scholarly journals Implantação da escala para avaliação da dor em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) Pública

2021 ◽  
Vol 13 (8) ◽  
pp. e8451
Author(s):  
Valclicia Oliveira de Sousa ◽  
Ana Paula Martins Beleza ◽  
Leila Glória Brito de Souza ◽  
Ruth Luiza Uchoa de Souza ◽  
Ivana Annely Cortez da Fonseca

Objetivo: Implantar a escala de avaliação da dor neonatal Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) com a equipe de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e promover estratégia educativa sobre a implantação da escala e manejo do instrumento multidimensional de avaliação da dor. Métodos: Realizou-se um estudo de abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação utilizando como base a teoria da problematização o arco de Charles Maguerez. Foi realizada uma intervenção (rodas de conversa) para orientação e aplicada a utilização da Escala de NIPS (Neonatal Infant Pain Scale), a equipe de enfermagem (30 profissionais). A implantação ocorreu no período de 1 a 8 de abril de 2021, sendo observados 6 RN, a cada 3 horas. Resultados: Com as explicações, a equipe sentiu-se motivada e preparada para a realização diária do uso da NIPS, pois conseguiu reconhecer os sinais vitas dos RN e registrar no prontuário. Conclusão: O presente estudo foi de grande valia visto que a partir dele, os profissionais da enfermagem sentiram-se mais seguros e motivados para atuar com a Escala de NIPS, melhorando o processo de comunicação e com seu uso, houve melhoria na assistência e no controle da dor do RN.

2019 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 243-249
Author(s):  
Marimar Goretti Andreazza ◽  
Evellin Oliveira Gomes ◽  
Arlete Ana Motter ◽  
Monica Lima Cat ◽  
Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante

INTRODUÇÃO: Atendimento fisioterapêutico a neonatos prematuros é rotina nas unidades de terapia intensiva neonatais. O questionamento se o manuseio em prematuros extremos e moderados provoca dor é norteador deste estudo. OBJETIVO: Avaliar a presença de dor em recém-nascidos prematuros após a realização de manobras fisioterapêuticas. MÉTODO: Estudo observacional realizado em recém-nascidos prematuros extremos e moderados durante a primeira semana de vida, com necessidade clínica de fisioterapia respiratória. Os recém-nascidos recebiam as manobras posicionados no ninho feito com cueiros dobrados. Imediatamente após as manobras de desobstrução pulmonar e antes da aspiração das vias aéreas foram aplicadas as escalas Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) e Premature Infant Pain Profile (PIPP) e anotados os dados vitais. Trabalho aprovado pelo comitê de ética da instituição sob o número 706.623. RESULTADOS: Foram avaliados 50 atendimentos fisioterapêuticos em 22 recém-nascidos na primeira semana de vida. Estavam em ventilação mecânica invasiva 18 (36%), em Continuous Positive Airway Pressure (CPAP) 24 (48%), Cateter nasal 6 (12%) e sem suporte de oxigênio 2 (4%). Os mesmos mantiveram os dados vitais dentro dos limites de normalidade e somente dois prematuros cursaram com escore positivo para dor. CONCLUSÃO: Manobras de fisioterapia respiratória são suaves para não causarem dor. Porém é importante estar sempre atento aos sinais e oferecer atendimento humanizado ao prematuro para minimizar efeitos nocivos do internamento.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
Author(s):  
Débora Melo Mazzo ◽  
Juliana Carvalho Schleder ◽  
Fabiana Bucholdz Teixeira Alves

