scholarly journals Escritura acadêmica e engagement: limitações e potencialidades na elaboração dos trabalhos finais da graduação (Academic scripture and engagement: limitations and potentialities in the preparation of the final work of the graduation)

2020 ◽  
Vol 14 ◽  
pp. 3417079
Author(s):  
Rosa Maria Rigo ◽  
Maria Inês Côrte Vitória ◽  
José António Marques Moreira

This article presents data from an action research, which sought to analyze limitations and potentialities in the course of the writing process of Graduation Course Completion Works. Using the content analysis (BARDIN, 2010), the results pointed limitations: 1) writing of textual genres needs to be practiced encouraged regularly; 2) promotion of the reading culture has become urgent since joining the university. The potentialities the study pointed out: 1) academic writing can become an important element in processes of student engagement; 2) the paired learning showed the improvement in the writing of the CBTs; 3) the promotion of active learning helps in the development of CBT; 4) the attribution of meaning to the CBT helps in the autonomy of the student, since supported by reading good reference texts.ResumoEste relato de experiência tratou de analisar limitações e potencialidades no decorrer do processo de escrita de Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação. Utilizando a análise de conteúdo (BARDIN, 2010), os resultados apontaram como limitações: 1) a escrita de gêneros textuais necessita ser praticada, incentivada regularmente; 2) fomento à cultura leitora se faz urgente desde o ingresso na universidade. Como potencialidades o estudo apontou: 1) a escrita acadêmica pode se tornar elemento importante em processos de engajamento estudantil; 2) a aprendizagem por pares evidenciou a melhoria na escrita dos TCCs; 3) a promoção da aprendizagem ativa auxilia na elaboração do TCC; 4) a atribuição de sentido ao TCC auxilia na autonomia do estudante, desde que amparado em leitura de bons textos de referência.ResumenEste relato de experiencia trató de analizar limitaciones y potencialidades en el curso del proceso de escritura de Trabajos de Conclusión de Curso de Graduación. En el análisis de contenido (BARDIN, 2010), los resultados apuntaron como limitaciones: 1) la escritura de géneros textuales necesita ser practicada, incentivada regularmente; 2) fomento a la cultura lectora se hace urgente desde el ingreso en la universidad. Como potencialidades el estudio apuntó: 1) la escritura académica puede tornarse elemento importante en procesos de compromiso de los estudiantes; 2) el aprendizaje por pares evidenció la mejora en la escritura de los TCC; 3) la promoción del aprendizaje activo ayuda en la elaboración del TCC; 4) la atribución de sentido al TCC auxilia en la autonomía del estudiante, desde que amparado en lectura de buenos textos de referencia.Palavras-chave: Escrita acadêmica, Ensino superior.Keywords: Academic writing, Engagement, Higher education.Palabras clave: Escritura académica, Compromiso, Enseñanza superior.ReferencesANTUNES, Irandé. Lutar com palavras – Coesão e coerência. 1ª edição. São Paulo: Parábola, 2005.BAEPLER, Paul et al. 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Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (35) ◽  
pp. 109-120
Author(s):  
Fernanda Beatriz Caricari De MORAIS ◽  
Osilene Maria Sá CRUZ

