scholarly journals TRIÂNGULO AMOROSO: UMA VARIAÇÃO DO AMOR NA CONTEMPO-RANEIDADE

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Bruna Souza Rocha Oliveira ◽  
Alessandra Leila Borges Gomes Fernandes

Os vínculos amorosos passaram por uma intensa reestruturação ao longo dos séculos. Essas reestruturações fizeram com que, segundo Matos (2000), os vínculos amorosos contemporâneos ganhassem novas configurações, incluindo abertura nos relacionamentos, que pode significar desde a mobilidade de papéis para provedor e cuidador do lar, passando por casamentos em que os parceiros vivem em casas separadas até a concepção do poliamor — que quebra o paradigma do casal e insere outras formas (triângulo, quadrilha etc) nas uniões afetivas. Tentando ler essas novas estruturas, este recorte analisa os triângulos amorosos presentes no conto O corpo, de Clarice Lispector, Triângulo em cravo e flauta doce de Caio Fernando Abreu e no filme Os sonhadores , do diretor Bernardo Bertolucci. A partir da leitura e análise bibliográfica de referências como Engels (1984), Matos (2000) e Lins (2012), é possível estabelecer um panorama geral sobre os relacionamentos e o que conhecemos hoje como pacto de abertura nos enlaces amorosos. Busca-se, também, compreender o destino trágico que encerra as narrativas que abordam uniões diferentes, tendo em vista a noção de poliamor que desponta na paisagem contemporânea dos afetos como uma possibilidade. Pretende-se, assim, contribuir na disseminação das pesquisas científicas relacionadas ao estudo de relações amorosas, fomentando as discussões acerca das mudanças dos pactos afetivos. ABREU, Caio Fernando. O ovo apunhalado. São Paulo: Siciliano, 1975.________. Ovelhas negras. Porto Alegre: Sulinas, 1995.BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.BRANCO, Lucia Castello. Eros travestido: um estudo do erotismo no realismo burguês. Belo Horizonte: UFMG, 1985.CAMARGO, Flávio Pereira. Novas configurações familiares na Literatura Brasileira infantil e juvenil: leitura de Meus dois pais, de Walcyr Carrasco, e de Olívia tem dois papais, de Márcia Leite. Via Atlântica, n. 24. São Paulo: USP. 2013, p. 83-100.ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro:  Editora Civilização Brasileira S.A, 1984.FERRARI, M.; KALOUSTIAN, S. M. A importância da família. In: KALOUSTIAN, S. M. (Org.). Família brasileira: a base de tudo. 5. ed. São Paulo: Cortez: Brasília, DF: UNICEF, 2002.INSTITUTO BLAISE PASCAL: Tecnologia e Educação. Blaise Pascal. Disponível em: http://www.institutopascal.org.br/visao/institucional/blaisepascal.php Acesso em: 06 de dez. 2019.JESUS, André Luiz Gomes de. As representações da morte e do morrer na obra de Caio Fernando Abreu. 2010. 185 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2010.LINS, Regina Navarro. O livro do amor: do Iluminismo à atualidade. Rio de Janeiro: Best Seller, 2012.LISPECTOR, Clarice. A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1974.MATOS, Marlise. Reinvenções do vínculo amoroso: cultura e identidade de gênero na modernidade tardia. Belo Horizonte: UFMG, 2000.OS sonhadores. Direção: Bernardo Bertolucci. Produção: Gilbert Adair. Roteiro: Jeremy Thomas. Interpretes: Anna Karina, Eva Green, Greta Garbo, Louis Garrel, Michael Pitt, Robin Renucci e outros. [FRA/UK]: Fox Film, 2003. 130min.PORTO, Luana Teixeira. Ovelhas negras: transgressão, violência e sofrimento. In: Revista Literatura em debate. v. 7. n. 12. Universidade Regional Integrada (URI), 2012. p. 247- 262.RUFFATO, Luiz. Revistas literárias da década de 70. Jornal Rascunho, ed. 111. Disponível em: http://rascunho.com.br/revistas-literarias-da-decada-de-1970-5/. Acesso em: 21 abr. 2020.STERNBERG, R. J. Construct validation of a triangular love scale. European Journal of Social Psychology, 1997, p. 313-335._______. Triangulating love. In: R. J. Sternberg & M. L. Barnes (Eds.). The psychology of Love. New York: Yale University, 1988, p. 119-138.THELMA e Louise. Direção: Ridley Scott. Produção: Ridley Scott, Callie Khouri e Dean O’Brien. Roteiro: Callie Khouri. Interpretes: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel e outros. [USA]: Fox Films do Brasil, 1991. 2h30m.

Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Valdeci Batista de Melo OLIVEIRA ◽  
Greicy Erhart Pereira da COSTA ◽  
Clariane Leila DALLAZEN

O presente artigo discute textos que retratam a mulher dentro dos valores do mundo patriarcal brasileiro, juntamente, com textos em que as personagens ousam arrostar esse mesmo ideário. Em dois retratos feitos em forma de canções, as duas mulheres apresentadas não têm sequer nomes próprios e suas vidas existem em função do homem. Em outros dois, o conto A fuga, de Clarice Lispector, escrito em 1940 e publicado em 1979 e o cordel A mulher que vendeu o marido por 1,99, de Janduhi Dantas, duas mulheres protagonistas demandam em busca de autodeterminação. Ambas as personagens são casadas e são infelizes no casamento; ambas suportam condições adversas que as inquietam e oprimem e das quais desejam sair. Será utilizado o conceito do dominante de (JAKOBSON, 1983), como ferramenta teórica, assim como ferramentas dos estudos de gêneros (BUTLER, 2003; LOURO, 1997) e da literatura comparada (CARVALHAL, 1986).REFERÊNCIAS:ASSIS, Machado. Dom Casmurro. 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Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (38) ◽  
Author(s):  
Eduarda Cristina LIMA ◽  
Larissa Warzocha Fernandes CRUVINEL

O objetivo deste estudo é pesquisar a relação que a contística da escritora brasileira contemporânea Cíntia Moscovich estabelece com a obra de Clarice Lispector. Para isso, será analisado o conto “O Telhado e o Violinista, de Arquitetura do arco-íris (2004), para observar como a autora trata as questões judaicas em sua obra e como é construído o diálogo que ela estabelece com o conto de Lispector, “Uma Galinha”, de Laços de Família (2009). Dessa forma, o cotejo entre os contos das duas escritoras contribuirá para a compreensão das tendências estéticas da literatura brasileira contemporânea. Como fundamentação crítico-teórica, serão convocados os estudos de Erik Karl Schøllhammer (2011), Flávio Carneiro (2005), Paloma Vidal (2013), entre outros.ReferênciasAGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Trad.: Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009.CARNEIRO, Flávio. No País do Presente: Ficção brasileira no início do século XXI. 1 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura Comparada. 4 ed. São Paulo: Ática, 2006.DALCASTAGNÈ, Regina (Org). Ver e Imaginar o outro: Alteridade, desigualdade, violência na literatura brasileira contemporânea. São Paulo: Horizonte, 2008.GALETI, Lúcia. O bestiário de Clarice Lispector. 2001.85f. Dissertação (Mestrado em Literatura) - Curso de Pós-Graduação em Letras do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2001.LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1960.MATOS, Ana Lígia. Paisagem portátil. e-scrita – Revista do Curso de Letras – INIABEU, Nilópolis, v. 1, Número 1, Jan.-Abr. 2010.MATTÉ, Manuela. Relações intertextuais em Clarice Lispector e Cíntia Moscovich.Revista Línguas Letras – Unioeste – Vol. 15 – Nº 30 – Segundo Semestre de 2014.MOSCOVICH, Cíntia. Arquitetura do arco-íris. Rio de Janeiro: Record, 2004.OLIVEIRA, Silvanna Kelly Gomes de; Souza, Olavo Barreto de. As galinhas de Clarice: Um estudo sobre a representação da personagem “galinha” nos contos “O ovo e a galinha”, “Uma galinha” e “Uma história de tanto amor”. In: V ENLIJE, 2014, Campina Grandxe. Anais Enlije V. Campina Grande: Editora Realiza, 2014 (v.01).PADILHA, Elaine Pereira Andreatta. Memória, influência e superação na prosa de Cíntia Moscovich.127f. Mestrado em Letras —Universidade Federal do Amazonas, Manaus Biblioteca Depositária: Setorial ICHL, 2013SCHØLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.VIEIRA. Nelson H. A Expressão judaica na obra de Clarice Lispector. Rio Grande do Sul. Zero Hora, 1988.WALDMAN, Berta.Comida, família e escritura na ficção de Cíntia Moscovich. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, 2016.______ . Por linhas tortas: o judaísmo em Clarice Lispector. Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, Belo Horizonte, 2011.Recebido em 10-05-2019 | Aceito em 26-09-2019


