scholarly journals Quiropterofauna da Fazenda Santo Antônio dos Ipês, Jaú, estado de São Paulo, Brasil

Biotemas ◽  
2016 ◽  
Vol 29 (1) ◽  
pp. 97 ◽  
Author(s):  
Ayesha Ribeiro Pedrozo ◽  
Luiz Antonio Costa Gomes ◽  
Moisés Guimarães ◽  
Wilson Uieda

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n1p97O presente estudo registrou as espécies de morcegos que ocorrem na Fazenda Santo Antônio dos Ipês, Jaú, SP, Brasil, com a finalidade de identificar os itens alimentares consumidos por esses animais e avaliar a presença do vírus rábico nos mesmos. Vinte e uma noites de captura, distribuídas em cinco áreas da fazenda, foram realizadas utilizando redes de neblina entre novembro de 2009 e julho de 2011. Após um esforço de captura de 18217,5 m2.h, 580 morcegos de 16 espécies foram capturados. Sturnira lilium (n = 184), Artibeus lituratus (n = 134) e Carollia perspicillata (n = 126) foram as espécies mais abundantes. Dois indivíduos de Lasiurus ega foram adicionados ao inventário através de observação em abrigo, totalizando assim 17 espécies amostradas. Os itens alimentares mais consumidos foram os frutos de Solanaceae e de Piperaceae, e os frutos de Muntingia calabura os menos consumidos. Nenhum dos 132 indivíduos analisados para o vírus rábico apresentou resultado positivo. A Fazenda Santo Antônio dos Ipês é uma importante área, pois abriga a Reserva Ecológica Amadeu Botelho (uma Unidade de Conservação) que é o último resquício de Floresta Estacional Semidecidual da região de Jaú e que serve como refúgio para animais silvestres incluindo morcegos.

2007 ◽  
Vol 41 (3) ◽  
pp. 389-395 ◽  
Author(s):  
Karin Corrêa Scheffer ◽  
Maria Luiza Carrieri ◽  
Avelino Albas ◽  
Helaine Cristina Pires dos Santos ◽  
Ivanete Kotait ◽  
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OBJETIVO: Identificar as espécies de morcegos envolvidas na manutenção do ciclo da raiva, verificar a distribuição do vírus da raiva em tecidos e órgãos de morcegos e os períodos de mortalidade dos camundongos inoculados. MÉTODOS: A positividade para o vírus da raiva foi avaliada por imunofluorescência direta em morcegos de municípios do Estado de São Paulo, de abril de 2002 a novembro de 2003. A distribuição do vírus nos morcegos foi avaliada pela inoculação de camundongos e infecção de células N2A, com suspensões a 20% preparadas a partir de fragmentos de diversos órgãos e tecidos, além de cérebro e glândula salivar. A mortalidade dos camundongos foi observada diariamente, após inoculação intracerebral. RESULTADOS: Dos 4.393 morcegos pesquisados, 1,9% foram positivos para o vírus da raiva, pertencentes a dez gêneros, com predomínio de insetívoros. A média do período máximo de mortalidade dos camundongos pós-inoculação a partir de cérebros e glândulas salivares de morcegos hematófagos foi de 15,33±2,08 dias e 11,33±2,30 dias; insetívoros, 16,45±4,48 dias e 18,91±6,12 dias; e frugívoros, 12,60±2,13 dias e 15,67±4,82 dias, respectivamente. CONCLUSÕES: As espécies infectadas com o vírus da raiva foram: Artibeus lituratus, Artibeus sp., Myotis nigricans, Myotis sp., Eptesicus sp., Lasiurus ega, Lasiurus cinereus, Nyctinomops laticaudatus, Tadarida brasiliensis, Histiotus velatus, Molossus rufus, Eumops sp. e Desmodus rotundus. A pesquisa de vírus em diferentes tecidos e órgãos mostrou-se que os mais apropriados para o isolamento foram cérebro e glândulas salivares.


2011 ◽  
Vol 44 (2) ◽  
pp. 140-145 ◽  
Author(s):  
Marilene Fernandes de Almeida ◽  
Luzia Fátima Alves Martorelli ◽  
Miriam Martos Sodré ◽  
Ana Paula Arruda Geraldes Kataoka ◽  
Adriana Ruckert da Rosa ◽  
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INTRODUCTION: Bats are one of the most important reservoirs and vectors of the rabies virus in the world. METHODS: From 1988 to 2003, the Zoonosis Control Center in São Paulo City performed rabies diagnosis on 5,670 bats by direct immunofluorescent test and mouse inoculation test. Blood samples were collected from 1,618 bats and the sera were analyzed using the rapid fluorescent focus inhibition test to confirm rabies antibodies. RESULTS: Forty-four (0.8%) bats were positive for rabies. The prevalence of rabies antibodies was 5.9% using 0.5IU/ml as a cutoff. Insectivorous bats (69.8%) and bats of the species Molossus molossus (51.8%) constituted the majority of the sample; however, the highest prevalence of antibodies were observed in Glossophaga soricina (14/133), Histiotus velatus (16/60), Desmodus rotundus (8/66), Artibeus lituratus (5/54), Nyctinomops macrotis (3/23), Tadarida brasiliensis (3/48), Carollia perspicillata (3/9), Eumops auripendulus (2/30), Nyctinomops laticaudatus (2/16), Sturnira lilium (2/17) and Eumops perotis (1/13). The prevalence of rabies antibodies was analyzed by species, food preference and sex. CONCLUSIONS: The expressive levels of antibodies associated with the low virus positivity verified in these bats indicate that rabies virus circulates actively among them.


