scholarly journals O diálogo de Dussel com Marx: decolonialidade e marxismo

2021 ◽  
Vol 13 (26) ◽  
pp. 122-137
Author(s):  
Silvia Gabriel Teixeira ◽  
Jose Luiz Quadros de Magalhães

Os estudos decoloniais vem com a proposta de repensar do sistema mundo moderno. Enrique Dussel ao propor a Filosofia da Libertação faz uma análise complexa sobre a América Latina, sobre o ser latino e busca, através da transmodernidade, apresentar uma ética da libertação. Contudo, para esse caminhar Dussel faz diálogos com diversos autores. No presente trabalho apresenta-se a segunda fase da filosofia dusseliana, a partir da releitura dos textos de Karl Marx, os seus encontros e pontos de divergência. A filosofia da libertação trata-se de um autodescobrimento, como um ser cidadão com direito de participação, de escolhas. A descoberta de si mesmo permite perceber o outro diverso, dentro de uma perspectiva de complementaridade.

2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


Author(s):  
Alejandro Fernando González Jiménez

En este trabajo se intenta proponer, desde los márgenes, elementos que cuestionen la forma tradicional de iniciar la lectura de los Grundrisse de Karl Marx y propone al mismo tiempo la restitución del manuscrito llamado “Bastiat y Carey” como su verdadero comienzo argumental. Ello a través de una revisión panorámica de su recepción en América Latina y en particular en la recepción hecha de los manuscritos de 1857-58 de la crítica de la economía política por Enrique Dussel. Partiendo de la importancia que este autor latinoamericano pone sobre la necesidad en Marx de pensar el concepto de producción en general


2017 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 65
Author(s):  
César Augusto Costa ◽  
Carlos Frederico Loureiro

O propósito deste ensaio é destacar alguns pressupostos e implicações políticas da filosofia de Karl Marx na leitura de Enrique Dussel, trazendo contribuições teóricas para o processo de lutas sociais na América Latina. Temos convicção que a aproximação dos autores mencionados contribui de forma impar diante os processos libertários neste contexto. O presente trabalho está sistematizado em três tópicos, que se seguem à introdução, onde reiteramos as convergências críticas entre o filósofo argentino Enrique Dussel e o alemão Karl Marx para a compreensão da América Latina. Inicialmente, abordaremos elementos reflexivos sobre Marx na leitura filosófica de Dussel. Em seguida, situaremos o cenário de expropriações e lutas sociais no sistema-mundo moderno colonial a partir deste referencial da América Latina. Por fim, na parte conclusiva, pontuaremos as “interpelações críticas” a partir de Dussel e Marx, na perspectiva das lutas sociais latino-americanas, que se constituem em filósofos fundamentais para compreendermos o processo de expropriações e lutas sociais no âmbito latino-americano.


Author(s):  
Alejandro Fernando González Jiménez

En este trabajo se intenta proponer, desde los márgenes, elementos que cuestionen la forma tradicional de iniciar la lectura de los Grundrisse de Karl Marx y propone al mismo tiempo la restitución del manuscrito llamado “Bastiat y Carey” como su verdadero comienzo argumental. Ello a través de una revisión panorámica de su recepción en América Latina y en particular en la recepción hecha de los manuscritos de 1857-58 de la crítica de la economía política por Enrique Dussel. Partiendo de la importancia que este autor latinoamericano pone sobre la necesidad en Marx de pensar el concepto de producción en general


SER Social ◽  
2016 ◽  
Vol 18 (38) ◽  
pp. 68-94
Author(s):  
César Augusto Costa ◽  
Carlos Frederico Loureiro

O propósito deste ensaio é destacar alguns pressupostos e implicações políticas da filosofia de Karl Marx na leitura de Enrique Dussel, trazendo contribuições teóricas para o processo de lutas sociais na América Latina. Temos convicção que a aproximação dos autores mencionados contribui de forma impar diante os processos libertários neste contexto. O presente trabalho está sistematizado em três tópicos, que se seguem à introdução, onde reiteramos as convergências críticas entre o filósofo argentino Enrique Dussel e o alemão Karl Marx para a compreensão da América Latina. Inicialmente, abordaremos elementos reflexivos sobre Marx na leitura filosófica de Dussel. Em seguida, situaremos o cenário de expropriações e lutas sociais no sistema-mundo moderno colonial a partir deste referencial da América Latina. Por fim, na parte conclusiva, pontuaremos as “interpelações críticas” a partir de Dussel e Marx, na perspectiva das lutas sociais latino-americanas, que se constituem em filósofos fundamentais para compreendermos o processo de expropriações e lutas sociais no âmbito latino-americano.  


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta
Keyword(s):  

Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Críticada Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução emostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx paraesse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade,entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanecelivre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pelaFilosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano epressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel,sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamentofilosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel umaparcialidade pela vítima: seu pensamento está construído,propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o demostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, oque cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica depensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado eprovocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povolatino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado,para além da importância atual do pensamento marxiano para acompreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevânciateórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política comoum todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pelacoragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista,já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.


