scholarly journals INVENTÁRIO ARBÓREO DE TRÊS PRAÇAS DO MUNICÍPIO DE DOIS CÓRREGOS, SÃO PAULO, BRASIL

2021 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 51-63
Author(s):  
Ana Paula De Freitas ◽  
Frederico Fregolente Faracco Mazziero ◽  
Natália Arias Galastri

As praças são um importante componente das áreas urbanas, trazendo diversos benefícios à população e à fauna. Além disso, são locais que permitem maior liberdade na implantação de projetos de arborização urbana que, se bem realizados, não acarretam em problemas e gastos futuros. Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar o inventário arbóreo das três praças da região central do Município de Dois Córregos. Nas três praças inventariadas foram registrados 322 indivíduos arbóreos pertencentes a 48 espécies distribuídas em 24 famílias e 45 gêneros. As famílias Fabaceae (9 spp. – 18,7%), Bignoniaceae (5 spp. – 10,4%), Arecaceae e Moraceae (4 spp. – 8,3% cada) foram as mais representativas. A espécie Cenostigma pluviosum (sibipiruna) apresentou a maior frequência, correspondendo a 16,1% do total de indivíduos amostrados. No entanto, 40 espécies apresentaram frequência inferior a 2,2% e foram consideradas raras.  Apenas oito espécies foram encontradas em todas as praças: Bauhinia variegata (pata-de-vaca), Delonix regia (flamboyant), Dypsis lutescens (areca-bambu), Eugenia uniflora (pitangueira), Handroanthus heptaphyllus (ipê-roxo), Ligustrum lucidum (alfeneiro), Nectandra megapotamica (canelinha) e Cenostigma pluviosum (sibipiruna). Constatou-se que 60,4% das espécies são exóticas do Brasil. Portanto, fica evidente que apesar de uma riqueza de espécies considerável, o alto número de espécies exóticas aliado à alta frequência de algumas espécies podem trazer problemas no futuro.

2019 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
pp. 124 ◽  
Author(s):  
Valéria Stranghetti ◽  
Zélia Aparecida Valsechi da Silva

A paisagem urbana, na grande maioria dos municípios do Estado de São Paulo, não se fundamenta em planejamento que busque harmonia entre os fatores ambientais. A ausência de um planejamento para a arborização urbana da cidade de Uchôa tem trazido sérios problemas para a população e para a administração municipal. O presente trabalho teve como objetivo atender as necessidades dessa localidade e de sua população, oferecendo um diagnóstico baseado em um trabalho sistematizado do levantamento da arborização de vias públicas para avaliar as reais condições da área urbana deste município. Uchôa situa-se na região noroeste do Estado de São Paulo. Foram identificadas 67 espécies num total de 2.640 indivíduos arbustivo-arbóreos. As espécies utilizadas na arborização de ruas são pouco diversificadas, sendo a maioria exótica. As mais frequentes são: Licania tomentosa (67,05%), Nectandra megapotamica (7,87%), Ficus benjamina (4,01%) e Bauhinia variegata (2%). A maior parte dos problemas encontrados é decorrente dos plantios voluntários realizados pela população local. Esse resultado demonstra a falta de uma política municipal de arborização urbana para a cidade de Uchôa.


2007 ◽  
Vol 74 (2) ◽  
pp. 107-110
Author(s):  
N.W. Perioto ◽  
R.I.R. Lara

ABSTRACT The female of Prodecatoma geraldoi sp. nov., reared from Eugenia uniflora (Myrtaceae) seeds, is described, illustrated and compared with related Neotropical species of the same genus, and Sycophila pitangae (Bondar, 1930) is registered for the first time in the state of São Paulo, southeastern Brazil.


2017 ◽  
Vol 34 (2) ◽  
Author(s):  
Lucicleiton Leandro De Melo ◽  
Isabelle Maria Jacqueline Meunier

O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução da arborização de calçadas de cinco bairros de Recife – PE (Casa Forte, Cordeiro, Boa Viagem, Boa Vista e Jardim São Paulo), comparando os resultados com aqueles obtidos em 1985. Para isso, foram reavaliadas cinco unidades amostrais do inventário da vegetação arbórea realizado em 1985, observando aspectos quantitativos e qualitativos. Foi observada redução na quantidade total de árvores, evidenciada em Boa Viagem, Cordeiro e Casa Forte, enquanto Jardim São Paulo e Boa Vista receberam novos plantios. Houve aumento do número de espécies, mas se manteve forte concentração da abundância em poucas espécies. Senna siamea e Licania tomentosa mantiveram-se como as espécies mais abundantes, mas tiveram importância reduzida, Filicium decipiens passou a ter maior participação na arborização enquanto Prosopis juliflora e Delonix regia tiveram sua abundância fortemente diminuída. Aspectos problemáticos como árvores plantadas sob fiação, danos devido às podas e presença de raízes superficiais aumentaram no período, assim como a abundância de Ficus benjamina. A arborização de Recife não teve avanços perceptíveis no período de 1985 a 2014 e, sob a maioria dos aspectos, mostrou-se quantitativa e qualitativamente mais deficiente.


