Os desafios enfrentados pela equipe editorial do Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases na transição entre dois publishers de renome internacional
<p><em>The Journal of Venomous Animals and Toxins,</em> criado em 1995 no Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (CEVAP) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, Brasil, foi a primeira revista digital brasileira. Em 1998 foi selecionada para integrar a base SciELO (<em>Scientific Electronic Library Online</em>), e em 2003, para se tornar mais abrangente, as Doenças Tropicais foram incluídas no seu escopo. Denominou-se então <em>The Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases.</em> Em 2006 foi selecionada para integrar duas Bases internacionais estratégicas: a <em>Web of Science</em> da <em>Clarivate Analytics</em>, que publica anualmente o Fator de Impacto, e a <em>Scopus</em> da <em>Elsevier</em>, que publica o <em>Cites per Doc</em> e o <em>CiteScore</em>. Como estes índices se estabilizaram até 2012 entre 0.30 e 0.50, o Conselho Editorial decidiu estabelecer parceria com a <em>BioMed Central Springer-Nature</em>, um <em>publisher</em> comercial de acesso aberto e de renome internacional. Houve, nesta ocasião, uma reestruturação importante do periódico, incluindo a publicação em fluxo contínuo e a indexação no <em>PubMed Central</em>, com vistas à melhoria da qualidade e do aumento das métricas. Em 2018 o Fator de Impacto alcança o valor de 2.935, o <em>Cites per Doc</em> o de 2.973 e o <em>CiteScore</em> de 2.630. Em seis anos os indicadores tiveram um incremento substancial, ou seja, de 0.5 para 2.9. Tendo em vista os elevados investimentos necessários para renovação do contrato de parceria, e por tratar-se de uma publicação acadêmica e não-comercial, o corpo editorial decidiu manter o acesso aberto e tentar a sustentabilidade financeira do periódico a médio prazo, trazendo a publicação de volta ao Brasil a partir de 2019. A equipe SciELO acolheu a corajosa iniciativa e tornou-se o novo parceiro neste desafio. As estratégias adotadas na transição estão descritas em detalhes no “relato de experiência”.</p>