A Educação à Distância (EaD), baseada numa prática pedagógica mediada pela tecnologia e interatividade, vem passando por constantes evoluções no Brasil no que se refere ao campo tecnológico, educacional e político. O Programa Viver sem Limites/MEC, constituído como parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, consiste em uma das formas de possibilitar a plena cidadania das pessoas com deficiência no Brasil, oportunizando direitos, cidadania para todas as pessoas e seu acesso e permanência no ensino superior, na modalidade a distância. Este artigo apresenta uma reflexão sobre os desafios e as possibilidades de elaboração de material didático de Língua Portuguesa escrita para alunos surdos de um curso a distância de Licenciatura em Pedagogia, dentro de um contexto bilíngue de ensino – LIBRAS (L1) e Língua Portuguesa (L2) do Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES. Resultados mostram a importância da conscientização do professor conteudista no sentido de preparar material bilíngue, dialógico e interativo que valorize, primeiramente, a L1 do aprendiz, estimulando-o a ler e produzir textos escritos de forma autônoma e autêntica, respeitando-se as estruturas gramaticais da LIBRAS e da LP.Referências:ALMEIDA-FILHO, J. C. P. Identidades e caminhos no ensino de Português para estrangeiros. Campinas: Ed. UNICAMP, 1992.BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.BRASIL.Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Disponível em:http:www.planalto.gov.br Acesso em: 07.01.2015.BRASIL.Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Brasília, Centro Gráfico, 1996.BRASIL. Decreto Nº 5.626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diário Oficial da União em 22/12/2005.FELIPE, T. A. Introdução à gramática de LIBRAS. Rio de Janeiro: FENEIS, 1997.FERNANDES, S. Educação bilíngue para surdos: identidades, diferenças, contradições e mistérios. Curitiba, 2003. Tese (Doutorado em Letras), Universidade Federal do Paraná.FERNANDES, S. Práticas de letramento na educação bilíngue para surdos. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 2006.FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática da língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.LACERDA, C. B.F.;LODI, A. C. B. A difícil tarefa de promover uma inclusão escolar bilíngue para alunos surdos. GTEducação Especialn.15 Anped, 2008.LIMA, M S. C. Surdez, bilinguismo e inclusão: Entre o dito, o pretendido e o feito. Tese de doutorado - Unicamp, Campinas. 2004LODI, A.C.B. HARRISON, K.M.P.; CAMPOS, S.R.L. Leitura e escrita no contexto da diversidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.LODI, A.C.B.; LACERDA, C.B.F. Uma escola, duas línguas: letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização. Porto Alegre: Editora Mediação, 2008.KLEIMAN, A. B. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas : Mercado de Letras, 1995.INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS. Manual do Professor-autor. Rio de Janeiro: INES, 2016.MULLER, C. R. Professor surdo no Ensino Superior: Representações da prática docente. Dissertação de Mestrado – UFSM, Santa Maria, RS. 2009.PEREIRA,M.C.C. Papel da língua de sinais na aquisição da escrita por estudantes surdos. In: LODI, A.C.B.; HARRISON, K.M.P.; CAMPOS, S.R.L.; TESKE, O Letramento e minorias. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.PEREIRA,M.C.C. Leitura, escrita e surdez. São Paulo: Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 2003.QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed,1997.QUADROS, R. M. de; KARNOP, L. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. ArtMed. Porto Alegre. 2004.QUADROS, R. M., SCHMIEDT, M. L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.SALAMANCA, Declaração. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: http: portal.mec.gov.br seesparqiuivospdfsalamancapdf  Acesso em 07.01.2015.SKLIAR, C. Bilinguismo e biculturalismo: Uma Análise sobre as narrativas tradicionais na educação dos surdos. Revista Brasileira de Educação N°8, Mai/Jun/Jul/Ago 1999.SOARES, M. B.  Letramento: um tema em três gêneros.  Belo Horizonte: Autêntica, 1988. Recebido em 08-10-2018.Aceito em 14-02-2019. 


2015 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 136
Author(s):  
Potiguara Mendes da Silveira Jr.

