scholarly journals Estudo de uma associação antihelmíntica em parasitoses intestinais múltiplas

1971 ◽  
Vol 5 (4) ◽  
pp. 209-212 ◽  
Author(s):  
Francisco Ferriolli IJilho ◽  
Geraldo Garcia Duarte ◽  
José Homero Teruel ◽  
Antonio Ribeiro Franco

Os autores fizeram um estudo da associação hexaidmto de piperazina e tiabendazol em 41 indivíduos parasitados por aneilostomideos, Áscaris e/ou Strongyloides . Usando um esquema de duas doses diárias em três dias seguidos (5ml/ 15kg) encontraram 26 negativados (63,4% de curas). Considerando cada parasito isoladamente obtiveram: para Ascaris lumbricoides 16 curados em 18 tratados (90%); para Strongyloides stercoralis, 30 sucessos em 31 casos observados (97%) e para Aneilostomideos, 27 curas em 41 tratados (65$%). Salientam o valor terapêutico dessa associação medicamentosa não só para tratamento individual de poliparasitaâos como na profilaxia das helmintíases humanas.

1968 ◽  
Vol 2 (4) ◽  
pp. 169-214 ◽  
Author(s):  
Ruy Gomes de Moraes

1 - Foram examinadas as fezes de 2.666 indivíduos, operários e funcionários de duas Emprésas industriais, situadas, uma na cidade do Rio de Janeiro e outra no Estado do Rio (Brasil); 2 - Dos 2.666 indivíduos, 1941 (72.80%) estavam parasitados por um ou mais helmintos e 725 (27,20%) tinham seus exames de fezes negativos; 3 - De cada um dos 2.666 indivíduos foi feito um hemograma completo, tendo sido aproveitada a taxa de eosinófilos que, em associação com os exames de fezes, constituiu o objeto principal dêste trabalho. 4 - Na Tabela A observa-se o número de vêzes em que cada um dos vermes foi observado e seus respectivos percentuais. Embora não seja um trabalho de epidemiologia, verifica-se que 46,81% são infestados pelo Trichuris trichiura; 23,85% pelo Strongyloides stercoralis; 22,46% pelo Necator americanus e/ou Ancylostoma duodenale; 20,51% pelo Ascaris lumbricóides; 1,65% pelo Schistosoma mansoni; 0.67% pelo Enterobius vermicularis; 0,26% por Taenia solium ou T. saginata e 0,11% por Hymenolepis nana; 5 - Os exames de fezes foram feitos pelos métodos de Faust (ou de Ritchie), de Willis, de Baermann e de sedimentação; 6 - A eosinofilia anotada foi a relativa ou em seu percentual, sendo considerada hipereosinofilia uma taxa de eosinófilos igual ou superior a 5% (Eo > 5%); 7 - Foram abordados de modo conciso os fatores que provocam oscilações na eosinofilia normal tais como a idade, a raça, as horas do nictêmero, os fatores físicos, o sexo, os fatores químicos e outros; 8 - Tratou-se de modo mais extenso das diferenças entre as hipereosinofilias parasitárias e não parasitárias, tendo sido focalizada a dinâmica da eosinofilia traduzida na curva de Lavier. 9 - A distribuição dos 2.666 casos foi feita pelos diferentes graus de eosinofilia, tendo sido levantados gráficos e traçadas curvas sôbre a distribuição de cada helminto e de suas associações. 10 - Por ser necessário à explanação do assunto, foi criado o "índice eosinofilico", o qual corresponde à relação entre o número de casos de um determinado grupo com Eo > 5% e Eo < 5%. Para o total de casos positivos, ao "índice eosinofílico" denominamos "índice eosinofílico médio" em para o total dos negativos "índice eosinofílico residual"; 11 - Estabelecendo-se o "índice eosinofílico", pode-se ajuizar a capacidade eosinofilogênica de cada helminto isoladamente, bem como a de suas associações; 12 - Atenção especial foi dada aos problemas da existência da hipereosinofilia nos casos com exames coprológicos negativos para helmintos, tendo-se passado em revista vários dos aspectos biológicos que o assunto comporta; 13 - Outra questão de grande importância clínica explanada neste trabalho é a do encontro de casos de parasitismo por vermes, sem hipereosinofilia. O autor, baseado em seus dados e em outros colhidos na literatura sôbre o assunto, discute a fisiopatologia da eosinopoiese nas helmintoses e ojerece uma interpretação para êste fato ainda não defintivamente esclarecido.


