Da masculinidade hegemônica à masculinidade queer/cuir/kuir: disputas no esporte

2021 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
Author(s):  
Leandro Teofilo de Brito

Resumo: Este ensaio discute as disputas sociais de sentidos sobre a masculinidade no esporte brasileiro, problematizando questões contemporâneas que tensionaram os significados do masculino nesse contexto. Para subsidiar a discussão, é realizada uma crítica pós-fundacional à noção de masculinidade hegemônica de Raewyn Connell, com base nos estudos de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, e recorrendo às perspectivas pós-estruturalistas por Jacques Derrida e Judith Butler, além de incorporar a crítica decolonial às teorias do Norte Global, propondo o construto teórico masculinidade queer/cuir/kuir para interpretação de significações do masculino no contexto contemporâneo do esporte brasileiro.

2017 ◽  
Vol 110 ◽  
pp. 95-106
Author(s):  
Adam Sulikowski

CONSTITUTIONALISM AND THE „REVENGE OF POSTMODERNISM”The main purpose of this article is to discuss the current situation of constitutional discourse as aresult of „Revenge of postmodernism”. This „Revenge” shows itself in taking over the methods of the leftist critique of democratic institutions by the radical right. This „Barbarization” of subtle methods of left-wing criticism leads to far-reaching consequences unforeseen by its founding fathers — Michel Foucault, Jacques Derrida or Judith Butler. The author, using various theories formulated by Chantal Mouffe, Ernesto Laclau and Artur Kozak, seeks to explain this phenomenon and to show its implications for the future evolution of the constitutional discourse.


Author(s):  
Malena Nijensohn

Resumen En el presente artículo me propongo analizar los límites de una concepción liberal del feminismo y los movimientos LGBTIQ+, basada en la identidad y la autonomía, que centra la lucha política en la demanda de derechos. A través del análisis del feminismo de los últimos años en Argentina (a partir del fenómeno Ni Una Menos), propongo un feminismo al que llamo “radical y plural”: un feminismo que tome la vulnerabilidad como punto de partida de la reflexión política y que, a través de la movilización de dicha vulnerabilidad, se proponga profundizar los valores democráticos de libertad e igualdad.


Author(s):  
Malena Nijensohn

En el artículo me propongo analizar la noción de “resistencia” en la obra de Judith Butler, para examinar cómo la autora fue complejizando su teoría y sus reflexiones. Parto del concepto de “subversión performativa”, fundamental en sus primeras obras, para luego vincular la performatividad con la precariedad y llegar así a una teoría performativa de la asamblea. Anima este trabajo el objetivo de repensar formas de resistencia que radicalicen y pluralicen la democracia, en el sentido que Ernesto Laclau y Chantal Mouffe le han dado al concepto de democracia radical y plural.


2015 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
Author(s):  
Carsten Stage

Socialkonstruktivismen har været genstand for heftig kritik for at understøtte en form for begrebsrelativisme, der påstår, at virkeligheden skabes af vores begreber om den. Et delmål med artiklen er at gøre op med denne karikatur af konstruktivismen som en homogen teoretisk position, der reducerer alt til sprog og italesættelse eller indebærer en tro på, at alle identiteter blot er effekter af begreber. Dette gøres ved at præsentere og diskutere teorier af bl.a. Michel Foucault, Ernesto Laclau og Chantal Mouffe, Judith Butler, Stuart Hall, Karl Popper og Richard Jenkins med det formål at kunne skelne mellem forskellige former for, eller grader af, konstruktivisme. De forskellige konstruktivismeformers udsigelseskraft diskuteres dernæst gennem en analyse af et medieobjekt – Eva Dien Brine Markvoorts sygdomsblog 65 Red Roses.