Parte-se do estado da arte feito por Muniz Sodré (2012a) sobre a abordagem acadêmica do campo comunicacional e a dificuldade para defini-lo em seu aspecto "científico". No intuito de prospectar além dos paradigmas identificados por Sodré (o sociológico, dos efeitos; e o semiótico, dos códigos), propõe-se o paradigma pulsional que orienta a Transformática, teoria psicanalítica da comunicação.PALAVRAS-CHAVE: Teorias da comunicação; Conhecimento; Psicanálise. ABSTRACTAccording to the state of the art - made by Muniz Sodré (2012a) - of  the academic approach of the communication field, there is a great difficulty in defining this field as "scientific". In order to examine beyond the two paradigms depicted by Sodré (sociological and semiotic) this paper exposes the "drive (Freud: Trieb) paradigm" which is the basis of Transformatics, the psychoanalytical theory of communication.KEYWORDS: Communication theories; Knowledge; Psychoanalysis. RESUMENSe inicia con el estado de la técnica hecha por Muniz Sodré (2012a) en el enfoque académico del campo de la comunicación y la dificultad de definirla en su aspecto "científico". Con el fin de perspectiva más allá de los paradigmas identificados por Sodre (la sociológicos, los efectos y los semióticos, códigos), se propone paradigma instintivo que guía Transformática, la teoría psicoanalítica de la comunicación. PALABRAS CLAVE: Teorías de la Comunicación; conocimiento; Psicoanálisis. ReferênciasALONSO, Aristides. Aspectos do verbo Haver e seu uso na Nova Psicanálise. TranZ: Revista dos Estudos Transitivos do Contemporâneo, v. 5, 2010. Acessar:http://www.tranz.org.br/5_edicao/TranZ10-Aristides-VerboHaver-RevMD.pdfCUSA, Nicolau de. [1514] Deus é visto para lá da coincidência dos contraditórios e o seu ver é ser. In: A visão de Deus. Lisboa: Gulbenkian, 1988. p. 168-171FREUD, S. [1930] Mal-estar na Civilização. ESB, vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 73-171______. [1927] O Futuro de uma Ilusão. ESB, vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 11-71______. [1925] As resistências à psicanálise. In: Sigmund Freud: Obras completas, volume 16. São Paulo: Cia. Das Letras, 2011. p. 252-266. Trad.: Paulo César de Souza______.  [1923] "Psicanálise" e "Teoria da libido". In: Sigmund Freud: Obras completas, volume 15. São Paulo: Cia. Das Letras, 2011. p. 273-308. Trad.: Paulo César de Souza______. [1921] Psicologia de Grupo e Análise do Eu. ESB, vol. XVIII. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 87-179______. [1920] Além do princípio de prazer. ESB, vol. XVIII. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 13-85HILST, Hilda. O caderno Rosa de Lori Lamby. São Paulo: Massao Ohno, 1990.MAGNO, MD. [2009] Clownagens. Rio de Janeiro: NovaMente, 2012. Cf. trecho, A presença do Revirão, publicado em TranZ: Revista dos Estudos Transitivos do Contemporâneo, v. 4, 2009. Acessar:http://www.tranz.org.br/4_edicao/artigos/MD%20Magno_APresencaDoRevirao.pdf______. [2008] AdRem: Gnômica ou MetaPsicologia do Conhecimento. Rio de Janeiro: NovaMente, 2014.______. [2005] Clavis universalis: da cura em psicanálise: revisão da clínica. Rio de Janeiro: NovaMente, 2007.______. [2000/2001] Revirão 2000/2001: "Arte da Fuga" e Clínica da Razão Prática". Rio de Janeiro: NovaMente, 2003.______. [1998] Introdução à transformática. Rio de Janeiro: NovaMente, 2004.______. [1996] "Psychopathia sexualis". Santa Maria: Editora UFSM, 2000.______. [1994] Velut luna: a Clínica Geral da Nova Psicanálise. Rio de Janeiro: NovaMente, 2008.______. [1993] A Natureza do vínculo. Rio de Janeiro: Imago, 1994.______. [1982] A Música. Rio de Janeiro: Aoutra, 1986.MONTARDO, sandra Portella; PASSERINO, Liliana Maria. Estudo dos blogs a partir da netnografia: possibilidades e limitações. Novas Tecnologia na Educação. Revista Novas Tecnologias de Informação, Porto Alegre, v. 4, n. 2., 2006. http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2006/artigosrenote/25065.pdfRECUERO, Raquel. Estratégias de personalização e sites de redes sociais: um estudo de caso de apropriação do Fotolog.com. In: Comunicação, mídia e consumo. ESPM. São Paulo, vol.5, n. 12, p. 35-56, mar. 2008.REIS, Vanessa Alkmin. Websites pró-ana e mia: redes sociais e suas transformações. Disertação de Mestrado apresentada ao PPGCOM/UFJF e aprovada em 2009.SILVEIRA Jr., Potiguara Mendes da; REIS, Vanessa Alkmin. Vínculos no ciberespaço: websites pró anorexia e bulimia. Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 39, agosto de 2009, p. 91-97. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/5847/4241SILVEIRA Jr., Potiguara Mendes da. Um fato midiático: o pornoerotismo do "Caderno Rosa". In: LAHNI, Cláudia Regina; PINHEIRO, Marta de Araújo (orgs.). Sociedade e comunicação: perspectivas contemporâneas. Rio de Janeiro: Mauad, 2008. p. 141-155. Também disponível em: http://www.tranz.org.br/pdf_2/potiguara_cadernorosa.pdf______. (org.). "O pornoerotismo do "Caderno Rosa": um pequeno dossiê". COMUM, vol. 13, n° 28, jan-dez 2007. O artigo inclui textos dos alunos de graduação: Clarice Fernandes, Érica Cristina Procópio Campos, Flávia Vilela e Iara Marques do Nascimento.______. Artificialismo total. Ensaios de transformática. Comunicação e psicanálise. Rio de Janeiro: NovaMente, 2006.SODRÉ, Muniz. Comunicação: um campo em apuros teóricos. MATRIZes. 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Trama ◽  
2021 ◽  
Vol 17 (40) ◽  
pp. 56-66
Author(s):  
Andressa MARCHESAN ◽  
Rejane Fiepke CARPENEDO