2011 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 215
Author(s):  
Anderson Martelli ◽  
Joaquim Barbosa Junior

Por falta de planejamento, o plantio de árvores em vias públicas tem gerado problemas aos moradores, aumentado os pedidos de supressão dessas árvores. Este trabalho objetivou realizar uma análise quantitativa das causas que determinaram essa supressão e as regiões de maior incidência desses cortes, no período de janeiro a outubro de 2010, dentro do perímetro urbano do município de Itapira, SP. Para isso realizou-se um levantamento de dados na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama) do referido município, responsável pelas autorizações de corte. Os resultados demonstraram que foram suprimidas 111 árvores, sendo o bairro Prados o que apresentou o maior número de árvores cortadas (12). Na análise quantitativa das espécies suprimidas, a Ficus benjamina e a Ligustrum lucidum foram as mais suprimidas, correspondendo a quase 40% do total de supressões. Noventa e uma árvores foram suprimidas por causas isoladas, sendo as rachaduras nas calçadas o principal motivo desses cortes (19 árvores; 20,9%). Nas supressões que ocorreram por dois motivos ou mais, 20 árvores foram suprimidas, sendo o ataque por brocas e tronco apodrecido responsável por 50% das supressões (10 árvores). 


2008 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 241-248 ◽  
Author(s):  
Edenise Segala Alves ◽  
Fernanda Tresmondi ◽  
Eduardo Luiz Longui

Objetivou-se com este estudo verificar se plantas de Eugenia uniflora que crescem na cidade de São Paulo, diferem quanto à estrutura foliar, de exemplares encontrados em área rural, isenta de poluentes aéreos urbanos. Foram avaliadas, comparativamente, as dimensões da folha e, em microscopia de luz, a espessura dos tecidos foliares, a densidade de estômatos e de cristais da espécie, coletada em área rural e em dois pontos da cidade de São Paulo: canteiro central da Avenida dos Bandeirantes, com tráfego veicular intenso, portanto com alta carga de poluentes primários, e no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) submetido a altas concentrações de poluentes secundários. Buscaram-se variações que possam ser decorrentes da poluição urbana. As folhas coletadas no meio urbano mostraram menores dimensões, menor espessura do mesofilo, maior densidade estomática e maior quantidade de cristais. A espessura do parênquima lacunoso sofreu redução, quando se comparam as plantas do ambiente rural e urbano; observou-se a menor espessura nas folhas submetidas a poluentes secundários. Não foram observadas variações qualitativas entre as folhas dos três locais avaliados. Considerando que folhas coletadas no meio urbano variaram menos entre si, quando comparadas àquelas de área rural, acredita-se que a poluição aérea da cidade possa ser responsável, pelo menos em parte, pelas variações observadas. Exposições padronizadas, em ambiente monitorado, devem ser realizadas para comprovar tal hipótese.


2010 ◽  
Vol 34 (5) ◽  
pp. 889-898 ◽  
Author(s):  
Adriana Ines Napias Rossetti ◽  
Armando Reis Tavares ◽  
Paulo Renato Mesquita Pellegrino

Foi realizado levantamento quantiqualitativo de vegetais de porte arbóreo em dois bairros paulistanos, Vila Vera e Jardim da Saúde, situados na região Sudeste de São Paulo, não distando muito entre si, porém com características de ocupação de uso do solo bastante distintas. No Jardim da Saúde, encontraram-se 1.033 exemplares de 72 espécies botânicas, cuja altura média de todas as árvores foi de 8,07 m. A Caesalpinea peltophoroides Benth. foi a espécie mais frequente, com 20,68%, seguida da Largestroemia indica L., com 7,48%. Predominavam árvores com mais de 8,50 m de altura, sendo o pior indicador de sanidade vegetal a infestação de cupins, com 8,33% do total. Apenas 23,33% tinham situações de permeabilidade do passeio suficiente, e 5,71% delas se encontravam com conduções de podas para desobstrução das redes aéreas; o rebaixamento das árvores aconteceu em 7,74% dos exemplares. Na Vila Vera havia 178 árvores pertencentes a 42 espécies botânicas, sendo a média da altura total de 6,31 m. A espécie mais abundante foi a Caesalpinea peltophoroides Benth., com 24,71%; a segunda seria a Ligustrum lucidum W.T. Aiton, com 17,24% do total. Em 42,70% das árvores, a altura foi inferior a 4,50 m, e a sanidade vegetal estava comprometida em 12,37% dos exemplares pela infestação de cupins. Somente 7,87% dos exemplares estavam em situações de permeabilidade suficiente, as conduções de poda para desobstrução de redes eram de 3,38% e as podas de rebaixamento, de 13,48%. Havia uma média de 16,85 m de afastamento entre árvores no Jardim da Saúde, enquanto na Vila Vera esse indicativo era de 38,68 m.