2006 ◽  
Vol 40 (6) ◽  
pp. 1082-1086 ◽  
Author(s):  
Elenice Maria Sequetin Cunha ◽  
Luzia Helena Queiroz da Silva ◽  
Maria do Carmo Custódio Souza Hunold Lara ◽  
Alessandra Figueiredo Castro Nassar ◽  
Avelino Albas ◽  
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OBJECTIVE: Reports on bat rabies in Brazil are sporadic and isolated. This study aimed at describing the detection of rabies virus in bats in the state of São Paulo. METHODS: A total of 7,393 bats from 235 municipalities of the north and northwestern areas of the state of São Paulo, Southeastern Brazil, were assessed according to their morphological and morphometric characteristics from 1997 to 2002. Fluorescent antibody test and mice inoculation were used for viral identification. RESULTS: Of all samples examined, 1.3% was rabies virus positive, ranging from 0.2% in 1997 to 1.6% in 2001. There were found 98 bats infected, 87 in the urban area. Fluorescent antibody test was detected in 77 positive samples, whereas 92 produced rabies signs in mice; incubation period ranging from 4 to 23 days. In 43 cities at least one rabid bat was observed. The highest proportion (33.7%) of rabies virus was found in Artibeus lituratus. Eptesicus and Myotis were the most frequent positive species (24.5%) of the Vespertilionidae family. The species Molossus molossus and Molossus rufus showed 14.3% positive bats. There were no differences in the distribution of positive rabies between females (33; 48.5%) and males (35; 51.5%). CONCLUSIONS: Rabies-infected bats were found in environments that pose a risk to both human and domestic animal population and there is a need for actions aiming at the control of these species and public education.


Hoehnea ◽  
2020 ◽  
Vol 47 ◽  
Author(s):  
Helen Regina da Silva Rossi ◽  
Angela Maria da Silva Corrêa ◽  
Cauê Monticelli ◽  
Luan Henrique Morais ◽  
Vlamir José Rocha

RESUMO (Análise de pólen em pelagem de morcegos Phyllostomidae (Chiroptera) no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil). A polinização é uma relação mutualística bem-sucedida entre morcegos e angiospermas. Apesar disso, pouco se conhece sobre a diversidade polínica presente na pelagem de espécies de morcegos fitófagos. O objetivo deste estudo foi registrar os tipos polínicos encontrados na pelagem de morcegos Phyllostomidae, a fim de identificar possíveis interações entre esses animais e as plantas. Para a captura dos quirópteros no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, foram utilizadas redes de neblina entre outubro de 2015 e setembro de 2016. Os grãos de pólen foram coletados com pincel e água destilada e submetidos à análise em laboratório. Setenta e dois tipos polínicos foram registrados, sendo que os mais frequentes foram Alchornea (9,3%, n=20), Eucalyptus (5,6%, n=12) e Euterpe (4,6%, n=10). Foram amostrados 267 morcegos pertencentes a cinco espécies, sendo que Artibeus lituratus, Stunira lilium e Artibeus fimbriatus apresentaram as maiores diversidades polínicas em seus corpos. Neste trabalho, foram identificadas interações inéditas entre morcegos e plantas.


Crisis ◽  
2014 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 5-9 ◽  
Author(s):  
Daniel Hideki Bando ◽  
Fernando Madalena Volpe

Background: In light of the few reports from intertropical latitudes and their conflicting results, we aimed to replicate and update the investigation of seasonal patterns of suicide occurrences in the city of São Paulo, Brazil. Methods: Data relating to male and female suicides were extracted from the Mortality Information Enhancement Program (PRO-AIM), the official health statistics of the municipality of São Paulo. Seasonality was assessed by studying distribution of suicides over time using cosinor analyses. Results: There were 6,916 registered suicides (76.7% men), with an average of 39.0 ± 7.0 observed suicides per month. For the total sample and for both sexes, cosinor analysis estimated a significant seasonal pattern. For the total sample and for males suicide peaked in November (late spring) with a trough in May–June (late autumn). For females, the estimated peak occurred in January, and the trough in June–July. Conclusions: A seasonal pattern of suicides was found for both males and females, peaking in spring/summer and dipping in fall/winter. The scarcity of reports from intertropical latitudes warrants promoting more studies in this area.