Nas discussões atuais que envolvem as questões referentes à pessoa com deficiência, uma nova designação tem ganhado espaço. Trata-se do capacitismo, expressão que designa o preconceito em relação às pessoas com deficiência, que surge a partir do fato de que no senso comum pressupõe-se que o sujeito com deficiência possui todas as suas capacidades limitadas ou reduzidas, constituindo-se em uma pessoa automaticamente “menos capaz”. Assim, o presente artigo tem por objetivo compreender o funcionamento semântico das reescriturações da designação capacitismo. O aporte teórico-metodológico se dá a partir da teoria da enunciação, com foco na Semântica do Acontecimento, postulada por Guimarães (2018), que mobiliza a enunciação enquanto um acontecimento histórico-social, inscrito no espaço e no tempo. Nosso corpus se constitui a partir de três recortes de uma reportagem do jornal Estadão, em que diferentes entrevistados apresentam a sua perspectiva em relação à temática do capacitismo a partir das suas próprias vivências. Com base no movimento analítico, observamos que a designação capacitismo se reescreve, majoritariamente, pelo modo de elipse e expansão, e o sentido por definição, especificação e desenvolvimento, apresentando um imaginário coletivo de que as pessoas com deficiência são automaticamente incapazes e que têm as suas habilidades restritas em todas as esferas da sua vida, o que costuma não ser verídico, como enunciado pelos próprios entrevistados. O capacitismo acolhe um conjunto de sentidos que revelam preconceitos e estereótipos socialmente construídos e historicamente difundidos, que hoje perpassam os discursos do senso comum.Referências:AMARAL, L. A. Conhecendo a deficiência: em companhia de Hércules. São Paulo: Robe Editorial, 1995. ARANHA, M. S. F. Integração social do deficiente: Análise conceitual e metodológica. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 3, n. 2, p. 63-70, 1995. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextpid=s1413389x1995000200008. Acesso em: 10 abr. 2018.ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, v. 11, n. 21, 2001. Disponível em: http://www.adiron.com.br/arquivos/paradigmas.pdf. Acesso em: 10 ago. 2018.BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral I. Campinas: Pontes, 1989.BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral II. 2. ed. Campinas: Pontes, 2006.DIAS, A. Por uma genealogia do capacitismo: da eugenia estatal a narrativa capacitista social. In: I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS SOBRE A DEFICIÊNCIA – SEDPCD/DIVERSITAS/USP LEGAL, 2013, São Paulo. ANAIS...DUCROT, O. El Decir y Lo Dicho. Buenos Aires: Edicial S.A., 2001.FERNANDES, L. B., SCHLESENER, A., MOSQUERA, C. 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2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Fabrício Da Silva Amorim

Este trabalho operacionaliza aportes teóricos advindos dos estudos linguísticos como contributos para o ensino de Língua Portuguesa. O objetivo geral é descrever uma proposta pedagógica por meio da qual o estudo da língua, em sala de aula, seja “funcional”. Assim, apresentam-se diretrizes para a concepção/construção de um roteiro de ensino de Português sob a perspectiva funcional da linguagem, considerando os diferentes eixos que compõem esse ensino na Educação Básica, a saber: “leitura e produção textual”, “literatura” e “análise linguística”. AMORIM, F. S. Variação diacrônica e ensino. Revista Tabuleiro de Letras, v. 12, n. 3, p. 51-65, 2018. Disponível em:<https://www.revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/5566>. Acesso em: 02 jun. 2019._______. Ensino do português brasileiro: por uma pedagogia descolonial. Web-Revista Sociodialeto, v.05, p. 111-138, 2014. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/292695294_ENSINO_DO_PORTUGUES_BRASILEIRO_POR_UMA_PEDAGOGIA_DESCOLONIAL>. Acesso em: 02 jun. 2019.ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola, 2014.AVELAR, J. Saberes Gramaticais: formas, normas e sentidos. São Paulo: Parábola Editorial, 2017.BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.BEZERRA, M. A.; REINALDO, M. A. Análise Linguística: afinal, a que se refere?. São Paulo: Cortez, 2013.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular – Ensino Médio. Brasília, DF, 2017.BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa / Ministério da Educação Fundamental. – 3. Ed. – Brasília: MEC, 1998.CASTILHO, A. T.; ELIAS, V. Pequena gramática do português brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2012.COAN, M.; FREITAG, R. M. K. Sociolinguística variacionista: pressupostos teórico-metodológicos e propostas de ensino. Domínios de Lingu@Gem, v. 4, p. 173-194, 2010. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/11618>. Acesso em: 19 nov. 2019DUARTE, M. E. L. Sobre o ensino de gramática nos níveis fundamental e médio: por que como e quando? Matraga (Rio de Janeiro), v. 19, p. 41-60, 2013. Disponível em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/article/view/22620>. Acesso em: 19 nov. 2019.HENGEVELD, K; MACKENZIE, J.L. Functional Discourse Grammar: A typologically-based Theory of Language Structure. Oxford: Oxford University Press, 2008.MARTINS, A. M.; VIEIRA, S. R.; TAVARES, M. A (Org.). Ensino de português e sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014. MARTINS, M. A.; TAVARES, M. A. (Org.). Contribuições da sociolinguística e da linguística histórica para o ensino de língua portuguesa. Natal: EDUFRN, 2013.OLIVEIRA, Luciano A. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. //SILVA, L. A. Por um ensino produtivo de gramática. In: Vânia Cristina Casseb-Galvão; Maria Helena de Moura Neves. (Org.). O todo da língua: teoria e prática do ensino de português. São Paulo: Parábola Editorial, 2017, p. 77-95.SOUSA, R. D.; DORNELLES, C. “Eu quero aprender a falar”: o estudo dos gêneros orais na aula de língua portuguesa. Raído, Dourados, MS, v. 11, n. 25, jan./jun. 2017.  Disponível em: <http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/5042>. Acesso em: 19 out. 2019.TRAUGOTT, E.; TROUSDALE, G. Constructionalization and Constructional Changes. Oxford: Oxford University Press, 2013.ZILLES, A. M. S.; FARACO, C. A. (Org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.  