Introdução: Neonatos pré-termo (NPT) internados sob cuidados intensivos estão expostos a diversos fatores que acarretam excesso de estímulo levando ao estresse. O posicionamento adequado pode minimizar os efeitos deletérios nestes pacientes. Objetivo: Analisar os efeitos do posicionamento na rede de NPT sobre os sinais vitais e o nível de dor. Métodos: Estudo retrospectivo de caráter descritivo realizado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais – Ponta Grossa/PR, utilizando dados referentes ao período de outubro de 2014 e novembro de 2015. Foram incluídos dados, provenientes de uma tabela de controle utilizada pelos fisioterapeutas do setor para acompanhar os sinais vitais e a presença de dor pela escala Neonatal Infant Pain Scale nos neonatos pré-termo posicionados NA rede, de 20 Neonatos pré-termointernados na unidade de terapia intensiva neonatal. Esses dados eram coletados imediatamente antes ao posicionamento e 30 min após. Foram analisadas frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e dor antes e após o posicionamento na rede. Resultado:Houve redução significativa das frequências, cardíaca FC antes 160 (18,6)bpm e após 142,7(11,9)bpm(p<0,001), e respiratória antes 46,2(8,5)ipm e após 42,7(7,9)ipm (p<0,05), e do nível de dor, antes 1 (0-2,5) ponto e, após, 0 (0-0) ponto (p<0,001), e aumentoda SpO2 96,98% (2,08) e após o posicionamento 98,56% (1,04) (p<0,001). Conclusão: O posicionamento em rede reduz a frequência cardíaca e frequência respiratória, e o nível de dor, e aumenta a SpO2, portanto, é um posicionamento indicado para neonatos pré-termo.  


2019 ◽  
Vol 26 (4) ◽  
pp. 373-379
Author(s):  
Adriana Belmonte Tavares ◽  
Luana Treichel ◽  
Chen Chai Ling ◽  
Gabriela Graciolli Scopel ◽  
Janice Luisa Lukrafka

RESUMO Objetivo: avaliar a ocorrência de alterações fisiológicas adversas agudas e a presença de dor em recém-nascidos prematuros com síndrome do desconforto respiratório internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal após a fisioterapia respiratória. Métodos: estudo transversal que avaliou 30 neonatos prematuros em três momentos, sendo eles Momento um (M1), antes da fisioterapia, Momento dois (M2), imediatamente após a fisioterapia, e Momento três (M3), 15 minutos após. Consideraram-se alterações fisiológicas as variações da frequência cardíaca (FC), da frequência respiratória (FR), da saturação periférica de oxigênio (SpO2) e da temperatura corporal. A presença de dor foi avaliada pelas escalas neonatal infant pain scale e neonatal facial coding system. Resultados: houve aumento estatisticamente significativo na FC no M2 quando comparados os três momentos, porém com retorno aos valores basais 15 minutos após a fisioterapia. Outras variáveis fisiológicas (FR, SpO2 e temperatura) e a avaliação da dor não apresentaram alterações significativas. Conclusão: parâmetros fisiológicos e comportamentais permaneceram estáveis após a realização da fisioterapia respiratória, com discretas alterações imediatamente após o procedimento, mas com retorno aos valores basais, indicando que a fisioterapia respiratória não alterou agudamente os sinais vitais e os níveis de dor dos neonatos.


2020 ◽  
Vol 10 (4) ◽  
pp. 674
Author(s):  
Marimar Goretti Andreazza ◽  
Monica Nunes Lima Cat ◽  
Arlete Ana Motter ◽  
Regina Paula Guimaraens Vieira Cavalcante da Silva

INTRODUÇÃO: Os recém-nascidos prematuros frequentemente passam por longos períodos internados em unidades de terapia intensiva neonatal. Nesses pacientes, a dor, resultado das intervenções intrusivas é motivo de preocupação das equipes multidisciplinares. OBJETIVO: Identificar a melhor intervenção para alívio da dor durante a aspiração de vias aéreas superiores, comparando posicionamento no ninho com contenção em cueiro. MÉTODO: Foi realizado um estudo do tipo Antes e Depois em recém-nascidos prematuros com menos de 32 semanas de idade gestacional ao nascimento e que necessitassem de aspiração de vias aéreas na primeira semana de vida. No Grupo Antes, os pacientes foram posicionados no ninho, e no Grupo Depois, permaneciam contidos com cueiro. O desenho do estudo permitiu que os pacientes fossem controles deles mesmos e participassem do estudo mais de uma vez, conforme a necessidade de aspiração. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. RESULTADOS: Participaram 22 recém-nascidos prematuros que foram submetidos a 100 procedimentos de aspiração do trato respiratório. Conforme análise estatística dependente constatou-se que os indivíduos que haviam pontuado dor no momento em que estavam posicionados no ninho, passaram a não pontuar quando contidos, pela Neonatal Infant Pain Scale (p=0,001) e Premature Infant Pain Profile (p=0,01). Observou-se uma menor variação da frequência cardíaca no grupo contenção. CONCLUSÃO: A dor está presente na aspiração de secreções das vias aéreas. A frequência cardíaca variou percentualmente menos no grupo contenção. Os pacientes posicionados em contenção passaram a não pontuar escore positivo para dor.