2012 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 63
Author(s):  
Carlos Zamora Gutiérrez

Se determinó la prevalencia del enteroparasitismo en la población escolar de las instituciones educativas primarias de Nuevo Tumbes (Tumbes, Perú) y su relación con factores sociodemográficos (sexo, lugar de residencia, grado de instrucción de los padres), factores ambientales (tipo de agua de consumo, lugar de defecación, tipo de vivienda) y el rendimiento escolar, durante el año 2009. Para ello, se examinaron las muestras fecales, una por individuo, de 812 escolares (52,4 % del total), mediante las técnicas directa, con SSF y lugol, y de concentración de Ritchie.Se encontró una prevalencia global de 90,6 %. Los protozoarios detectados con sus respectivas prevalencias fueron: Entamoeba coli (43,6 %), Giardia lamblia (32,3 %) y Entamoeba hartmanni (0,5 %), y los helmintos: Hymenolepis nana (4,6 %), Strongyloides stercoralis (0,2 %); Ascaris lumbricoides (0,4 %) y Trichuris trichiura (0,2 %). La infestación mixta se presentó en 5,8 %, siendo la más común la de H. nana + E. coli (1,2 %).En relación al sexo, se encontró que el 59,7 % de alumnos y el 40,3 % de alumnas presentaron una o más especies de parásitos; que el 13,9 % de escolares parasitados residían en zonas urbanas y el resto (86,1 %) en zonas rurales; que las madres de los niños parasitados en su mayoría tenían grado de instrucción secundaria (57,3 %), al igual que los padres (59,7%); y que cuando se relacionó la prevalencia con la institución educativa, se encontró el 74,6 % en “República de Canadá”, el 72,3 % en “Perú-Japón”, el 53,8 % en “Eduardo Ávalos”, y el 48,0 % en “Fermina Campaña”Respecto a los factores ambientales, se encontró mayor prevalencia de enteroparasitismo en aquellos escolares cuya vivienda estaba construida con materiales de la región (50,4 %), que consumían agua entubada (84,0 %) y defecaban dentro del domicilio (74,0 %). Asimismo, que los escolares parasitados obtuvieron menores calificaciones que los no parasitados (p<0,05).Palabras clave: enteroparasitismo, escolares, factores sociodemográficos, factores ambientales, rendimiento académico.DOI: http://dx.doi.org/10.21503/CienciayDesarrollo.2012.v15i1.04


2020 ◽  
Vol 2020 ◽  
pp. 1-11
Author(s):  
Daniel Kevin Werunga ◽  
Elizabeth Nanjala Omukunda ◽  
Jackson Cheruiyot Korir

Intestinal helminths cause anaemia, malnutrition, indigestion disorders, retarded growth, and low mental abilities in pupils. About 1.5 billion are infected globally. Intestinal helminth infections are caused by Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Enterobius vermicularis, Ancylostoma duodenale, and Necator americanus. Lugari Subcounty has poor sanitation and inadequate clean water. This study determined the prevalence of intestinal helminth infections in preschool pupils in Lugari Subcounty. A stratified multistage cluster experimental design was used. Sampling was carried out in four wards: Lumakanda, Lugari, Luandeti, and Chekalini. Preschool pupils of either gender were selected randomly. Written consents and verbal assent were obtained from parents or guardians and preschool pupils, respectively. Questionnaires were administered in order to collect sociodemographic data. Stool samples were collected and tested for the presence of eggs using the standard Kato-Katz technique. Prevalence rate and prevalence ratio were calculated as the percentage of infected preschool pupils among the total number of preschool pupils examined. Preschool pupils positive with helminths were treated freely, and a follow-up screening was conducted three months after treatment. Approval of the study was sought from the Masinde Muliro University of Science and Technology Institutional Ethical Review Board (MMUST IRB). The overall prevalence of intestinal helminths was 12.3%. Only one species, Ascaris lumbricoides, was identified. Statistical tests were carried out at a 5% significance level ( p < 0.05 , confidence interval (CI) 95%). There was a statistically significant association for prevalence and intensity of intestinal helminths versus factors like school location, knowledge of washing hands before eating, and awareness of washing hands after visiting a toilet. Although this study revealed a low prevalence and light intensity, some factors had significant effects on intestinal helminth infections among the preschool children. Therefore, there is a need to intensify efforts for their intestinal helminth control.


