RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE A FEBRE DA ZIKA E MICROCEFALIA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA

2020 ◽  
Vol 42 (3) ◽  
Author(s):  
André Emanuel Dantas Mercês ◽  
Angela de Souza Cajuhi ◽  
Lorena Conceição Souza dos Santos ◽  
Rudval Souza da Silva ◽  
Cleuma Sueli Santos Suto ◽  
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O Zika vírus é um arbovírus transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados e apresentam como principais manifestações clínicas: febre aguda, exantema, prurido e conjuntivite. Em 2015 causou uma epidemia no Brasil, desencadeando casos de microcefalia em bebês cujas gestantes tiveram a febre da Zika. O Nordeste notificou o maior número de casos. Objetivou-se identificar, a partir de uma revisão integrativa, a relação entre a febre da Zika e a microcefalia. Trata-se de revisão integrativa, realizada a partir de buscas desenvolvidas nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Scientific Electronic Library Online (SciELO) com publicações dos anos de 2015 e 2016, idiomas português e inglês. Foram encontradas 191 publicações, as quais passaram por um processo de leitura e análise quanto ao atendimento do objetivo e aplicação dos critérios de inclusão. Restaram oito publicações que integraram o corpus desta revisão. Os resultados apontam para uma relação de causa e efeito entre o contato das gestantes com o Zika vírus e o desenvolvimento de microcefalia em seus bebês. Necessita-se de maiores evidências que demonstrem os reais fatores envolvidos nesse processo, como os genéticos, ambientais e até mesmo interferência de outras infecções. Palavras-chave: Zika vírus. Microcefalia. Aplicações da epidemiologia.

2017 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 58
Author(s):  
Sângela Maria da Silva Pereira ◽  
Alberto Sabin Moura Borba ◽  
Jaqueline De Fátima Lopes Rosa ◽  
Ceci Nunes Carvalho ◽  
Etevaldo Matos Maia Filho ◽  
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O Zika Vírus (ZIKV) é um arbovírus, que tem o ácido ribonucleico como seu material genético, pertence a família Flaviviridae e é transmitido principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, tendo-se registros também da sua transmissão por fluídos corporais. Desde Maio de 2015 o Brasil enfrenta um surto do vírus, que se espalhou rapidamente pelas Américas causando preocupação devido a possível relação do vírus com a microcefalia, que foi detectada no líquido amniótico e placenta de mulheres com fetos microcéfalos. Os pacientes acometidos com microcefalia possuem um perímetro cefálico inferior à média para o sexo e idade, e na maioria dos casos está associado à estrutura cerebral alterada, problemas de desenvolvimento e características faciais dismórficas. Estas características afetam não apenas o estado de saúde geral do paciente, mais também o atendimento odontológico, que se torna dificultado devido ao pequeno número de profissionais habilitados para o atendimento a pacientes especiais e ao pouco conhecimento das características craniofaciais e dentárias destes indivíduos. O presente artigo tem como objetivo apresentar as características craniofaciais que influenciam no atendimento odontológico e uma perspectiva sobre o futuro da odontologia no atendimento dos pacientes acometidos com microcefalia. Palavras-chave: Microcefalia, manifestações orais, Vírus Zika


2020 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. e0008163 ◽  
Author(s):  
Basile Kamgang ◽  
Marie Vazeille ◽  
Armel Tedjou ◽  
Aurélie P. Yougang ◽  
Theodel A. Wilson-Bahun ◽  
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2016 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. e0004543 ◽  
Author(s):  
Thais Chouin-Carneiro ◽  
Anubis Vega-Rua ◽  
Marie Vazeille ◽  
André Yebakima ◽  
Romain Girod ◽  
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Insects ◽  
2021 ◽  
Vol 12 (5) ◽  
pp. 386
Author(s):  
Taylor C. Clarkson ◽  
Ashley J. Janich ◽  
Irma Sanchez-Vargas ◽  
Erin D. Markle ◽  
Megan Gray ◽  
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We tested a nootkatone product for insecticide activity against the most prominent vectors of Zika virus (ZIKV), Aedes aegypti, and Aedes albopictus. We tested the permethrin-resistant (PERM-R) Vergel strain of A. aegypti and the permethrin-susceptible (PERM-S) New Orleans strain of A. aegypti to determine if insecticide resistance affected their susceptibility to nootkatone. Bottle bioassays showed that the PERM-S strain (New Orleans) was more susceptible to nootkatone than the confirmed A. aegypti permethrin-resistant (PERM-R) strain, Vergel. The A. albopictus strain ATM-NJ95 was a known PERM-S strain and Coatzacoalcos permethrin susceptibility was unknown but proved to be similar to the ATM-NJ95 PERM-S phenotype. The A. albopictus strains (ATM-NJ95 and Coatzacoalcos) were as susceptible to nootkatone as the New Orleans strain. Bottle bioassays conducted with ZIKV-infected mosquitoes showed that the New Orleans (PERM-S) strain was as susceptible to nootkatone as the mock-infected controls, but the PERM-R strain was less susceptible to nootkatone than the mock-infected controls. Repellency/irritancy and biting inhibition bioassays (RIBB) of A. aegypti determined whether the nootkatone-treated arms of three human subjects prevented uninfected A. aegypti mosquitoes from being attracted to the test subjects and blood-feeding on them. The RIBB analyses data calculated the spatial activity index (SAI) and biting inhibition factor (BI) of A. aegypti at different nootkatone concentrations and then compared the SAI and BI of existing repellency products. We concluded that nootkatone repelled mosquitoes at a rate comparable to 7% DEET or 5% picaridin and has the potential to be an efficacious repellent against adult A. aegypti mosquitoes.


