EXTRATO DA SEMENTE DO NIM PARA APLICAÇÕES EM PRAGAS E INSETOS EM HORTALIÇAS

2020 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 05
Author(s):  
José Lorran Cabral Silva de Meneses ◽  
Cícero De Barbosa Lucas Matos ◽  
Allyson Francisco dos Santos ◽  
Damião Jailson Da Silva ◽  
Fernando Leite Terto

<p>INTRODUÇÃO: A utilização massiva de agrotóxicos iniciou-se na década de 1950 na indústria estadunidense, através da Revolução Verde. Uma década após, a cultura de utilização de agrotóxicos iniciou-se no Brasil, ganhando impulso nos anos de 1970 (SIQUEIRA et. al, 2013), mas sua utilização de forma liberada só aumentou recentemente, afetando diretamente a qualidade alimentícia, representando risco ao consumo e à saúde pública. A árvore de Nim (<em>Azadirachta indica Juss</em>.), oriunda da Ásia e cultivada em vários países das Américas, África e Austrália, também utilizada no Brasil, tem acentuada atividade inseticida para várias espécies de pragas, apresentando efetividade contra mais de 430 espécies de pragas (MARTINEZ, 2002). A maioria dos resultados sobre a utilização do nim provém de produtos preparados pela moagem ou da extração de óleo das sementes. Essas substâncias, com potencial inseticida, representam uma alternativa para o controle de pragas. OBJETIVOS: Este trabalho objetiva a utilização do extrato do nim para aplicações em pragas e insetos presentes em hortaliças; preparar o extrato para aplicação; identificar os tipos de hortaliças, pragas e insetos presentes; e analisar o efeito do extrato após aplicação. MATERIAL E MÉTODOS: O extrato foi produzido a partir da coleta, trituração e submersão das sementes em água no período de 12 a 20 horas, preservando o estado orgânico na proporção de 100g de sementes para 500 ml de água. A área delimitada correspondeu a 85 cm², identificando-se os tipos de hortaliças, pragas e insetos. Realizou-se duas aplicações diárias entre 9h e 16h, repetindo-se por quatro dias consecutivos, utilizando pulverizador, nos canteiros de couve, rúcula, alface e cebolinha, nas espécies de pulgões, lagarta, joaninha, vaquinha e mosca branca. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A eficácia do extrato foi variável entre as espécies identificadas, sendo que o efeito foi mais rápido nos pulgões (Afídios, ordem: Hemíptera) presente no canteiro de couve (Brassica oleracea), que no primeiro dia de aplicação já migrou para outras áreas A vaquinha (<em>Diabrotica speciosa</em>), presente no canteiro de alface (<em>Lactuca sativa</em>), apresentou mais resistência, estando presente até o terceiro dia. As demais espécies de Joaninha (Coccinellidae, Ordem Coleoptera) e Lagarta (Ordem Lepidópteros) presentes no canteiro de rúcula (<em>Eruca vesicaria ssp</em>) e a mosca branca (<em>Bemisia tabaci</em>), presente no canteiro de cebolinha (<em>Allium schoenoprasum</em>), manifestaram migração de forma mediana. Nas demais espécies, as migrações iniciaram a partir do segundo dia de aplicação. O extrato não causou morte, somente migração que se relatou a migração em aplicações na <em>Nezara viridula</em>, corroborando com Leite e Meira (2016 p. 27) que afirmam que a mosca branca (Bemisia tabaci) e lagartas em geral podem ser controlados com extrato aquoso da semente do nim, e também com Mordue e Blackell (1993), que ressalta que a azadiractina é tóxica a insetos, tem efeito de repelência. CONCLUSÃO: O uso de extratos de plantas pode diminuir o custeio da produção, riscos à saúde, ambientais e a dependência dos inseticidas sintéticos, o extrato do nim, representa uma ótima alternativa para a agricultura familiar, pela sua fácil preparação e utilização e, ainda por não promover a dispersão residual no ambiente.</p>

2020 ◽  
pp. e2135
Author(s):  
Amanda Brito Nascimento ◽  
Suzana Ribeiro De Melo Oliveira ◽  
Elem Cristina Rodrigues Chaves ◽  
Sergio Beltrão De Andrade Lima ◽  
Tinara Leila De Souza Aarão ◽  
...  

