scholarly journals MONSTRUOSIDADE NA MONTAÇÃO

2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
Author(s):  
MAIRA LOPES BARILLO

Este artigo trata das montações monstruosas praticadas por drag queens, dançarinas burlescas e de voguing nas cidades do Rio de Janeiro, RJ, São Paulo, SP e Salvador, BA, nos anos de 2017 e 2018 e que foram fotografadas para o projeto “m0n5+r_S”, pela autora do trabalho. A série de imagens foi realizada em concursos de performance, balls e cabarés, onde a prática performativa da montação era realizada; e editada para que se evidencie os aspectos monstruosos, estranhos e grotescos das imagens. Neste texto, serão descritos alguns aspectos dessa prática, suas implicações éticas, estéticas e políticas, além de contextualizá-la na discussão sobre o queer/cuir e a comunidade LGBTQIA+, utilizando para isso conceitos de Paul Preciado, Judith Butler, Jaqueline de Jesus, Nízia Villaça e Hija de Perra. Contextualizando também as noções de monstruosidade e grotesco nesta forma artística contemporaneamente, através das ideias apontadas por Jacques Rancière, Diego Paleólogo, Muniz Sodré e Raquel Paiva.

Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

O presente artigo analisa as ações anti-racismo “Monumento Horizontal” (2004), intervenção urbana realizada na cidade de São Paulo, e “Bandeiras” (2005), série de bandeiras abertas em diversas partidas de futebol. Ambas foram realizadas pelo coletivo Frente Três de Fevereiro, grupo paulistano de arte e ativismo surgido com o intuito de combater o racismo estrutural. Partindo de entrevistas realizadas com o grupo, procuramos compreender o “caráter poético” atribuído ao ativismo do coletivo, sublinhando de que modo ele emerge a contrapelo de concepções políticas baseadas na comunicação. Para tal, mobilizamos os subsídios teóricos de Jacques Rancière, amparados por autores como Jean-Luc Nancy, Silvio Almeida e Judith Butler. Assim, tomamos a “poética” como via de acesso para compreender, no âmbito das estratégias políticas do coletivo, o entrelaçamento entre a noção de dissenso e a ideia de acontecimento, tal como pensada por Jacques Rancière e Michel Foucault. Por fim, justapomos as expectativas de eficácia política, subjacentes às ações do coletivo, àquilo que Jacques Rancière chamou de “modelos de eficácia da arte” em seu regime estético.


2019 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
Author(s):  
Livia De Tommasi ◽  
Leandro Dias Castro ◽  
Vinicius Defillo Pintor ◽  
VIctor Borges de Couto ◽  
Julia Souza Reis ◽  
...  

O texto apresenta os relatos de jovens estudantes da Universidade sobre suas experiências de visitação em manifestações artísticas realizadas na cidade de São Paulo. São relatos em primeira mão sobre vivências e experiências juvenis na cidade, que testemunham da diversidade de situações e também da singularidade da condição juvenil numa cidade onde existem fronteiras espaciais e simbólicas que raramente são ultrapassadas. À luz do trabalho de alguns autores, especificamente Walter Benjamin e Jacques Rancière, as reflexões abordaram, de forma geral, a relação entre arte, política e mercado.


Sala Preta ◽  
2019 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 288-305
Author(s):  
Lucia Regina Vieira Romano

Este texto analisa espetáculos apresentados na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo 2019, evidenciando os modos diversos como as obras reinventam o papel do púbico e instituem novas relações entre arte e política, assim como revigoram o papel social da arte. Real Magic, Boca de Ferro, Cria e MDLSX_Motus, em nossa leitura, são obras de resistência à lógica neoliberal, que vem interferindo na fruição do espetáculo performativo e determinando limites para a construção da cena contemporânea. Assumimos, portanto, um tipo de análise das obras teatrais e de dança que expande os elementos da performance para outras instâncias, considerando aspectos menos tangíveis no momento mesmo da apresentação, abrangendo o que não está amplamente visível ali, mas que não deixa de interferir nas dinâmicas de recepção. Colaboram para as análises as escritas de Arthur Danto, Claire Bishop, Jacques Rancière, Jill Dollan, Milton Santos e Walter Benjamin, ao lado de relatos dos e das artistas em quadro; fontes que nos permitem descrever algumas prerrogativas dessas ações diferenciadas em frente ao espetáculo cênico, baseadas em modalidades de criação colaborativas na exposição dos recursos de produção e instituições envolvidas, na densidade estética da cena, na valorização do inacabamento, na diferenciação produtiva da comunidade de espectadores e no dissenso, entre outras operações de compartilhamento. Defendemos que são obras como estas que podem questionar a evidência do que percebemos e entendemos como o real, revogando a separação entre aqueles e aquelas que ditam o que deve ou não ser pensado e aqueles e aquelas que devem pensar em acordo com os primeiros.


