Martin Heidegger, Paul Ricoeur and Metaphor as Poetic Revelation

2020 ◽  
pp. 87-122
2018 ◽  
Author(s):  
Fernanda De Jesus Almeida ◽  
Caroline Vasconcelos Ribeiro

Com esse artigo almejamos estabelecer uma discussão acerca da cientificidade da psicanálise de Freud, tendo como horizonte de questionamentos a maneira como Freud teoriza sobre a interpretação dos sonhos. Pleiteamos investigar se o pensamento freudiano se afina com as ciências naturais, como advoga o filósofo Martin Heidegger, ou se, devido ao fato de preconizar a decifração de sentidosdos conteúdos oníricos, se afasta do naturalismo, como afirma Paul Ricoeur. Na obra “Seminários de Zollikon”, Heidegger assegura que a psicanálise freudiana se encaixa no rol das ciências da natureza e que o conceito de inconsciente está a favor da explicabilidade do psiquismo, do estabelecimento de leis e causas que regem o seu funcionamento. Nessa perspectiva, a concepção de sonho como um produto da ação do inconsciente afinar-se-ia com a pretensão de explicabilidade causal, típica das ciências da natureza. Já Paul Ricoeur, na obra “Da interpretação: um ensaio sobre Freud”, defende que não se pode entender que decifração dos sentidos dos sonhos consista em um procedimento puramente naturalista. Sendo assim, para Ricoeur, com a teoria acerca da formação dos sonhos, Freud amenizou a influência naturalista que marcou o início de suas pesquisas. Pretendemos, com esse artigo, analisar se, ao interpretar os sonhos, Freud estaria fazendo o exercício de compreensão dos fenômenos, típico das Ciências do Espírito, ou se, como atesta Heidegger, estaria em busca de um tipo de explicabilidade afinado com a Ciência da Natureza.


2016 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 227-233
Author(s):  
Maria Cristina Ferreira dos Santos

O objetivo do artigo é analisar, sob o viés mnemônico, histórico e traumático, a obra autobiográfica Mácula, de Pedro Penteado do Prado (2013), a qual discorre sobre as mazelas de um garoto que injustamente foi acusado de subversivo e sofreu escabrosas torturas. Ademais, demonstrar que o sofrimento dos que foram massacrados pela falta de liberdade que pairou no Brasil durante o período Militar não apenas os determinou como sujeitos históricos que tem memórias enfermas, mas também nos determina como herdeiros destes anos de chumbo.  Para isso, serão usados os pressupostos teóricos de Martin Heidegger, Jean Paul Sartre, Jan Assmann e Paul Ricoeur.


2017 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 85
Author(s):  
Adeítalo Manoel Pinho

Este estudo aborda dois livros paradigmáticos: O Livro das Maravilhas, de Marco Polo, ousa apresentar parte do mundo encoberta pelos finos tecidos do mito e da lenda. As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, reescreve as viagens do mercador veneziano por entre metáforas e diálogos filosóficos. Tratando das cidades do oriente, o objetivo é religar as narrativas ao debate contemporâneo da literatura num circuito para a cultura e sua implicações. Autores como Paul Ricoeur, Francisco F. de Lima e Martin Heidegger conduzem a argumentação.


2018 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 223
Author(s):  
Ismail Fahmi Arrauf ◽  
Miswari Miswari

This article aims to explore hermeneutical thinking of contemporary Muslim thinkers. They are Fazlur Rahman, Nasir Hamid Abu Zayd, Mohammad Arkoun, Khaled Abou el-Fadl. These thinkers were greatly influenced by Western hermeneutical thinkers such as F. Sheiermacher, Wilhelm Dilthey, Martin Heidegger, Rydolf Bultmann, Hans-George Gadamer, Betti, Jurgen Habermas and Paul Ricoeur. The motivation of Muslim thinkers to use the hermeunetic approach developed by Western thinkers to reconstruct the meaning of the Qur’an was because they saw the initial motivation for the birth of hermeunetics from Western thinkers was because they wanted to reconstruct the Bible. The Qur'an and allegory are the same as the scriptures. The aspect that most influences Muslim thinkers in Western hermeunetic thinking towards the Qur'anic hermeneutics that they argue is the importance of reviewing the socio-historical descent of the Qur’an in order to contextualize the Qur’an. Between humans and the Qur’an that has been made throughout history by various schools and religious authorities. With hermeneutics, the Qur'an wants to be returned to humanity as a powerful text for every situation, condition and age.