Irriga ◽  
2015 ◽  
Vol 20 (4) ◽  
pp. 638-651 ◽  
Author(s):  
César Antônio da Silva ◽  
Durval Dourado Neto ◽  
Cícero José da Silva ◽  
Berildo De Melo

DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PITANGUEIRA EM FUNÇÃO DE LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO EM DOIS TAMANHOS DE RECIPIENTE  César Antônio da Silva1; Durval Dourado Neto2; Cícero José da Silva3 e Berildo de Melo4 1Tecnólogo em Irrigação e Drenagem, Prof. Dr. Instituto Federal Goiano, Câmpus Morrinhos, Rodovia BR-153, km 633, Zona Rural. CEP 75650-000, Morrinhos, Goiás, Brasil, [email protected]ônomo, Prof. Dr. Departamento de Produção Vegetal, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Piracicaba, São Paulo, Brasil, [email protected]ólogo em Irrigação e Drenagem, Doutorando em Engenharia de Sistemas Agrícolas, Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP, Piracicaba, São Paulo, Brasil, [email protected]ônomo, Prof. Dr. Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, [email protected]  1 RESUMO Objetivou-se com o trabalho avaliar o desenvolvimento de mudas de pitangueira (Eugenia uniflora L.), em função de lâminas de irrigação em dois tamanhos de recipiente. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, em Piracicaba, SP, no período de outubro 2010 a abril 2011. O delineamento foi o de blocos ao acaso, com três repetições, em parcelas subdivididas, no esquema 2 x 5. Nas parcelas, foram utilizados vasos rígidos de 2,3 L e sacos plásticos de 2,0 L, e nas subparcelas, lâminas de irrigação por gotejamento, equivalentes a 20, 40, 60, 80 e 100% da evapotranspiração potencial (ETp). No período de 80 a 200 dias após a semeadura, foram avaliados a altura de muda, área foliar, massa de matéria seca de muda, partição da matéria seca e relação entre as massas de raízes e parte aérea. O vaso rígido proporcionou maior ETp, em relação ao saco plástico e, consequentemente, maior massa de matéria seca e desenvolvimento das mudas. A lâmina de irrigação de 100% da ETp propiciou a produção de mudas de pitangueira mais vigorosas. Palavras-chave: Eugenia uniflora, evapotranspiração potencial, deficit hídrico, matéria seca.  SILVA, C. A. da; DOURADO NETO, D.; SILVA, C. J. da; MELO, B. deDEVELOPMENT OF SURINAM CHERRY SEEDLINGS AS A FUNCTION OF IRRIGATION DEPTHS IN TWO CONTAINER SIZES  2 ABSTRACT The study aimed to evaluate the development of Surinam cherry (Eugenia uniflora L.) seedlings as a function of irrigation depths in two container sizes.  The experiment was carried out in a greenhouse at Luiz de Queiroz Agriculture College, Piracicaba city, SP, from October 2010 to April 2011. The experimental design was randomized blocks with three replicates in a split-plot 2 x 5 factorial design.  Rigid pots of 2.3 L  and plastic bags of 2.0 L were used in the plots, and irrigation depths by dripping equal to 20, 40, 60, 80 and 100% potential evapotranspiration ( ETp) were used in the subplots. In the period of 80 to 200 days after sowing, the following parameters were evaluated: seedling height, leaf area, seedling dry matter mass, dry matter partitioning and relationship between root and above-ground masses.  The rigid pot provided higher ETp as compared with that of the plastic bag, and therefore, higher dry matter mass and seedling development. Irrigation depth of 100% ETp provided  production of more vigorous Surinam cherry seedlings.  Keywords: Eugenia uniflora, potential evapotranspiration, water deficit, dry matter.


2007 ◽  
Vol 36 (2) ◽  
pp. 322-325 ◽  
Author(s):  
Rodrigo D. Daud ◽  
Reinaldo J.F. Feres ◽  
Renato Buosi

Crisis ◽  
2014 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 5-9 ◽  
Author(s):  
Daniel Hideki Bando ◽  
Fernando Madalena Volpe

Background: In light of the few reports from intertropical latitudes and their conflicting results, we aimed to replicate and update the investigation of seasonal patterns of suicide occurrences in the city of São Paulo, Brazil. Methods: Data relating to male and female suicides were extracted from the Mortality Information Enhancement Program (PRO-AIM), the official health statistics of the municipality of São Paulo. Seasonality was assessed by studying distribution of suicides over time using cosinor analyses. Results: There were 6,916 registered suicides (76.7% men), with an average of 39.0 ± 7.0 observed suicides per month. For the total sample and for both sexes, cosinor analysis estimated a significant seasonal pattern. For the total sample and for males suicide peaked in November (late spring) with a trough in May–June (late autumn). For females, the estimated peak occurred in January, and the trough in June–July. Conclusions: A seasonal pattern of suicides was found for both males and females, peaking in spring/summer and dipping in fall/winter. The scarcity of reports from intertropical latitudes warrants promoting more studies in this area.


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