scholarly journals Las gubernamentalidades del neoliberalismo

2017 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 15-56
Author(s):  
Nicholas Gane

El artículo toma como punto de partida la obra de Michel Foucault, particularmente los cursos sobre biopolítica dictados en el Collège de France (1978-1979), para examinar los distintos modelos de vigilancia con los que operan el liberalismo y el neoliberalismo en tanto formas de gobierno. En primer lugar, se hace una re-lectura de Vigilar y Castigar a la luz del análisis que realiza Foucault en sus cursos sobre el arte de gobierno liberal. Se argumenta que el Panóptico no es solo una arquitectura de poder centrada en la disciplina y la normalización, tal como se lo ha entendido comúnmente, sino un modelo normativo de la relación del Estado con el Mercado que, para Foucault, es ‘la fórmula misma de un gobierno liberal’ (2009: 89). En segundo lugar, los límites del panoptismo, y, por extensión, del gobierno liberal, son expuestos a partir del análisis de Gilles Deleuze sobre la mutación de sociedades disciplinarias a sociedades de ‘control’, y los escritos de Zygmunt Bauman acerca de la individualización y el ‘Sinóptico’. En respuesta a Deleuze y Bauman, la última sección de este artículo regresa a los cursos sobre biopolítica de Foucault para argumentar que la sociedad capitalista contemporánea está marcada no solo por la disminución de los poderes estatales o por la transmisión de responsabilidades del Estado al individuo, sino por la mercantilización neoliberal del Estado y sus instituciones en tanto proceso condicionado por una forma específica de gubernamentalidad. En conclusión, se proponen cuatro tipologías de vigilancia: como disciplina, como control, como interactividad y como mecanismo para promover la competencia. Se argumenta que, si bien estos tipos de vigilancia no son mutuamente excluyentes, están configurados por diferentes gubernamentalidades que pueden ser empleadas para examinar diferentes aspectos de la relación entre el Estado y el Mercado, así como lógicas culturales y sociales del capitalismo de mercado contemporáneo en un sentido más amplio.

2018 ◽  
Vol 1 (23) ◽  
pp. 94-114
Author(s):  
Lucas Fortunato ◽  
Alexsandro Galeno

Esse artigo trata da análise de Zygmunt Bauman sobre a modernidade líquida, focando especialmente nas tecnologias de vigilância desenvolvidas nas últimas décadas. O artigo inicia abordando o mal-estar na civilização diagnosticado por Freud e retomado por Bauman no contexto contemporâneo. Em seguida, trata das contribuições de Michel Foucault e Gilles Deleuze sobre as tecnologias de poder instauradas nas atuais sociedades. Com isso, detalha-se a passagem das sociedades modernas disciplinares para a atual modernidade líquida e suas novas tecnologias de vigilância e poder pós-panóptico, ou seja, o sinóptico, o banóptico e o que se denomina ciberpoder.


Sapere Aude ◽  
2016 ◽  
Vol 7 (14) ◽  
pp. 715
Author(s):  
Gabriela Menezes Jaquet

Os domínios do discursivo e do não-discursivo podem, para o pensamento de Michel Foucault a partir da década de 1970, serem entendidos como configurando um <em>entrecruzamento </em>entre si, com o advento de um novo acento sobre problemáticas que se integrarão à sua arqueologia. Intentaremos neste artigo uma abordagem mais específica da categoria de <em>acontecimento </em>(<em>événement</em>) relevando deste entrecruzamento; primeiramente através de um estudo de <em>L’Ordre du discours</em>, sua aula inaugural no Collège de France em 1970, e então, pensando ainda outros desdobramentos para a visada foucaultiana, estenderemos o enfoque para a questão da <em>temporalidade</em> do acontecimento <em>via </em>Gilles Deleuze e das <em>práticas via </em>Paul Veyne. Como nexo entre estes três autores, explicitaremos a importância concedida ao <em>conceito</em> em sua esfera propriamente criativa e propositiva – não apenas uma descrição epistemológica, mas <em>tarefa</em> intelectual, – que nos permitirá igualmente abordar a possibilidade de uma outra teoria para a história, através do delineamento de novas grades de inteligibilidade a que incita o conceito. Desta maneira, dialogando com o contexto subjacente à nossa discussão, relativo à análise estrutural francesa, pretendemos, ao longo de nosso escrito, justificar igualmente o gesto que nos terá acompanhado de forma paralela, o de uma <em>acontecimentalização </em>da história, – alicerçado então, por sua vez, no trabalho ativo desta <em>filosofia do acontecimento</em>.


E-Compós ◽  
2008 ◽  
Vol 9 ◽  
Author(s):  
Marcelo Benevides Lopes

A proposta do presente artigo é aprofundar e atualizar os conceitos desenvolvidos pelo escritor norte-americano Hakim Bey no livro TAZ: Zona Autônoma Temporária, através das metáforas do rizoma e da máquina de guerra, descritas por Gilles Deleuze e Félix Guattari, e de outros desdobramentos que se tornam necessários, tendo como suporte autores como Michel Foucault, Zygmunt Bauman e Howard Rheingold. Assim, sugerimos situar a formação da TAZ no âmbito da cibercultura, mais precisamente em sistemas colaborativos que utilizam a plataforma wiki, também propondo uma contextualização da cartografia da rede e dos dispositivos de vigilância em tais projetos.


