scholarly journals CARRAPATOS EM ANIMAIS SILVESTRES DO BIOMA CERRADO TRIADOS PELO CETAS, IBAMA-GOIÁS

2016 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 296-302 ◽  
Author(s):  
Thiago Souza Azeredo Bastos ◽  
Darling Melany de Carvalho Madrid ◽  
Adriana Marques Faria ◽  
Thais Miranda Silva Freitas ◽  
Guido Fontgalland Coelho Linhares

Resumo O Bioma Cerrado possui por volta de 320 mil espécies de animais e ocupa aproximadamente 25% do território brasileiro. Por sua grande diversidade de espécies, excita o tráfico ilegal de animais silvestres. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) apreende animais traficados e encaminha-os para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde passam por triagem, são identificados e submetidos a testes diagnósticos e à quarentena, antes de serem encaminhados a uma destinação final. A identificação de ectoparasitas, possíveis vetores de zoonoses, está entre um dos procedimentos preconizados. Foi realizada, durante o ano de 2013, a colheita e identificação de carrapatos encontrados em animais silvestres encaminhados ao CETAS. As respectivas espécies foram identificadas: Amblyomma longirostre em ouriço-caxeiro (Coendou prehensilis); Amblyomma rotundatum em jiboia (Boa constrictor); Amblyomma sculptum e Rhipicephalus microplus em veado-mateiro (Mazama americana); Amblyomma sculptum em lobo-guará (Chrysocyon brachyurus); Amblyomma sculptum e Amblyomma dubitatum em capivara (Hydrochoerus hydrochaeris); Amblyomma nodosum em tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla); Amblyomma sculptum em bugio (Alouatta guariba). Amblyomma foi o principal gênero encontrado. Este é o gênero mais disperso entre os animais silvestres da América. Animais silvestres frutos de apreensão apresentaram baixo número de carrapatos. Isto pode ter acontecido pela forma como são manejados nos criatórios.

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 114-125
Author(s):  
Lucimar Rodrigues Vieira Curvo ◽  
Sônia Biaggi Alves de Alencar ◽  
Franciele Itati Kreutz ◽  
Guilherme Capibaribe Ribeiro Barbosa ◽  
Celso Soares Costa ◽  
...  

Animais silvestres são atropelados por veículos automotores, causando a morte ao longo de rodovias. Estima-se que 476 milhões de animais silvestres são mortos a cada ano no Brasil. O Pantanal Norte, no bioma brasileiro de Mato Grosso, é uma região que vem ao longo da sua história de uso e ocupação, sofrendo grandes pressões antrópicas, principalmente atividades de garimpo, mineração, pesca desportiva e profissional predatória, introdução de espécies, agricultura, pecuária e urbanização.  A rodovia MT – 040 (Estrada-Parque Santo Antônio – Barão de Melgaço com 112 Km até Barão de Melgaço (Pantanal Norte). O objetivo deste estudo foi registrar atropelamentos de animais silvestres por veículos automotores ao longo da Estrada Parque (Pantanal Norte de Mato Grosso).  Os cadáveres dos animais atropelados foram fotografados e identificados por zoólogos especialistas, através de fotos, georreferenciadas. Obtive-se como resultados a ocorrência de 86 (oitenta e nove) animais, pertencentes a 9 (seis) ordens diferentes. Identificou-se as seguintes espécies: 34 Capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), 10 Quati (Nasua nasua), 6 Tamandua-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), 1 Gavião-belo (Busarellus nigricollis), 12 jacaré-do-pantanal (Caiman yacare), 7 Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), 17 cahorro-do-mato (Speothos venaticus), 1 sucuri (Eunetctus murinus) e 1 jibóia (Boa constrictor). Constatou-se a predominância da mortandade de mamíferos e das ordens Rodentia, Pilosa e carnívora, durante o período de cheia. Devido a relevância deste estudo, faz-se necessário o monitoramento constante de animais silvestres na região, conhecer sua biologia e principalmente criar políticas públicas que visem a fiscalização, conservação e minimizar os impactos causados nesses ecossistema naturais.  


