Psychologica
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

297
(FIVE YEARS 48)

H-INDEX

8
(FIVE YEARS 1)

Published By Coimbra University Press

1647-8606, 0871-4657

Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 69-87
Author(s):  
Marina Sousa ◽  
Célia Barreto Carvalho ◽  
Helena Moreira ◽  
Maria Cristina Canavarro

This study aims to investigate the psychometric properties and the factor structure of the Portuguese version of the Short-Form Survivor Unmet Needs Survey (SF-Suns). The sample comprises 151 cancer survivors from the Azores (Portugal), who completed a survey assessing unmet needs (SF-Suns), psychological symptoms (HADS) and quality of life (QLQ-C30). A Confirmatory Factorial Analysis (CFA) and an Exploratory Factorial Analysis (EFA) were conducted to assess the factorial structure of the SF-Suns. The results of the CFA indicated that the original SF-Suns model did not present an adequate fit to the data. Therefore, an EFA was conducted to explore the factor structure of the scale in the current sample. The resulting four-factor structure differed from the structure of the original version of the scale. The measure presented adequate internal consistency (good Cronbach’s alpha values for each factor and for the total scale) and showed convergent validity (moderate correlations with anxiety, depression and some quality of life dimensions). The Portuguese version of the SF-Suns is a reliable and psychometrically valid measure for evaluating Azorean cancer survivors’ unmet needs. The dissemination of its use can allow tailoring specific clinical and psychotherapeutic responses to their needs.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 89-119
Author(s):  
Fillipe Rodrigues Santos Pereira ◽  
Lucas Guimarães Cardoso de Sá
Keyword(s):  

Considerando que os testes disponíveis para avaliar o uso problemático de internet no Brasil são adaptações de instrumentos estrangeiros, o objetivo deste estudo foi construir uma ferramenta brasileira para avaliação do construto. Com base na literatura e em entrevistas com o público-alvo, foram elaborados 46 itens que passaram por análise semântica e de validade de conteúdo. Três deles foram excluídos nesta etapa e o instrumento com 43 itens foi aplicado em uma amostra de 710 pessoas. Análise paralela e exploratory graph analysis indicaram uma estrutura de sete fatores como a mais plausível e correlações fortes entre eles sugeriram a existência de um fator de ordem superior. Os resultados da análise fatorial confirmatória de segunda ordem mostraram que os dados se ajustaram à estrutura proposta. Os 43 itens foram distribuídos em sete fatores específicos (Negligência de Atividades, Uso Abusivo, Falta de Controle, Problemas Interpessoais, Efeitos de Recompensa, Prejuízos Físicos e Reações de Abstinência) que estão subordinados a um fator geral de uso problemático de internet. A fidedignidade dos fatores foi classificada como boa. A conclusão é que o uso problemático de internet pode ter uma configuração hierárquica. Considerando que este é um estudo preliminar, novas pesquisas são necessárias para confirmar a invariância da estrutura, utilizando novos grupos e amostras.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 141-161
Author(s):  
Mariana Silva ◽  
Ana Camacho ◽  
Rui Alexandre Alves

Escrever é indispensável para comunicar na escola e no quotidiano, contudo é uma tarefa complexa que requer muita motivação. Assim, é essencial desenvolver as competências e a autoeficácia dos alunos. Este estudo teve como objetivos adaptar a Sources of Middle School Mathematics Self-Efficacy Scale (Usher & Pajares, 2009) para o domínio da escrita e para Português, explorar a relação entre fontes de autoeficácia, autoeficácia e competências de escrita, e testar diferenças de género nestes indicadores. Os 155 alunos (52.2% do sexo feminino) que participaram neste estudo responderam às escalas Fontes de Autoeficácia na Escrita e Escala de Autoeficácia na Escrita, e escreveram um texto argumentativo. A escala adaptada pode ser utilizada nos domínios propostos. As fontes de autoeficácia e a autoeficácia explicam a competência na escrita. As raparigas tiveram valores superiores aos dos rapazes nas fontes de autoeficácia e competência na escrita. Finalizamos, destacando o papel dos professores como modelos, persuasores e promotores da autoeficácia na escrita.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 121-140
Author(s):  
Vitor Gamboa ◽  
Olímpio Paixão ◽  
Suzi Rodrigues
Keyword(s):  

