scholarly journals Plantas medicinais usadas por moradores de uma área de floresta decídua espinhosa, Ceará, Brasil

2020 ◽  
Vol 9 (9) ◽  
pp. e728997517
Author(s):  
Lilian Cortez Sombra Vandesmet ◽  
Janete de Souza Bezerra ◽  
Marta Maria de Almeida Souza ◽  
Helen Kerla Rodrigues Cabral Coelho ◽  
Karina Vieiralves Linhares ◽  
...  

Objetivo: realizar um estudo etnobotânico das plantas medicinais utilizadas por comunidade rural localizada em uma área de floresta decidual espinhosa (Caatinga) em Altaneira, Ceará, Brasil, identificar as espécies, a diversidade de usos, as espécies mais versáteis, as indicações terapêuticas e sistemas corporais, bem como indicar as espécies utilizadas na medicina tradicional, descritas na literatura como nocivas à saúde se utilizadas de forma inadequada. Metodologia: a pesquisa ocorreu no período de novembro de 2013 a fevereiro de 2014. Para a obtenção dos dados etnobotânicos foram realizadas entrevistas com auxílio de questionário com perguntas semiestruturadas. Para avaliar a versatilidade no uso, foi analisada a importância relativa (IR) das plantas citadas pelos informantes locais e avaliadas as espécies que mais se destacaram nos sistemas corporais com base no fator de consenso do informante. Resultados: foi registrado um total de 79 espécies distribuídas em 36 famílias utilizadas no tratamento de 75 enfermidades. As famílias mais expressivas em número de espécies foram Fabaceae (10), Asteraceae (8), Lamiaceae (8), Rutaceae (4) e Euphorbiaceae (4). Dentre as espécies listadas as que apresentaram valor de IR>1 foram: Bryophyllum pinnatum, Mentha spicata, Rosmarinus officinalis, Melissa officinalis, Ruta graveolens, Myracroduon urundeuva, Amburana ceaerensis, Helianthus annuus, Plectranthus amboinicus e Brassica rapa. Conclusão: tais espécies podem ser indicadas para estudos, farmacológicos com vistas a comprovar sua eficácia e/ou sua toxicidade, visando uma utilização mais segura.

2015 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 91
Author(s):  
Adriana Elizabeth Reyes Parrado

<p>Las Ciencias Naturales son cruciales para procesos de aprendizaje en temas de conservación, medio ambiente y rescate cultural. Como parte de este proceso, estudiantes campesinos realizaron encuestas etnobotánicas en sus comunidades, encontrando 57 especies de plantas empleadas para diversas aplicaciones medicinales. Aquí se reportan su identidad taxonómica, las formas de preparación y los usos empleados por los habitantes. Las familias más representativas fueron Lamiaceae (19%), Asteraceae (14%), Apiaceae (7%), Rutaceae (5%), Verbenaceae (5%), Umbelliferae (3%) y Fabaceae (3%). Dentro de  las especies más empleadas estaban la <em>Mentha  piperita </em> (15,3%), <em>Aloe vera</em> (8,3%), <em>Chenopodium  </em><em>anthelminthium</em> (6,4%), <em>Rosmarinus officinalis </em> (5,8%), <em>Ocimum michrantum </em> (5,2%), <em>Ruta graveolens</em> (5%), <em>Melissa officinalis</em> (5%) y <em>Cymbopogon citratus </em> (5%). Los resultados obtenidos demuestran que los conocimientos tradicionales sobre plantas medicinales, está fuertemente arraigado en las comunidades rurales y que a pesar de la ampliación de cobertura en salud estos saberes aún persisten.</p><p> </p><p>The Natural Sciences are crucial to learning processes in conservation, environment and cultural recovery. As part of this process, students conducted ethnobotanical surveys in rural communities, finding 57 species of medicinal plants used for various applications. Here are reported taxonomic identity, forms of preparation and applications used by the inhabitants. The most representative families were Lamiaceae (19%), Asteraceae (14%), Apiaceae (7%), Rutaceae (5%), Verbenaceae (5%), Umbelliferae (3%) and Fabaceae (3%). Among the species most used were the Mentha piperita (15.3%), Aloe vera (8.3%), Chenopodium anthelminthium (6.4%), Rosmarinus officinalis (5.8%), Ocimum michrantum (5.2 %), Ruta graveolens (5 %), Melissa officinalis (5 %) and Cymbopogon citratus (5 %). The results show that traditional knowledge about medicinal plants, is deeply rooted in rural communities and that despite the expansion of health coverage this knowledge still persist.</p><p> </p><p> </p>


