scholarly journals memória como processo de estruturação no conto “O gargalhada” de J. D. Salinger

Travessias ◽  
2021 ◽  
Vol 15 (3) ◽  
pp. 154-168
Author(s):  
Kleber Kurowsky
Keyword(s):  
Henri Bergson ◽  
Giorgio Agamben

Estudando o narrador do conto “O Gargalhada” de J. D. Salinger (2019), este artigo busca analisar a maneira com que as contradições na narrativa permitem ao leitor entrever falhas na memória de quem está narrando, indicando um desejo implícito de estruturar um passado desconhecido através do ato narrativo. Isso será pensado em relação à linguagem literária, observando as instâncias em que o discurso memorialístico e o discurso narrativo se sobrepõem, viabilizando possibilidades únicas de representar não apenas as memórias em si, mas também a maneira com que o narrador tem acesso a essas memórias e quais leituras são construídas a partir disso. O artigo se organiza a partir de uma introdução, em que a obra de Salinger é contextualizada, uma discussão teórica dividida em duas categorias principais – a relação entre memória e literatura, concentrada em Henri Bergson (1999) e Giorgio Agamben (2014); estudos prévios sobre os narradores de Salinger, partindo de André Ferreira Gomes dos Santos (2013) e Adolfo Jose de Souza Frota (2008) – e uma análise em que os pontos que pretendemos estudar serão apresentados conforme eles se manifestam na narrativa, seguindo uma abordagem linear da obra. Essas linhas teóricas, somadas à abordagem adotada, nos levaram à interpretação de que existe uma dupla negação por parte do narrador da obra, as quais se manifestam tanto de maneira temática e expressa, quanto de forma estrutural, operando como princípio organizador dos eventos da narrativa.

scholarly journals Immanenz lesen

2017 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 396
Author(s):  
Alice Lagaay ◽  
Susanne Valerie Granzer
Keyword(s):  
Friedrich Nietzsche ◽  
Gilles Deleuze ◽  
Henri Bergson ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Antonin Artaud

Der folgende Text eröffnete die Konferenz „Immanenz in zeitgenössischer Kunst und Philosophie“, die im Mai 2016 in Wien stattfand. Es handelt sich dabei um einen Reader mit Schlüsselaussagen zur Immanenz von Gilles Deleuze, Baruch de Spinoza, Giorgio Agamben, Henri Bergson, Francois Laruelle, Antonin Artaud und Friedrich Nietzsche. Dieser Reader wurde von Arno Böhler und Elisabeth Schäfer zusammengestellt. Susanne Valerie Granzer (S.V.G.) verarbeitete den Inhalt zu einer Kollage und trug Fragmente der Texte zum Beginn der Konferenz vor. Sie wurde dabei gelegentlich von Alice Lagaay (A.L.) unterbrochen, deren Einwürfe dazu dienten, Verbindungslinien zwischen den dichten theoretischen Texten und dem immanenten performativen Kontext zu ziehen, innerhalb dessen sie vorgetragen und aufgenommen wurden – d. h. dem Kontext der Konferenz. Der folgende Text bietet das Vorgetragene sowie die leichtherzigen – durchaus aber auch ernst gemeinten – Kommentare so dar, wie sie zur Aufführung kamen. Die Leser sind eingeladen, sich die Lebendigkeit (live-ness) des Ereignisses vorzustellen und sie nachzuerleben (re-enact), wobei ihre eigenen Kommentare, Fragen und Überlegungen die Lektüre unterbrechen.

scholarly journals “E lhe porás o nome de ele ri”

Profanações ◽  
2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. 23-42
Author(s):  
Marcus Vinicius de Souza Nunes
Keyword(s):  
Michel Foucault ◽  
Sigmund Freud ◽  
Henri Bergson ◽  
Giorgio Agamben

A nossa pesquisa apresenta as relações entre a questão do riso e do cômico em Henri Bergson e Sigmund Freud sob a ótica da ligação da obra de ambos com a noção de “humor judaico”. A problemática é colocada em uma dupla articulação. Primeiramente, em uma perspectiva da antropologia cultural, evidenciamos as dificuldades impostas pela questão sobre a existência e a origem de um “humor judaico”. Em seguida, por meio da arqueologia filosófica proposta por Giorgio Agamben a partir de Michel Foucault, leremos o mito fundacional do judaísmo como um conjunto de enunciados, um paradigma, uma assinatura nessa antropologia do riso que se constitui na passagem do século XIX ao XX. Palavras-Chave: Bergson. Freud. Psicanálise. Riso. Arqueologia filosófica.