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Karen Correia ◽  
Cláudio Márcio Do Carmo

Este artigo discute alguns aspectos da representação do professor de português da escola básica frente às responsabilidades que lhe são atribuídas socialmente a partir da Análise do Discurso proposta por James Paul Gee. Ele se baseia na análise de entrevistas semiestruturadas de professores de português atuantes e de alunos de um curso de Letras quanto à problemática envolvida com esse tema. Conclui que, à esteira das dificuldades inerentes à atuação profissional e a teorias aprendidas, há uma distância considerável que ora pende a uma tensão do discurso acadêmico, ora o traz como essencial, ora demonstra certo despreparo em lidar com a diferença entre a prática docente e o universo especializado que conduz grande parte do fazer docente, numa conexão estreita com as reponsabilidades que a sociedade atribui a esse importante ator no interior da instituição escolar. ANTUNES, I. No Meio do Caminho Tinha um Equívoco: Gramática, Tudo ou Nada. In: BAGNO, Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.______. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007._______. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009._______. Gramática contextualizada: limpando “o pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola, 2014.BEZERRA, M. A. Ensino de língua portuguesa e contextos teórico-metodológicos. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 37-46.CORACINI, M. J. O olhar da ciência e a construção da identidade do professor de língua. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (orgs.). O desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula (língua materna e língua estrangeira). Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003, p. 193-210.XXXXCOSTA VAL, M. G. A gramática do texto, no texto. Revista de Estudos Linguísticos. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 107-133, jul./dez. 2002.FERNANDES, C. M. B. Formação de professores, ética, solidariedade e cidadania: em busca da humanidade do humano. In: SEVERINO, F. E. S. (org.). Ética e formação de professores: política, responsabilidade e autoridade em questão. São Paulo: Cortez, 2011, p. 58-77.FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997._______. Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. Organização de Ana Maria Araújo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013._______; NOGUEIRA, A. Que fazer: Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis: Vozes, 2011.GASPARINI, E. N. Entre o saber e o saber-fazer: reflexões sobre a formação do professor de língua estrangeira na universidade. Glauks, v. 13, p. 52-61, 2013.GEE, J. P. Social Linguistics and Literacies: Ideology in Discourses. London/New York: Routledge, 1996._______. An introduction to Discourse Analysis: theory and method. London/New York: Routledge, 2005._______. Discourse Analysis: What Makes It Critical? In: ROGERS, R. (ed.). An Introduction to Critical Discourse Analysis in Education. London/New York: Routledge, 2011, p. 23-45.GUZZO, V. As dimensões ética e política na formação docente. In: SEVERINO, F. E. S. (org.). Ética e formação de professores: política, responsabilidade e autoridade em questão. São Paulo: Cortez, 2011, p. 43-57.MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (orgs.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 19-36.MOITA LOPES, L. P. Oficina de Linguística Aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 1996.NÓVOA, A. Os Professores na Virada do Milênio: do excesso dos discursos à pobreza das práticas. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 11-20, jan./jun. 1999.PERINI, M. A. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 2003.POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas/São Paulo: ALB, Mercado de Letras, 1996.TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação. n. 13, p. 5-24, 2000.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Greicy Pinto Bellin ◽  
Jonhes Tadeu Gomes