A Career Related Parent Support Scale (CRPSS) procura avaliar, de acordo com as principais fontes de autoeficácia, o suporte parental percebido, em quatro dimensões: modelação de carreira, suporte emocional, apoio instrumental, e persuasão verbal. No presente estudo, tivemos como objetivo apresentar os principais resultados do processo de tradução e de adaptação à população portuguesa da CRPSS, com uma amostra de 338 estudantes dos ensinos básico e secundário. Globalmente, os resultados das análises realizadas aos itens e às diferentes subescalas atestam a qualidade psicométrica da CRPSS. No que se refere à análise fatorial confirmatória (AFC), os índices de qualidade do ajustamento ao modelo em quatro fatores foram satisfatórios, embora tenha sido necessário eliminar três itens, o que parece estar de acordo com os resultados obtidos em outros estudos de validação. A CRPSS associou-se de modo significativo à autoeficácia na tomada de decisão e aos comportamentos de exploração de carreira, evidenciando a sua validade convergente. Em síntese, os bons níveis de precisão e de validade obtidos parecem suportar a utilização da versão portuguesa na avaliação do suporte parental percebido em adolescentes portugueses.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 49-67
Author(s):  
José António Vieira Pereira ◽  
Renato Gil Gomes Carvalho
Keyword(s):  

O estudo das dimensões associadas às escolhas vocacionais dos estudantes na transição para o ensino secundário tem gerado interesse nas áreas da psicologia e da educação. No presente estudo comparamos estudantes de cursos profissionais com estudantes de cursos científico-humanísticos num conjunto de dimensões, nomeadamente o estatuto socioeconómico (ESE), o desempenho escolar prévio, o autoconceito de competência e os interesses profissionais. A amostra foi constituída por 150 estudantes portugueses, com idades entre os 17 e os 28 anos (M = 19.21; DP = 2.55). Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, a Escala de Autoconceito de Competência e o Self Directed Search. A comparação entre os estudantes do ensino profissional e os dos cursos científico-humanísticos revelou diferenças moderadas entre estes, com os primeiros, em média, a estarem integrados em agregados familiares de ESE mais baixo, a terem mais indicadores de insucesso escolar prévio e resultados médios mais elevados na dimensão resolução de problemas do autoconceito de competência. Os estudantes do ensino profissional revelaram ainda mais interesses profissionais nas dimensões realista, empreendedor e convencional.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 29-48
Author(s):  
Carolina Silva Raupp ◽  
Angela Helena Marin ◽  
Clarisse Pereira Mosmann

No presente estudo, investigou-se a percepção de adolescentes que mantinham comportamentos autolesivos acerca de seu relacionamento familiar e das práticas educativas utilizadas por seus pais. Realizou-se um estudo de casos múltiplos, do qual participaram quatro meninas que se autolesionavam, as quais responderam uma Ficha de Dados sociodemográficos, uma Entrevista Semiestruturada e a Escala de Práticas Parentais. A análise de conteúdo revelou famílias com presença de conflito, baixa coesão e pouca interação, assim como ausência de manifestações de afeto e de atitudes de proteção. Quanto às práticas educativas, os pais foram percebidos como intrusivos, demonstrando menos atitudes de incentivo, apoio emocional e promoção da autonomia que o esperado para a idade. Constatou-se que essas características, que configuram um relacionamento familiar com níveis de disfuncionalidade e práticas negativas, podem relacionar-se aos comportamentos autolesivos, os quais acentuam as dificuldades familiares e se retroalimentam na dinâmica familiar. Novos estudos são necessários para elucidar tais comportamentos que desafiam pais, educadores e profissionais da saúde mental.


Psychologica ◽  
2021 ◽  
Vol 64 (1) ◽  
pp. 7-28
Author(s):  
Renatha El Rafihi-Ferreira ◽  
Jéssica de Assis Silva ◽  
Marina Monzani da Rocha ◽  
Sandra Quero ◽  
Edwiges Ferreira de Mattos Silvares ◽  
...  

Os medos noturnos em crianças podem afetar o seu sono e os seus comportamentos diurnos. Este estudo objetivou verificar em crianças em idade pré-escolar com intensos medos noturnos: 1) o conteúdo dos medos; 2) o efeito do sexo e da idade na frequência e conteúdo dos medos; e 3) os hábitos e padrões de sono e os problemas de comportamento. O estudo envolveu uma amostra de 71 pais de crianças com idade entre os 4 e os 6 anos (51% meninas) com intensos medos noturnos, que responderam a questionários sobre conteúdos de medo, hábitos e padrões de sono e problemas de comportamento dos filhos. Os medos de “fantasma”, “escuro” e “sonhos assustados” foram os mais comuns, enquanto que “escuro” e “dormir longe dos pais” foram os mais intensos. Poucas diferenças foram encontradas quanto ao sexo, todavia, a idade foi uma variável significativa para 27.2% dos medos avaliados – os mais velhos apresentaram mais medo. Padrões e rotina de sono inadequados foram identificados: horários tardios de ir para a cama, demora para adormecer, e frequentes despertares noturnos e problemas de comportamento internalizantes. Estes resultados sugerem a necessidade de tratamentos voltados para os medos noturnos frequentes, semelhantes para meninos e meninas e que sejam fornecidas orientações sobre higiene do sono para pais de crianças em idade pré-escolar como prevenção de hábitos e padrões inadequados.


