scholarly journals Hermenéutica del olvido

2021 ◽  
pp. 55-73
Author(s):  
Francisco Naishtat

Este artículo parte de un poema manuscrito atribuido póstumamente a Jorge Luis Borges, titulado “Aquí. Hoy” y editado por el crítico colombiano Abad Faciolince. Sin entrar en el problema de la autenticidad de este poema, lo que interesa es su argumento metafísico en conexión con lo que se caracteriza aquí como una “hermenéutica del olvido”, convocando a Paul Ricœur, Friedrich Nietzsche, Jean-Paul Sartre, Martin Heidegger, Walter Benjamin y otros filósofos que inauguraron una reflexión sobre el olvido con raíces fenomenológicas, ontológicas, antropológico-existenciales e históricas. En particular, el autor polariza un pensamiento (in)existencial del olvido a través de la noción de Nachleben con la que Benjamin, en su obra temprana, aborda la temática de la ruina y la espectralidad.

2016 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 227-233
Author(s):  
Maria Cristina Ferreira dos Santos

O objetivo do artigo é analisar, sob o viés mnemônico, histórico e traumático, a obra autobiográfica Mácula, de Pedro Penteado do Prado (2013), a qual discorre sobre as mazelas de um garoto que injustamente foi acusado de subversivo e sofreu escabrosas torturas. Ademais, demonstrar que o sofrimento dos que foram massacrados pela falta de liberdade que pairou no Brasil durante o período Militar não apenas os determinou como sujeitos históricos que tem memórias enfermas, mas também nos determina como herdeiros destes anos de chumbo.  Para isso, serão usados os pressupostos teóricos de Martin Heidegger, Jean Paul Sartre, Jan Assmann e Paul Ricoeur.


1969 ◽  
Vol 1 (8) ◽  
Author(s):  
Sarah Catão LUCENA

Este artigo tem como propósito pensar a respeito do tema da memória e seu reverso, o esquecimento, na atualidade, utilizando-se da análise do conto Funes, o Memorioso, do escritor argentino Jorge Luis Borges. Para tanto, recorreu-se às reflexões de alguns dos principais teóricos da memória. Com Paul Ricoeur, buscou-se, especialmente nos seus textos sobre os usos da memória e do esquecimento, tratar principalmente deste último enquanto uma não-disfunção da mente. Com Pierre Nora, por meio de suas reflexões sobre os lieux de memoire, e Jesus Martin-Barbero e seu boom da memória, foi possível atualizar o conto de Borges como uma metaforização do mais representativo sintoma da contemporaneidade, que Márcio Seligmann-Silva chama de era dos arquivos. Nesse ponto, encontramos interlocução com Walter Benjamin e seu conceito de arquivamento no fazer história. É quando podemos ver em Funes, então, a imagem de nossa atual obsessão pelo resgate da memória.


Author(s):  
Natalja Chestopalova

French philosopher, writer, artist and translator Pierre Klossowski was born in Paris and raised in Switzerland, Germany and France. His education was influenced by Rainer Maria Rilke (1875–1926) and André Gide (1869–1951). A friend of Georges Bataille (1897–1962), Walter Benjamin (1892–1940) and Pierre-Jean Jouve (1887–1976), Klossowski produced French translations of works by Friedrich Nietzsche (1844–1900), Franz Kafka (1883–1924), Martin Heidegger (1889–1976) and Ludwig Wittgenstein (1889–1951) from German, and of the works of Suetonius, Virgil, Augustine and Tertullian from Latin.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 292-312
Author(s):  
Jéferson Luís Azeredo ◽  
Edivan Waterkemper Silveira

