scholarly journals Consumismo e solidão no filme Inteligência Artificial, de steven spielberg: uma abordagem ecocrítica e filosófica

2014 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 88-100
Author(s):  
Sirley Almeida Adelino Baião ◽  
Fernanda Bezerra de Aragão Correia ◽  
Stephen Francis Ferrari

O presente artigo toma como corpus de análise o filme Inteligência Artificial, do diretor Steven Spielberg. O objetivo é colocar em diálogo a ecocrítica com a filosofia, entendendo-se “ecocrítica” como um discurso-mediação entre o homem, sujeito e a natureza espaço físico. Buscamos investigar como se dá essa relação, posicionando o discurso filosófico e cinematográfico nesse diálogo. Através do pensamento do filósofo Gaston Bachelard, tomaremos sua obra A Poética do Espaço (2008) para pensarmos a noção de topofilia. Utilizaremos também o pensamento do filósofo Martin Heidegger, em sua obra capital Ser e Tempo (2011) e em outros ensaios, para a concepção de espacialidade. Visamos com isso tomar o discurso filosófico como possibilidade de análise e de intercâmbio da ecocrítica com o cinema e desvelar a questão ambiental no filme a partir de um diálogo entre filosofia, cinema e ecocrítica.Palavras-chave: Cinema; ecocrítica; espaço; filosofia; solidão

Author(s):  
Renan Silva Carletti ◽  
Gilberto Safra

Este artigo pretende apresentar como a noção de “intimidade”, apresentada pelo filósofo alemão Peter Sloterdijk em sua obra “Esferas I – Bolhas”, foi desenvolvida em diálogo com o mesmo tema abordado em “A poética do espaço” de Gaston Bachelard. Desenvolveremos, inicialmente, como a intimidade é compreendida por cada autor e sua articulação com as concepções de “exterioridade” e “espaço”. Posteriormente, pela perspectiva do escritor Juliano Pessanha, assinalaremos a crítica à abordagem de Martin Heidegger que converge ambos autores e mostraremos consonâncias e divergências entre os mesmos. Por último, poderemos compreender como o “pensamento esferológico” do filósofo alemão guarda raízes nas reflexões sobre a imaginação e poesia do pensador francês.


2021 ◽  
Author(s):  
Ana Paula Perdiz de Crato Fogaça

Tendo como referentes poéticos o mar e o silêncio e, através abordagem comparatista, este trabalho propõe analisar laços existentes nos versos de três poetas de língua portuguesa: Cecília Meireles, Sophia de Mello Breyner Andresen e Glória de Sant’Anna. Os diálogos intertextuais da dimensão de sagrado e de espiritualidade potenciada pelos caminhos simbólicos do mar e do silêncio revelam a cumplicidade entre as poetas. Como fundamento dessas visões dialógicas recorreu-se às teses do teórico Michel Collot sobre referente poético; à conceção fenomenológica de Gaston Bachelard sobre a imaginação material e dinâmica da(s) água(s), e às interpretações de Martin Heidegger sobre a essência da poesia em Hölderlin.


2021 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 123-134
Author(s):  
Teresa García Díaz

El presente artículo introduce a Juan Pablo Villalobos como escritor innovador, que, entre otros temas, ha escrito sobre la inmigración desde diferentes registros y géneros. Se analizan los matices que emplea el autor a fin de mostrar que los personajes se enfrentan a múltiples dificultades para integrarse a un nuevo espacio y para establecer relaciones en la novela La invasión del pueblo del espíritu (2020). La soledad y la ajenidad atrapan a los personajes en ese nuevo espacio; y para analizar esta situación se acude a Marc Augé y su concepto de “no lugares”. Asimismo, se reflexiona sobre la simbiosis que se crea entre el espacio y el tiempo, originada por la fugacidad y el movimiento en la trama de la novela; para dar cuenta de esto se recurre a Gaston Bachelard y Martin Heidegger. Por último, se estudia la singular voz narrativa múltiple que se une al lector para percibir, interpretar y narrar lo sucedido.