Objetivo: Avaliar a ocorrência de diferentes formas parasitárias em amostras de Lactuca sativa, Brassica oleracea, Coriandrum sativum, Petroselinum crispum, Allium schoenoprasum, Ocimum basilicum, Ocimum pilosum, Cichorium endivia e Mentha spicata provenientes do mercado Ver-o-Peso. Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo. Foram coletadas 5 amostras de cada hortaliça, sendo processadas pelos métodos de sedimentação espontânea e centrifugação, seguida de análise e identificação de parasitas. Resultados: Todas as amostras estavam contaminadas por parasitas. A hortaliça Lactuca sativa apresentou a maior frequência, entre os helmintos (82,24%), os ovos de Ancylostoma sp e Ascaris sp., destacaram-se em ambos os métodos, entretanto, nos protozoários (60,05%), o Balantidium sp (cistos) foi predominante no método de Hoffman e, no de Ritchie, foram os cistos de Entamoeba sp e Larvas de Nematodos. Comparando a detecção entre métodos, não houve diferença significativa, entretanto, ressalta importância das duas metodologias concomitantes para detecção de parasitas. Conclusão: A presença de parasitas em hortaliças significa risco na sua transmissão, além de criar um alerta quanto à provável subnotificação de parasitoses intestinais. A conscientização da correta higienização de alimentos é fundamental para redução das parasitoses, devendo ser acompanhada da efetiva atuação da vigilância sanitária nas feiras livres.


2006 ◽  
Vol 36 (5) ◽  
pp. 1353-1359 ◽  
Author(s):  
Geraldo José Nascimento de Vasconcelos ◽  
Manoel Guedes Corrêa Gondim Júnior ◽  
Reginaldo Barros

A presente pesquisa foi desenvolvida na Cidade de Recife-PE, com o objetivo de avaliar a ação inseticida, insetistática e repelente de extratos aquosos de duas essências florestais sobre ovos, ninfas e adultos de Bemisia tabaci biótipo B (Genn., 1889) criados em Brassica oleracea var. acephala L. Os extratos utilizados foram de Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. e Sterculia foetida L. Sementes e folhas das duas espécies foram coletadas, secadas e trituradas. Em seguida, os extratos foram preparados na proporção de 5g de cada parte vegetal/50mL de água. Folhas de B. oleracea var. acephala foram imersas durante 30seg nos extratos e, em seguida, os insetos foram confinados na folha tratada. Os extratos de sementes de L. leucocephala e de folhas de S. foetida provocaram mortalidade de 60 e 41% sobre ovos de B. tabaci, respectivamente. Na fase ninfal, o tratamento com folhas de S. foetida apresentou o melhor resultado, com 74,6% de mortalidade. Nenhum dos extratos testados apresentou supressão para oviposição na espécie estudada. Os indivíduos tratados com os extratos de L. leucocephala tiveram menor longevidade e maior oviposição com relação aos tratamentos com S. foetida e com a testemunha. O uso de extratos aquosos de sementes de L. leucocephala e de folhas de S. foetida mostra-se promissor para o controle alternativo de B. tabaci.


2011 ◽  
Vol 78 (2) ◽  
pp. 279-285
Author(s):  
F.G. Jesus ◽  
L.A. de Paiva ◽  
V.C. Gonçalves ◽  
M.A Marques ◽  
A.L. Boiça Junior