Psychologica ◽  
2020 ◽  
Vol 63 (2) ◽  
pp. 69-92
Author(s):  
Daniel Rama-Victor ◽  
Jose A. Piqueras

Over the past three decades, our understanding of the nature, assessment and treatment of childhood mental disorders has increased significantly. Some of the most recent advances come from transdiagnostic and neuropsychological-based approaches. While the relationship of similar neuropsychological deficits with some mental disorders, such as neurodevelopmental and severe mental disorders like schizophrenia or bipolar disorder, is widely established, there is more controversy about their relationship with the so-called internalizing and externalizing disorders. In this article, our goal was to highlight the potential of incorporating cognitive strategies from integrative neuropsychological and transdiagnostic approaches to improve the effectiveness of empirically-supported cognitive-behavioral therapy for internalizing and externalizing mental disorders in childhood and adolescence. The results of the present work indicate that the vast majority of internalizing disorders, including the presence of anxiety, depressive, trauma-and stress-related, and obsessive-compulsive and related disorders, as well as externalizing symptoms (corresponding to conduct disorder and ODD), present neuropsychological deficits and that their consideration may be relevant to improve the effectiveness of psychotherapeutic interventions in children and adolescents by incorporating neuropsychology-based assessment and treatment tools. The inclusion of neuropsychological support strategies in therapy for childhood mental disorders implies an advance and has clear implications for the enhancement of psychological care for childhood mental disorders.


Psychologica ◽  
2020 ◽  
Vol 63 (2) ◽  
pp. 13-30
Author(s):  
Lourdes Espinosa-Fernández ◽  
Luis Joaquin García-López ◽  
José Antonio Muela Martínez ◽  
Alfonso Ordóñez-Ortega

Behavioral inhibition (BI) is a temperament trait characterized by extreme fear in the face of novelty. BI has been associated with the development of mental disorders. However, there is a lack of research examining the socioemotional and behavioral characteristics of behaviorally inhibited children both in family and school settings. For a more comprehensive and in-depth overview of children’s behavior in each of these contexts, this study has collected data from both parents (mother and father – family setting) and from teachers (educational environment). The sample consisted of 109 children aged between four and six years old. Multi-informant approach was used: all fathers, mothers and teachers completed both the Preschool Behavioral Inhibition Scales, the Child Behavior Checklist for parents and teachers, and the Behavior Assessment System for Children and Adolescents. Our findings revealed that children classified as BI exhibit less socioemotional and behavioral adjustments than their uninhibited peers both in family and school contexts. Further, the shyness variable seemed to be strongly associated with behavioral inhibition, regardless of informant and context.


Psychologica ◽  
2020 ◽  
Vol 63 (2) ◽  
pp. 119-137
Author(s):  
Ana Fonseca ◽  
Mariana Branquinho ◽  
Maria Cristina Canavarro

E-mental health tools are a new format of treatment delivery that can increase population’s access to mental health services. Its effectiveness is higher when grounded on evidence-based therapeutic protocols, such as Cognitive-Behavior Therapy (CBT). We aim to understand how CBT principles can be applied in the development of e-mental health tools, more specifically, in web-based interventions. We use the case example of the Be a Mom program, a web-based psychological intervention, grounded on the principles of CBT, designed to prevent postpartum depression and targeting high-risk postpartum women in the Portuguese population. We describe how the design of Be a Mom was grounded in CBT, by addressing: a) general CBT principles; b) its therapeutic mechanisms; and c) organization of sessions. Also, we discuss the relevance of the therapeutic alliance in web-based interventions and the importance of evidence-based interventions. By providing insight on how the principles of CBT can be operationalized in an innovative delivery format, we can contribute to the further development of web-based interventions, as well as to increase awareness and knowledge among mental health professionals about the similarities between the principles underlying web-based and face-to-face CBT interventions.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document