Author(s):  
Jéferson Luís de AZEREDO (Unisinos)

Procurou-se aqui, pensar a poesia no que se refere a uma hermenêutica-ontológica, no engendramento de uma abertura ao ser. Para isso, se fez uma interlocução entre o filósofo Martin Heidegger e Paul Ricoeur. Primeiramente com Heidegger, a partir da fase de virada, a Kehre, dos anos 30, apresentando-se a desconstrução da história da ontologia ou até mesmo metafísica, que para ele se deu a partir de um esquecimento progressivo do ser, desenrolando-se agora, pós-virada, paralelamente a um pensamento não representacional, mas sim poético, margeando a filosofia e indicando a verdade antes esquecida na forma de pensar que desvela o ser. Para tal empreitada, Heidegger coloca a linguagem em destaque, sempre na relação com Hölderlin, que retoma um pensar poético (dichtende Denken), e o faz afastar-se da ciência como único modo de pensar. Com Ricoeur, trabalhou-se aqui uma descrição de metáfora inserida numa teoria geral sobre a linguagem ou significação, que tem como tese a metáfora como retórica pela qual o discurso liberta o poder que algumas imaginações e ficções comportam para redescrever a realidade, bem como, uma relação entre imaginação e pensamento, em que há uma reflexão sobre o processo metafórico como fundamento da escrita poética. A partir destes dois autores e que se torna possível uma significação do mundo, dos outros e de si mesmo, ou seja, extrapola-se uma atitude interpretativa para o ser de quem interpreta, chegando-se a uma hermenêutica-ontológica.


Labyrinth ◽  
2020 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 39
Author(s):  
Mădălina Guzun

Aletheia: The Truth of Philosophical Translation as a Translation of Thruth.An Encounter of Martin Heidegger, Paul Ricœur and Antoine BermanThe article analyzes the specificity of philosophical translations insofar as they generate a new meaning and present themselves as originals that must be retranslated. This goes against Ricœur’s conception of translation as a creation of comparable terms. We will show that philosophical translation consists in the creation of an incomparable term, which cannot be measured in terms of equivalence, adequacy or fidelity. All these terms correspond to a notion of truth understood as adequacy, therefore we operate a deconstruction of aletheia, the Greek concept for “truth”, in order to show that what we hold today to be the truth of translation has been the result of a translation. Through Heidegger’s reading of aletheia and through Berman’s account of the terms that name translation in Europe, we reinterpret the Roman philosophical translations as examples of traductio and we show, in the end, that by retranslating aletheia, the rules for the practice of translation change, allowing the latter to be guided by an ethical approach towards the otherness rather than by righteous fidelity and adequacy. 


2021 ◽  
pp. 55-73
Author(s):  
Francisco Naishtat

Este artículo parte de un poema manuscrito atribuido póstumamente a Jorge Luis Borges, titulado “Aquí. Hoy” y editado por el crítico colombiano Abad Faciolince. Sin entrar en el problema de la autenticidad de este poema, lo que interesa es su argumento metafísico en conexión con lo que se caracteriza aquí como una “hermenéutica del olvido”, convocando a Paul Ricœur, Friedrich Nietzsche, Jean-Paul Sartre, Martin Heidegger, Walter Benjamin y otros filósofos que inauguraron una reflexión sobre el olvido con raíces fenomenológicas, ontológicas, antropológico-existenciales e históricas. En particular, el autor polariza un pensamiento (in)existencial del olvido a través de la noción de Nachleben con la que Benjamin, en su obra temprana, aborda la temática de la ruina y la espectralidad.


2010 ◽  
Vol 7 (2-3) ◽  
pp. 203-210
Author(s):  
Valdés Mario J.
Keyword(s):  

2013 ◽  
Vol 34 (109) ◽  
pp. 3
Author(s):  
Jorge Enrique González
Keyword(s):  

<p>Hace cien años nació en Valence (Francia) el filósofo Paul Ricoeur. Su obra ha sido objeto de variados análisis, y ha sido el origen de una gran cantidad de estudios filosóficos así como propios del ámbito las ciencias humanas y sociales contemporáneas. En estas breves líneas, se quiere rendir homenaje a uno de los pensadores más importantes del siglo XX y comienzos del XXI, destacando no solo su trabajo estrictamente filosófico, sino una peculiaridad de su trabajo que lo aproxima de manera decisiva a algunas de las disciplinas de las ciencias humanas y sociales.</p>


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document