RESUMO Avaliou-se o efeito de Azadirachta indica A. Juss. (Nim), Sapindus saponaria L. (Sabão de soldado), Nim + Piretro + Rotenona, Dimorphandra mollis (Faveira) e Stryphnodendron adstringens (Mart) Coville (Barbatimão) em relação a não-preferência para oviposição e alimentação, atratividade e biologia de Plutella xylostella. Discos foliares de couve (Brassica oleracea var. acephala) cultivar Manteiga foram imersos em cada extrato à concentração de 10% (massa/volume) por 30 segundos para realização dos experimentos. Para o teste sem chance de escolha, os tratamentos que apresentaram menores atratividades foram os extratos de A. indica e D. mollis, e o menor consumo foi em A. indica. Os extratos de A. indica, S. saponaria D. mollis e S. adstringens proporcionaram efeito deterrente na oviposição de P. xylostella. Os tratamentos A. indica, S. saponaria e S. adstringens influênciaram negativamente os parâmetros biológicos da praga.


2019 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 58
Author(s):  
Sri Wahyuni Indiati

<p align="center"><strong> </strong></p><div class="page" title="Page 1"><div class="layoutArea"><div class="column"><p><span>Kerusakan tanaman akibat serangan hama merupakan salah satu kendala pengembangan kedelai di lahan pasang surut. Informasi tentang komposisi spesies hama kedelai dan musuh alaminya merupakan kebijakan dasar pengelolaan hama terpadu di suatu lokasi, sehingga survei perlu dilakukan, untuk mengetahui dominasi dan status hama kedelai serta musuh alaminya di lahan pasang surut. Survei dilakukan pada bulan Juni sampai dengan November 2016 di Kalimantan Selatan. Serangga hama yang ditemukan di lokasi survei sangat tergantung dari umur/fase pertumbuhan tanaman saat dilakukan pencatatan. Komposisi jenis hama kedelai yang ditemukan di Provinsi Kalimantan Selatan adalah kutu kebul (</span><span>Bemisia tabaci </span><span>Gennadius), wereng daun (</span><span>Empoasca kerri </span><span>Pruthi), lalat kacang (</span><span>Ophiomyia phaseoli </span><span>Tryon), ulat grayak (</span><span>Spodoptera litura </span><span>Fabricius), belalang (</span><span>Attractomorpha crenulata</span><span>), perusak polong </span><span>(Piezodorus hybneri </span><span>Gmelin</span><span>, Riptortus linearis </span><span>Fabricius</span><span>, Nezara viridula </span><span>Linnaeus dan </span><span>Etiella zinckenella </span><span>Treitsche)</span><span>, </span><span>dengan indeks keanekaragaman Shannon-Wiener (H) 1,655 dan indeks dominansi Simpson (c) 0,214. Di antara hama-hama tersebut, </span><span>S. litura</span><span>, </span><span>P. hybneri, R. linearis, N. viridula </span><span>dan </span><span>E. zinckenella </span><span>merupakan hama penting di semua lokasi survei. Jenis musuh alami yang banyak ditemukan ada tiga jenis, yaitu </span><span>Oxyopes </span><span>sp., parasitoid dan </span><span>Coccinella </span><span>sp. dengan indeks keanekaragaman Shannon-Wiener (H) 1,088 dan indeks dominansi Simpson (c) 0,415. Pengendalian hama pada tanaman kedelai di lahan pasang surut harus mempertimbangkan hama-hama utama dan musuh alaminya. </span></p></div></div></div><p> </p><p> </p>


2021 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 58-68
Author(s):  
Caroline Eich ◽  
Genito Carlos Braun ◽  
José Luiz Tragnago

Este trabalho apresenta elementos que visam dar embasamento teórico para a aquisição de itens hortifrutigranjeiros, uma vez que nessa atividade as compras dos lotes de mercadorias acontecem geralmente através de deduções ou pela média de venda dos produtos. O artigo apresenta um estudo de caso, envolvendo pesquisa observatória sobre o estado de conservação de hortifrutigranjeiros, elaborada por meio de relatos diários, de acordo com a disponibilidade de cada mercadoria. Foram analisados os seguintes itens: alface (Lactuca sativa); batata cv. monalisa (Solanum tuberosum); maçã cv. fuji (Malus domestica); maçã cv. gala (Malus domestica); mamão cv. formosa (Carica papaya); mamão cv. papaia (Carica papaya); manga (Mangifera indica); morango (Fragaria × ananassa), repolho verde (Brassica oleracea L. var. capitata) e tomate longa vida (Solanum lycopersicum), desde a sua chegada até o seu escoamento na prateleira ou por descarte. Os produtos que apresentaram os maiores percentuais de perdas foram: maçã cv. fuji, repolho e manga. Os itens com menores quebras foram: tomate longa vida, batata cv. monalisa e maçã cv. gala. O volume adquirido de cada item interferiu diretamente no resultado.