Este artigo pretende analisar as relações entre homoerotismo, ambiência e Stimmung na construção do masculino na novela Morte em Veneza, de Thomas Mann (1911). Pretende-se trabalhar com os conceitos de gênero e performance propostos por Joan Scott, Teresa de Lauretis e Judith Butler, respectivamente, relacionando-as aos conceitos desenvolvidos por Hans Ulrich Gumbrecht em Atmosfera, ambiência e Stimmung (2014). Nosso objetivo é compreender o papel desempenhado pelas construções de gênero na representação de um homoerotismo construído por meio de elementos materiais do texto relacionados à ambiência da narrativa, e por meio de elementos da mitologia grega, perceptíveis no texto de Thomas Mann. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003. _______. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Trad. Jamille Pinheiro Dias. Caderno de leituras n. 78, Chão da Feira, 2018, p. 1-16. Disponível em:< http://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2018/06/caderno_de_leituras_n.78-final.pdf> Acesso em: 12/12/2019.   GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC – Rio, 2010. _______. Atmosfera, Ambiência, Stimmung: Sobre um potencial oculto da literatura. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC Rio, 2014. LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.) Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. P. 206-241. MANN, Thomas. Morte em Veneza. São Paulo: Abril Cultura, 1979. RICHARD, Nelly. Intervenções críticas, arte, cultura, gênero e política. Belo Horizonte; Editora UFMG, 2002. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. New York, Columbia University Press. 1989. ZANINI, Eduardo Oliveira. Leitura do imaginário na poesia lírica: uma viagem na barca de Caronte com Pedro Tamen. Disponível em: < http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem04/COLE_3736.pdf >. Acesso: 19/12/2019. ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. Jerusa Pires e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.  WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. Rio de Janeiro: L&PM, 2001.  


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 39-53
Author(s):  
Gilvan Procópio Ribeiro ◽  
Alessandra Barros Pereira Ferreira ◽  
Aline Guimarães Couto

Entre as produções poéticas de autoria feminina da atualidade, a que mais se destaca são as obras de Angélica de Freitas. Com punhos armados de humor, ironia e sarcasmo, ela passa por cima de qualquer tabu. Suas poesias são como pedras atiradas, defendendo que a pluralidade de vozes implica numa pluralidade de gêneros, que expõem as dicotomias sobre o homem e a mulher que a sociedade patriarcal quer impor. Palavras-chave: Gênero. Poesia. Autoria feminina. Referências  ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo? São Paulo: Abril Cultural/Brasiliense, 1985. BASSANEZI, Carla. Mulheres dos anos dourados. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 607- 639. BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Tradução de Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. BUTLER, Judith. Problemas de gênero. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. p. 1-70. DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura no Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, n. 17, 2003. ______. O cânone literário e a autoria feminina. In: AGUIAR, Neuma (org.). Gênero e ciências humanas: desafio às ciências desde a perspectiva das mulheres. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. EVARISTO, Conceição. Eu-mulher. In: ______. Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008. FREITAS, Angélica. Rilke shake. São Paulo: Cosac Naify, 2007. ______ . Um útero é do tamanho de um punho. São Paulo: Cosac Naify, 2012. MARTINS MARQUES, Ana. Da arte das armadilhas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. ______. O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. ______. A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009. OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. As mulheres em movimento: feminizar o mundo. In: ______. Elogio da diferença: o feminismo emergente. Rio de Janeiro: Rocco, 2012. p. 69-90. PIETRANI, Anélia Montechiari. Questões de gênero e política da imaginação na poesia de Angélica Freitas. Revista Fórum Identidades, Itabaiana, v. 14, jul./dez. 2013. RIBEIRO, Ana Elisa. Anzol de pescar infernos. São Paulo: Patuá, 2013. ______. Meus segredos com Capitu: livros, leituras e outros paraísos. Natal: Jovens Escribas, 2013. RODRIGUES, Carla et al. A quarta onda do feminismo: dossiê. Cult, São Paulo, ano 19, n.219, p. 30-47, dez. 2016. SHOWALTER, Elaine (ed.). The new feminist criticism: essays on women, literature and theory. New York: Pantheon, 1985. ______. A literature of their own: British women novelists from Bronte to Lessing. Londres: Virago, 2009. TELLES, Norma. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 401-442. WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 79-87
Author(s):  
Bárbara Inês Ribeiro Simões Daibert ◽  
Luciana de Oliveira Rodrigues