2021 ◽  
Vol 46 (1) ◽  
Author(s):  
Ana Paula Corti ◽  
Leonardo Crochik

O artigo analisa as ocupações secundaristas que ocorreram no ano de 2015 no estado de São Paulo, como reação à proposta de reorganização escolar que previa o fechamento de 94 escolas e a transferência compulsória de 311 mil alunos e 74 mil professores. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma análise teórica das ocupações destacando sua dimensão performativa. Esta chave de análise é sustentada a partir de autores como Ernesto Laclau, Chantal Mouffe e Judith Butler, que enfatizam o caráter relacional e contingente das identidades, e a importância do corpo na gramática atual dos conflitos sociais. As conclusões indicam que as ocupações dos secundaristas foram atos performativos em três dimensões: na emergência dos sujeitos (a identidade secundarista que emergiu com a ocupação); no modo de apresentar algumas demandas educacionais (a produção de novas práticas escolares que materializavam as mudanças desejadas); na inversão do assujeitamento administrativo pela criação de  outro “corpo estudantil” visível, vibrante e atuante. As ocupações extravasaram os canais tradicionais e consagrados de reivindicação previstos pela democracia representativa, tornando-se um movimento disruptivo, com forte teor transgressivo dos poderes instituídos e que, por isso, desencadearam forte repressão por parte do Estado. Ao mesmo tempo, foram espaços de produção de novas formas de educação e de uma vida escolar com mais liberdade, autonomia e sentido, corporificando críticas que os jovens vêm fazendo há muitos anos a respeito das políticas públicas e dos modelos de escolarização que lhes são oferecidos.


Sociologias ◽  
2016 ◽  
Vol 18 (41) ◽  
pp. 164-194 ◽  
Author(s):  
Daniel de Mendonça ◽  
Bianca de Freitas Linhares ◽  
Sebastián Barros

Neste artigo, refletimos teoricamente sobre o pós-fundacionalismo, corrente filosófica que influenciou o surgimento do pós-estruturalismo francês na segunda metade do século XX. De uma forma mais específica, nosso objetivo é discutir as implicações ontológicas, teóricas e epistemológicas da abordagem pós-fundacional para pesquisas em ciências sociais. Para tanto, cumprimos o seguinte percurso. Primeiramente, discorremos sobre o que chamamos de o Zeitgeist pós-fundacionalista, em especial a ênfase na diferença ontológica e no fundamento como Abgrund oriundos da obra de Martin Heidegger. A seguir, apresentamos a influência heideggeriana na reflexão filosófica pós-estruturalista de Jacques Derrida. Na sequência, discutimos a incorporação e a aplicação da ontologia heideggeriana na obra de Ernesto Laclau, principalmente a partir da discussão das noções de hegemonia e de populismo. Ao final, apresentamos nossas considerações acerca da importância do pós-fundacionalismo para pesquisas na área das ciências sociais.


2022 ◽  
Vol 31 (64) ◽  
Author(s):  
Aurenéa Maria de Oliveira ◽  
Maria da Conceição dos Reis ◽  
Joel Severino da Silva

A partir do século XX, vários movimentos e sindicatos no campo uniram forças contra as péssimas condições de trabalho. Assumindo que neste processo há uma dimensão pedagógica de aprendizagens políticas, esta pesquisa teve o objetivo de analisar como os processos educativos do movimento sindical de trabalhadores rurais do município de Vicência/PE repercutem na construção da identidade política de sindicalistas. O estudo se baseou na concepção de discurso desenvolvida pela Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e na perspectiva de identidade de Stuart Hall. Metodologicamente, fez uso da análise de discurso de Michel Pêcheux e de Eni Orlandi, visando observar como os indivíduos, a partir de posições de sujeito, relações de lugar e de força, elaboram suas falas. Os resultados apontaram para uma noção de identidade política-cidadã atrelada à luta por conquistas de direitos sociopolíticos, por parte desses trabalhadores, e para o antagonismo patronal, limitando conquistas destes sindicalistas.