2021 ◽  
Vol 3 (3) ◽  
pp. 1211-1226
Author(s):  
Paula G. Cachambú ◽  
Irany Achiles Denti ◽  
Luana Ferrão ◽  
Cibele Sandri Manfredini

O útero materno permite ao feto repouso e sono profundo, sendo que imerso nesta estrutura, o feto já registra algumas experiências, as quais permitem que tenham lembranças deste período após o nascimento. O objetivo do estudo foi descrever o comportamento do recém-nascido, internado Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), quando exposto ao som uterino. Trata-se de um estudo quase-experimental, com 7 Recém-Nascidos (RNs) de 29 a 38 semanas, internados nesta unidade, no período de setembro a outubro de 2019. Os participantes foram expostos ao som uterino por 15 minutos ininterruptos dentro da incubadora, com Leq abaixo de 60,0 dBA. Como elementos do estudo foram avaliadas a Frequência Respiratória, Frequência Cardíaca, Saturação de Oxigênio. Também foi utilizado a escala da dor no recém-nascido e no lactente - Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), além da avaliação dos estados de sono e vigília adaptada de Brazelton, antes e após a exposição do som uterino. Resultados: Identificou-se que após a exposição ao som uterino os RNs apresentaram redução da Frequência Respiratória (FR) e Frequência Cardíaca (FC). A escala da dor apresentou significância estatística p<0,05 e a avaliação dos estados de sono e vigília apresentou significância estatística de p<0,01 a p<0,05 após a exposição do som uterino.  Conclusão: a exposição do som uterino mostrou eficácia para mitigar o controle da dor e melhorou os períodos da vigília e do sono dos RNs.


2009 ◽  
Vol 13 (4) ◽  
pp. 726-732 ◽  
Author(s):  
Teresa Mônica da Silva ◽  
Edna Maria Camelo Chaves ◽  
Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso

Objetivou-se avaliar a intensidade da dor sofrida pelo recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, durante a coleta de sangue arterial, por intermédio da Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), utilizando medidas de sucção não nutritiva. Estudo de intervenção, quantitativo, realizado com 24 recém-nascidos em Fortaleza CE, em 2004. O grupo-caso recebeu uma chupeta de gaze embebida em água destilada, e o grupo-controle, uma chupeta com glicose a 25%, dois minutos antes da coleta. Na análise inferencial, a intensidade média da dor com água destilada foi 6,08; com glicose a 25% foi de 1,04. Concluímos que as alterações comportamentais variaram significativamente, já as fisiológicas pouco foram alteradas.


CoDAS ◽  
2013 ◽  
Vol 25 (4) ◽  
pp. 365-368 ◽  
Author(s):  
Ana Henriques Lima ◽  
Ana Paula Hermont ◽  
Amélia Augusta de Lima Friche

PURPOSE: To verify the nutritive and non-nutritive stimuli efficacy in the newborn's response to pain during venipuncture. METHODS: The main sample was composed of 64 newborns that were randomly divided into three groups. The first group (n=20) received nutritive sucking stimulus that was performed through maternal breastfeeding. The second group (n=21) received non-nutritive sucking stimulus that was performed through the introduction of the researcher little finger in the newborn's oral cavity. The third group or control group (n=23) did not receive any analgesia stimulus. The newborns were evaluated using the Neonatal Infant Pain Scale, and the responses to painful stimuli were compared. RESULTS: The nutritive as well as non-nutritive suction methods provided a comforting effect, resulting in lower pain response scores (p<0.05). There was no difference between the analgesia provided by both methods (p>0.05). CONCLUSION: The nutritive and the non-nutritive sucking stimuli proved to be efficacious tools in relieving pain among newborns.