1999 ◽  
Vol 54 (9-10) ◽  
pp. 698-703 ◽  
Author(s):  
Sergi Munné-Bosch ◽  
Karin Schwarz ◽  
Leonor Alegre

Summer diurnal variations of photosynthesis and α-tocopherol content were measured in relation to natural drought in field-grown rosemary (Rosmarinus officinalis L.) and lemon balm (Melissa officinalis L.) plants. During the summer relative water contents (RWC) of ca. 40% in Rosmarinus officinalis and ca. 30% in Melissa officinalis were attained, indicating severe drought. Both species showed similar diurnal patterns of net CO2 assimilation rates (A) with a wide plateau of maximum photosynthesis at midday in the absence of drought and one peak of maximum photosynthesis early in the morning under drought conditions. Net CO2 assimilation rates decreased by ca. 75% due to drought in both species. Melissa officinalis plants showed a significant decrease in the relative quantum efficiency of PSII photochemistry (ΦPSII), ratio of variable to maximum fluorescence yield (Fv/Fm) and chlorophyll content of leaves by ca. 25% under drought conditions at midday. In contrast, ΦPSII, Fv/Fm and chlorophyll content remained constant throughout the experiment in R. officinalis plants. Although the non-photochemical quenching of chlorophyll fluorescence increased from ca. 1.8 to 3 and the a-tocopherol content rose fifteen fold in both species in response to drought, only R. officinalis plants were able to avoid oxidative damage under drought conditions by the joint increase of carotenoids and α-tocopherol


2014 ◽  
Vol 44 (4) ◽  
pp. 457-472 ◽  
Author(s):  
Silvia Patricia Flores Vásquez ◽  
Maria Silvia de Mendonça ◽  
Sandra do Nascimento Noda

A utilização de plantas medicinais é uma prática comum entre as populações humanas. O presente trabalho teve por objetivo efetuar levantamento etnobotânico sobre o conhecimento e uso das plantas medicinais em quatro comunidades ribeirinhas do Município de Manacapuru. Foram coletadas informações de 164 moradores locais, selecionados aleatoriamente, por meio de entrevistas semi-estruturadas, observações participantes e visitas guiadas. Os problemas de saúde citados foram classificados de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e índices de concordância foram utilizados para identificar os principais usos de cada espécie. Identificaram-se 171 plantas medicinais, pertencentes a 65 famílias. Lamiaceae (14 espécies), Asteraceae (9 espécies), Fabaceae e Euphorbiaceae (8 espécies) foram as famílias mais comuns. As espécies mais citadas foram Mentha arvensis (hortelã), Ruta graveolens (arruda) e Citrus sinensis (laranja). As folhas foram as partes da planta mais utilizadas e a decocção da folha o procedimento mais comum usado para preparar medicamentos. Os problemas mais comuns citados foram doenças do aparelho digestivo, doenças do aparelho respiratório e problemas com sintomas não classificados. Plantas com índices de concordância maior que 25% foram Plectranthus amboinicus, Chenopodium ambrosioides, Citrus aurantiifolia, Acmella oleracea, Plectranthus barbatus, Mentha arvensis, Citrus sinensis, Lippia origanoides, Lippia alba, Cymbopogon citratus e Ruta graveolens. Estes resultados confirmam que as populações que vivem em Manacapuru ainda utilizam plantas medicinais como uma das formas de tratar suas doenças mais frequentes.


