scholarly journals Intoxicações por plantas em ruminantes e equídeos no Sertão Paraibano

2009 ◽  
Vol 29 (11) ◽  
pp. 919-924 ◽  
Author(s):  
Tales S. Assis ◽  
Rosane M.T. Medeiros ◽  
José Allan S. de Araújo ◽  
Antônio F.M. Dantas ◽  
Franklin Riet-Correa

Foi realizado um levantamento das intoxicações por plantas em 20 municípios do Sertão Paraibano, onde foram entrevistados 50 produtores e 11 médicos veterinários. De acordo com o levantamento realizado, Ipomoea asarifolia e Mascagnia rigida são as intoxicações mais importantes. Indigofera suffruticosa, as plantas cianogênicas (Sorghum vulgare, Piptadenia macrocarpa e Manihot spp.), Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium e Crotalaria retusa são plantas importantes como causa de intoxicações na região. Os entrevistados relataram casos esporádicos de intoxicação por Ricinus communis, Enterolobium contortisiliquum, Prosopis juliflorae Brachiaria decumbens. Ziziphus joazeiro, Passiflora sp., Caesalpina ferrea e Crescentia cujete foram mencionadas como causa de abortos em ruminantes. Frutos de Crescentia cujete foram administrados a duas cabras prenhes causando mortalidade perinatal e abortos. As cascas de feijão (Phaseolus vulgaris e Vigna unguiculata) e as folhas de Licania rigida (oiticica) são associadas à sobrecarga ruminal em bovinos. As frutas de Mangifera indica (manga)e Anacardium occidentale (cajú) são responsabilizadas por causarem intoxicação etílica. Dalechampia sp. e Croton sp. foram citadas pelos entrevistados como possíveis plantas tóxicas, que ainda não tiveram sua toxicidade comprovada.

2013 ◽  
Vol 43 (7) ◽  
pp. 1281-1287 ◽  
Author(s):  
Severino Antonio Geraldo Neto ◽  
Sidnei Miyoshi Sakamoto ◽  
Benito Soto-Blanco

Foi realizado um estudo para determinar as plantas tóxicas incriminadas como de interesse zootécnico em 35 municípios das mesorregiões Central e Oeste do estado do Rio Grande do Norte (RN). Foram entrevistados 180 produtores, 20 médicos veterinários, 12 técnicos agrícolas e 5 agrônomos. Os dados obtidos nas entrevistas foram compilados e analisados com auxílio do programa Epi Info versão 6.04. As plantas tóxicas relatadas pelos entrevistados como causadoras de diversos surtos foram Ipomoea asarifolia, Aspidosperma pyrifolium, Indigofera suffruticosa, Manihot carthaginensis subsp. glaziovii, Amorimia septentrionalis, Tephrosia cinerea, Anadenanthera colubrina var. cebil, Marsdenia megalantha, Anacardium occidentale, Cnidoscolus quercifolius, Crotalaria retusa, Froelichia humboldtiana, Ipomoea carnea, Leucaena leucocephala, Manihot esculenta, Mimosa tenuiflora, Nerium oleander, Prosopis juliflora, Ricinus communis, Sorghum bicolor, Sorghum halepense e Urochloa (Brachiaria) decumbens.


2006 ◽  
Vol 26 (4) ◽  
pp. 223-236 ◽  
Author(s):  
Durval M. da Silva ◽  
Franklin Riet-Correa ◽  
Rosane M.T Medeiros ◽  
Odaci F. de Oliveira