2021 ◽  
Vol 61 (2) ◽  
pp. 69-73
Author(s):  
Nessie Amelia Ramli ◽  
Afifa Ramadanti ◽  
Indrayady Indrayady ◽  
Yuli Doris Memy

Background The neonatal pain threshold is 30-50% lower than in adults and older children because of immature pain inhibition function in nervous centers. Acute pain in neonates results in behavioral, physiological, and cerebral blood flow changes that may lead to intraventricular bleeding and periventricular leukomalacia. Music is believed to reduce pain perception as it distracts, influencing the parasympathetic and sympathetic nervous system by decreasing pulse rate, blood pressure, and breathing, hence, promoting a relaxed state. Objective To evaluate effects of music intervention on physiological parameters and pain perception in healthy newborns undergoing a painful medical procedure (immunization injection). Methods This was a double-blind, randomized control trial study. A recorded instrumental lullaby “Nina Bobo” was given for 5 minutes to the music group and no music for control, prior injection of Hepatitis B 0. The evaluation of heart rate and SpO2 were performed at baseline, 30 seconds, and 5 minutes after injection. Pain perception were measured by Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) at 30 seconds and 5 minutes after injection. Results Total of 51 subjects were enrolled. There were no difference of SpO2 and NIPS between both music and control groups. Music improved heart rate after 30 seconds and 5 minutes after injection,  median 126 (range 55-149) bpm from median 136 (range 78-154) bpm, and even lower than baseline [mean 128.9 (SD 12.5) bpm; P=0.019]. The control showed no improvement of heart rate mean 124,34 (SD 18,45) from 124,73 (SD 18,39); P=0.875There were no significant differences between the 2 groups. Conclusion Music is not effective in improving oxygen saturation, heart rate, and is not effective in reducing the degree of pain.


2017 ◽  
Vol 30 (3) ◽  
pp. 240-246
Author(s):  
Daniele Cristiny da Silva ◽  
Taís Pagliuco Barbosa ◽  
Alessandra Soler de Bastos ◽  
Lúcia Marinilza Beccaria

Resumo Objetivos Identificar o perfil clínico, intensidades de dor e sedação em pacientes na unidade de terapia intensiva e associar os dados. Métodos Estudo quantitativo e transversal, realizado em unidade de terapia intensiva de um hospital de ensino. Amostra de 240 pacientes. Os dados clínicos foram obtidos do prontuário eletrônico. Foram utilizadas escalas de sedação e agitação de Richmond, dor visual numérica e Behavioral pain scale, preenchidas por enfermeiros. Resultados Prevaleceram pacientes não idosos, masculinos, neurológicos, cirúrgicos, com sedação profunda. Houve maior mortalidade em pacientes com sedação profunda e maior tempo de internação naqueles com sedação moderada. A sedação não se mostrou efetiva para suprimir a dor, mas serviu para controlar sua intensidade. Conclusão A identificação da intensidade de dor e sedação realizada por enfermeiros auxilia na tomada de decisão e propicia adequado manejo da sedoanalgesia de pacientes em terapia intensiva.


2008 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 285-290 ◽  
Author(s):  
Carla Marques Nicolau ◽  
Juliana Della Croce Pigo ◽  
Mariana Bueno ◽  
Mário Cícero Falcão
Keyword(s):  

OBJETIVOS: avaliar a presença de dor durante a fisioterapia respiratória em prematuros submetidos à ventilação mecânica. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado entre fevereiro de 2003 e maio de 2004, sendo incluídos prematuros com idade gestacional <34 semanas e peso de nascimento <1500 g, submetidos à ventilação mecânica. Os recém-nascidos receberam os procedimentos de fisioterapia respiratória conforme suas necessidades e rotina do serviço. Para a avaliação da dor foi utilizada a Escala de Dor para Recém-Nascidos=Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) antes e após os procedimentos de fisioterapia respiratória e o procedimento de aspiração endotraqueal e de vias aéreas superiores. RESULTADOS foram estudados 30 prematuros (15 masculinos), com idade gestacional média ao nascimento de 30,70±2,10 semanas e peso médio de nascimento de 1010,70±294,60 gramas. Cada recém-nascido recebeu em média 7.33 sessões de fisioterapia. Verificou-se não haver diferença estatisticamente significante entre a presença de dor antes e após a fisioterapia, (p=0,09); entretanto, houve diferença estatisticamente significante entre a presença de dor antes e depois o procedimento de aspiração (p<0,001). CONCLUSÕES: a fisioterapia respiratória não foi desencadeante de estímulos dolorosos, porém o procedimento de aspiração, por ser invasivo, mostrou-se potencialmente doloroso, devendo ser realizado somente quando estritamente necessário.


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