2021 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 165-176
Author(s):  
Ana Carolina Ferreira de Lima ◽  
Jacqueline Fátima Martins de Almeida

Atualmente os indivíduos buscam alimentos saudáveis não só para evitar doenças crônicas ou outras enfermidades, mas também por uma questão estética, pois é observado que muitas pessoas valorizam a beleza e o corpo através de um cuidado nutricional. No entanto, o cuidado com a higienização de alimentos consumidos in natura deve ter uma atenção especial, tanto no preparo doméstico, quanto na aquisição de produtos minimamente processados. Objetivos: Analisar a prevalência de parasitas nas hortaliças selecionadas como a alface, coentro, cenoura e tomate consumido no Brasil e no mundo por meio de revisão sistemática. Métodos: Foi realizada uma pesquisa em base de dados como Pubmed, Science direct, Scielo, Lilacs e mecanismos de busca como Bireme e Google acadêmico utilizando combinações de palavras-chaves: “Parasites”, “vegetables” “Vegetables and season”, “Marketed vegetables”, “Markets”, “contamination”, and “Prevalence of parasites in vegetables”. Foram pesquisados artigos científicos publicados nos anos de janeiro de 2010 a junho de 2020. Resultados: A hortaliça que mais apresentou contaminação foi a alface (28,98%), sendo que o parasita mais prevalente foi o helminto Strongyloides stercoralis (42,84%), Ascaris lumbricoides (38,82%), Ancilostomídeos (19,68%) e o protozoário Entamoeba coli (13,12%), a metodologia mais aplicada foi a sedimentação espontânea. Conclusão: Parasitas considerados relevantes para a saúde humana foram encontrados com frequência em diversos estudos em todo o mundo. É necessário que tanto os manipuladores como a população tenham conscientização sobre a correta higienização dos alimentos consumidos in natura, assim como os meios de profilaxia contra as doenças parasitárias intestinais.


2015 ◽  
Vol 16 (6) ◽  
pp. 859-870 ◽  
Author(s):  
Antonio Neres Norberg ◽  
Fabiano Guerra-Sanches ◽  
Paulo R. Blanco Moreira-Norberg ◽  
José Tadeu Madeira-Oliveira ◽  
Aluízio Antonio Santa-Helena ◽  
...  

<p><strong>Objetivo </strong>Considerando que más de la mitad de la población mundial está infectada por protozoarios y helmintos intestinales, con alta prevalencia en las zonas más pobres, esta investigación tuvo como objetivo identificar la prevalencia de los parasitismos entre indígenas de la etnia Terena, establecidos en el Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p><strong>Metodología </strong>Se examinaron 134 muestras de heces de individuos de la comunidad indígena. Estas se conservaron en solución de Merthiolate-iodo-formol (MIF). Los exámenes de laboratorio fueron realizados por las técnicas de Hoffman, Pons y Janer; Willis y Kinyoun.</p><p><strong>Resultados </strong>Se identificaron infecciones por helmintos nematodos de las especies <em>Ascaris lumbricoides,</em> Ancylostomidae,<em> Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, </em>y<em> Trichuris trichiura</em>; cestodos de la especie <em>Hymenolepis nana, </em>y <em>Taenia</em>spp<em>.</em> También por protozoarios de las especies <em>Cryptosporidium </em>spp.<em>, Giardia lamblia, Endolimax nana, Entamoeba coli, </em>y<em> Entamoeba histolytica</em>. De las muestras investigadas, 23,1% fueron negativas; de los 76,9 % parasitados hubo diferencia estadísticamente no significativa para el parasitismo en hombres y mujeres examinados, de unoa 33 años de edad, y sobre parasitismo mono específico, o con simultaneidad de especies. Como diversidad parasitaria fueron encontradas siete especies de helmintos nematodos y cestodos, y cinco de protozoarios Archamoebae, flagelados y enterozoários. </p><p><strong>Conclusiones</strong> Los resultados fueron la base para la orientación e intervención adecuada, revelando la necesidad de la implantación de medidas gubernamentales y socioeducativas para mejorar las condiciones de vida de esta comunidad.</p>


2001 ◽  
Vol 34 (5) ◽  
pp. 479-482 ◽  
Author(s):  
Lina Maria De Petrini da Silva Coelho ◽  
Sônia Maria de Oliveira ◽  
Mauro Henrique de Sá Adami Milman ◽  
Kátia Akemi Karasawa ◽  
Renata de Paiva Santos