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Lúcia Gracia Ferreira ◽  
Tainá Almeida ◽  
Lucimar Gracia Ferreira

Este artigo foi realizado a partir da perspectiva da Análise do Discurso Bakhtiniana (BAKHTIN, 2002) e da Análise do Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 1996, 2001) em diálogo com autores da área de educação. Trata-se de uma análise discursiva do artigo de opinião de Marcos Bagno intitulado “A catástrofe dos cursos de Letras”, onde discutimos o contexto de produção discursiva; o discurso, suas escolhas lexicais e efeitos de sentido; e a formação do professor de Língua Portuguesa. Buscamos analisar o discurso do autor do texto em questão a partir das duras críticas realizadas por ele à formação de professores no curso de Letras, bem como refletir acerca da atual situação da formação docente e ensino de Língua Portuguesa no Brasil. O texto analisado alcança o seu objetivo de chamar a atenção do leitor-alvo e suscita reflexões a partir dos ditos e não-ditos nele presentes quando analisados a partir do estatuto do explícito e implícito (DUCROT, 1984). BAGNO, Marcos. A catástrofe dos cursos de Letras. Publicado originalmente na Revista Caros Amigos, 2008. Disponível em:<http://marcosbagno.com.br/site/?page_id=464>. Acesso em: 20 de out. 2018. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 9ª ed. São Paulo: Hucitec Annablume, 2002. BRANDÃO, Helena H. Analisando o discurso. In: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, 2005. Disponível em: < http://www.fflch.usp. br/dlcv/lport/pdf/brand001.pdf > Acesso em: 05 de Abr. de 2015. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES no fomento a programas de formação inicial e continuada, e dá outras providências. Disponível em: <https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Decreto-6755-2009.pdf>. Acesso em: 31 de out. 2019. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 11. ed., São Paulo: Scipione, 2009. DUCROT, Oswald. Referente. ENCICLOPÉDIA Einaudi: Linguagem e Enunciação. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1984, v.2, p. 418-438. FAIRCLOUGH, Norman. Language and Power. New York: Longman Inc., 1996. FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: Ed. UNB, 2001. FARIAS, Isabel Maria Sabino de et. al. Didática e docência:  aprendendo a profissão.  Brasília: Liber Livros, 2009. FERRÉS, Joan. Televisão subliminar. Porto Alegre: Artmed, 1998. FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008. FREIRE, Paulo Reglus Neves. Pedagogia do Oprimido. 17. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. Versão digital. FREITAS, Helena Costa Lopes de. Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 23, n. 80, p. 136-167, setembro/2002. GATTI, Bernardete A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out.-dez. 2010. GATTI, Bernardete A.; BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília, DF: UNESCO, 2009. GATTI, Bernardete A. Formação de professores: condições e problemas atuais. Revista Internacional de Formação de Professores (RIFP), Itapetininga, v. 1, n.2, p. 161-171, 2016. KUMARAVADIVELU, B. A Linguística Aplicada na era da globalização. In: MOITA LOPES, L. P. da. (Org.) Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p. 129-148. LEPSCHY, Giulio. Léxico. ENCICLOPÉDIA Einaudi: Linguagem e Enunciação. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1984, v. 2, p. 156-178. MIZUKAMI, Maria da Graça N. Aprendizagem da docência: algumas contribuições de L. S. Shulman. Educação (Santa Maria), Santa Maria, v. 29, n. 2, p. 33-49, 2004. NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, António. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. ORLANDI, Eni Puccinelli. Educação em direitos humanos: um discurso. In: SILVEIRA, Rosa Maria et. al. (Org.) Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos. João Pessoa: Editora Universitária, 2007. P. 295-311. PIRES, Maria das Graças Porto. Os saberes e não saberes de professores de Língua Portuguesa: perspectiva formativa. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação: Universidade Federal da Bahia. Salvador-BA, 2019. SILVA, David José de Andrade. Formação de professores de língua para a autonomia: o buraco é mais embaixo. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, n (52.1), p. 73-92, jan./jun. 2013. ZEICHNER, Kenneth. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.


