scholarly journals Educação e saúde: ensino e cidadania como travessia de fronteiras

2008 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
pp. 443-456 ◽  
Author(s):  
Ricardo Burg Ceccim ◽  
Alcindo Antônio Ferla

O artigo procura construir, a partir de uma memória da Reforma Sanitária Brasileira e de aproximações entre as áreas científicas da Educação e da Saúde, uma micropercepção (matéria para o pensar, aprender, conhecer) emergência de um domínio de conhecimento designado por Educação e Ensino da Saúde. Esse domínio emergente estaria bastante associado invenção da Saúde Coletiva, no campo científico da saúde, e com à invenção do Controle Social em Saúde, no campo da intervenção política nesse setor. O novo domínio de conhecimento seria caracterizado por uma implicação singular do ensino com a cidadania, permitindo a travessia de fronteiras entre educação e saúde pela via da educação permanente em saúde. Os temas do ensino e da cidadania são problematizados com o auxílio explícito ou não (via seus leitores) de alguns pensadores da filosofia e do contemporâneo, como Michel Foucault, Michel Serres, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Francisco Varela, Humberto Maturana e Ilya Prigogine.

2018 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 243-273
Author(s):  
Edson Luis de Almeida Teles

O objetivo deste artigo é refletir sobre o modo como as lutas locais e suas movimentações em torno do discurso dos direitos humanos podem ser alçadas à condição de ação política. Trata-se da tentativa de ampliar o conceito de política tendo em vista a potência de transformação contida nos coletivos de subjetividades portadoras de experiências comuns de violência e sofrimento. Fazendo uso do conceito de quilombo, em Beatriz Nascimento, buscaremos fundamentar o alargamento da ideia de política a partir de duas configurações: a disputa por territórios e a conectividade entre saberes específicos e menores oriundos das lutas. Para tanto, cotejaremos o pensamento da autora com a filosofia contemporânea de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Nossa hipótese é a de que o conceito de ação política demandaria um alargamento em sua formulação de modo a abranger as variadas e singulares formas de resistência cotidianas.


2019 ◽  
Vol 10 ◽  
pp. e019017
Author(s):  
Sandra Kretli da Silva ◽  
Priscila dos Santos Moreira ◽  
Nathan Moretto Guzzo Fernandes

O artigo é decorrente de uma pesquisa maior cujo objetivo é cartografar práticas discursivas sobre currículo da comunidade acadêmico-científica vinculadas às associações do campo e propagadas no periódico internacional Transnacional Curriculum Inquiry (TCI) e nos dossiês organizados pela Associação Brasileira de Currículo (ABdC) publicados nas revistas nacionais Currículo sem Fronteiras, e-Curriculum e Teias. Problematiza as vinculações institucionais dos autores que publicaram na TCI e nos dossiês da ABdC, a partir do diálogo com Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault entre agenciamentos coletivos de enunciação que desenham territórios. Evidencia o pensamento-diferença e propaga a ampliação dos espaços de abertura para publicação das pesquisas produzidas por autores vinculados a diferentes instituições e a participação de outras associações e entidades internacionais, com vistas à expansão das conexões nos periódicos do campo curricular.


2020 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 299-318
Author(s):  
Amanda Núñez García

In this article I investigate the necessarily interdisciplinary nature of our contemporaneity, from the perspective of works by Gilles Deleuze, Félix Guattari, Bruno Latour and Michel Serres. While we often find that academia, society and governments push us towards interdisciplinarity, it is also true that those same institutions and powers (and therefore the epistemological systems on which they are based), distance us from that purpose. Opposing this aporetic situation we come up against the Deleuzian concept of ‘contamination’, or the well-known ‘science of Venus’ concept of Michel Serres. In doing so, we attempt ‘to put the tracing back on the map’, as Deleuze and Guattari suggest, and try to see the epistemological becomings that we find in contemporary culture. The main indicators which we use to study these contaminations and hybridisations are cinema and Bio Art. In both cases we observe that the real creative production is closer to ‘contamination’ than to the ‘purification’ and deletion of metabolic and hybrid processes criticised by Bruno Latour.


2011 ◽  
pp. 15-33
Author(s):  
François Dosse

Nous sommes sortis d’une conception linéaire de la temporalité. Le « futur du passé » théorisé par Koselleck nous invite à penser un nouveau régime d’historicité. La conjoncture de double dévitalisation du cadre de l’État jacobin, par une poussée décentralisatrice et par l’affirmation d’un cadre européen de décisions, contribue aussi à une dissociation progressive de l’histoire et de la mémoire. C’est de l’intérieur même de cette fracture, de cette discontinuité, qu’est née une nouvelle conscience historiographique sur la base d’une problématisation possible de la mémoire par l’histoire et de l’histoire par la mémoire. Trois philosophes, au-delà de leurs divergences, nous aident à penser notre nouveau rapport à la temporalité en montrant l’importance de l’événement conçu non plus comme une écume extérieure et source d’événementialisme, mais comme intensité événementiale : Paul Ricceur, Michel Foucault et Gilles Deleuze avec Félix Guattari.