Para determinar a ocorrência de diferentes intoxicações por plantas na região do Seridó Ocidental e Oriental do Rio Grande do Norte foram entrevistadas 82 pessoas, entre produtores e técnicos em 17 municípios. De acordo com esse inquérito as duas intoxicações mais importantes são as por Ipomoea asarifolia, que causa sinais nervosos em ovinos, caprinos e bovinos, e por Aspidosperma pyrifolium que, segundo os entrevistados, causaria abortos em caprinos, ovinos e bovinos. O efeito abortivo desta última planta foi comprovado em caprinos, mas não em bovinos e ovinos. Alguns entrevistados mencionaram, também, a intoxicação por A. pyrifolium como causa de sinais nervosos em bovinos e eqüídeos, o que ainda não foi comprovado. Intoxicações por plantas cianogênicas, incluindo Manihot spp, Anadenanthera colubrina var. cebil (=Piptadenia macrocarpa), Sorghum bicolor e Sorghum halepense são importantes na região. São importantes, também, as intoxicações por Prosopis juliflora em bovinos e, com menor freqüência, em caprinos, por Crotalaria retusa em eqüinos, ovinos e bovinos e por Mascagnia rigida em bovinos. As intoxicações por Brachiaria decumbens e Enterolobium contortisiliquum ocorrem esporadicamente. Outras intoxicações menos importantes são as causadas por Indigofera suffruticosa, Ipomoea carnea e Ricinus communis. Diversos produtores descreveram a intoxicação por Marsdenia sp afetando ovinos e bovinos, além de um surto em suínos que foram alimentados com as raízes da planta. Foi demonstrado que tanto as raízes da planta quanto as folhas são tóxicas para ruminantes, causando sinais nervosos, mas sem lesões histológicas. Outra intoxicação relatada pelos produtores e comprovada experimentalmente foi a causada por Tephrosia cinerea em ovinos, que causa um quadro clínico de ascite, com lesões de fibrose hepática. Seis produtores descreveram a intoxicação por Nerium oleander, sempre em bovinos que tiveram acesso à planta após esta ter sido cortada e misturada ou não com outras plantas. Os produtores mencionaram, também, as intoxicações por diversas plantas cuja toxicidade em forma espontânea não está comprovada, incluindo Paullinia sp, Passiflora sp, Dalechampia sp, Portulaca oleracea, Luffa acutangula, Cereus sp, Leersia hexandra e Stemodia maritima. Echinochloa polystachya e Pennisetum purpureum, que podem causar intoxicação por nitratos e nitritos, foram mencionadas por alguns produtores com causa de morte em bovinos. Um produtor descreveu um surto de intoxicação em bovinos e caprinos por Dieffenbachia picta que tinha sido cortada e colocada ao alcance dos animais.


2012 ◽  
Vol 42 (6) ◽  
pp. 1070-1076 ◽  
Author(s):  
Cícero Wanderlô Casimiro Bezerra ◽  
Rosane Maria Trindade de Medeiros ◽  
Beatriz Riet Correa Rivero ◽  
Antônio Flávio Medeiros Dantas ◽  
Franklin Riet Correa Amaral

Em um levantamento, feito no período de agosto de 2009 a novembro de 2010, sobre as plantas tóxicas para ruminantes e equídeos no Cariri Cearense (municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Missão Velha), foram realizadas 21 entrevistas a produtores, médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários. As intoxicações por Ipomoea asarifolia, mencionada por 38% e 19% dos entrevistados como tóxicas para bovinos e ovinos, respectivamente, e Enterolobium contotisiliquum, mencionada como tóxica para bovinos (47,6% dos entrevistados) e ovinos (4,7%) foram as mais frequentemente mencionadas. Ocorrem, também, na região, intoxicações por Mascagnia rigida (mencionada por 38% do entrevistados), Anadenanthera colubrina var. cebil (=A. macrocarpa) (14%), Ricinus communis (14%), Thiloa glaucocarpa (9%) e Sorghum halepense (4%) em bovinos, Brachiaria decumbens em ovinos e bovinos (38%), Mimosa tenuiflora em ovinos, caprinos e bovinos (38%), Manihot spp. em bovinos e caprinos (28%) e Leucaena leucocephala em ovinos e equinos (4%). Seis plantas não conhecidas anteriormente como tóxicas, mas mencionadas como causa de intoxicação pelos entrevistados, foram testadas experimentalmente em diferentes doses. Somente Casearia commersoniana resultou tóxica para caprinos na dose diária de 20g kg-1 de peso vivo por 2-4 dias. Os sinais clínicos, semelhantes aos descritos pelos produtores, foram de relutância em movimentar-se, meteorismo discreto, polaquiúria, vocalização, ingurgitamento da jugular e pulso jugular, andar cambaleante, quedas, espasticidade dos membros, movimentos de pedalagem, opistótono, taquicardia e taquipneia, seguidos de bradicardia e bradipnéia. A morte ocorreu 6 e 19 horas após o início dos sinais. Não foram encontradas lesões macroscópicas nem histológicas de significação. Conclui-se que as intoxicações por plantas são uma causa importante de perdas econômicas para a região, cuja população é de 53.473 bovinos, 4.799 caprinos, 9.149 ovinos e 7.060 equídeos.