2019 ◽  
Vol 8 (4) ◽  
pp. e3184901
Author(s):  
Anarin Cassol Machado ◽  
Janaína Pereira Pretto Carlesso

Alberti, S. (2006). Perversão não é perversidade. In: Fontenele, L., Jorge, M.A., & Carvalho, D.F. Anais do Congresso Nacional de Psicanálise. A teoria da Sexualidade, 100 anos depois; Fortaleza: UFC. Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa, PO: Edições 70. Bergeret, J. (2015). A personalidade normal e patológica. 3. ed. Porto Alegre. Editora Artmed.Bergeret, J. (2006). Psicopatologia: teoria e clínica. Porto Alegre: ArtMed. Birman, J. (2007). Laços e Desenlaces na Contemporaneidade.  São Paulo: Jornal de Psicanálise. 47-62. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352007000100004Acesso: 31/12/2018. Carlesso, J.P.P. (2011). Análise da Relação entre Depressão Materna e Índices de Risco ao Desenvolvimento Infantil. (Dissertação) Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. Ceccarelli, P.R. (2011). As possíveis leituras da perversão. Belo Horizonte: Estudos de Psicanálise. p. 135-148. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-34372011000300013. Acesso: 31/12/2018. Dör, J. (1990). Introdução à leitura de Lacan. O inconsciente estruturado como linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas. Freud, S. (1905/1996). Um caso de histeria. Três ensaios sobre a sexualidade e outros trabalhos. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, v. VII. Rio de Janeiro: Imago. Gil, A.C.(2009). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas. Jerusalinsky, J.(2009). A criação da criança: letra e gozo nos primórdios do psiquismo. São Paulo. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/15847. Acesso em: 31/12/2018. Laplanche, J., & Pontalis, J.P. (2001). Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes. Roudinesco, E. (1998). Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar. Sequeira, C.V. (2009). Pedro e o Lobo: O criminoso perverso e a perversão social. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(2). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-7722009000200010&script=sci_abstract&tlng=ptAcesso: 31/12/2018. Soifer, R. (1992). Psicologia da Gravidez, parto e puerpério. 6. ed. Porto Alegre: Artmed. Winnicott, D.W. (1999). Tudo começa em casa. Trad. Paulo Sandler. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes: 282p.Titulo Original: Home Is Where We Start From. Winnicott, D.W. (1990). A integração do ego no desenvolvimento da criança. In: Winnicott, D W. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas. p. 55-61. Winnicott, D.W. (1983). O Ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas. Zimerman, D.E. (2008).Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Porto Alegre: Artmed. Zimerman, D.E. (2004). Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica. Porto Alegre: Artmed.


2020 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 57
Author(s):  
Maria Suzane Lavareda Oliveira ◽  
Luís Mauro santos Silva

