trimester of 2019 in the city of N’Djamena (Chad). This work was designed to take a stock of the overall level of carriage of parasitic infections of the population of the city. Our study sample was made up of 366 individuals whose age varied from 1 to 77 years. Each subject included in this study benefited from parasitological stool analysis using three methods. The method of direct observation in physiological water, the method of concentration in formalin-ether and that of Kato Katz. The results obtained showed that 222 subjects were carriers of at least one species of parasite, or either a global infection rate of 60.66%. Ten species of gastrointestinal parasites were identified of which three species of protozoa: Entamoeba histolytica/dispar (34.70 %), Giardia intestinalis (3.55%), Entamoeba coli (0.55%) and seven species of helminths: Hymenolepis nana (18.85%), Ascaris lumbricoides (9.29%), Taenia saginata (8.20%), Hymenolepis diminuta (2.19%), Schiotosoma mansoni (0.27%), Heterophyes hetrophyses (0.55%) and Enterobius vermicularis (0.27%). In N’Djamena the parasitism of those investigated was mainly (45.63%) monospecific and poly-specific (bi-and tri-specific) in 15.03% of the causes while 39.34% of persons examined were free from all forms of protozoa and helminths. The epidemiology of pathogenic forms was linked to a lack of hygiene especially ignorance of the risk of faecal peril. It is therefore important to strengthen the health education of the population in this city in particular and throughout the country in general.


2015 ◽  
Vol 16 (6) ◽  
pp. 859-870 ◽  
Author(s):  
Antonio Neres Norberg ◽  
Fabiano Guerra-Sanches ◽  
Paulo R. Blanco Moreira-Norberg ◽  
José Tadeu Madeira-Oliveira ◽  
Aluízio Antonio Santa-Helena ◽  
...  

<p><strong>Objetivo </strong>Considerando que más de la mitad de la población mundial está infectada por protozoarios y helmintos intestinales, con alta prevalencia en las zonas más pobres, esta investigación tuvo como objetivo identificar la prevalencia de los parasitismos entre indígenas de la etnia Terena, establecidos en el Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p><strong>Metodología </strong>Se examinaron 134 muestras de heces de individuos de la comunidad indígena. Estas se conservaron en solución de Merthiolate-iodo-formol (MIF). Los exámenes de laboratorio fueron realizados por las técnicas de Hoffman, Pons y Janer; Willis y Kinyoun.</p><p><strong>Resultados </strong>Se identificaron infecciones por helmintos nematodos de las especies <em>Ascaris lumbricoides,</em> Ancylostomidae,<em> Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, </em>y<em> Trichuris trichiura</em>; cestodos de la especie <em>Hymenolepis nana, </em>y <em>Taenia</em>spp<em>.</em> También por protozoarios de las especies <em>Cryptosporidium </em>spp.<em>, Giardia lamblia, Endolimax nana, Entamoeba coli, </em>y<em> Entamoeba histolytica</em>. De las muestras investigadas, 23,1% fueron negativas; de los 76,9 % parasitados hubo diferencia estadísticamente no significativa para el parasitismo en hombres y mujeres examinados, de unoa 33 años de edad, y sobre parasitismo mono específico, o con simultaneidad de especies. Como diversidad parasitaria fueron encontradas siete especies de helmintos nematodos y cestodos, y cinco de protozoarios Archamoebae, flagelados y enterozoários. </p><p><strong>Conclusiones</strong> Los resultados fueron la base para la orientación e intervención adecuada, revelando la necesidad de la implantación de medidas gubernamentales y socioeducativas para mejorar las condiciones de vida de esta comunidad.</p>


2014 ◽  
Vol 2014 ◽  
pp. 1-7 ◽  
Author(s):  
Maysa Ahmad Eraky ◽  
Samia Mostafa Rashed ◽  
Mona El-Sayed Nasr ◽  
Azza Mohammed Salah El-Hamshary ◽  
Amera Salah El-Ghannam

This study evaluated the degree of parasitic contamination of vegetables which are commercialized and consumed fresh in Benha, Egypt. It included 530 vegetables: lettuce, watercress, parsley, green onion, and leek. Vegetables were collected randomly from markets within Benha. Samples were washed in saline, and the resulting washing solution was filtered and centrifuged to concentrate the parasitic stages. Sediments and supernatants were examined by iodine and modified Ziehl-Neelsen stained smears. Intestinal parasites were detected in 157/530 (29.6%) samples.Giardia lambliacysts were the most prevalent parasite (8.8%) followed byEntamoebaspp. cysts (6.8%),Enterobius vermiculariseggs (4.9%), various helminth larvae (3.6%),Hymenolepis nanaeggs (2.8%),Hymenolepis diminutaeggs (2.1%), andAscaris lumbricoideseggs (0.6%). The highest contaminated vegetable was lettuce (45.5%) followed by watercress (41.3%), parsley (34.3%), green onion (16.5%), and leek (10.7%). These results indicate a significant seasonal variation (P<0.05), with highest prevalence in summer (49%) and the lowest in winter (10.8%). These findings provide evidence for the high risk of acquiring parasitic infection from the consumption of raw vegetables in Benha, Egypt. Effective measures are necessary to reduce parasitic contamination of vegetables.