Bragantia ◽  
2000 ◽  
Vol 59 (2) ◽  
pp. 173-179 ◽  
Author(s):  
ANTONIO PANCRÁCIO DE SOUZA ◽  
JOSÉ DJAIR VENDRAMIM

Comparou-se a bioatividade de extratos aquosos a 3% (p/v) de três meliáceas, Melia azedarach L. (frutos verdes), Trichilia pallida Swartz (ramos) e Azadirachta indica A. Juss (sementes), em relação à mosca branca Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B, criada em tomateiro. No primeiro experimento os extratos foram aplicados sobre ovos e sobre ninfas com três dias de idade, avaliando-se a mortalidade e a duração das fases de ovo e de ninfa. No segundo experimento os extratos foram aplicados apenas sobre as ninfas, avaliando-se a mortalidade nessa fase e a longevidade e fecundidade dos adultos. Em relação à fase de ovo, o extrato de T. pallida foi o que provocou maior mortalidade, seguindo-se os de A. indica e M. azedarach. A maior mortalidade ninfal foi constatada com o extrato de A. indica, seguindo-se os de T. pallida e M. azedarach. Nenhum dos extratos afetou a duração das fases de ovo e de ninfa, assim como a longevidade e fecundidade.


2018 ◽  
pp. 33-48
Author(s):  
Dania A. Garcia ◽  
Meylin J. Galo ◽  
Heidy Velásquez ◽  
Gina Calderon ◽  
Henry D. Ponce

La determinación de residuos del herbicida paraquat en lechuga (Lactuca sativa) y repollo (Brassica oleracea) producidos en la comunidad de La Brea, Lepaterique y comercializados en la ciudad de Tegucigalpa fue llevada a cabo en los meses de octubre y noviembre de 2017, mediante la aplicación de cromatografía líquida de elevada resolución con detector de arreglo de diodos (HPLC-DAD) en menos de 6 minutos, con un mecanismo de separación de fase reversa empleando una columna superficialmente porosa C18 y una mezcla de ácido orto fosfórico al 0.1 M (pH 3,0) con acetonitrilo en proporción de 3:1 como fase móvil. El método se basa en la extracción con baño ultrasónico utilizando agua como solvente extractor y la subsecuente aplicación de la extracción en fase sólido (SPE) con sorbente de intercambio iónico débil (WCX). Los diferentes parámetros de la extracción (solvente extractor, tiempo de sonicación, solvente de limpieza y solvente de elución) fueron evaluados para optimizar la eficiencia del proceso de extracción. La validación del método fue llevada a cabo mediante la fortificación de muestras a 0.05 y 1mg Kg-1, con tres replicas (n=3) para cada concentración, determinando la linealidad, exactitud (expresada como porcentaje de recuperación), límites de detección (LOD) y cuantificación (LOQ). El límite de detección del método fue de 0.025 mg Kg-1, el cual se encuentra por debajo del límite máximo de residuo (MRL) que establece el Codex Alimentarius (0.07 mg Kg-1) para vegetales de hoja. Las muestras adquiridas fueron analizadas siguiendo el método validado, sin encontrar residuos de paraquat en un total de 10 muestras de cada vegetal.


2015 ◽  
Vol 37 (7) ◽  
Author(s):  
V. Paradisone ◽  
Y. Barrameda-Medina ◽  
D. Montesinos-Pereira ◽  
L. Romero ◽  
S. Esposito ◽  
...  

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