Zootaxa ◽  
2010 ◽  
Vol 2541 (1) ◽  
pp. 27 ◽  
Author(s):  
ALBERTO A. GUGLIELMONE ◽  
SANTIAGO NAVA

Host records of Amblyomma dissimile Koch, 1844 and Amblyomma rotundatum Koch, 1844 from the literature were critically reviewed. A total of 417 records on 101 species of tetrapods, and 193 records in 74 species of tetrapods were determined for A. dissimile and A. rotundatum, respectively. Aves have been found only once infested with A. dissimile. This tick has been detected on four species of Bufonidae, while A. rotundatum has been recorded on 13 species from six families of Anura. Crocodilia has been recorded infested by A. rotundatum (captive host, one species) and A. dissimile (two species). Sixteen species of Mammalia from ten families and eight species from eight families have been found infested with A. dissimile and A. rotundatum, including humans, respectively. A total of 63 species of Squamata (10 families) were found infested with A. dissimile, while the corresponding numbers for A. rotundatum are 45 species in nine families. A total of 15 species of Testudines (four families) and nine species (three families) have been found infested with A. dissimile and A. rotundatum, respectively. When infestation on captive and laboratory hosts were excluded from the analysis the number of species naturally infested with A. dissimile diminished to 88 and 58 for A. rotundatum. However, natural hosts infested with larvae, nymphs and adults of A. dissimile are Bufo marinus (Linnaeus), Bufo peltocephalus Tschudi, Proechimys semispinosus (Tomes), Boa constrictor Linnaeus, Epicrates striatus (Fischer), Oxybelis aeneus (Wagler), Cyclura cychlura (Cuvier), Iguana iguana (Linnaeus), Tupinambis teguixin (Linnaeus) and Trachemys scripta (Thunberg), but the commonest hosts harbouring all parasitic stages are B. marinus, B. constrictor and I. iguana. Hosts for all parasitic stages of A. rotundatum are B. marinus, Bufo schneideri Werner and B. constrictor, although records on B. marinus are considerably higher than the records on the other two hosts. The contribution of sheep and Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus) as hosts of A. dissimile, and Dasypus novemcinctus Linnaeus as host of A. rotundatum, were overestimated in previous studies. The ample host-range of these tick species may partly explain their wide distribution from southern U.S.A. to northern Argentina, but there are also chances that more than one species are represented under the names A. dissimile and A. rotundatum.


2019 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 87 ◽  
Author(s):  
Kegan Romelle Jones ◽  
Kavita Ranjeeta Lall ◽  
Gary Wayne Garcia

In this review, information was summarized on endoparasites found in six non-domesticated neotropical animals. These mammals have the potential to be domesticated. The animals included three rodents, agouti (Dasyprocta leporina), lappe (Agouti paca), and capybara (Hydrochoerus hydrochaeris); a marsupial, manicou (Didelphis marsupialis insularis); and an artiodactyl, the collared peccary (Tayassu tajacu/Peccari tajacu) and a ruminant (the red brocket deer, Mazama americana). While there are many descriptions of the parasites present, the majority of publications failed to note the effect of them on the animals. Most information is available on endoparasites of capybara, while the endoparasites of the red brocket deer were the least reported. The manicou was reported to have had the most number of endoparasites, 44 species of parasites were reported, while there were only 24 endoparasites reported in the lappe. The most common parasites found in these neotropical animals were Paraspidodera uncinata, Strongyloides spp., Eimeria spp., Moniezia benedeni, Trichuris spp., Physocephalus spp., and Giardia spp. A large majority of the studies concluded that these animals were reservoirs for parasites that could affect domesticated livestock. Endoparasites of zoonotic significance were Echinoccocus spp., Trichuris spp., Giardia spp., and Cryptosporidium spp.


Author(s):  
Thiago Fernandes Martins ◽  
Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira ◽  
Marcelo Bahia Labruna