Avaliou-se a presença de formas transmissíveis de enteroparasitas em água e em hortaliças consumidas cruas, no período de agosto de 1997 a julho de 1998. A água foi submetida à filtração em membranas de celulose. A água da lavagem destas membranas foi submetido ao método de Faust. As hortaliças in natura e lavada foram lavadas e a água submetida ao método de sedimentação. Uma escola não apresentou contaminação; duas tiveram todos os materiais contaminados; quatro, 2 materiais contaminados e três, 1 material contaminado. A água apresentou índice de 0,7% de contaminação (Hymenolepis diminuta, Strongyloides stercoralis e ancilostomídeos); a hortaliça in natura, 3,9% (Strongyloides stercoralis, ancilostomídeos, Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia) e a lavada, 1,3% (Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia). As hortaliças e a água são veiculadoras de enteroparasitas. A forma larval foi a mais presente. A hortaliça in naturaapresentou maior contaminação que a lavada. A lavagem não garantiu a ausência dessas formas em hortaliças.


Parasitology ◽  
1989 ◽  
Vol 99 (2) ◽  
pp. 275-285 ◽  
Author(s):  
Celia V. Holland ◽  
S. O. Asaolu ◽  
D. W. T. Crompton ◽  
R. C. Stoddart ◽  
R. Macdonald ◽  
...  

SummaryAn epidemiological survey of intestinal helminthiases was conducted on 766 primary school children aged 5–16 years from Ile-Ife, Nigeria. On the basis of stool examinations, the prevalence of Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, hookworm and Strongyloides stercoralis was 88·5, 84·5, 33·1 and 3% respectively. Intensity of infection was measured indirectly by egg counts for each species of helminth and also by counting worms passed after chemotherapy in the case of A. lumbricoides. The influence of host age and sex on infection levels was assessed. Relationships between the intensities of A. lumbricoides, T. trichiura and hookworm in individual children were identified. After anthelmintic treatment with levamisole, the frequency distribution of A. lumbricoides per host and the relationship between parasite fecundity and worm burden were investigated.


2021 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 31
Author(s):  
Andréia Lívia Gonzalez Napoli ◽  
Allan Eurípedes Rezende Napoli

Introdução: A alta prevalência das parasitoses no Brasil deve-se as condições sócioeconômicas precárias da maioria da população. A Síndrome de Loeffler é caracterizada por uma pneumonia eosinofílica, causada por parasitas intestinais com ciclo pulmonar obrigatório na qual evidencia-se infiltrado pulmonar migratório na radiografia de tórax e eosinofilia detectada no hemograma, em pacientes com tosse seca, dispnéia, sibilos e febre baixa. Objetivo: O estudo teve como objetivo buscar na literatura os aspectos clínicos, parasitológicos e o desenvolvimento da Síndrome de Loeffler, dada a alta prevalência destas parasitoses no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos em inglês, espanhol e português, extraídos das bases de dados MEDLINE, PUBMED e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram "Síndrome de Loeffler” AND “pneumonia eosinofílica” AND “parasitose intestinal", Resultados: A Síndrome de Loeffler representa uma pneumonite eosinofílica transitória causada, principalmente, pelos helmintos: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides, destacando-se o último. Especificamente, o contágio do Ascaris inicia-se com a ingestão de ovos de vermes encontrados em água e alimentos contaminados. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas que penetram a parede do intestino e migram via circulação porta até o fígado e, em seguida, via circulação sistêmica até os pulmões. As larvas introduzem nas paredes alveolares, deslocam-se até a garganta e são deglutidas. Posteriormente, retornam ao intestino e se transformam em vermes adultos, iniciando a reprodução, reiniciando o processo. Outrossim, o desenvolvimento da infecção pelos parasitas dura cerca de 2 a 6 semanas e os sintomas, quando presentes, iniciam-se após 7 a 14 dias do contágio. O diagnóstico da Síndrome de Loeffler é realizado por uma avaliação clínica, na qual pode-se observar sintomas respiratórios característicos, achados radiológicos de tórax, mostrando um infiltrado alvéolo-intersticial de caráter migratório, e, laboratorialmente, a síndrome é caracterizada por eosinofilia sanguínea. Conclusão: Para um adequado diagnóstico da Síndrome de Loeffler, é necessário associar à uma anamnese detalhada dados radiológicos e laboratoriais, acarretando assim em uma correta e precoce investigação do caso. Ademais, medidas sanitárias são importantes para reduzir a alta prevalência das parasitoses no Brasil.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document