2020 ◽  
Vol 26 (40) ◽  
pp. 77-91
Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

O ensaio analisa a ação performática Estação Adílio, realizada por Elilson em 2016. Tratou-se de uma homenagem a Adílio Cabral, vendedor ambulante atropelado por três trens na Estação Madureira, Rio de Janeiro, em julho de 2015. Para compreender os vínculos políticos do trabalho, partimos dos subsídios teóricos de Jacques Rancière, em cruzamento com o pensamento de Judith Butler. Nos baseamos em Maurice Halbwachs e Walter Benjamin para explicitar o modo como a performance mobiliza uma escuta da memória no próprio território. Compreendemos que a performance reorganiza a cartografia de visibilidades e invisibilidades que coaduna a produção coletiva da memória.Palavras-chave: Políticas da memória; Arte e política; Memória coletiva; Performance; Distribuição desigual do luto.AbstractThis essay analyzes Estação Adílio, performed by Elilson in 2016. It was a tribute to Adílio Cabral, a street vendor run over by three trains at Estação Madureira, Rio de Janeiro, in July 2015. To understand the politics underlying the artwork, we start from the theoretical subsidies of Jacques Rancière, along with the thought of Judith Butler. Based on Maurice Halbwachs and Walter Benjamin, we explain how the performance mobilizes a listening based on territory’s memory. We understand the performance reorganizes the cartography of visibilities and invisibilities that follows the collective production of memory.Keywords: Politics of memory; Art and politics; Collective memory; Performance; Differential distribution of grief.


Revista aSPAs ◽  
2019 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 182-200
Author(s):  
Miguel Atticciati Prata

O presente artigo toma como ponto de partida fragmentos da revista Vocacional Memória: percorrendo vozes e ecos de um projeto público e a minha memória no Programa Vocacional da Prefeitura de São Paulo. Mirando essa política pública, lançada em 2001, o texto objetiva pensar espaços para a emancipação da pessoa. Tratando com Jacques Rancière da possibilidade de invenção de espaços para uma política da igualdade e lembrando com Michel de Montaigne o que um espaço pode guardar de inútil. Este artigo é interferido por fragmentos daquela revista e por um texto de Marina Corazza.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
Author(s):  
Pedro Caetano Eboli Nogueira

Resumo: O artigo trata das articulações entre arte, política e educação no âmbito da ação Traga Sua Luz, realizada pelo coletivo Política do Impossível em 2008. Destinada a questionar o processo de gentrificação que atingia o bairro da Luz - região central da cidade de São Paulo -, ela consistiu de uma performance coletiva e silenciosa, em que velas e pequenas lâmpadas eram carregadas e depositadas em terrenos desapropriados pela prefeitura. Por meio dos subsídios teóricos de Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes e Jacques Rancière, o presente artigo elucida de que modo a suspensão do devir meramente comunicativo da linguagem permeia arte, educação e uma política do silêncio.


2017 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 6
Author(s):  
Bruno Teixeira Paes ◽  
Isaac Pipano

Esse ensaio busca explorar a experiência das ocupações nas escolas secundaristas de São Paulo por meio de algumas das imagens produzidas pelos mesmos. Seguindo uma estrutura próxima da dinâmica dos planos fílmicos, nosso trabalho propõe uma articulação entre os discursos (visuais e narrativos) das ocupações compartilhadas nas redes sociais, por meio da análise das provocações que esses novos papéis desempenhados pelos secundaristas colocaram em relação à própria ideia de representação da escola, aluno e currículo. Ao pensarmos a prática educativa neste cenário de (re)organização provocado pela resposta do movimento dos secundaristas, remetemos tal experiência aos pensamentos de Jacques Ranciére (2012) e César Migliorin (2008), quando estes refletem sobre os encontros no “sensível”, oportunizados pelos diferentes espaços escolares. Em outro ponto, buscou-se o conceito de zona autônoma temporária apresentado por Hakim Bey (2004), para pensarmos este outro espaço em transformação de tempos, espaços, posturas, relações e corpos. Ao reconfigurar o espaço sensível das escolas, os estudantes vivenciam uma experiência (corpórea e intelectualmente) emancipatória, colocando a escola como um espaço de invenção. Por fim, nosso ensaio destaca a dimensão da resistência política e dos conflitos, que foram registrados e divulgados pelos secundaristas em meio a um cenário no qual o currículo da educação básica se aproxima a um ideal quantitativo voltado para o espetáculo dos dados. O que os secundaristas nos interrogam é uma abertura para suas demandas, uma chamada por escutas dentro das políticas públicas voltadas para a educação. 