2012 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 7
Author(s):  
Isaac Caro ◽  
Valentina Rozas

El presente volumen XXVI, número 2, de revista Persona y Sociedad, de agosto de 2012, incluye seis artículos originales, de autores de Chile, Bolivia, Argentina y España, que abarcan temáticas relacionadas con la filosofía política, la antropología y la sociología. Además, hemos incorporado dos reseñas de libros pertenecientes a dos colecciones distintas, una sobre teología, la otra sobre estudios de la memoria. El primer artículo, de Eduardo Romero, de la Universidad de Mendoza, Argentina, aborda y discute algunas de las tesis más importantes de la Política de la liberación del filósofo Enrique Dussel, como son la determinación mutua de los principios políticos, las nociones de potentia y potestas, la teoría del poder, el problema de la representatividad hacia la constitución del campo político, la determinación deóntica de la política. El autor también incluye una problematización de las tesis de Dussel a partir de la ética del discurso de Karl-Otto Apel y de la política deliberativa de Jürgen Habermas. Desde una óptica centrada en la ciencia política, y no alejada del todo de las temáticas del artículo anterior, H. C. F. Mansilla analiza la relación entre igualitarismo y utopía, a partir de las tendencias socialistas y populistas existentes en América Latina. El autor boliviano señala que en las grandes utopías clásicas existe un fenómeno recurrente: “el surgimiento de clases dirigentes que están muy alejadas del pueblo llano, que concentran el poder efectivo y los privilegios, y que utilizan el igualitarismo como mero instrumento ideológico”. E l tercer artículo corresponde a Hugo Cadenas, de la Universidad de Chile, quien escribe sobre la desigualdad en la sociedad moderna, tomando como base la teoría de sistemas sociales. Desde esta perspectiva, se postula que “el problema de la igualdad/desigualdad no puede ser entendido como un resabio de formas previas de diferenciación, sino que forma parte de la sociedad moderna”. El autor presenta algunos de los conceptos centrales “que enmarcan la reflexión teórica, las críticas a esta posición, algunas precisiones conceptuales necesarias y, finalmente, algunas vías de reenfoque del problema y una propuesta de programa de investigación para la desigualdad de la sociedad”. Desde Bahía Blanca, Argentina, la investigadora María Inés Silenzi escribe sobre una ‘zona de interfaz’ que se produce entre las ciencias cognitivas y la antropología del cuerpo, lo que da origen a un nuevo ‘enfoque situado de la mente’. Este enfoque considera que “la mente es vista no de manera aislada sino en relación a un cuerpo y a un entorno”, es decir, de manera “situada, encarnada o incrustada”. En esta dirección, y a partir de la relación cuerpo-mente-mundo, se describen algunas de las ‘vertientes filosóficas más relevantes en relación a tal articulación’. El trabajo siguiente, de Sylvia Contreras, aborda la situación de los entornos rurales ‘proponiendo como eje central la materialidad de la existencia’. Bajo este prisma se valoran las narrativas que dibujan una revalorización de lo rural y aquellas que aluden a la ineludible contingencia y vulnerabilidad de la existencia, “desvelando las herencias que hoy marcan los devenires de los habitantes de estos territorios”. La autora aborda el territorio y lo rural a partir de los conceptos de localización y relocalización, los que entiende como resultados de diferentes formas locales de organización y creación de nuevas formas sociales de resistencia frente a la globalización. Finalmente, Viviana Salinas, de la Pontificia Universidad Católica de Chile, presenta el tema de las madres primerizas en Chile, explorando “la existencia de algún tipo de convivencia que se aleje del modelo tradicional de uniones consensuales en Chile, sugiriendo una transición hacia etapas más avanzadas del fenómeno”. La autora se basa en datos que provienen de la Encuesta de Nuevas Familias Chilenas, implementada entre 2008 y 2009, en cinco hospitales y clínicas de Santiago, de modo de mostrar “varios indicadores de bienestar emocional entre mujeres con diferentes tipos de unión, marcando la ventaja de las casadas en hogares nucleares y la desventaja de las convivientes en hogares extendidos”. Al igual que en nuestros números anteriores, hemos incluido algunas reseñas de libros, que abordan dos conjuntos de temáticas diferentes. Bradley Hilgert reseña cuatro libros publicados entre 2003 y 2010 que refieren a los estudios de memoria en los contextos de las dictaduras militares del Cono Sur americano. Carlos Ignacio Casale, por su parte, nos presenta una colección teológica de seis volúmenes, que corresponden a la colección Teología de los Tiempos del Centro Teológico Manuel Larraín. En suma, este número 2 del volumen XXVI de Persona y Sociedad cuenta con seis artículos y dos conjuntos de reseñas que nos introducen en temáticas referidas a política de liberación, igualitarismo y utopía, desigualdad en la sociedad moderna, antropología del cuerpo, entornos rurales, formas familiares en Chile, memoria histórica y teología.


Sociologias ◽  
2018 ◽  
Vol 20 (47) ◽  
pp. 108-137 ◽  
Author(s):  
Adelia Miglievich-Ribeiro ◽  
Edison Romera

Resumo Esta comunicação apresenta orientações epistêmicas do antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro (1922-1997) e, também, do filósofo argentino Enrique Dussel (1934-) - cada um deles como uma voz de grande significado para um projeto viável de descolonização do conhecimento científico e filosófico ‘em’ e ‘a partir da’ América Latina. Tais estudiosos são aqui lembrados em algumas de suas teses e quadro analíticos originais, na interlocução com suas fontes, a fim de que se pudesse propor o pensamento de ambos, em provável diálogo, tanto no que diz respeito ao nível teórico quanto ao utópico relacionado a um projeto emancipador e autônomo latino-americano. Dessa forma, intenta-se demonstrar a complementaridade tanto quanto as intenções quanto aos problemas epistêmicos entre as perspectivas darcyniana e dusseliana, superando o modelo eurocentrado, por uma abordagem pluriversal na produção do conhecimento, defendida como necessária no debate teórico contemporâneo.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document