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a prosa de Conceição Evaristo, investigando a representação das diferenças, principalmente sociais e de gênero, na escrita de seus contos, por meio da busca e da valorização da ancestralidade africana. Palavras-chave: Identidade Africana. Ancestralidade. Literatura. Nação. Referências  BARROS, José d’Assunção. A historiografia pós-moderna. Ler História, n. 61, 2011, p.147-167. Disponível em: <https://journals.openedition.org/lerhistoria/1655>. Acesso em: 27 abr. 2019. BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996. CÔRTES, Cristiane. Diálogos sobre escrevivência e silêncio. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 51-60.  EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas, 2010. ______. Insubmissas lágrimas de mulheres. Belo Horizonte: Nandyala, 2011. ______. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza, 2003. ______. História de leves enganos e parecenças. Rio de Janeiro: Malê, 2016. _____. Gênero e etnia: uma escre(vivência) da dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Diane (eds.). Mulheres no mundo, etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005. p. 201-212. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/177337990/Conceicao-Evaristo-Genero-e-etnia-uma-escre-vivencia-de-dupla-face. Acesso em: 20 abr. 2019. FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979. GANDHI, Leela. Postcolonial theory: a critical introduction. New York: Columbia University,1998. GARUBA, Harry. Explorações do realismo animista: notas sobre a leitura e a escrita da literatura, cultura e sociedade africana. Tradução Elisângela da Silva Tarouco. Nonada: Letras em Revista, Porto Alegre, v. 2, n. 19, p. 235-256, out. 2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/5124/512451673021.pdf. Acesso em: 02 dez. 2018. ______. Reflexões provisórias sobre o animismo, modernidade/colonialismo e a ordem africana do conhecimento. Tradução Alice Botelho Peixoto. CESPUC, n. 32, p. 123-131, jan./jun. 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/17021. Acesso em: 14 mar. 2019. HALL, Stuart. Que “negro” é esse na cultura negra? In: ______. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik. Tradução Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2009. ______. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. Ed. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Lobo. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. JAMESON, Fredric. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. LIEBIG, Sueli Meira. “Escrevivências”: Evaristo e a subversão de gênero em Insubmissas lágrimas de mulheres. XII Colóquio Nacional Representações de gênero e sexualidades. 08 a 10 de junho de 2016, Campina Grande, PB. Disponível em: file:///C:/Users/Windows%2010/Downloads/TRABALHO_EV053_MD1_SA6_ID571_30042016200422.pdf. Acesso em: 16 fev. 2019. MOREIRA, Terezinha Taborda. Silêncio, trauma e escrita literária. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 109-119. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5. n. 10, p. 200-212, 1992. Disponível em: http://www.pgedf.ufpr.br/memoria%20e%20identidadesocial%20A%20capraro%202.pdf. Acesso em: 09 maio 2019. PONCE, Eduardo Souza; GODOY, Maria Carolina de. Ancestralidade e identidade  em  “Olhos d’água” de  Conceição Evaristo. Anais do VIII Colóquio de Estudos Literários. Ferreira Cláudia C.; Jacicarla S.; Brandini Laura T.(orgs). Londrina, 06 e 07 ago. 2014. p. 163-170. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/estudosliterarios/pages/arquivos/Eduardo%20Ponce%20e%20Maria%20Carolina%20Godoy_Texto%20Completo.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019. SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. SILVA, Assunção de Mari Souza e. “E assim tudo se deu”: as histórias de leves enganos e parecenças. In: DUARTE, Constância Lima; CÔRTES, Cristiane; PEREIRA, Maria do Rosário A. (orgs). Escrevivências: identidade, gênero e violência na obra de Conceição Evaristo. Belo Horizonte: Idea, 2016. p. 295-306. SILVA, Franciane da Conceição. A presença da ancestralidade em narrativas de Conceição Evaristo e Mia Couto. Cadernos Cespuc, n. 32, jan. /jul. 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/16962/13446. Acesso em: 12 abr. 2019. SPIVAK, GayatriChakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: UFMG, 2010.


