Os culicídeos são insetos hematófagos chamados de mosquitos. Eles são vetores responsáveis pela transmissão de diversos patógenos aos animais e ao homem. As fêmeas destes dípteros fazem oviposição em recipientes introduzidos pelo humano no ambiente natural. Estes reservatórios de água transformam-se em novos criadouros. Desta forma, o objetivo desta pesquisa é descrever a diversidade de espécies de culicídeos no município de Ribeirão Claro, Paraná, encontradas em criadouros artificiais instalados em ambientes com diferentes níveis de impacto antrópico. Foram instaladas armadilhas em quatro pontos da cidade com características urbanas, periurbanas, rurais e silvestres respectivamente e em cada ponto distribuíram-se três recipientes artificiais para servir de criadouros. A captura das larvas nestes recipientes foi realizada quinzenalmente, sendo o período de coleta desenvolvido de fevereiro a setembro de 2018. As métricas de comunidade realizadas foram: riqueza, abundância total e relativa, diversidade, equitabilidade, dominância e a similaridade. Também foi analisada a presença de espécies indicadoras para cada ambiente avaliado. Foram coletados 472 culicídeos imaturos, distribuídos nos taxa: Aedes aegypti (Linnaeus, 1762), Aedes albopictus (Skuse, 1894), Culex quinquefasciatus Say, 1823, Culex coronator Dyar & Knab, 1906, Toxorhynchites sp., Anopheles argyritarsis Robineau-Desvoidy, 1827, Aedes fluviatilis (Lutz, 1904) e Uranotaenia sp. A maior abundância ocorreu na área periurbana sendo a espécie Aedes aegypti a de maior ocorrência. Foram apontados como bioindicadores o Aedes aegypti para o ambiente periurbano, o Aedes albopictus para a área rural e o Toxorhynchites sp. para o ambiente silvestre. A maior riqueza e diversidade foram observadas no ambiente silvestre mostrando que alterações nestes locais podem favorecer a presença de insetos de importância para a saúde pública.