MARIELA STHEFANY SILVA
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ANA ELISA DE OLIVEIRA SOARES
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BRUNO MAURILIO TAVARES FARIA
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CAMILA GUIMARAES MACIEL DE CASTRO
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DAVI FERNANDO GOMES PEREIRA
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INTRODUÇÃO: A paralisia de Erb-Duchenne é a mais frequente paralisia neonatal do plexo braquial, correspondendo a mais de 60% dos casos. A maioria dos indivíduos se recupera espontaneamente, porém existe uma parcela que possui déficits neurológicos e necessita de tratamentos específicos. Para o tratamento tem-se as medidas conservadoras, os procedimentos cirúrgicos convencionais e os complementares. Diante do prejuízo de qualidade de vida, da constância dos casos e da ausência de um protocolo que guie as escolhas terapêuticas da patologia, este estudo visa orientar a utilização de cada método de tratamento. METODOLOGIA: O estudo consistiu em uma revisão sistemática realizada por meio de consultas nas bases dados, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e U.S National Library of Medicine (PubMed) utilizando os descritores "Erb-Duchenne", "neonatal", "treatment" e "plexus brachial". Ademais, a busca bibliográfica embasou-se em artigos científicos completos, nos idiomas inglês, português e espanhol, os quais tenham sido publicados nos últimos cinco anos. RESULTADOS: As opções de tratamento são definidas pela avaliação clínica e pelo tipo de lesão. É consenso que a medida conservadora seja iniciada precocemente. Ha três abordagens cirúrgicas principais: neurólise externa, enxerto de nervo e transferência de nervo. O uso de toxina botulínica A BTX-A também foi descrito e melhorou a função muscular e a postura anormal em todos os casos. Nesta perspectiva, houve aumento de ate 3 pontos na Escala de Movimento Ativo. DISCUSSÃO: Os estudos apresentam divergências no que se refere ás alternativas terapêuticas. Muitos evidenciam a relevância do acompanhamento multidisciplinar e a inclusão de técnicas complementares como a injeção de toxina botulínica. A BTX-A tem se mostrado eficaz e segura no tratamento de desequilíbrios musculares, contrações e contraturas musculares, podendo ser utilizada nesses pacientes. Sobre o tratamento cirúrgico destacam-se as cirurgias primarias, comumente indicadas para crianças que não apresentam nenhum tipo de recuperação espontânea dentro de um espectro entre três a noves meses; e as cirurgias secundárias, recomendadas para aqueles pacientes que, submetidos ou não a primaria, ainda apresentam déficits funcionais significativos. Procedimentos de salvamento podem ser realizados na infância tardia para melhorar quadros de sequela da doença. CONCLUSÃO: Ressalta-se a necessidade de mais estudos nesta área, a fim de se direcionar a seleção terapêutica de forma mais assertiva, no fito de se priorizar a reabilitação e recuperação dos bebês e crianças.