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (39) ◽  
pp. 91-103
Author(s):  
Margarida da Silveira CORSI ◽  
Greice Aparecida FACIOLI DE BITENCOURT ◽  
Solange Aparecida BOREGGIO

Considerando que o trabalho com o texto literário em sala de aula continua sendo um dos grandes desafios do professor de Língua Portuguesa e a escassez de propostas de abordagem capazes de reunir práticas pedagógicas e eventos sociais que envolvam a interação entre o leitor, texto literário e autor, o presente trabalho apresenta uma proposta de abordagem do conto Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector, voltada para alunos de oitavo e nono ano do ensino fundamental. Este trabalho objetiva promover o letramento literário e a instrumentalização do leitor. Para tanto, idealizamos uma abordagem a ser aplicada em formato de oficina, dividida a partir das etapas descritas por Micheletti (2000) e revistas por CORSI (2015), aliadas aos pilares do dialogismo bakhtiniano (BAKHTIN, 1997): conteúdo temático, estrutura composicional e estilo, partindo do contexto de produção no qual o texto encontra-se inserido. A partir desta visão, esta oficina apresenta as seguintes etapas: motivação/sensibilização, antecipação, leitura/análise e interpretação.  Espera-se com isso, desenvolver a criticidade do aluno/leitor e ampliar a sua compreensão por meio da produção de uma fanfiction, gênero que promove a criatividade do leitor através da reescrita e corresponde aos interesses do público alvo a quem este trabalho se destina.Recebido em: 30-04-2020Revisões requeridas em: 05-06-2020Aceito em: 07-06-2020REFERÊNCIAS:AZZARI, E. F.; CUSTÓDIO, M. A. Fanfics, Google Docs... A produção textual colaborativa. In: ROJO, R. (org.). Escol@ conectada. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997.BRAIT, B; MELO R. Enunciado/enunciado concreto/ enunciação. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.CÂNDIDO, A. O direito à literatura. In: CÂNDIDO, A. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2004. p. 169-191CANDIDO, W.R. O papel da universidade na formação docente: Caminhos para o pensamento crítico em sala de aula. Os textos e as ideologias, mídias, redes sociais, a literatura e outras formas de arte. In FLECK, G. F.; CORSI, M. da S.; CANDIDO, W. R. (Orgs). A pesquisa em Literatura e leitura na formação docente – experiências da pesquisa acadêmica à prática profissional no ensino. Volume 2. Campinas-SP: Mercado das Letras, 2018.CEREJA, W. R. MAGALHÃES, T.C. Literatura Brasileira: ensino médio. São Paulo: Atual, 2005CHARTIER, R. As revoluções da leitura no ocidente. In: ABREU, M. (Org.). Leitura, história e história da leitura. Campinas, SP: Mercado das Letras; São Paulo: Fapesp, 1999.COMPAGNON, A. Literatura para quê? Belo Horizonte: UFMG, 2009.CORSI, M. da S.. A narrativa literária francesa como suporte para o letramento do leitor – aprendiz de FLE. Maringá: Eduem, 2015.COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. 1. ed., 3ª reimp. São Paulo: Contexto, 2009.Fanfics Brasil: plataforma para a publicação e leitura de Fanfics. Página incial. Disponível em https://fanfics.com.br/. Acesso em: 12 de dez. de 2019.JOUVE, V. Por que estudar literatura?Trad. Marcos Bagno e Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2012.LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina: contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p.07-10.MICHELLETI, G. Leitura e construção do real: o lugar da poesia na ficção. São Paulo: Cortez, 2000.____, G. Concepções e práticas de leitura na escola: o lugar do texto literário. Itinerários, Araraquara, n. 17, 2001.PERFEITO, A. M.; OHUSCHI, M.C. G.; BORGES, C.A.G. Bula de remédio: da teoria à prática de sala de aula. In: OSÓRIO, E.M. (Org.) Mikhail Bakhtin: cultura e vida. São Carlos: Pedro e João Editores, 2010. p. 51-74.ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global, 2003.


