A História Pública tem apresentado um esforço de construção de uma história com maior participação de seus públicos, desde seu entendimento como plateia, ao seu papel de sujeitos históricos. Utilizando a História oral como fundamento teórico-metodológico, este trabalho busca analisar a construção da memória dos descendentes dos Caboclos de Guarany no início do século XXI e a forma como representam seu passado ancestral e seu direito à terra, atribuindo sentidos ao passado e ao presente. Dessa maneira, a memória desses descendentes representa uma resistência ao interminável processo de expropriação e, principalmente, ao esquecimento produzido pela sociedade, em processo de compartilhamento de autoridade sobre o que se produziu entre depoentes e pesquisador.
PALAVRAS-CHAVE: História Pública, Memória, Esquecimento, Identidades.
ABSTRACT
The Public History has shown an effort to build a history with greater participation of its public, since its understanding as an audience to its role as historical subjects. Using oral history as a theoretical-methodological foundation, this paper aims to the construction of the Caboclos of Guarany descendants' memory in the beginning of the 21st century and the way they represent their ancestral past and their right to the land, assigning meanings to past and present. In this way, the memory of these descendants represents a resistance to the endless process of expropriation and, mainly, to the oblivion produced by society, in process of sharing authority over what took place between deponents and researcher.
KEYWORDS: Public History, Memory, Oblivion, Identities.
RESUMEN
La historia pública ha demostrado esfuerzo para la construcción de una historia con una mayor participación de su público, desde su comprensión como audiencia, a su papel como sujetos históricos. Utilizando la historia oral como fundamento teórico y metodológico, este trabajo analiza la construcción de la memoria de los descendientes de los Caboclos de Guarany a principios del siglo XXI y cómo representan su pasado ancestral y su derecho a la tierra, dando sentido al pasado y al presente. De esta manera, la memoria de los descendientes es una resistencia al interminable proceso de expropiación y, en especial, para el olvido producido por la sociedad, en el proceso de compartir la autoridad sobre lo que se produjo entre participantes y investigador.
PALABRAS CLAVE: Historia pública, Memoria, Olvido, Identidades.