scholarly journals Elida Tessler e 365: equilíbrio frágil de uma espera ou promessa de envios

2021 ◽  
Vol 2 (28) ◽  
pp. 31-46
Author(s):  
Isabela Magalhães Bosi
Keyword(s):  
Jacques Derrida ◽  
Henri Bergson ◽  
Giorgio Agamben

Neste artigo, propomos um diálogo com a obra da artista Elida Tessler, especificamente seu trabalho 365, para refletir acerca de questões como envio e tempo. Essa instalação – localizada entre literatura e arte visual, palavra e imagem – nasce de um convite feito pela artista a seus interlocutores (conhecidos e desconhecidos) para que escolhessem uma carta entre os autores preferidos e lhe enviasse uma cópia por correio postal. Ela se pôs à espera desses envios durante o período de um ano – 365 dias –, entre 2014 e 2015, para então montar esse trabalho, com todas as cartas dispostas dentro de uma maleta enorme. Compreendemos esse gesto de Tessler, movido por afetos, como uma busca pelo equilíbrio frágil de uma espera, na demora desses envios que são, antes, promessa, contingência. Em seu processo criativo, ela propõe, a si e ao outro, novas temporalidades, escapando da cronologia e se aproximando de um tempo fluído, com suas múltiplas durações. Para aprofundar essa análise, evocamos a teoria de pensadores como Henri Bergson, Jacques Derrida, George Steiner, Giorgio Agamben, e outros.

scholarly journals Reading Immanence

2017 ◽  
Vol 3 (3) ◽  
pp. 650
Author(s):  
Alice Lagaay ◽  
Susanne Valerie Granzer
Keyword(s):  
Friedrich Nietzsche ◽  
Gilles Deleuze ◽  
Henri Bergson ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Antonin Artaud ◽  
The Arts

The following text opened the conference, “The Concept of Immanence in Philosophy and the Arts”, held in Vienna in May 2016. It is a reader consisting of key passages on immanence by Gilles Deleuze, Baruch de Spinoza, Giorgio Agamben, Henri Bergson, François Laruelle, Antonin Artaud and Friedrich Nietzsche. The reader was put together by Arno Böhler and Elisabeth Schäfer, and a collage of its content arranged by Susanne Valerie Granzer, who read out these text fragments at the start of the conference. Her reading was sporadically interrupted by Alice Lagaay, whose comments served to draw lines of connection between the dense theoretical texts and the performative immanent context in which they were being read and digested—the context of the conference. We present here the readings and their lighthearted—and at times deadly serious—commentary as performed. Readers are invited to imagine and re-enact the live-ness of this event, letting their own comments, questions and musings interrupt the proposed interruptions of reading.

Das Gedächtnis in den künstlerischen Therapien

2001 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 21-36 ◽  
Author(s):  
Wulf Becker-Glauch
Keyword(s):  
Henri Bergson ◽  
Sich Eine

Zusammenfassung.Nach dem griechischen Mythos ist das Gedächtnis die Mutter der drei Musen. Sie bedenken Vergangenheit, Gegenwart und die Zukunft als “umgekehrtes Gedächtnis“ ( Carus ). Seit der Antike geht es dem Menschen (auch psychotherapeutisch) um das richtige Verhältnis von Erinnern und Vergessen, Vergangenheit und Zukunft für die Gegenwart. Die unterschiedlichen Gewichtungen ergeben Gesichtspunkte für die künstlerische Therapie. Immer spielt das Gedächtnis die Hauptrolle. Die Besinnung auf die “Dialektik des Alten und Neuen“ ( Gadamer ) stellt sich als Aufgabe für jeden weiteren Lebensweg und für die künstlerische Therapie. In allem ist die einmalige Person des Patienten und ihre Zeit zu berücksichtigen, ihre Erfahrung, “die Sinnstruktur des Gedächtnisses“, die auf die Zukunft gerichtet sind ( Pauleikhoff ). Aus dem Gedächtnis und den von ihm vertretenen Werten ergibt sich auch die “Bedeutsamkeit“ dessen, was geschieht, und das Motiv der Kunst ( Dilthey ). Zur lebendigen Quelle von Lebenszeit und von Bewegung (Tanz) wird die Vergangenheit bei Henri Bergson. Das Gedächtnis des alternden Menschen steht nicht nur im Zeichen der Vergeßlichkeit und der Erinnerung an frühere Zeiten, sondern auch der Zukunft. Die Hoffnung hält die Zukunft offen. Die verschiedenen Gedächtnisstörungen, vor allem “die ausgelöschte Vergangenheit“ bei Hirnkrankheiten und “die abgebrochene Vergangenheit“ bei der Schizophrenie, sind in den künstlerischen Therapien entsprechend zu beachten. Aufgrund der Forschungen von J. Bauer stellt sich eine aussichtsreiche Aufgabe in der Aktivierung von Gedächtnis und Gehirn im Alter durch die künstlerischen Therapien.