2020 ◽  
Vol 14 ◽  
pp. 4533133
Author(s):  
João Dos Reis Silva Júnior ◽  
Everton Henrique Eleutério Fargoni

The text analyzes the changes and crises in the Brazilian political system and its consequences in civil society and scientific production with the victory of Bolsonaro in the 2018 elections. Based on the discussion of historical and recent elements, this article seeks to understand and debate the reasons and transformations in Brazilian society that formed the electoral intent that characterized Bolsonarism. It is shown that this movement is also responsible for one of the most dramatic periods in the country's political history. It ends by analyzing the rupture of Brazilian political stability, attacks on institutions, economic crisis and politicization of science under ideological attack through the pendulum narrowing of Bolsonarism with fascism.ResumoO texto analisa as mudanças e crises no sistema político brasileiro e suas consequências na sociedade civil e produção científica com a vitória de Bolsonaro nas eleições [presidenciais] de 2018.  A partir da discussão de elementos históricos e recentes, este artigo busca compreender e debater as razões e transformações na sociedade brasileira que formaram o intento eleitoral que caracterizaram o Bolsonarismo. Mostra que este movimento é também responsável por um dos períodos mais dramáticos para a história política do país. Finaliza analisando a ruptura da estabilidade política brasileira, ataques às instituições, crise econômica e politização da ciência sob ataque ideológico por meio do pendular estreitamento do Bolsonarismo com o fascismo.ResumenEl texto analiza los cambios y las crisis en el sistema político brasileño y sus consecuencias en la sociedad civil y la producción científica con la victoria de Bolsonaro en las elecciones de 2018. Basado en la discusión de elementos históricos y recientes, este artículo busca comprender y debatir las razones y transformaciones en la sociedad brasileña que formó la intención electoral que caracterizó al Bolsonarismo. Muestra que este movimiento también es responsable de uno de los períodos más dramáticos en la historia política del país. Termina analizando la ruptura de la estabilidad política brasileña, los ataques a las instituciones, la crisis económica y la politización de la ciencia bajo un ataque ideológico a través del estrechamiento pendular del Bolsonarismo con el fascismo.Palavras-chave: Bolsonarismo, Ciência, Necropolítica, Neoliberalismo.Keywords: Bolsonarism, Science, Necropolitic, Neoliberalism.Palabras claves: Bolsonarismo, Ciencias, Necropolítica, Neoliberalismo.ReferencesADORNO, T. W. Educação após Auschwitz. In: ADORNO, Theodor W. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. pp. 119-138.ADORNO, T. W. A teoria freudiana e o padrão de propaganda fascista. Margem Esquerda – ensaios marxistas. Boitempo Editorial, n. 7, 2006.AMARAL, N. C. PEC 241: a “morte” do PNE (2014-2024) e o poder de diminuição dos recursos educacionais. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação. v. 32, n. 3, p. 653 - 673 set./dez. 2016.ANTUNES, R. Fenomenologia da crise brasileira. 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2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 53-75
Author(s):  
Daniel Valente Pedroso de Siqueira