1992 ◽  
Vol 101 (3) ◽  
pp. 625-633
Author(s):  
H. Asaga ◽  
K. Yoshizato

The role of glycochains of cell surface glycoproteins in the cell to collagen interaction was examined by studying the effect of lectins on the fibroblast-mediated collagen gel contraction. Lectins of Phaseolus vulgaris agglutinin (PHA), concanavalin A (ConA), lentil seed agglutinin (LCA), pea agglutinin (PSA), Ricinus communis agglutinin-60 (RCA), and wheat germ agglutinin (WGA) dose-dependently inhibited gel contraction, while lectins of mushroom agglutinin (ABA), peanut agglutinin (PNA), pokeweed mitogen (PWM), and soybean agglutinin (SBA) did not. Of these lectins, PHA seemed to be worthy of further analysis, because PHA, but not other lectins, inhibited spreading of fibroblasts on collagen fibrils but not on plastic or gelatin, suggesting that cell-surface glycoproteins responsive to the lectin are involved in the specific binding of fibroblasts to native collagen fibrils. The inhibitory effect of PHA-E4, an isolectin of PHA, was more intense than that of PHA-L4, another isolectin of PHA. The collagen gel contraction was also inhibited by tunicamycin and monensin in a concentration-dependent and reversible manner. These results strongly suggest that PHA-E4-reactive glycoproteins of the fibroblast surface play an important role in cell to collagen binding during the gel contraction. Five membrane proteins including beta 1 subunits of the integrin family were obtained by affinity chromatography with PHA-E4.


2011 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 483-491 ◽  
Author(s):  
Leandro Flávio Carneiro ◽  
Álvaro Vilela de Resende ◽  
Antônio Eduardo Furtini Neto ◽  
José Zilton Lopes Santos ◽  
Nilton Curi ◽  
...  

No sistema plantio direto existe tendência de melhor aproveitamento do P, sobretudo em áreas cultivadas há mais tempo, mas há, ainda, necessidade de confirmação deste fato. Este trabalho teve como objetivo quantificar as frações inorgânicas e orgânicas de P e avaliar as respostas a diferentes doses de P do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) e braquiária (Brachiaria decumbens) cultivados em sucessão, em amostras de um Latossolo com diferentes históricos de uso. O experimento foi realizado em casa de vegetação com amostras de um Latossolo Vermelho distrófico textura argilosa e oxídico, coletadas na profundidade de 0-20 cm. O experimento foi disposto em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 4 com quatro repetições, com dois históricos de uso (solo agrícola cultivado por longos períodos com calagem e adubações fosfatadas periódicas; e solo adjacente sob vegetação de cerrado nativo) e quatro doses de P (0, 120, 240 e 480 mg dm-3, na forma de superfosfato triplo, com base no teor de P2O5 total). Foi realizado cultivo de feijão até a colheita dos grãos e, posteriormente, cultivo de braquiária com dois cortes no momento de florescimento das plantas. As frações de P foram determinadas em amostras de solo das unidades experimentais, antes e após a incubação dos tratamentos e após os cultivos do feijoeiro e da braquiária. A adubação fosfatada aumentou as formas inorgânicas de P no solo, as quais foram maiores nos solos com histórico de cultivo e adubação. Ela também aumentou as formas orgânicas de P no solo, as quais foram maiores nos solos adjacentes sem histórico de cultivo e adubação, nas maiores doses de P e após cultivo de feijoeiro e braquiária. As respostas do feijoeiro e da braquiária à adubação fosfatada foram menores nos solos com histórico de cultivo e adubação.


