scholarly journals Características sociodemográficas e psicossociais de trabalhadores relacionadas ao uso de álcool

HU Revista ◽  
2019 ◽  
Vol 45 (2) ◽  
pp. 140-147
Author(s):  
Nayara Baptista Silva ◽  
Maira Leon Ferreira ◽  
Laisa Marcorela Andreoli Sartes

Introdução: O consumo abusivo de álcool acompanha os indivíduos durante a idade economicamente ativa, sendo a causa de diversos problemas no ambiente de trabalho. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre o consumo de álcool e características sociodemográficas e psicossociais de trabalhadores do setor metalúrgico. Metodologia: Foram selecionados, por conveniência, 104 dos 120 trabalhadores de uma empresa de médio porte do setor metalúrgico, sendo que, deste total dezesseis foram excluídos por não estarem presentes nos dias das entrevistas ou por falta de disponibilidade no dia da aplicação dos testes. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: (1) o AUDIT (Alcohol Disorders Identification Test) para avaliar o padrão de consumo de álcool e comparar os funcionários usuários e não usuários de álcool; (2) a área médica do ASI6 (Addiction Severity Index 6), para associar outras questões de saúde com o uso de álcool; (3) o URICA (University of Rhode Island Change Assessment Scale), para analisar o estágio de motivação para mudança dos usuários de risco e (4) questionário de dados sociodemográficos e questões sobre o álcool, para descrever a amostra. Resultados: Os resultados demonstram que, quanto ao padrão de uso de álcool, 75% dos participantes pontuaram como uso de baixo risco de álcool, 21,2% como uso nocivo e 3,8% como dependência. Observou-se que a maioria da amostra afirmou ter consumido álcool nos últimos meses (61 trabalhadores/ 58,7%). Conclusão: Como a maioria dos funcionários entrevistados fazia uso de álcool e, destes, a maior parte fazia uso episódico excessivo do álcool, padrão denominado de binge drink, fica evidenciada a necessidade das empresas de investirem em programas de prevenção e tratamento, reduzindo os riscos de acidentes de trabalho e problemas como absenteísmo e queda de produtividade.

2021 ◽  
pp. 67-79
Author(s):  
Roberto Mendes dos Santos ◽  
Murilo Duarte da Costa Lima

A prontidão para mudança, expressa como a vontade de se inserir em um processo pessoal de adotar um novo comportamento, pode ser associada à adesão ao tratamento de alcoolistas. Objetivo: conhecer as características clínicas relacionadas à prontidão de alcoolistas para permanecer em tratamento. Método: Trata-se de estudo analítico, longitudinal, de acompanhamento de pacientes, com amostragem não probabilística do tipo intencional, realizada com 41 indivíduos dependentes químicos de álcool em tratamento em dois Centros de Atenção Psicossocial para álcool e outras Drogas (CAPSad) da região metropolitana de João Pessoa/ PB. O estudo verificou a existência de dependência química de álcool dos sujeitos na chegada para o tratamento, por meio do instrumento The Alcohol Use Identification Test (AUDIT), e identificou o estágio de prontidão para a mudança de comportamento em três diferentes momentos, através da escala University of Rhode Island Change Assessment Scale (URICA). Resultado: o público foi formado, em sua maioria, de indivíduos do sexo masculino, com idade média de 44 anos, baixa escolaridade, de classificação econômica Brasil C1 e C2, desempregados, e com cerca de 24 anos de consumo alcoólico. Em relação ao estágio motivacional, a maioria dos pacientes (53,66%) encontrava-se em estado de pré-contemplação, no qual os indivíduos não enxergam a mudança como algo necessário, e apenas 7 sujeitos chegaram ao final dos três meses de pesquisa em tratamento regular. Conclusão: os dados obtidos demonstram a importância da identificação de fatores de modificação dos aspectos motivacionais na construção de projetos terapêuticos mais consentâneos às necessidades terapêuticas individuais.


1991 ◽  
Author(s):  
Yifrah Kaminer ◽  
Oscar Bukstein ◽  
Ralph E. Tarter

2006 ◽  
Vol 31 (1) ◽  
pp. 17-24 ◽  
Author(s):  
Samuel H. Rikoon ◽  
John S. Cacciola ◽  
Deni Carise ◽  
Arthur I. Alterman ◽  
A. Thomas McLellan

BJPsych Open ◽  
2018 ◽  
Vol 4 (6) ◽  
pp. 471-477 ◽  
Author(s):  
Angelina Isabella Mellentin ◽  
Annette Elkjær Ellermann ◽  
Bent Nielsen ◽  
Anna Mejldal ◽  
Sören Möller ◽  
...  

BackgroundDespite expansive knowledge on the detrimental effects of growing up with parents with alcohol use disorders (AUDs), little is known about the prognosis of alcohol treatment among parents with childcare responsibility.AimsThis observational cohort study aimed to examine the prognosis of patients with and without childcare responsibility, in a conventional out-patient alcohol treatment clinic.MethodA consecutive AUD sample (N = 2201), based on ICD-10 Diagnostic Criteria for Research, was assessed with the European Addiction Severity Index during the clinical routine, at treatment entry and conclusion. Data on addiction severity, treatment course and drinking outcomes were derived, and adjusted odds ratios (AORs) were calculated with logistic-regression models. Drinking outcomes were compared in an intention-to-treat analysis, including all patients in a logistic regression with inverse probability weighting.ResultsPatients with childcare responsibility (aged <18 years) had a less severe addiction profile and lower drop-out rate compared with patients without children or with children living out-of-home. They were also more likely to improve on all drinking-related outcomes, including abstinence (AOR 2.68, 95% CI 1.82–3.95), number of drinking days (AOR 2.45, 95% CI 1.50–4.03) and excessive drinking days (AOR 4.66, 95% CI 2.36–9.17); and those with children living out-of-home had better outcomes on abstinence (AOR 1.59, 95% CI 1.08–2.34) than patients without children.ConclusionsChildcare responsibility among out-patients was associated with better treatment course and outcomes than those without or not living with their children. This knowledge can help guide clinical practice, effectuate interventions and inform social authorities.


2004 ◽  
Vol 9 (3-4) ◽  
pp. 185-191 ◽  
Author(s):  
József Gerevich ◽  
Erika Bácskai ◽  
Sándor Rózsa

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document