2019 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. e0007281 ◽  
Author(s):  
Leon E. Hugo ◽  
Liesel Stassen ◽  
Jessica La ◽  
Edward Gosden ◽  
O’mezie Ekwudu ◽  
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2021 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 601-619
Author(s):  
Bruna Lívia Barbosa dos Santos Almeida ◽  
Fernanda Stefanny Lima Sobrinho ◽  
Mayara Camila Santos Silva ◽  
Claudimary Bispo dos Santos

RESUMO: A presença dos arbovírus no Brasil têm se tornado um crescente problema de saúde pública e a preocupação com seus impactos na população não são recentes. Atualmente as três arboviroses de maior importância para a saúde pública são a dengue, Chikungunya e Zika vírus, sendo estas capazes de serem transmitidas pelos mesmos insetos vetores, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. O Nordeste é a região brasileira com o maior número de casos confirmados, portanto, o presente estudo objetivou analisar a situação epidemiológica das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika), no município de Arapiraca-AL, no período de 2015 a 2018. Trata-se de um estudo transversal de abordagem descritiva e retrospectiva, com dados secundários coletados através da base de dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN). No período estudado foram registrados um total de 17.610 casos de arboviroses, destacando a dengue com 16.328 casos. Os adultos foram os mais acometidos, assim como o sexo feminino (55,3%). Diante dos dados mostrados percebe-se que a Dengue continua sendo um grave problema de Saúde Pública, principalmente, devido a presença do vetor principal somada à co-circulação de outros arbovírus como Chikungunya e Zika, aumentando a dificuldade de diagnóstico e tratamento precoce adequado. PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Vetores, Saúde Pública.


2021 ◽  
Author(s):  
Maycon Valiense Clímaco ◽  
José Joaquim Raposo Neto ◽  
Luciana Aparecida Rocha De Souza Albuquerque

Introdução. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus infectado, entre 2015 e 2016, o Zika vírus foi responsável por um aumento nos casos de microcefalia nas Américas, transformando-se em um grande problema de saúde pública. Além das manifestações típicas da infecção viral, o vírus foi relacionado com alterações no desenvolvimento infantil de fetos em gestantes que se infectaram, com destaque para a microcefalia, convulsões, dentre outras malformações congênitas. Objetivo. O presente artigo objetiva analisar sistematicamente o conhecimento atual sobre a relação entre a síndrome congênita do Zika Vírus (SCZV) e o desenvolvimento de crises convulsivas. Material e métodos. Para a realização desta revisão, utilizou-se as bases de dados PubMed e Scielo, onde foi realizado um levantamento periódico utilizando descritores previamente estabelecidos, respeitando a seguinte fórmula de pesquisa: Congenital AND Zika Virus AND Seizures AND Children. Após leitura do título e resumo foram selecionados 27 artigos. Foram incluídos estudos de coorte, estudos transversais, séries de caso, relatos de caso e estudos de caso controle de pacientes diagnosticadas com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. Resultados. Dentre os diversos aspectos que permeiam as alterações clínicas e morfológicas provocadas pela SCZV, foi possível observar uma associação entre a infecção, principalmente durante o primeiro trimestre da gestação, e o surgimento de eventos epileptogênicos. Os tipos de convulsões mais frequentes foram os espasmos epilépticos, seguidos pelas convulsões tônico-clônicas generalizadas e/ou convulsões focais. Além disso, no exame físico foi possível notar sinais motores,neuromusculares ou discinéticos, sendo os mais comuns: aumento dos reflexos tendinosos profundos, hipertonia, clônus, sinais de babinski e hoffman. A presença de microcefalia demonstrou ser um importante fator de risco juntamente com outras alterações morfológicas do sistema nervoso central (calcificações, ventriculomegalia, hidrocefalia, anomalias do corpo caloso, etc.). Conclusão. Nesta revisão, descrevemos a relação entre a SCZV e o desenvolvimento de quadros convulsivos, relatando as características clínicas desses pacientes, a idade de início e sua correlação com malformações cerebrais. Ademais, foi possível demonstrar que grande parte das manifestações convulsionais começaram antes dos 6 meses de vida, tendendo a quadros epiléticos precoces e refratários ao longo do tratamento farmacológico.


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