2021 ◽  
Vol 14 (12) ◽  
Author(s):  
Luciana Rodrigues Duarte ◽  
Sandro Dan Tatagiba

O uso das plantas para fins medicinais é uma prática cultural, desenvolvida e modificada entre diversas populações, com especificidades em cada região do país. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo, investigar as espécies botânicas medicinais de acordo a utilização local, formas de uso, indicação de uso, preparo e formas de obtenção, a fim de validar as plantas principais plantas com indicação etnofarmacológica, no bairro Liberdade no município de Breu Branco, estado do Pará. Foram coletadas informações de 50 informantes, todos moradores locais, selecionados aleatoriamente, por meio de entrevista semi-estruturadas, observações participativas e visitas guiadas. Foram identificadas 39 espécies botânicas medicinais, pertencentes 29 famílias. A família Lamiaceae apresentou o maior número de espécies citadas, com cinco espécies mencionadas, seguido das famílias Apiaceae, Malvaceae e Poaceae, com três espécies cada. A folha foi à parte da planta mais utilizada, enquanto o hábito de crescimento herbáceo o mais encontrado entre as espécies de plantas, sendo o chá da folha o procedimento mais comum usado para preparar medicamentos. As mulheres foram às principais responsáveis pelo cultivo das espécies, preparação do medicamento e repasse de conhecimento relativo às plantas. Os sintomas inflamatórios foram os mais indicados para o tratamento fitoterápico. As espécies mais citadas pelos informantes foram: Melissa officinalis, Plectranthus barbatus, Mentha spicata e Cymbopogon atratus, indicando ser as mais promissoras para a realização de estudos farmacológicos no combate a enfermidades.


Revista Fitos ◽  
2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
pp. 178-191
Author(s):  
Clara Maria Germano Cidrack do Vale ◽  
Vitoria Fior de Freitas ◽  
Adria Raiane de Souza Silva ◽  
Murilo Tomaz Rocha ◽  
Laura de Quadros Casimiro ◽  
...  

O objetivo deste trabalho foi analisar o uso de plantas medicinais por usuários da Atenção Primária à Saúde em Mossoró, RN, Brasil. Foi feito um levantamento através de entrevistas com questionário semiestruturado a 100 participantes, dos quais 84% afirmaram utilizar plantas medicinais, principalmente para afecções do sistema digestivo, respiratório e para transtornos mentais e comportamentais. Foram mencionadas 54 espécies vegetais, destacando-se boldo (Plectranthus barbatus e Peumus boldus), hortelã (Mentha spp.), erva cidreira (Lippia alba e Melissa officinalis), capim santo (Cymbopogon citratus), camomila (Matricaria chamomilla) e malvarisco (Plectranthus amboinicus). A espécie com maior valor de uso foi Cymbopogon citratus e transtornos mentais e comportamentais a categoria de maior consenso entre os informantes.  A parte da planta mais utilizada foi a folha, e a principal forma de uso, o chá. A maioria das espécies medicinais relatadas estão descritas em compêndios oficiais, como o Formulário de Fitoterápicos e Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. O conhecimento sobre plantas medicinais validadas é útil para os profissionais prescritores na orientação do uso racional e correto desses remédios, principalmente porque a maioria dos participantes utiliza preparação caseira.


2017 ◽  
pp. 136 ◽  
Author(s):  
JÉSSICA PALOMA GAMA DOS SANTOS-SILVA ◽  
PATRÍCIA CHAVES DE OLIVEIRA

Resumen As comunidades rurais de várzea localizadas na Amazônia possuem enorme valor cultural no que tange a etnobotânica, pois faz com que o conhecimento tradicional dessas populações seja resguardado e pode permitir a descoberta de novos fármacos advindos de plantas medicinais. A pesquisa etnobotânica foi aplicada na comunidade de Igarapé do Costa, que se localiza na cidade de Santarém, no estado do Pará, Brasil (02°15’11”Sul e 54°38’40”Oeste). O questionário possuía questões socioeconômicas e perguntas específicas sobre plantas medicinais como formas de uso, partes utilizadas etc. A faixa de idade mais expressiva entre os entrevistados foi de 25 a 35 anos, as mulheres possuíram maior representatividade na entrevista com 92%, 67% dos entrevistados são pescadores, 33% possuem o fundamental completo e 75% moram a vida toda na comunidade. A parte mais utilizada das plantas foi a folha, o chá preparado a partir das folhas foi a forma de uso mais expressiva. As espécies com maior número de citações foram: Folha-grossa (Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng), Cidreira (Lippia alba (Mill.) N. E. Br.), Arruda (Ruta graveolens.), Cumarú (Dipteryx odorata (Aubl.) Willd) e Sara-tudo (Justicia acuminatissima (Miq.) Bremek.). As comunidades ribeirinhas são um rico repositório de conhecimento, a relação do homem com o rio, a fauna e a flora do ecossistema revela a importância de se fazer pesquisas etnobotânicas com este tipo de comunidade, com vistas a trazer retornos para eles próprios e para a população mundial.Palabras claves: Etnobotânica, Ribeirinhos, Várzeas, Plantas medicinais.