2004 ◽  
Vol 83 (02) ◽  
Author(s):  
SI Cubas de Almeida ◽  
CAA Angelini ◽  
PA Lima Pontes
Keyword(s):  

2019 ◽  
pp. 110-112
Author(s):  
Aron José Pazin de Andrade

Foi com grande satisfação que aceitei escrever este editorial para a revista científica “The Academic Society Journal”, um novo e importante meio de divulgação dos trabalhos científicos sul-americanos e até mesmo de outros países, uma vez que é possível a publicações em português, espanhol e inglês. Esta revista é também um meio importante para a divulgação dos trabalhos apresentados nos Congressos de Engenharia e Ciências Aplicadas nas Três Fronteiras (MEC3F), evento anual que acontece na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, com apoio do Parque Tecnológico Itaipu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este editorial tem a função de informar os leitores desta revista que o MEC3F conta desde já com o apoio da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Órgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos a SLABO, tornando-se um evento satélite da SLABO. Este apoio se dará através da divulgação dos eventos entre os sócios da SLABO, participação dos pesquisadores em palestras ou aulas nas áreas científicas específicas da SLABO, envio de trabalhos científicos de seus membros ao MEC3F além de receber trabalhos científicos dos leitores desta revista para serem apresentados nos congressos organizados pela SLABO. Informações sobre atuação da SLABO podem ser encontradas no site: www.slabo.org.br. O que é a SLABO: Ela é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne profissionais ligados à pesquisa, ao desenvolvimento, teste e utilização de biomateriais e órgãos artificiais em diferentes aplicações clínicas, incluindo aqueles que utilizam engenharia de tecidos para sua construção. Na sua relação de membros constam os nomes dos principais pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e tecnológicas, atuantes no campo da Engenharia, Medicina, Odontologia, Farmácia, Biologia, Veterinária e de Química ligados à área de biomateriais e órgãos artificiais, dos países latino americanos, dos Estados Unidos, Canadá e até países europeus. Contando um pouco da história da SLABO: A necessidade de profissionais que atuavam em Biomateriais e Órgãos Artificiais em se organizarem de modo a propiciar melhores oportunidades de contato, de discussões técnicas, de troca de idéias e de opiniões culminou na organização de alguns eventos científicos no Brasil. Esses encontros revelaram a necessidade de se congregar toda essa massa crítica em uma Sociedade, que intermediasse de forma sistemática e em ambiente favorável essas interações. Nesse contexto, como oportunidade para a concretização desse objetivo, foi sugerida a realização em Belo Horizonte, do I Congresso Latino Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (1º COLAOB), entre os dias 10 e 13 de dezembro de 1998, ocasião em que foi realizada uma assembleia geral de fundação da SLABO e o presidente do 1º Colaob se tornou o presidente da SLABO. Os congressos foram acontecendo e, em suas assembleias gerais, novas diretorias da SLABO foram empossadas. Veja uma relação desses eventos e os novos presidentes da SLABO: 1º COLAOB, 1998, Belo Horizonte, MG – Presidente: Leonardo Lanna Wykrota; 2º COLAOB, 2001, Belo Horizonte, MG – Presidente: Aron José Pazin de Andrade; 3º COLAOB, 2004, Campinas, SP – Presidente: Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; 4º COLAOB, 2006, Caxambú, MG – Presidente: Glória Dulce de Almeida Soares; 5º COLAOB, 2008, Ouro Preto, MG – Presidente: Marivalda de Magalhães Pereira; 6º COLAOB, 20010, Gramado, RS – Presidente: Luís Alberto Loureiro dos Santos; 7º COLAOB, 2012, Natal, RN– Presidente: Clodomiro Alves Júnior; 8º COLAOB, 2014, Rosário, Argentina – Presidente: Marcos Pinotti Barbosa; Em 2015, devido ao falecimento do Prof. Marcus Pinotti, seu Vice-presidente se tornou Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook 9º COLAOB, 2016, Foz do Iguaçu, PR – Presidente: Carlos Roberto Grandini; 10º COLAOB, 2018, João Pessoa, PB – Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook; Alguns dos trabalhos apresentados nestes congressos foram selecionados e seus autores foram convidados a enviarem uma versão completa de seus trabalhos para serem revisados e publicados em números especiais da revista Artificial Organs, vejam os editoriais escritos nestas revistas em referências 1, 2, 3 e 4. Como a SLABO está comemorando este ano seus vinte anos de sua fundação, ela ganha um presente, está podendo participar dessa importante iniciativa de grupos de grande relevância para a pesquisa e ensino da América dos Sul, o evento Mec3F e a revista “The Academic Society Journal”. O que nos faz ficar muito agradecidos. Obrigado em nome da SLABO.


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