Resumo: Como entender o desenvolvimento teórico e as mudanças históricosociais que impulsionaram a recuperação e alteração da teoria marxiana no século XX e como esta ainda se encontra atuante sobre nosso horizonte social contemporâneo? Fazendo uso da reconstrução crítica de Habermas, a recuperação se inicia com Weber, a passagem por Lukács e na recepção horkheimeriana-adorniana, que tanto influenciou a crítica social do século XX, o presente artigo busca apresentar uma possibilidade de leitura.  Palavras-chave: Teoria crítica. Reificação. Marx. Habermas. Modernidade.  Abstract: How can we understand the theoretical development and all the socialhistorical changes which drove the incoming recovery and the further alteration of the Marxian theory in the twentieth century and how is it still possible to assumes it on our contemporary societies? Recovering Habermas’s critical reconstruction, which starts with Weber, the next step over Lukács, and the Horkheimerian-Adornian theoretical reception, which has largely influenced twentieth social critic, the aim paper intents to show up a possible reading.  Keywords: Critical theory. Reification. Marx. Habermas. Modernity.  REFERÊNCIAS  ARAUTO, A. “Lukács’ Theory of Reification”. In: Telos, n. 11, 1972.  ARGÜELLO, K. O Ícaro da Modernidade: Direito e Política em Max Weber. São Paulo: Acadêmica, 1997.  BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991.  BRAATEN, J. Habermas’s Critical Theory of Society. Albany: State University of New York Press, 1991.  COUTINHO, C. N. Lukács: A Ontologia e a Política. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs.). Lukács: Um Galileu no Século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  GIDDENS, A. “Reason without Revolution? Habermas’s Theorie des Kommunikativen Handelns”. In :BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massaschusetts : The MIT Press, 1991.  HABERMAS, J. “Does Philosophy still have a Purpose?”. In: HABERMAS, J. Philosophical-Political Profiles. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1983.  HABERMAS, J.  The Theory of Communicative Action, Volume I: Reason and the Rationalization of Society. Boston: Beacon Press, 1984.  HABERMAS, J.  Técnica e Ciência como “Ideologia”. São Paulo: Unesp, 2014.  HONNETH, A. The Critique of Power: Reflective Stages in a Critical Social Theory. Cambridge: The MIT Press, 1997.  HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro Editora, 2002.  HORKHEIMER, M. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. São Paulo: Abril Cultural, 1975.  HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. W. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.  LEO MAAR, W. “A Reificação como Realidade Social: Práxis, Trabalho e Crítica Imanente em HCC”. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs). Lukács: Um Galileu no século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  LUKÁCS, G. História e Consciência de Classe: Estudos sobre a Dialética Marxista. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016.MARX, K. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.  MARX, K. Grundrisse: Manuscritos Econômicos de 1857-1858 & Esboços da Crítica da Economia Política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.  MELO, R. Marx e Habermas: Teoria Crítica e os Sentidos de Emancipação. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.  MENEZES, A. B. N. T. Habermas e a Modernidade: Uma “Metacrítica da Razão Instrumental”. Natal: EDUFRN, 2009.  NETTO, J. P. “Lukács e o Marxismo Ocidental”. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs.). Lukács: Um Galileu no Século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  NOBRE, M. A Dialética Negativa de Theodor W. Adorno: A Ontologia do Estado Falso. São Paulo: Iluminuras/FAPESP, 1998.  NOBRE, M. A Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2004.  PINZANI, A. Habermas: Introdução. São Paulo: Artmed, 2004. REPA, L. A Transformação da Filosofia em Jürgen Habermas: Os Papéis de Reconstrução, Interpretação e Crítica. São Paulo: Editora Singular, 2008.  TEIXEIRA, M. Razão e Reificação: Um Estudo sobre Max Weber em “História e Consciência de Classe” de Georg Lukács. Campinas: Unicamp, Dissertação de mestrado, in mimeo, 2010.  WELLMER, A. “Reason, Utopia, and the Dialectic of Enlightenment”. In: BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991.  


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