ASTIER, Marta.; MASERA, Omar.; Galván-Miyoshi, Coord. Evaluatión de Sustentabilidad: Un enfoque dinámico y multidimensional. SEAE/CIGA/ECOSUR/CIEco/UNAM/GIRA/Mundiprensa/ Fundación Instituto de Agricultura Ecológica y Sustentable, Espanha, 2008.ALMEIDA, Rozemberg, Ribeiro: Escravidão de quilombos na Amazônia: Jacaraquara em pauta – Natal – Rn. 22 a 26 de julho de 2013.BARRETO, Jônatas. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Implantação de infraestrutura habitacional em comunidades tradicionais: o caso da comunidade quilombola Kalunga. Universidade de Brasília, Brasília, DF. N. (2006). 37p.BARROS, Maria. Theodora. Paiva., Agricultura Familiar. O processo de formação para a sustentabilidade na comunidade de Marupaúba, Município de Tomé – Açu, PA. Belém, Pará, 2010. Brasil: 184p.FARIAS, Emanuel, Almeida. Quilombola na Amazônia: um esboço preliminar do estudo de comunidades de pretos no complexo Madeira. 2007.FONSECA, Alex, Sandro. Santos., Entre territórios: Políticas Públicas e Comunidades Tradicionais. Anais eletrônicos do XXII. Encontro Estadual de história da ANPHH – SP. Santos. 2014.FILHO, Flávio, Ferreira, Lisboa, SILVA, Thomas, Josué. Cultura e identidade: subjetividade e minorias sociais – Santa Maria, RS: UFSM, 2018.FURTADO, Marcela, Brasil; SUCUPIRA, Regina, Lúcia; ALVES, Beatriz,Cultura, identidade e subjetividade Quilombola: Uma leitura a partir da psicologia cultural. V.26 n°1. Belo Horizonte jan/abril 2014.GARCIA, Denise. Schmitt. Siqueira., A atividade portuária como garantidora do Princípio da sustentabilidade. Revista Direito Econômico Socioambiental. Curitiba, v. 3, n. 2, p. 375-399, jul/dez. 2012.GARCIA, Denise, SCHMITT, Siqueira. Dimensão Econômica da Sustentabilidade: uma análise com base na economia verde e a teoria do crescimento. Veredas do direito, Belo Horizonte, V. 13 n° 25 p. 133 – 153. Janeiro/ abril de 2016.GEHLEN, Ivaldo., Políticas públicas e desenvolvimento social rural. São Paulo perspec. Vol. 18 N° 2. São Paulo. June, 2004.GOMES, Flavio dos Santos. Quilombos e Mocambos no Brasil (Sécs. XVII-XIX). 1997 (Tese de Doutorado). Campinas: Universidade de Campinas, 1997.HOMMA, Alfredo. Imigração Japonesa na Amazônia: Sua Contribuição para o Desenvolvimento Agrícola. Belém: EMBRAPA Amazônia Oriental, 2007.HOMMA, Alfredo. et al. Bases para uma política de desenvolvimento da cultura do dendê na Amazônia. 2000. p. 11-30.LEFF, Enrique. Saber Ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade e poder. Tradução de Lúcia Mathilde Endlich Orth. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.MASERA; Omar; ASTIER, Marta; LÓPEZ- RIDAURA, Santiago. Sustentabilidad y manejo de recursos naturales: el marco de evalución mesmes. México: Mundi – prensa, 2000, p.22MELLO, N. A. E a política agrícola transforma-se em instrumento do desenvolvimento sustentável. Rev. NERA, ano 11, n. 12 p. 68-85, jan./jun. 2008.MORAES; Luiz, Duarte; AMÂNCIO, Cristhiane, Oliveira, Graça; RESENDE; Alexander, Silva. Sistemas agroflorestais para o uso sustentável do solo: Considerações agroecológicas e socioeconômicas. Embrapa agrobiologia. Rio de Janeiro – 2001.MUTO, Reiko., O Japão na Amazônia. Condicionates para fixação e mobilidade dos imigrantes japoneses. (1929 – 2009). Belém, 2010.NAHUM, J. S; BASTOS, C. S. Dendeicultura e descampesinização na Amazônia paraense. In: CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v. 9, n. 17, p. 469-485, abr., 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/issue/view/1113>. Acesso em: 28/10/2019.OLIVEIRA, Aberlene, Ribeiro, PINTO, Josefa, Eliane, Santana. As transformações no campo e o modo de vida Camponês (des) territorialidade no munícipio de Poço Verde/ SE. Ateliê geográfico – Goiânia – v.7, n.1, abril 197 - 214, 2013.PAULA, Helga. Maria. Martins.; TÁRREGA, Vidotte. Blanco. A importância das comunidades tradicionais para a justiça ambiental e o desenvolvimento sustentável. In: VI Congresso de Meio Ambiente da AUGM, 2009, São Carlos. VI Congresso de Meio Ambiente da AUGM, 2009.PACHÊCO, Nilza. Araújo.; Matos, T. X. Boletim agrometeorológico 2005 - Tome-Açú. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2006, p.35. Embrapa Amazônia Oriental Documentos 277.patentes.PLOEG, Jan. Dowe. Van Der. O modo de produção Camponês revisitado. Agricultura familiar e desenvolvimento rural – Porto Alegre. 24 e 25 de Novembro, 2005.REIS. Cleoson.; PEREIRA, Priscila. Rollo. Diagnóstico de Desenvolvimento Rural da Comunidade de Santa Luzia no Município de Tomé-Açu, Nordeste Paraense. Monografia de Estágio Supervisionado. Castanhal, Pará. 2014.RODRIGUES, Tarcísio. Ewerton. et al. Zoneamento agroecológico do município de Tomé-Açu, Estado do Pará. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2001. 81p. Embrapa Amazônia Oriental Documentos n. 118.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Igor Alexandre Barcelos Graciano Borges ◽  
Danglei De Castro Pereira