PENSAMENTO POLÍTICO EM GIORGIO AGAMBEN

Professare ◽  
2018 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 109
Author(s):  
Claudemir Aparecido Lopes
Keyword(s):  
Political Freedom ◽  
State Of Exception ◽  
The Political ◽  
State Control ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Modern Democracy ◽  
Social Fabric ◽  
Contemporary Politics ◽  
Political Implications ◽  
The Social

<p class="resumoabstract">O professor Giorgio Agamben tem elaborado críticas à engenhosa estrutura política ocidental moderna. Avalia os mecanismos de controle estatal, nos quais os denomina ‘dispositivos’, cuja força está na imbricação às normas jurídico-teológicas com seus similares ritos e liturgias. Suas ocorrências e legitimidade preponderam no tecido social cuja organização sistêmica se põe quase como elemento natural e não cultural. O texto tem por objetivo explorar a concepção política de Agamben sobre a política contemporânea, especialmente considerando seu livro: ‘Estado de Exceção’, cuja investigação apresenta a possibilidade de atenuação dos direitos de cidadania e o enfraquecimento da prática da liberdade política e o processo de relação dos indivíduos no meio social através da redução das subjetividades ‘autênticas’. Analisamos ainda a transferência do mundo sacro elaborado pelos teólogos católicos presente na modernidade à política cuja democracia moderna faz do homem (sujeito) tornar-se objeto do poder político. Faz também, reflexão dos conceitos de subjetivação e dessubjetivação relacionando-os às implicações políticas do homem moderno. A pesquisa é bibliográfica com ênfase na análise dos conceitos elaborados por Agamben, especialmente quanto ao ‘dispositivo’. Conclui que o indivíduo ocidental, de modo geral, sofre o processo de dessubjetivação e está ‘nu’, indefeso e alienado politicamente. Ele precisa voltar-se ao processo de ‘profanação’ dos dispositivos para libertar-se das vinculações orientadoras que forçosamente o descaracteriza enquanto ser ativo e livre.</p><p class="resumoabstract"><strong>Palavras-chave</strong>: Política. Liberdade. Subjetivação.</p><h3>ABSTRACT</h3><p class="resumoabstract">Professor Giorgio Agamben has been criticizing the ingenious modern Western political structure. It evaluates the mechanisms of state control, in which it calls them 'devices', whose strength lies in the overlap with legal-theological norms with their similar rites and liturgies. Its occurrences and legitimacy preponderate in the social fabric whose systemic organization is almost as a natural and not a cultural element. The text aims to explore Agamben's political conception of contemporary politics, especially considering his book 'State of Exception', whose research presents the possibility of attenuating citizenship rights and weakening the practice of political freedom and the individuals in the social environment through the reduction of 'authentic' subjectivities. We also analyze the transfer of the sacred world elaborated by the Catholic theologians present in the modernity to the politics whose modern democracy makes of the man - subject - to become object of the political power. It also reflects on the concepts of subjectivation and desubjectivation, relating them to the political implications of modern man. The research is bibliographical with emphasis in the analysis of the concepts elaborated by Agamben, especially with regard to the 'device'. He concludes that the Western individual, in general, suffers the process of desubjectivation and is 'naked', defenseless and politically alienated. He must turn to the process of 'desecration' of devices to free himself from the guiding bindings that forcibly demeanes him while being active and free.</p><p class="resumoabstract"><strong>Keywords</strong>: Politics. Freedom. Subjectivity. </p><p> </p>