2016 ◽  
Vol 22 ◽  
pp. 152-174
Author(s):  
Yannis Stavrakakis

Uno de los méritos de Hegemonía y estrategia socialista de Chantal Mouffe y Ernesto Laclau puede ser claramente asociado a la crítica de la inmediatez, la que constituye uno de los ejes centrales del libro. Por ejemplo, el cambio radical desde la ilusión de inmediatez a un énfasis sobre la mediación discursiva y su papel constitutivo en la formación de la realidad política y social es claramente visible con respecto a la tradición política contra la cual el post-marxismo se define, esto es, la tradición radical en Occidente y su núcleo marxista. En efecto, la deconstrucción de la tradición marxista en Hegemonía y estrategia socialista es primeramente la deconstrucción de la pretensión de tener un acceso directo a y un control de la totalidad de lo real y de su desarrollo (escatológico) histórico predecible.[1] No es sorprendente, entonces, que la mayoría de las resistencias críticas encontradas por la teoría discursiva han emanado de los defensores de tal inmediatez. La crítica a la teoría del discurso frecuentemente ha tomado la forma de un retorno de la inmediatez, de una venganza de lo real.Este retorno puede tomar una variedad de formas; de hecho, como veremos, ha tomado notablemente diferentes formas. En este texto, nos enfocaremos principalmente en los argumentos que rechazan la teoría de la hegemonía y del discurso de Laclau y Mouffe sobre fundamentos biopolíticos; en particular, vamos a abordar críticamente los relevantes trabajos de Richard Day, Scott Lash y Jon Beasley-Murray.[2] Este conjunto de investigaciones destaca, de una manera u otra, la importancia de los mecanismos de dominación biopolíticos, ‘no hegemónicos’, en los que el poder está, supuestamente, no mediado discursivamente, sino que opera directa y exclusivamente en un real biopolítico afectivo. Sin embargo ¿cuán válida es está crítica? Sólo un cuidadoso examen puede, en verdad, evaluar su consistencia interna, así como la medida en la que se las ha arreglado para hacer justicia al desarrollo de la teoría discursiva desde 1980 hasta hoy. De hecho, como veremos, las inconsistencias de la crítica post-hegemónica limitan severamente sus implicaciones: en vez de invalidar la teoría discursiva de la hegemonía en conjunto, meramente destacan el aspecto afectivo de la política hegemónica. No obstante ¿no es precisamente este aspecto el que ha estado enfatizando Chantal Mouffe en su trabajo personal después de Hegemonía y estrategia socialista? ¿No es esto lo que exactamente está en juego en su ‘política de las pasiones’? [1] Laclau y Mouffe (1985).[2] En esta parte del argumento nos basaremos en las primeras secciones de Stavrakakis (2014).


2019 ◽  
Vol 21 (3) ◽  
pp. 79-96
Author(s):  
Thiara Vichiato Breda

Esse artigo focaliza a(s) Cartografia(s) em um campo político, problematizando os sentidos de espacialidade que estão em constante negociação e disputas nos processos de mapeamentos. Tais reflexões partem de uma perspectiva teórico-metodológica pós-estruturalista, sob a ótica da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, tecendo diálogos com estudos pós-coloniais e decoloniais, juntamente com as contribuições dos estudos da cartografia crítica e humanista. Percebe-se com isso os impactos da universalização de uma concepção de linguagem que no limite ocultam outras Cartografias ao negarem as diferenças no que tange ao processo de representação espacial. Através dessas reflexões é proposto o reconhecimento de uma Cartografia Porosa (e, portanto, pluralista) na tentativa de legitimar e respeitar outras práticas de conceber, representar e mapear o mundo.


Author(s):  
Carolina Falcão

Neste trabalho desenvolvo e apresento a ideia de imaginação política antagonista, um fenômeno político editorial, marcado por um esforço duplo: a elaboração crítica da atual conjuntura brasileira após as eleições presidenciais de 2018 e a concepção de formas de resistência nesse contexto. Para isso, levo em consideração, entre os títulos publicados no Brasil em 2019, as obras de Ailton Krenak e Rosana Pinheiro Machado, “Ideias para adiar o fim do mundo” e “Amanhã vai ser maior”, respectivamente. Argumento que as concepções de “fim do mundo” e “amanhã maior” trazidas nos títulos revelam como essa imaginação é produto também de um trabalho articulador do antagonismo político, a partir das proposições de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document