2021 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 44-52
Author(s):  
Luis Alarcón (†) ◽  
Evangelina Terán Ventura

Introducción: La parasitosis intestinal constituye una de las infecciones más comunes a nivel mundial, de mayor prevalencia en países poco desarrollados. El objetivo es comparar la prevalencia de enteroparásitos en niños de Huaricana y Viacha de La Paz, Bolivia. Metodología: Se colectaron muestras de heces de niños de 4 -11 años de los colegios de Huaricana (H) y Viacha (V). Para determinar la presencia de enteroparásitos, se utilizó la técnica modificada de concentración de Willis y Ritchie. Resultados: La prevalencia de enteroparásitos fue de más del 80 % para H y 44 % para V. Las especies de helmintos que fueron encontrados son: Hymenolepis nana (H: 20 %, V: 0 %), Ascaris lumbricoides (H: 4 %, V: 4 %), Enterobius vermicularis (H: 5 %, V: 0 %), Taenia spp. (H: 4 %, V: 0 %), Diphylidium spp. (H:4 %, V:0 %), y entre los protozoos se encontraron Giardia lamblia (H:18 %, V:4 %), Blastocystis hominis (H:22 %, V:6 %), Entamoeba coli (H:51 %, V:28 %), Chilomastix mensnili (H:12 %, V:2 %), Endolimax nana (H:0 %, V:6 %) y Iodamoeba butschili (H: 14 %, V: 2 %). Los enteroparásitos patógenos predominantes en Huaricana fueron Hymenolepis nana 20 % y Giardia lamblia 18 %; y en Viacha 4 % se encontraron Ascaris lumbricoides y Giardia lamblia. Los niños de Huaricana estaban poliparasitados en 20 %, y biparasitados en 25 %, y los niños de Viacha estaban biparasitados en 19 %. Conclusión: Los niños con mayor prevalencia de enteroparásitos pertenecen a Huaricana. Las especies patógenas de enteroparásitos prevalentes en niños de Huaricana fue Hymenolepis nana, Giardia lamblia y de Viacha fue Ascaris lumbricoides y Giardia lamblia. Los niños de Huaricana estaban poliparasitados y los de Viacha estaban biparasitados. Conflicto de intereses Ninguno 


2013 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 75-77
Author(s):  
Shiv Narayan Yadav

The present studyy examined association between ABO human blood group and helminth parasites. In total 3000 people were investigated and 1300 individuals were found infected with helminth parasites, namely Ascaris lumbricoides (52.46%) Ancylostoma duodenale (45.00%), Trichuris trichura (1.90%), Enterobius vermicularis (0.03%), Taenia solium (0.015%), Hymenolepis nana (0.15%).


1981 ◽  
Vol 76 (3) ◽  
pp. 299-302 ◽  
Author(s):  
Carlos E. A. Coimbra Júnior ◽  
D. A. Mello

Este trabalho apresenta dados de enteroparasitas encontradas em índios da comunidade tribal de Suruí, em Rondônia, na Região Amazônica do Brasil. As seguintes espécies foram encontradas: Ascaris lumbricoides (53,3%), Ancilostomidae (43,3%), Strongyloides stercoralis (33,3%), Taenia sp. (5,8%), Trichuris trichiura (5,0%), Hymenolepis nana (4,1%), Giardia lamblia (3,3%), Entamoeba histolytica complex (0,8%) e Enterobius vermicularis (0,1%). O encontro de Capillaria sp. nas fezes de dois individuos é discutido.


1972 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 385-392 ◽  
Author(s):  
Ednir Salata ◽  
Fernando M. A. Corrêa ◽  
Roberto Sogayar ◽  
Maria Inês Leme Sogayar ◽  
Maria Aparecida Barbosa

Estudo da prevalência de parasitas intestinais realizado em 370 indivíduos residentes na CECAP, distrito-sede de Botucatu, Estado de São Paulo, permitiu verificar que 41,62% encontravam-se infestados por uma ou mais espécies de parasitas intestinais. Foram encontrados os seguintes parasitas: Entamoeba histolytica 0,54%, E. coli 6,21%, I. butschlii 0,27%, Giardia lamblia 9,72%, Ancylostomidae 5,94%, Strongyloides stercoralis 6,75%, Trichuris trichiura 17,29%, Ascaris lumbricoides 7,56%, Enterobius vermicularis 3,78%, Hymenolepis nana 5,40% e Taenia sp. 1,62%. Apresentam-se dados sobre a distribuição dos parasitas em relação à idade e ao sexo dos indivíduos. O atributo cor não permite maiores considerações por serem os não brancos significantemente pouco numerosos. Dos indivíduos examinados, 25,67% apresentavam apenas uma espécie de parasita e entre as associações parasitárias mais freqüentes encontramos as de Ascaris lumbricoides - Trichuris trichiura e Trichuris trichiura - Giardia lamblia.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document