O presente trabalho analisa indícios de diálogo entre literatura e música no conto intitulado: “Trio em lá menor”, do escritor Machado de Assis. A análise tem como objetivo entender como elementos da teoria musical, como, por exemplo, as nomenclaturas e os conceitos, assim como as ideias de resolução de campo harmônico, se entrelaçam à escrita do texto, ultrapassando a ideia da mera justificativa do andamento de leitura do conto, constituindo-se parte integrante do material textual. A relação entre as artes irmãs proporciona um caleidoscópio de possibilidades, nos parece que o autor fez uso de ideias de resolução de campo harmônico, entre outras do universo musical, para compor, ou melhor, escrever seu texto, criando uma atmosfera um pouco movediça, devido ao olhar cauteloso do escritor no que concerne ao diálogo e, na medida em que as questões amorosas vão se resolvendo seria, hipoteticamente, como se o campo harmônico fosse sendo resolvido, uma espécie de coadunação rizomática musico-literária. ANDRADE, Mario de. Pequena história da música. São Paulo: S.A. 1953.ASSIS, Machado de. Trio em lá menor. In: ROCHA, João C. de Castro (Org.) Contos de Machado de Assis: Literatura e Música. Editora Record. Rio de Janeiro. p. 145- 153. 2008._______. Trio em lá menor. In: Várias histórias. São Paulo: Mérito, 1961, p. 125- 138._______. Memorial de Aires. Obra completa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994._______. Esaú e Jacó. Obra completa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. The dialogic imagination. University of Texas press slavic series; no. I. Translation of Voprosy literatury i estetiki. Printed in the united states of America, 1981.COSME, Luís. Introdução à música. 2. ed. Porto Alegre: Globo. 1959.DOURADO, Henrique Autran. Dicionário de termos e expressões da música. São Paulo: 34, 2004.HARNONCOURT, Nikolaus. O discurso dos sons. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.HORN, Sonia Regina Nascimento. Heteroglossia bakhtiniana estratégias discursivas no texto para crianças. Disponível em: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/cader no05-13.html. Acesso em 20 de Out 2017.KIEFER, Bruno. Elementos da linguagem musical. 5. ed. Porto Alegre: Movimento, 1987.OLIVEIRA, Solange Ribeiro de. Literatura e música: Modulações pós-coloniais. São Paulo: Perspectiva. 2002.SCHER, Steven P. Essays on literature and music (1967-2004). New York. 2004.TOMÁS, Lia. Música e filosofia: estética musical. São Paulo: Irmãos Vitale. 2005.TOMÁS, Lia. Ouvir o lógos: música e filosofia. São Paulo: UNESP, 2002.VERISSIMO, José. História da literatura brasileira – de Bento Teixeira (1601) a Machado de Assis (1908). 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954. (Col. Documentos brasileiros, nº 74). Cap. XIX, Machado de Assis p. 343-359.VIEIRA, Ernesto. Diccionario musical: ornado com gravuras e exemplos de música. 2. ed.  Lisboa: Typ. Lambertini - Fornecedor da casa real, 1899.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Elenilson Evangelista Silva ◽  
Benedito Eugenio

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa etnográfica, por meio de observações, entrevistas e análise documental, cujo objetivo é analisar o processo de recontextualização na disciplina de Língua Portuguesa em uma turma multisseriada de 1º e 2º anos do ensino fundamental de uma escola quilombola situada na comunidade de Baixão, localizada no município de Vitória da Conquista. Para a análise dos dados, utilizamos a teoria sociológica de Bernstein (1996), nos atendo particularmente sobre os campos recontextualizadores oficial e pedagógico. A prática curricular da professora apresenta indícios que permitem considera-la como pedagogia visível. ALFERES, Marcia Aparecida; MAINARDES, Jefferson. A recontextualização do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC: uma análise dos contextos macro, meso e micro.  Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 2, p. 420-444, maio/ago. 2018.AGUIAR, Márcia Ângela da S; DOURADO, Luiz Fernandes. 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2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. 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