Neste artigo, evidenciamos que, para que possamos pensar as metáforas como um campo de experiências para a criação artística e, com isso, possamos usá-las como possibilidade aberta de repensar o mundo em que vivemos, é necessário destacá-las como lugar de experiência; para que isso aconteça, nosso objetivo aqui é indicá-las como uma disposição da compreensão. Procuramos, com isso, convocar o potencial da disposição para que nunca deixemos de empreender uma intensa e inesperada experiência nova, pois, quando as palavras se abrem para novas possibilidades, ao acessá-las pela via da compreensão e experiência, podemos ressignificar o mundo em que vivemos e, sobretudo, a nós mesmos. Alijamos essa compreensão a partir de alguns autores, especialmente Paul Ricoeur, Aristóteles e Friedrich Nietzsche, pois a partir deles,somos capazes de realizar o diálogo com as metáforas bíblicas, como um tipo mais específico de experiência, aproximando a experiência religiosa e o pensamento, no que se refere à criação artística.Palavras-chave: Metáforas bíblicas. Experiência estética. Diálogo. Lugar. AbstractIn this article, we show that, so that we can think of metaphors as a field of experiences for artistic creation and, therefore, also as an open possibility of rethinking the world we live in, it is necessary to highlight them as a place of experience, and for this happen, our aim here is to indicate them as a disposition of understanding. With this, we seek to summon the potential of disposition so that we never stop undertaking an intense and unexpected new experience, because, when words open up to more possibilities, by accessing them through understanding and experience, we can reframe the world in which we live and, above all, ourselves. We jettisoned this understanding from some authors, especially Paul Ricoeur, Aristotle and Friedrich Nietzsche, because from them, we are able to carry out a dialogue with biblical metaphors, as a more specific type of experience, bringing together religious experience and thought in the which refers to artistic creation.Keywords: Biblical metaphors. Aesthetic experience. Dialogue. Place. ORCIDhttp://orcid.org/0000-0002-1770-6021 


2012 ◽  
pp. 3
Author(s):  
Augusto Leite

O presente artigo busca contribuir para a discussão do texto “A tarefa do tradutor” de Walter Benjamin, a partir da leitura do filósofo francês Paul Ricoeur do texto de Benjamin em questão. Pretende-se desenvolver, ainda, as implicações teóricas das propostas contidas no texto sobre a tarefa do tradutor, particularmente a ideia de língua pura – reine Sprache.


2018 ◽  
Author(s):  
Fernanda De Jesus Almeida ◽  
Caroline Vasconcelos Ribeiro

Com esse artigo almejamos estabelecer uma discussão acerca da cientificidade da psicanálise de Freud, tendo como horizonte de questionamentos a maneira como Freud teoriza sobre a interpretação dos sonhos. Pleiteamos investigar se o pensamento freudiano se afina com as ciências naturais, como advoga o filósofo Martin Heidegger, ou se, devido ao fato de preconizar a decifração de sentidosdos conteúdos oníricos, se afasta do naturalismo, como afirma Paul Ricoeur. Na obra “Seminários de Zollikon”, Heidegger assegura que a psicanálise freudiana se encaixa no rol das ciências da natureza e que o conceito de inconsciente está a favor da explicabilidade do psiquismo, do estabelecimento de leis e causas que regem o seu funcionamento. Nessa perspectiva, a concepção de sonho como um produto da ação do inconsciente afinar-se-ia com a pretensão de explicabilidade causal, típica das ciências da natureza. Já Paul Ricoeur, na obra “Da interpretação: um ensaio sobre Freud”, defende que não se pode entender que decifração dos sentidos dos sonhos consista em um procedimento puramente naturalista. Sendo assim, para Ricoeur, com a teoria acerca da formação dos sonhos, Freud amenizou a influência naturalista que marcou o início de suas pesquisas. Pretendemos, com esse artigo, analisar se, ao interpretar os sonhos, Freud estaria fazendo o exercício de compreensão dos fenômenos, típico das Ciências do Espírito, ou se, como atesta Heidegger, estaria em busca de um tipo de explicabilidade afinado com a Ciência da Natureza.