2019 ◽  
pp. 137-159
Author(s):  
Bruno Nunes Batista

No final da década de 1970 Michel Foucault, nos seus cursos no Collège de France, procurou problematizar a emergência do neoliberalismo. Tomando como base esse cenário, este artigo discute a genealogia do neoliberalismo sob o viés foucaultiano, ampliando a análise para a contemporaneidade com os aportes de Gilles Deleuze, Christian Laval, Pierre Dardot, Alfredo Veiga-Neto e outros. Além disso, o texto sinaliza alguns desdobramentos tanto no mundo do trabalho quanto na Educação, a partir da construção de uma formação que deve ser empreendedora, flexível, autônoma e empresária de si mesmo; enfim, um sujeito que se constitua em um capital humano competitivo em termos de empregabilidade.


E-Compós ◽  
1970 ◽  
Vol 9 ◽  
Author(s):  
Marcelo Benevides Lopes

A proposta do presente artigo é aprofundar e atualizar os conceitos desenvolvidos pelo escritor norte-americano Hakim Bey no livro TAZ: Zona Autônoma Temporária, através das metáforas do rizoma e da máquina de guerra, descritas por Gilles Deleuze e Félix Guattari, e de outros desdobramentos que se tornam necessários, tendo como suporte autores como Michel Foucault, Zygmunt Bauman e Howard Rheingold. Assim, sugerimos situar a formação da TAZ no âmbito da cibercultura, mais precisamente em sistemas colaborativos que utilizam a plataforma wiki, também propondo uma contextualização da cartografia da rede e dos dispositivos de vigilância em tais projetos.


Author(s):  
Vanessa Lemm

Readers of Giorgio Agamben would agree that the German philosopher Friedrich Nietzsche (1844–1900) is not one of his primary interlocutors. As such, Agamben’s engagement with Nietzsche is different from the French reception of Nietzsche’s philosophy in Michel Foucault, Gilles Deleuze and Georges Bataille, as well as in his contemporary Italian colleague Roberto Esposito, for whom Nietzsche’s philosophy is a key point of reference in their thinking of politics beyond sovereignty. Agamben’s stance towards the thought of Nietzsche may seem ambiguous to some readers, in particular with regard to his shifting position on Nietzsche’s much-debated vision of the eternal recurrence of the same.


2017 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 217-249 ◽  
Author(s):  
BRANDON KONOVAL

The figure of Oedipus haunted the thought of Michel Foucault from the outset of his tenure at the Collège de France, in association with several key philosophical and historical projects, and enduring until the conclusion of his career. However, it was with Foucault's account of an “Oedipus complex”—one that operated “not at the individual level but at the collective level; not in connection with desire and the unconscious but in connection with power and knowledge” (“Truth and Juridical Forms,” 1973)—that Foucault was able to enlist Oedipus for a genealogy of “sexuality” and, furthermore, of “governmentality,” such as would increasingly preoccupy him through the mid- to late 1970s. Foucault's attention to classical texts—in particular the Oedipus Tyrannos of Sophocles and the Republic of Plato—thereby helped to clear a critical pathway through the conventional Marxism embraced by the “repressive hypothesis,” and to arrive at a Nietzschean genealogy of sexuality and power.


2008 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
pp. 443-456 ◽  
Author(s):  
Ricardo Burg Ceccim ◽  
Alcindo Antônio Ferla

O artigo procura construir, a partir de uma memória da Reforma Sanitária Brasileira e de aproximações entre as áreas científicas da Educação e da Saúde, uma micropercepção (matéria para o pensar, aprender, conhecer) emergência de um domínio de conhecimento designado por Educação e Ensino da Saúde. Esse domínio emergente estaria bastante associado invenção da Saúde Coletiva, no campo científico da saúde, e com à invenção do Controle Social em Saúde, no campo da intervenção política nesse setor. O novo domínio de conhecimento seria caracterizado por uma implicação singular do ensino com a cidadania, permitindo a travessia de fronteiras entre educação e saúde pela via da educação permanente em saúde. Os temas do ensino e da cidadania são problematizados com o auxílio explícito ou não (via seus leitores) de alguns pensadores da filosofia e do contemporâneo, como Michel Foucault, Michel Serres, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Francisco Varela, Humberto Maturana e Ilya Prigogine.


Sociologias ◽  
2011 ◽  
Vol 13 (28) ◽  
pp. 370-380
Author(s):  
Edson Benedito Rondon Filho

A obra retrata o curso de mesmo nome ministrado por Michel Foucault no Collège de France (1977-1978), onde o autor desenvolveu a genealogia de uma forma de saber político centrado nos mecanismos que possibilitam a regulação da população. A arte de governar e o 'governo de si' são questionados em um transcurso histórico que desaguou em uma "razão de Estado", cuja racionalidade implicou na construção de conjuntos de saberes e de tecnologias de poder, necessários para o crescimento das forças do Estado. Ao demonstrar os problemas que a Polizeiwissenschaft devia controlar, delimitou o papel da polícia como garantidora da ordem interna e técnica de controle populacional, dotada de saberes específicos, constituindo-se, junto com segurança e a Economia Política, naquilo que Foucault denominou de biopolítica.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document