1983 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 575-583
Author(s):  
P.R.C. Castro ◽  
A. Archila ◽  
F.F.A. Aguiar ◽  
M.de Almeida

Estudou-se em condições controladas, o efeito das temperaturas de 14, 21 e 28°C na germinação de três cultivares de Vigna unguiculata, Phaseolus vulgaris e Glycine max. As sementes foram acondicionadas em placas de Petri com algodão e papel de filtro , mantidos sob alta umidade. Maior germinação foi observada a 21°C em relação as temperaturas de 14 e 28°C, para os cultivares de vigna, feijoeiro e soja. Melhor germinação foi apresentada pelos cultivares de feijoeiro Carioca e Goiano Precoce, seguidos pelo feijoeiro 'Rosinha' , vigna ' EPACE 1' e soja 'Davis' a 21ºC. Os cultivares de vigna, adaptados a altas temperaturas, apresentaram problemas na germinação a 14ºC. Normalmente a velocidade de emergência do hipocólito revelou-se inferior a velocidade de emergência da radícula.


2014 ◽  
Vol 13 (15) ◽  
pp. 1657-1665
Author(s):  
Alex Diana ◽  
Norentilde;a-Ramirez ra ◽  
Julian Velasquez-Ballesteros Oscar ◽  
Murillo-Perea Elizabeth ◽  
Jairo Mendez-Arteaga Jonh ◽  
...  

Irriga ◽  
2007 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
pp. 177-184 ◽  
Author(s):  
João Baptista Chieppe Júnior ◽  
Ana Lúcia Pereira ◽  
Luis Fernando Stone ◽  
José Aluísio Alves Moreira ◽  
Antônio Evaldo Klar

EFEITOS DE NÍVEIS DE COBERTURA DO SOLO SOBRE A PRODUTIVIDADE E CRESCIMENTO DO FEIJOEIRO IRRIGADO,EM  SISTEMA DE  PLANTIODIRETO João Baptista Chieppe Júnior1; Ana Lucia Pereira2; Luis Fernando Stone3; José Aluísio Alves Moreira3; Antônio Evaldo Klar4 1Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde, GO,  [email protected]ério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Epitaciolândia, AC3Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO4Departamento de Engenharia Rural, Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP  1 RESUMO Este trabalho teve por objetivo estudar os efeitos da cobertura do solo sobre a produtividade e crescimento do feijoeiro irrigado (Phaseolus vulgaris L.) sob cinco tratamentos de cobertura morta com palhada de capim braquiária (Brachiaria decumbens): 0% (0 t.ha-1),  25% (2,25 t.ha-1),  50% (4,50 t.ha-1),  75% (6,75 t.ha-1)  e  100% (9,0 t.ha-1), obedecendo delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. O experimento foi conduzido na Embrapa Arroz e Feijão, no município de Santo Antonio de Goiás, GO, num Latossolo Vermelho escuro argiloso. A irrigação foi realizada por microaspersão e o manejo através de tensiômetro e a curva característica de água no solo, irrigando toda vez que o potencial mínimo de água do solo atingia -30 kPa.  A análise dos resultados mostrou  diminuição do número de irrigações e aumento do turno de rega nos tratamentos onde a cobertura  atingiu mais de 50% da superfície do solo.  A cobertura do solo não influenciou na produção de grãos e seus componentes, com exceção do número de grãos por vagem e propiciou maior eficiência do uso da água. O tratamento com 100% de cobertura apresentou os maiores índices de área foliar e o acúmulo da matéria seca não sofreu influência da cobertura.  UNITERMOS:  Phaseolus vulgaris L., sistema de plantio direto, Braquiária  CHIEPPE JÚNIOR, J.B.; PEREIRA, A.L.; STONE, L.F.. MOREIRA, J.A.A.; KLAR, A. E. Effects of DIFFERENT mulch levels on Growth and yield OF COMMON beans under no tillage system.  2 ABSTRACT The objective of this research was to study the effects of five different treatments of grass (Brachiaria decumbens) straw mulch on common beans (Phaseolus vulgaris L.): 0% (0 t.ha-1), 25% (2,25 t.ha-1), 50% (4,5 t.ha-1), 75% (6,75 t.ha-1) and 100% (9,0 t/ha) designed by randomized blocks and four replications. Irrigation was applied when minimum soil water potential was about – 30kPa. Water management was based on tensiometers and soil water characteristic curve. A microsprinkler irrigation system was used.  The experiment was set up at the Experimental Station of Embrapa Rice and Bean (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Arroz e Feijão) in Santo Antonio de Goiás,Brazil, in a Dark – Red Latosol soil. Results showed that the bean yield and his components were not affected by treatments, except for grain number/pod. Mulching increased water use efficiency and, consequently, decreased the number of irrigations when mulching reached more than 50% straw mulch.  The treatment with 100% of mulching presented the largest leaf area index and dry matter accumulation was not affected  by mulching.KEYWORDS: Phaseolus vulgaris, no tillage system, Braquiária decumbens L