2021 ◽  
Author(s):  
◽  
Fabiana Rodrigues de Almeida

A palavra anatomia, que trago para o título desta tese, deriva etimologicamente da junção de origem grega ana (acima) e tomáo (cortar), e significa cortar em partes. A Base Nacional Comum Curricular, objeto central dessa tese, só poderá ser entendida neste e nos tempos futuros se olharmos para sua espinha dorsal e compreendermos suas partes ausentes. Isso implica olhar para as mutilações decorrentes de uma política de memória que insiste em apagar, silenciar, interditar sujeitos, narrativas e saberes. Este foi o cenário vivido pela área de História no processo de construção de uma proposta curricular para a educação brasileira no século XXI, um tempo marcado por muitos desafios para a ciência e para pesquisadores e professores. Como resultado das discussões do Plano Nacional de Educação (PNE/2014), que estabeleceu diversas metas a serem cumpridas até 2020, a Base Nacional Comum Curricular deveria conter direitos e objetivos de aprendizagem capazes de unificar 60% dos conteúdos escolares a nível nacional, enquanto os 40% restantes respeitariam a autonomia e diversidade local. A primeira proposta pensada para a base, entre os anos de 2013 e 2014, apostava nessa construção capaz de garantir a autoria das escolas e dos professores, mas não chegou a ganhar o debate público e foi sumariamente interditada pelo Ministério da Educação. Em 2015, uma nova versão foi publicada e mobilizou um enorme debate público em torno da BNCC. Dentro desse debate, a área de História reuniu a maior parte dos holofotes projetados nessa querela pública, sofrendo fortes ataques à sua produção e desqualificação da sua equipe elaboradora, que propunha a superação de uma narrativa histórica quadripartite – tradicionalmente organizada em história antiga, medieval, moderna e contemporânea – e trazia para o centro do debate questões socialmente vivas, como aquelas atinentes à lei 11.645/2008, que introduz a obrigatoriedade da história Afro-brasileira e indígenas nos currículos escolares. Diante de um cenário de rejeição mobilizado por setores conservadores do meio acadêmico e da sociedade civil, bem como capitaneado por interesses privados na educação e, por fim, pelo próprio Ministério da Educação, aquela versão considerada incômoda será interditada em nome de uma outra versão realizada por sujeitos externo ao campo do Ensino de História. Eles foram capazes de trazer de volta um código disciplinar canônico, desconsiderando nesse sentido os investimentos em pesquisa realizados nas últimas três décadas pela comunidade disciplinar do Ensino de História. Narrar essa história torna-se assim um dever de memória. Partindo desse princípio, busquei nessa tese entender como se deram os processos de construção das primeiras versões da BNCC, propostas por sujeitos atuantes no campo do Ensino de História? E a partir deste ponto, buscar compreender quais as razões que levaram à interdição de ambas as versões? Entre os referenciais teóricos que me ajudaram a ler esse cenário, destaco especialmente Ivor Goodson e seu entendimento de currículo como “tradições inventadas”, construídas socialmente e por uma comunidade disciplinar. Para a definição de currículo como política de memória, ancoro esta pesquisa nas discussões desenvolvidas por Paul Ricoeur e Michael Pollak. Por fim, para compreender o que significa discutir currículo em tempos de barbárie, busquei inspiração em Walter Benjamin e sua clareza sobre os efeitos nefastos do progresso sobre a História e sobre os sujeitos históricos. Contrariando a tentativa de apagamento gerado no processo de construção da BNCC, minha opção metodológica foi ouvir aqueles e aquelas que tiveram suas propostas interditadas. Nesse sentido, as narrativas de alguns dos autores e autoras das primeiras versões de História assumiram protagonismo e apontaram a complexidade que envolveu a construção curricular de História na base, marcada por defesas de territórios, potentes invenções, disputadas de fronteiras, batalhas enfrentadas e silêncios que atravessaram as decisões políticas impostas à educação brasileira.


2012 ◽  
pp. 09-30
Author(s):  
Hugo Studart

Comunicação de pesquisa que busca detalhar as descobertas e a abordagem metodológica da investigação historiográfica em curso sobre a guerrilha rural brasileira (1966-1974), através do uso combinado de fontes escritas remanescentes (diários e cartas dos guerrilheiros, documentos políticos do partido e documentos militares) e das fontes orais sobreviventes (guerrilheiros, camponeses e militares), procurando diálogo teórico com Walter Benjamin, Paul Ricoeur e Hannah Arendt a partir de suas reflexões sobre o conceito de memória, assim como em questões como memória e esquecimento, anistia e perdão.


2021 ◽  
Vol 5 (15) ◽  
pp. 5-24
Author(s):  
Ester Jordana Lluch

El presente artículo examina las relaciones entre escritura, técnica y pensamiento. Las reflexiones de Martin Heidegger en torno a porqué la ciencia no piensa nos permiten abordar el problema de la homogenización del pensamiento y de la escritura en las universidades contemporáneas. Afirmar hoy que «la academia no piensa» invita a una reflexión respecto a esos modos de pensamiento y escritura imperantes. Siguiendo los vínculos que Heidegger establece entre el avenimiento de la técnica y la transformación de la escritura analizamos su noción de serenidad para contraponerla al modo en que Friedrich Nietzsche, Walter Benjamin y Michel Foucault se sirven de distintos objetos técnicos para generar nuevas formas de pensamiento y de escritura.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document