scholarly journals Exercício físico e síndrome metabólica

2004 ◽  
Vol 10 (4) ◽  
pp. 319-324 ◽  
Author(s):  
Emmanuel Gomes Ciolac ◽  
Guilherme Veiga Guimarães

A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas por diferentes associações de saúde no mundo, como o American College of Sports Medicine, os Centers for Disease Control and Prevention, a American Heart Association, o National Institutes of Health, o US Surgeon General, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, entre outras. Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e a presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na síndrome metabólica. Entretanto, tem sido demonstrado que a prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos na prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade. Com isso, o condicionamento físico deve ser estimulado para todos, pessoas saudáveis e com múltiplos fatores de risco, desde que sejam capazes de participar de um programa de treinamento físico. Assim como a terapêutica clínica cuida de manter a função dos órgãos, a atividade física promove adaptações fisiológicas favoráveis, resultando em melhora da qualidade de vida.

2013 ◽  
Vol 21 (4) ◽  
pp. 835-840 ◽  
Author(s):  
Suzana Alves de Moraes ◽  
Cláudio Shigueki Suzuki ◽  
Isabel Cristina Martins de Freitas

OBJECTIVE: the study aims to evaluate the reproducibility between the International Physical Activity Questionnaire and the American College of Sports Medicine/American Heart Association criteria to classify the physical activity profile in an adult population living in Ribeirão Preto, SP, Brazil. METHODS: population-based cross-sectional study, including 930 adults of both genders. The reliability was evaluated by Kappa statistics, estimated according to socio-demographic strata. RESULTS: the kappa estimates showed good agreement between the two criteria in all strata. However, higher prevalence of "actives" was found by using the American College of Sports Medicine/American Heart Association. CONCLUSIONS: although the estimates have indicated good agreement, the findings suggest caution in choosing the criteria to classify physical activity profile mainly when "walking" is the main modality of physical activity.


2008 ◽  
Vol 52 (4) ◽  
pp. 658-667 ◽  
Author(s):  
Leandro A. Diehl ◽  
Janaína R. Dias ◽  
Aline C. S. Paes ◽  
Maria C. Thomazini ◽  
Lorena R. Garcia ◽  
...  

A lipodistrofia associada ao HIV (LAHIV) acomete 40% a 50% dos pacientes infectados pelo vírus, mas sua prevalência no Brasil é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de LAHIV entre adultos brasileiros infectados, bem como sua relação com fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica (SM). Foram avaliados 180 pacientes maiores de 18 anos, infectados por HIV, atendidos no Ambulatório de Infectologia da Universidade Estadual de Londrina. Por meio de entrevista e revisão de prontuário, foram avaliados dados antropométricos, pressão arterial, antecedentes mórbidos pessoais e familiares, duração da infecção por HIV e da aids, drogas anti-retrovirais utilizadas, CD4+, carga viral, glicemia e perfil lipídico. A LAHIV foi definida como a presença de alterações corporais percebidas pelo próprio paciente e confirmadas ao exame clínico. A SM foi diagnosticada usando os critérios do Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII), revistos e atualizados pela American Heart Association (AHA/NHLBI). A prevalência observada de LAHIV foi de 55%. Os pacientes com LAHIV apresentaram maior duração da infecção por HIV, da aids e do uso de anti-retrovirais. Na análise multivariada, estiveram independentemente associados ao risco de LAHIV: sexo feminino (p = 0,006) e duração da aids > 8 anos (p < 0,001). Quanto aos critérios para SM, hipertensão foi detectada em 32%, baixo HDL-colesterol em 68%, hipertrigliceridemia em 55%, cintura aumentada em 17% e glicemia aumentada e/ou diabetes em 23% dos indivíduos. A cintura aumentada e a hipertrigliceridemia foram mais comuns em portadores de LAHIV. A SM foi identificada em 36% dos pacientes. Na análise multivariada, estiveram associados à SM: IMC > 25 kg/m² (p < 0,001), história familiar de obesidade (p = 0,01), uso de indinavir (p = 0,001) e idade > 40 anos no diagnóstico do HIV (p = 0,002). A LAHIV apresentou tendência a ser mais comum em portadores de SM (65% versus 50%, p = 0,051). A prevalência de LAHIV que se observou neste grupo (55%) foi similar à descrita em estudos prévios de outros países. A prevalência de SM nestes pacientes parece ser diferente da descrita em adultos brasileiros não-infectados pelo HIV.


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