2010 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 13-20 ◽  
Author(s):  
Tales S. Assis ◽  
Rosane M.T. Medeiros ◽  
Franklin Riet-Correa ◽  
Glauco J.N. Galiza ◽  
Antônio F.M. Dantas ◽  
...  

Foi realizado um levantamento dos surtos de intoxicações por plantas em ruminantes e equinos diagnosticados no Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, no período de 2000-2007. Em bovinos 7,4% dos diagnósticos realizados pelo LPV foram intoxicações por plantas. Foram diagnosticadas intoxicações por Centhraterum brachylepis (um surto), Brachiaria spp. (um surto), Crotalaria retusa (dois surtos), Ipomoea batatas (um surto), Marsdenia sp. (um surto), gramíneas contendo nitratos e nitritos (um surto por Echinochloa polystachya e dois surtos por Pennisetum purpureum), Palicourea aeneofusca (um surto), Prosopis juliflora (três surtos), Nerium oleander (um surto) e Mimosa tenuiflora (sete surtos). Na espécie ovina 13% dos diagnósticos foram intoxicações por plantas. Os surtos foram causados por Ipomoea asarifolia (quatro surtos), Brachiaria spp. (três surtos), Crotalaria retusa (dois surtos), Tephrosia cinerea (dois surtos), Panicum dichotomiflorum (um surto), Mascagnia rigida (um surto) e malformações associadas à ingestão de Mimosa tenuiflora (20 surtos). Nos caprinos, 6,4% dos diagnósticos corresponderam à intoxicação por plantas. Sete surtos foram causados por Mimosa tenuiflora, um por Ipomoea asarifolia, um por Ipomoea carnea, um por Ipomoea riedelli, três por Prosopis juliflora, um por Arrabidaea corallina, dois por Aspidosperma pyrifolium, dois por Turbina cordata e um por Opuntia ficus-indica. Na espécie equina 14% das doenças diagnosticadas foram devidas a intoxicações por plantas, sendo 12 surtos por Crotalaria retusa e um por Turbina cordata. As perdas na Paraíba por plantas tóxicas são estimadas em 3.895 bovinos, 8.374 ovinos, 6.390 caprinos e 366 equinos, que representam uma perda econômica anual, por morte de animais, de R$ 2.733.097,00. São relatados alguns aspectos epidemiológicos, sinais clínicos e patologia de surtos de intoxicação por Crotalaria retusa em bovinos, Brachiaria spp. em ovinos, Prosopis juliflora em bovinos e caprinos, Nerium oleander em bovinos, Opuntia ficus-indica em caprinos e Turbina cordata em equinos e caprinos.


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