2021 ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Cristian Enrique Cisternas Cruz

En este artículo proponemos que en la obra literaria de Jorge Luis Borges existe una preocupación por los fines y los límites del tiempo, que ha sido abordada, desde diversos enfoques teórico-metodológicos, por sus comentadores. Este preocupación incide notablemente en el desarrollo estilístico y en el interés temático posibles de advertir en la escritura de Borges. El propósito de este artículo es iluminar las vías de orientación que genera su escritura literaria en pensadores tales como Maurice Blanchot, Michel Foucault, Gilles Deleuze y Félix Guattari. El diálogo entre literatura y filosofía es, consecuentemente, clave en este artículo, que pretende además, a partir de una serie de ejemplos de la escritura narrativa y ensayística del escritor argentino, re-instalar la preocupación por el tiempo  dentro del marco de la reflexión sobre la escritura borgeana


Author(s):  
Icaro Ferraz Vidal Jr

O presente artigo explora algumas inflexões contemporâneas no estatuto do rosto. Na arte contemporânea, em sistemas de vídeo-vigilância, no marketing, na pornografia etc. as tecnologias de detecção e reconhecimento facial parecem espraiar-se sobre uma vasta gama de domínios. Sem a pretensão de esgotar este campo, propomos traçar algumas linhas de força que nos ajudem a compreender o que está em jogo nessa reconfiguração estética e política dos rostos. A partir de noções que buscamos no pensamento de autores como Michel Foucault, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze e Félix Guattari, cartografamos algumas tensões entre ação e representação, cristalizadas no estatuto contemporâneo do rosto.


Hallazgos ◽  
2020 ◽  
Vol 17 (34) ◽  
Author(s):  
Juan Carlos García Perilla ◽  
Fredy Alberto Velásquez Barón

El nacionalismo kurdo es un fenómeno de relevancia mundial que ha cobrado mayor notoriedad desde hace quince años, con la invasión de Irak por parte de Estados Unidos (2003) y el empoderamiento del Estado Islámico. En este contexto, los kurdos han ganado algunas reivindicaciones con la conformación de regiones autónomas en Irak y Siria. En este artículo se exploran y caracterizan desde la literatura las relaciones de poder tejidas entre los kurdos y los países que tienen soberanía sobre su territorio, mediante el análisis de las novelas El halcón (1997), de Yasar Kemal, novelista turco; Las plumas (1992), del poeta y novelista sirio Salim Barakat; Tierra de frontera (2001), de Sherko Fatah, escritor alemán de origen kurdo-iraquí; y el libro de cuentos El loco de la plaza Libertad (2016), de Hassan Blasim, cineasta y escritor iraquí. Para estudiar la relación de poder entre los kurdos y los Estados donde viven se formularon y desarrollaron tres categorías de análisis: cultura kurda, con base en el concepto de habitus de Pierre Bourdieu; relación entre los kurdos y los Estados que atraviesan Kurdistán, con sustento en la teoría del poder de Michel Foucault; y la subversión como intento independentista, según el concepto de línea de fuga de Gilles Deleuze y Félix Guattari.


Author(s):  
Ana Elisa Antunes Viviani

Para os filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari a ciência nômade é um modelo que corre às margens dos paradigmas científicos tradicionais, identificados por eles como ciência de Estado. É como ciência nômade que compreendemos a trajetória empreendida pelo pensador francês Michel Serres e sua leitura da obra de Lucrécio, seguidor da filosofia epicurista e considerado um dos pais da física. Para Serres, é por meio dos conceitos de clinâmen, que explica a formação dos turbilhões e espirais, de eidôlon, sobre o qual se delineia uma razão engendrada pela percepção, e do cálculo infinitesimal, que se esboça um outro modelo de ciência. É nos caminhos das curvas e na fluidez da água que podemos encontrar explicações para o mundo, em contraposição à ciência moderna, baseada na suposição de um mundo estático e em equilíbrio. Diante disso, é necessário perguntar: é possível conciliar essa ciência nômade com a chamada ciência de dados, o Big Data, que por meio de algoritmos pretendem tornar previsíveis e padronizáveis os comportamentos humanos, tão incertos e fluidos?


2021 ◽  
Vol 47 (47) ◽  
Author(s):  
Renata lobato Schlee ◽  
Paula Corrêa Henning ◽  
Cleber Gibbon Ratto

Este artigo busca analisar como se fabrica um discurso de natureza no Pampa do Rio Grande do Sul, Brasil; e Uruguai; região sul da América do Sul. Discute-se a relação entre natureza e cultura problematizando os enunciados e visibilidades de entrevistas e imagens produzidas por “fotógrafos de natureza” do Brasil e do Uruguai. A partir do campo teórico escolhido, declara-se o que se entende por arte e de como a fotografia participa de construções discursivas. No foco de uma educação ambiental pelo viés das experiências estéticas, tensiona-se o corpus discursivo, estimulando um agir sobre nossas relações natureza-cultura. O propósito do texto é provocar e desafiar o impensado e, quem sabe, transvalorar o que está dado como verdade instituída nesse campo. Para tanto, percorremos os caminhos teóricos de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Felix Guattari e Friedrich Nietzsche.


GEOgraphia ◽  
2014 ◽  
Vol 16 (31) ◽  
pp. 51
Author(s):  
Pablo Campos Leal

Nas últimas três décadas os Animal Studies (Estudos Animais) têm chamado bastante atenção dentro do largo campo das ciências humanas. O reflexo disso na geografia se dá com a construção recente daquilo que Julie Urbanik (2012) chama de nova geografia animal, sobretudo no contexto anglo-saxônico a partir dos anos 1990. Partindo de uma crítica genealógico-desconstrutora, inspirada nos rastros de Jacques Derrida, como também de Gilles Deleuze & Félix Guattari e de Michel Foucault, procuramos oferecer uma base introdutória do campo. Assim, levamos a cabo uma investigação de arquivo, onde não foram priorizados autores, conceitos ou métodos, mas as temáticas em que perpassavam os animais nessas novas geografias.


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