Author(s):  
Nilda Guimarães Alves ◽  
Marcio Caetano ◽  
Maria Da Conceição Silva Soares

Como existem imagens que são capazes de construir histórias também existem aquelas histórias motivadas a partir dos modos como as imagens foram produzidas ou nos atravessaram de sentidos. Ainda que aparentemente tautológico, o trocadilho produzido na primeira frase expõe questões conceituais aos estudos das imagens. Vários(as) autores(as), a exemplo de Jacques Rancière (2012), nos chamam a atenção para a compreensão de que a imagem seja entendida em sua expressão de alteridade. Esse percurso daria conta de evitar a simplicidade da visualidade e, com isso, a ideia de produção de representações da realidade. “[...] quando a imagem não é uma coisa, ela provoca o advento de alguém” (MONDZAIN, 2011, p. 106). A imagem pode aferir formas ao acontecido: ela produz aos/às olhantes a aparência que se faz emergir no lugar da ação política. Nessa lógica, a imagem pode se conformar como espaço da emergência do acontecido, ao mesmo tempo em que opera criações de cenas nas quais os modos de subjetivação são produzidos. Cada imagem se configura com a sua identidade singular que age fora das generalidades e apagamentos. Conjunções promotoras de visibilidade interacionam imagens, leituras e palavras fazendo emergir cena(s) em processos contínuos de subjetivação, por vezes denunciando mais enfaticamente seus ares políticos. A força criativa que a imagem possui de tornar visível a ausência sem produzir posições essencialistas ou verdades absolutas é o que faz com que Mondzain (2009) a veja como política. Ela encarna dimensões indissociáveis: o visível, o invisível e a visão daquele que se/a coloca em relação. Exatamente porque a imagem opera entre e com os sujeitos, estabelecendo aproximações, orientando diálogos e identificando potências políticas e criativas, que emerge nossas preocupações sobre os usos das imagens nas operações lideradas pelos movimentos e mobilização sociais populares. São também com elas que inúmeras experiências populares adquirem sobrevida sobretudo em momentos inestimáveis que contrastam silêncios e excessos antidemocráticos de governantes em suas alianças com o sistema capitalista. Quando vista como fonte de produção de conhecimento, a imagem assume dimensões ainda mais polissêmicas. As imagens de conflitos políticos, resistências populares e/ou desastres ambientais, a exemplo de Brumadinho, narram também as ausências, presenças e conservam a capacidade de leituras visuais novas porque trazem a autoria daquele que vê. O registro que se faz desafia o silêncio abundante que se impõe pela lógica operativa capitalista e elabora potências capazes de mobilizar subjetividades em torno de outros arranjos na vida e na luta pela democracia. A imagem da política associa-se neste dossiê aos modos como o audiovisual e a fotografia reconfiguraram regimes de visibilidade, potências de apresentação e questionamentos às ordens opressivas. Quando observamos a inúmeras violações aos direitos humanos no mundo percebemos que a expressão imagética se tornou, portanto, potente em difundir formas de compreensão de narrativas que disputam redes de significados em torno do acontecimento e de lutas políticas das populações que historicamente lutaram e lutam pelo aprimoramento e fortalecimento da democracia. Neste momento, mais do que nunca, precisamos reafirmar o direito ao pensamento crítico, à elaboração científica e à poética da existência imprescindível à vida. Emergido inicialmente dos diálogos de Marcio Caetano em seu pós-doc com Conceição Soares no Proped-UERJ, este dossiê na REMEA, com o qual se buscou reunir investigações que tinham a interface entre a Cultura Visual e os Movimentos e Mobilizações Sociais Populares como eixo de estudo, se fez acontecer em tessituras e registros ocorridos no Grupo de Pesquisa: Currículos, Narrativas Audiovisuais e Diferença e diante do gosto pelo trabalho coletivo, Nilda Alves se somou a organização do dossiê. Compreendendo as configurações políticas e sanitárias em que vivemos no Brasil diante da pandemia do COVID-19 que assola o mundo, e que mata os mais pobres, e das barbáries lideradas pelo Governo Bolsonaro que reiteram ataques contínuos à democracia e aos direitos conquistados por populações historicamente subalternizadas, que emergiu o dossiê IMAGENS: RESISTÊNCIAS E CRIAÇÕES COTIDIANAS. Ao recorrermos aos acontecimentos produzidos pelas mobilizações e movimentos sociais populares, buscamos com este dossiê uma história imagética construída de silêncios, existências (por vezes, fragmentadas), e resistências. Mais do que transformar a imagem em apêndice ao campo empírico, os 27 artigos de pesquisadores e pesquisadoras publicados neste dossiê entendem que a cultura visual também encontra sentido nas táticas políticas e questionamentos cotidianos feitos pelos Movimentos e Mobilizações Sociais Populares às desigualdades ambientais que nos atormentam frente a complexidade que envolve a pandemia da COVID-19 e o recrudescimento das forças neoconservadoras e neoliberais. Desse modo, ao problematizar a dimensão visual, este dossiê reuniu artigos que abordaram, amparados nas múltiplas possibilidades teórico-metodológicas de estudos, a cultura visual e seus usos políticos, éticos e estéticos aos enfrentamentos cotidianos encampados pelos Movimentos e Mobilizações Sociais Populares aos ataques à democracia e aos direitos conquistados na atualidade pelas populações historicamente subalternizadas. Em companhia de pessoas amigas que ousaram estar conosco neste dossiê, lhes fazemos o convite ao diálogo. REFERÊNCIA MONDZAIN, Marie-Jos. A imagem pode matar?. Lisboa: Nova Vega, 2009. RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. São Paulo: Contraponto, 2012.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Greicy Pinto Bellin ◽  
Jonhes Tadeu Gomes