<p>Os carrapatos são ectoparasitas da classe Arachnida que parasitam vertebrados terrestres, anfíbios, repteis, aves e mamíferos. O presente trabalho relata a ocorrência de carrapatos ixodídeos em animais silvestres recebidos e atendidos pelo Hospital Veterinário do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, localizado no município de Sorocaba, estado de São Paulo, Brasil. De setembro de 1999 a maio de 2015, foram coletados carrapatos em animais silvestres da região de Sorocaba e de outros 20 municípios do interior do estado de São Paulo. Ao todo, foram identificados 43 larvas, 637 ninfas e 1.178 adultos (631 machos e 547 fêmeas), totalizando 1.858 exemplares de 14 espécies distintas de ixodídeos. Durante exames clínicos de rotina, foram inspecionadas duas espécies de repteis, uma espécie de ave e 11 espécies distintas de mamíferos de um total de 103 animais silvestres amostrados. Nos repteis foram identificados <em>Amblyomma rotundatum</em>, nas aves <em>Amblyomma sculptum </em>e nos mamíferos <em>Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma calcaratum, Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, Amblyomma nodosum, Amblyomma ovale, A. sculptum, Amblyomma varium, Ixodes aragaoi, Haemaphysalis juxtakochi, Rhipicephalus microplus </em>e <em>Dermacentor nitens. </em>Este estudo relata os primeiros registros de fêmeas de <em>A. rotundatum </em>parasitando <em>Hydromedusa tectifera </em>e <em>Oxyrhopus guibei, </em>assim como ninfas de <em>A. dubitatum </em>e <em>H. juxtakochi </em>em <em>Chrysocyon brachyurus</em>, ninfas de <em>A. brasiliense </em>em <em>Myrmecophaga tridactyla </em>e <em>Tamandua tetradactyla</em>, além de ninfas de <em>A. sculptum </em>em <em>Alouatta guariba </em>e <em>Sphiggurus villosus </em>no país, demonstrando que os zoológicos são uma fonte de informação valiosa para o conhecimento parasitológico da fauna silvestre brasileira.</p>


Planta Medica ◽  
2015 ◽  
Vol 81 (16) ◽  
Author(s):  
KP Santos ◽  
L Martins ◽  
JM Balanco ◽  
LB Motta ◽  
CM Furlan ◽  
...  

2019 ◽  
Vol 12 (3) ◽  
pp. 117-122
Author(s):  
Derek Rosenfield ◽  
Mario Ferraro ◽  
Priscila Yanai ◽  
Claudia Igayara ◽  
Cristiane Pizzutto

2019 ◽  
Vol 78 (4) ◽  
pp. 565-577 ◽  
Author(s):  
Paulino Bonatte Junior ◽  
Vinicius da Silva Rodrigues ◽  
Marcos Valério Garcia ◽  
Leandro de Oliveira Souza Higa ◽  
Namor Pinheiro Zimmermann ◽  
...  

2021 ◽  
pp. 101764
Author(s):  
Luiz Henrique de La Canal ◽  
Bruno Dall'Agnol ◽  
Anelise Webster ◽  
José Reck ◽  
João Ricardo Martins ◽  
...  

2021 ◽  
pp. 101747
Author(s):  
Eleonor Castro Janer ◽  
André Díaz ◽  
Florencia Fontes ◽  
Florencia Baraibar ◽  
Tatiana Saporiti ◽  
...  

2021 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 15
Author(s):  
Kegan Romelle Jones

Trichuriasis is the clinical disease of animals infected with the parasite of the genus Trichuris. This review attempts to present information on Trichuris spp. infestation in neo-tropical rodents that are utilized for meat consumption by humans. Neo-tropical rodents utilized for meat production can be divided into two categories: those that have been domesticated, which include the guinea pig (Cavia porcellus), and those that are on the verge of domestication, such as the capybara (Hydrochoerus hydrochaeris), lappe (Cuniculus paca/Agouti paca), and agouti (Dasyprocta leporina). This document reviews the literature on the species of Trichuris that affects the rodents mentioned above, as well as the clinical signs observed. The literature obtained spans over sixty years, from 1951 to 2020. Trichuris spp. was found in these neo-tropical rodents mentioned. However, there is a dearth of information on the species of Trichuris that parasitize these animals. The capybara was the only rodent where some molecular techniques were used to identify a new species named T. cutillasae. In most cases, Trichuris spp. was found in combination with other endoparasites, and was found at a low prevalence in the lappe and guinea pig. The presence of Trichuris spp. ranged from 4.62–53.85% in the agouti, 4.21–10.00% in the lappe, 50% in the capybaras, and 1–31% in guinea pigs. Further work must be done towards molecular identification of various Trichuris spp. present in these rodents, as well as the clinical effect of infection on the performance of agouti, lappe, capybara, and guinea pigs.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document