Author(s):  
Larisse Dias Avelino ◽  
Gilson Lages Fortes Portela ◽  
José Edmir Girão Filho ◽  
Luiz Carlos De Melo Junior

A busca de bioinseticidas vegetais tem se intensificado, visto que os inseticidas naturais não são persistentes e degradam com maior velocidade que os sintéticos sem deixar resíduos nos alimentos ou no meio-ambiente. Objetivou-se com este trabalho avaliar a ação repelente de óleos essências e vegetais em pulgão-preto (Aphis craccivora Koch) em cultivares de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.). Para realização do experimento, discos foliares foram imersos durante 30 segundos em uma solução de 0,05% de cada tratamento e a testemunha em água destilada. Em seguida, os discos foliares foram colocados, dois a dois (tratado e testemunha) em placas de petri com tampas contendo abertura no centro coberta com tecido tipo “voil”, contendo solução ágar-água a 1%, unidos por uma tira de papel. No retângulo de papel foram colocados adultos ápteros de A. craccivora. Foram testados os óleos essenciais: alecrim (Rosmarinus officinalis), copaíba (Copaifera langsdorfii), menta (Mentha L.) e citronela (Cymbopogon winterianus) e três óleos fixos de pequi (Caryocar brasiliense), girassol (Helianthus annuus) e mamona (Ricinus communis). Os dados coletados foram registrados no período de 48h. O número de fêmeas atraídas e de ninfas produzidas, foram analisados pelo teste não-paramétrico x2 (qui-quadrado). O óleo essencial de C. winterianus teve maior repelência e menor produção de ninfas, o óleo de R. communis não apresentou efeito significativo de repelência, aumentando a produção de ninfas e os óleos essenciais R. officinalis, C. langsdorfii e Mentha L. e os óleos vegetais C. brasiliense e H. annuus, apresentaram efeito significativo na redução de ninfas.


2014 ◽  
Vol 16 (4) ◽  
pp. 912-930 ◽  
Author(s):  
D.A Ribeiro ◽  
D.G. Macêdo ◽  
L.G.S. Oliveira ◽  
M.E. Saraiva ◽  
S.F. Oliveira ◽  
...  

O presente trabalho visou o levantamento etnobotânico das plantas medicinais, verificando a versatilidade das espécies utilizadas e o consenso de uso e/ou conhecimento entre os informantes, do Distrito de Aratama, no Município de Assaré, Ceará. As informações etnobotânicas foram obtidas através de entrevistas estruturadas e semi-estruturadas com os moradores locais. Foram citadas 116 espécies com fins medicinais pertencentes a 103 gêneros e 58 famílias com destaque para Fabaceae (10ssp.), Asteraceae (7spp.) e Lamiaceae (6spp.). Entre as espécies levantadas, Mentha spicata L., Rosmarinus officinalis L., Allium sativum L., Bauhinia cheilantha (Bong.), Ximenea americana L., se destacaram como as mais versáteis dentro da comunidade. As indicações terapêuticas citadas foram agrupadas em 16 categorias de sistemas corporais, dos quais as Desordens mentais e comportamentais, as Afecções ou dores não definidas, os Transtornos do sistema respiratório, as Doenças de pele e do tecido celular subcutâneo, e os Transtornos do sistema sensorial (ouvidos), mostram maior concordância entre os informantes na utilização de espécies para tratar um sistema corporal especifico. Os resultados mostraram elevada riqueza da flora medicinal presente na caatinga. Neste sentido, torna-se necessária a intensificação de estudos que avaliem e consolidem as propriedades químicas e farmacológicas destas espécies.


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