Este artigo pretende analisar as relações entre homoerotismo, ambiência e Stimmung na construção do masculino na novela Morte em Veneza, de Thomas Mann (1911). Pretende-se trabalhar com os conceitos de gênero e performance propostos por Joan Scott, Teresa de Lauretis e Judith Butler, respectivamente, relacionando-as aos conceitos desenvolvidos por Hans Ulrich Gumbrecht em Atmosfera, ambiência e Stimmung (2014). Nosso objetivo é compreender o papel desempenhado pelas construções de gênero na representação de um homoerotismo construído por meio de elementos materiais do texto relacionados à ambiência da narrativa, e por meio de elementos da mitologia grega, perceptíveis no texto de Thomas Mann. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003. _______. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Trad. Jamille Pinheiro Dias. Caderno de leituras n. 78, Chão da Feira, 2018, p. 1-16. Disponível em:< http://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2018/06/caderno_de_leituras_n.78-final.pdf> Acesso em: 12/12/2019.   GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC – Rio, 2010. _______. Atmosfera, Ambiência, Stimmung: Sobre um potencial oculto da literatura. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC Rio, 2014. LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.) Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. P. 206-241. MANN, Thomas. Morte em Veneza. São Paulo: Abril Cultura, 1979. RICHARD, Nelly. Intervenções críticas, arte, cultura, gênero e política. Belo Horizonte; Editora UFMG, 2002. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. New York, Columbia University Press. 1989. ZANINI, Eduardo Oliveira. Leitura do imaginário na poesia lírica: uma viagem na barca de Caronte com Pedro Tamen. Disponível em: < http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem04/COLE_3736.pdf >. Acesso: 19/12/2019. ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. Jerusa Pires e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.  WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. Rio de Janeiro: L&PM, 2001.  


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Karoline Alves LEITE ◽  
Rita Barbosa de OLIVEIRA

Neste artigo, propõe-se traçar e analisar o percurso de vivência lésbica em três contos do livro Amora (2015), de Natalia Borges Polesso, dando ênfase às fases de descoberta, aceitação e exploração da afetividade lésbica. Pretende-se refletir a respeito da representação contemporânea da homossexualidade das mulheres na literatura e da afetividade lésbica por meio das personagens dos contos “Minha prima está na cidade”, “Como te extraño, Clara” e “Amora”, que nomeia o livro. Atrelado a isso, discute-se sobre o modo de narrar da escritora e o seu espaço no âmbito literário. Para tanto, emprega-se como aporte teórico as discussões teóricas de Judith Butler, Michel Foucault, bem como os estudos de Tania Navarro-Swain e de Lúcia Facco.REFERÊNCIAS:BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.BRITTO, Milena. Escritas e escritoras: modos de narrar a si mesmo no séc. XXI. Revista Estudos Linguísticos e Literários, nº 59, Jan.-Jun., Salvador, 2018, pp. 100-108. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/estudos/article/viewFile/28860/17069 Acesso em: 26 dez. 2018.DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo, Editora Horizonte. Rio de Janeiro: Editora da Uerj, 2012.FACCO, Lúcia. As heroínas saem do armário: literatura lésbica contemporânea. São Paulo: Edições GLS, 2003.FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.NAVARRO-SWAIN, Tânia. O que é lesbianismo. São Paulo: Brasiliense, 2004.POLESSO, Natalia Borges. Amora. Porto Alegre: Não Editora, 2015.______. Geografias lésbicas: literatura e gênero. Revista Criação Crítica, n. 20, 2018, p. 3-19. Disponível em:https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i20p3-19 Acesso em: 5 jan. 2019.SANTOS, Claudiana Gois dos; INÁCIO, Emerson da Cruz. A bruta flor do querer: amor, performance e heteronormatividade na afetividade lésbica. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2017. Disponível em: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1498785683_ARQUIVO_ABrutaFlordoQuererClaudianaGois13MundodeMulheres.pdf Acesso em: 2 dez. 2018.ENVIADO EM 10-05-19 | ACEITO EM 02-09-19


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