Thyago de Oliveira Afonso
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Samuel Lopes dos Santos
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Gustavo Baroni Araújo
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Layanne Cavalcante de Moura
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Guilherme Dantas Borges
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Introdução: Inerente à maioria dos procedimentos realizados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a dor é um fenômeno que precisa ser correta e precocemente avaliado e tratado para que não prejudique o desenvolvimento do bebê a longo prazo. A sua terapêutica não-farmacológica age no bloqueio da transmissão do estímulo nociceptivo ao tálamo e na ativação de vias inibitórias descendentes, sendo uma importante e diversa aliada no controle da dor. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura feita com pesquisa inicial das bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem (Medline). Foi utilizado o termo de busca “Intensive Care Units, Neonatal AND Pain management”. Incluiu-se publicações de 2017 a 2021 e excluiu-se artigos revisão, metanálises e relatos de casos. Não houve duplicações. Excluiu-se, ainda, os artigos cujo título ou resumo corroboravam com o propósito desta revisão. Organizou-se os 18 artigos filtrados pelos critérios de exclusão e, a leitura de todo seu conteúdo, resgatou-se 14 artigos que compõem os resultados dessa revisão. Resultados e Discussão: Todos os artigos resgatados são randomizações e a maioria delas foi publicada no ano de 2020. Observou-se que a punção de calcanhar é um procedimento doloroso e avaliado na maioria dos ensaios clínicos, inclusive com aplicação da escala Premature Infant Pain Profile (PIPP), para os estudos com pré-termos. Ainda, constatou-se que sacarose oral a 24% foi a intervenção mais comparada a outras e que se mostrou inferior ou equiparável ao método canguru e a ingesta de leite materno para o controle da dor em neonatos internos em UTI. Conclusão: esta revisão pontuou a eficácia clínica de intervenções de diferentes naturezas evidenciadas nos estudos resgatados. O olfato, a audição, o paladar e o tato têm sido potenciais campos de intervenção para o controle analgésico ou distração da dor em neonatos submetidos a procedimentos dolorosos de rotina. Destaca-se que o método canguru, a ingesta de leite materno e o seu odor, bem como o som do batimento cardíaco materno têm mostrado resultados positivos, seguros e reproduzíveis, inclusive em comparação com o uso de sacarose oral a 24%. Ressalta-se que novos ensaios clínicos e metanálises são imprescindíveis para o fortalecimento das conclusões desse estudo.