The Time of Indifference: Mandelstam's Age, Badiou's Event, and Agamben's Contemporary

CounterText ◽  
2016 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 85-99
Author(s):  
William Watkin
Keyword(s):  
Modern Time ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Alain Badiou

There has been little direct discussion between perhaps the two leading philosophers of our age: Alain Badiou and Giorgio Agamben. Yet both men have written about the same poem by Osip Mandelstam, ‘The Age’, around the topic of time. Significantly, Agamben's response, written after Badiou's, is a subtle and damning critique of Badiou's conceptualisation of time, in particular extended across the categories of the modern, the contemporary, and the now or the event – although it never actually mentions Badiou by name. In this paper the lens of the central role of indifference in the work of both is used to present alternating and competing views as to the nature of modern, contemporary, and ‘now’ time. Specifically, a contrast is drawn between Badiou's use of indifference as both quality-neutral and absolutely non-relational, and Agamben's application of the indifferent suspension of the temporal signature as such. The paper concludes that while Badiou uses temporal indifference to question and problematise the idea of modern time as ‘now’, through a theory of the event, Agamben appears to go further. Rather than analyse the nature of modern time, the contemporary and the now through his reading of Mandelstam, Agamben uses Mandelstam's poem to suspend the Western conception of time as a line composed of points in its entirety.

Kevin Attell, Giorgio Agamben: Beyond the Threshold of Deconstruction

Derrida Today ◽  
2017 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 237-243
Author(s):  
Elia R.G. Pusterla
Keyword(s):  
Giorgio Agamben

Friedrich Nietzsche

2018 ◽  
Author(s):  
Vanessa Lemm
Keyword(s):  
Friedrich Nietzsche ◽  
Michel Foucault ◽  
Gilles Deleuze ◽  
Georges Bataille ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Eternal Recurrence ◽  
German Philosopher ◽  
Point Of Reference

Readers of Giorgio Agamben would agree that the German philosopher Friedrich Nietzsche (1844–1900) is not one of his primary interlocutors. As such, Agamben’s engagement with Nietzsche is different from the French reception of Nietzsche’s philosophy in Michel Foucault, Gilles Deleuze and Georges Bataille, as well as in his contemporary Italian colleague Roberto Esposito, for whom Nietzsche’s philosophy is a key point of reference in their thinking of politics beyond sovereignty. Agamben’s stance towards the thought of Nietzsche may seem ambiguous to some readers, in particular with regard to his shifting position on Nietzsche’s much-debated vision of the eternal recurrence of the same.

Dante Alighieri

2018 ◽  
Author(s):  
Paolo Bartoloni
Keyword(s):  
Dante Alighieri ◽  
The Political ◽  
Giorgio Agamben ◽  
Artistic Process ◽  
Body And Soul ◽  
Forms Of Life ◽  
The Aesthetic

The Italian poet Dante Alighieri (1265–1321) is invoked several times in the work of Giorgio Agamben, often in passing to stress a point, as when discussing the political relevance of désoeuvrement (KG 246); to develop a thought, as in the articulation of the medieval idea of imagination as the medium between body and soul (S, especially 127–9); or to explain an idea, as in the case of the artistic process understood as the meeting of contradictory forces such as inspiration and critical control (FR, especially 48–50). So while Agamben does not engage with Dante systematically, he refers to him constantly, treating the Florentine poet as an auctoritas whose presence adds critical rigour and credibility. Identifying and relating the instances of these encounters is useful since they highlight central aspects of Agamben’s thought and its development over the years, from the first writings, such as Stanzas, to more recent texts, such as Il fuoco e il racconto and The Use of Bodies. The significance of Agamben’s reliance on Dante can be divided into two categories: the aesthetic and the political. The following discussion will address each of these categories separately, but will also emphasise the philosophical continuity that links the discussion of the aesthetic with that of the political. While in the first instance Dante is offered as an example of poetic innovation, especially in relation to the use of language and imagination, in the second he is invoked as a forerunner of new forms of life. Mediality and potentiality are the two pivots connecting the aesthetic and the political.

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