2017 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 34
Author(s):  
Jorge Crichyno

O tema tratado neste artigo refere-se ao lugar poético do imaginário arbóreo e suas repercussões e ressonâncias na paisagem, buscando elucidar a componente arbórea enquanto potência imaginal. Na perspectiva de compreendermos essa diversidade de sentidos, o trabalho investiga a presença das árvores no Parque do Flamengo - Rio de Janeiro, desvendando os significados simbólicos e os elos que se estabelecem com os sujeitos, configurando assim uma fenomenologia poética do lugar arborescente. O caminho pelo qual se desenvolve este estudo é através da análise de fontes poéticas (poemas) que abrangem as obras de três poetas nacionais: Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e Manoel de Barros, promovendo um material reflexivo para a identificação das estruturas imaginantes e dos dinamismos indutores da imagem-árvore. O principal aporte teórico-conceitual é dado pelos fundamentos de Gaston Bachelard e de Martin Heidegger, a partir dos quais se pretende explorar a árvore enquanto imagem poética e do lugar no habitar, considerando-os como base constitutiva do imaginário arbóreo urbano existente no Parque do Flamengo.


Author(s):  
John Marmysz

This introductory chapter examines the “problem” of nihilism, beginning with its philosophical origins in the ideas of Plato, Immanuel Kant, Friedrich Nietzsche and Martin Heidegger. It is argued that film is an inherently nihilistic medium involving the evocation of illusory worlds cut loose from objective reality. This nihilism of film is distinguished from nihilism in film; the nihilistic content also present in some (but not all) movies. Criticisms of media nihilism by authors such as Thomas Hibbs and Darren Ambrose are examined. It is then argued, contrary to such critics, that cinematic nihilism is not necessarily degrading or destructive. Because the nihilism of film encourages audiences to linger in the presence of nihilism in film, cinematic nihilism potentially trains audiences to learn the positive lessons of nihilism while remaining safely detached from the sorts of dangers depicted on screen.


Author(s):  
Saitya Brata Das

This book rigorously examines the theologico-political works of Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling, setting his thought against Hegel's and showing how he prepared the way for the post-metaphysical philosophy of Martin Heidegger, Franz Rosenzweig and Jacques Derrida.


2010 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 37-49 ◽  
Author(s):  
Roy Sellars

At first sight, environmental issues do not seem to feature prominently, if at all, in the work of Jacques Derrida. This essay aims to take a closer look, and thereby to issue a challenge to the burgeoning discipline of eco-criticism. Instead of promoting the Beautiful Soul who is equipped to save the planet by virtue of reading poetry, I argue for the ethical primacy of waste and welter (to recycle a phrase from Wallace Stevens). Jonathan Bate's The Song of the Earth, a powerful but pious work of eco-criticism, ends with a test proposed to the reader; I take the test, which entails reading Stevens's late poem ‘The Planet on the Table’, and fail. Bate's invocation of Martin Heidegger is briefly examined, as are traces of Derrida. What remains of Derrida, I propose, is neither method nor concept but rather remainders that trouble the grounding of environment (Umwelt) as such.


Paragraph ◽  
2006 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 98-114 ◽  
Author(s):  
James Williams

This article charts differences between Gilles Deleuze's and Gaston Bachelard's philosophies of science in order to reflect on different readings of the role of science in Deleuze's philosophy, in particular in relation to Manuel DeLanda's interpretation of Deleuze's work. The questions considered are: Why do Gilles Deleuze and Gaston Bachelard develop radically different philosophical dialectics in relation to science? What is the significance of this difference for current approaches to Deleuze and science, most notably as developed by Manuel DeLanda? It is argued that, despite its great explanatory power, DeLanda's association of Deleuze with a particular set of contemporary scientific theories does not allow for the ontological openness and for the metaphysical sources of Deleuze's work. The argument turns on whether terms such as ‘intensity’ can be given predominantly scientific definitions or whether metaphysical definitions are more consistent with a sceptical relation of philosophy to contemporary science.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document