scholarly journals Breves considerações acerca da historicidade da avaliação pedagógica (Brief considerations about the historicity of the pedagogical assessment)

2019 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
pp. 291
Author(s):  
Eunice Maria Nazarethe Nonato ◽  
Edineia Sodré Pereira de Almeida

The mechanism of the statutory assessment can be understood as one of the most important gears that put into operation the teaching-learning process of an educational institution. For the same reason, it is necessary that all its constituent mechanisms be constantly reviewed, in order to measure its success in relation to the goals it proposes. This need, wherein lies the justifications of this work, is accentuated before a glaring paradox: even though the theoretical discourse about the pedagogical assessment point to an inclusive and democratic thinking, the practice is still imbued with influences of traditional evaluative models, which results in a banking education, exclusive and hierarchical. In this sense, through a qualitative research based on extensive literature analysis, a historical analysis of the evaluation to the point of the current status quo is undertaken, in order to highlight these contradictions and inconsistencies, launching later to a critical discussion of this historical trajectory. Such is the objective of this study.ResumoO mecanismo da avaliação pode ser entendido como uma das mais importantes engrenagens que colocam em funcionamento o processo pedagógico de uma instituição de ensino. Por esse motivo, é necessário que seus mecanismos constitutivos sejam constantemente revisados, com vistas a aferir se obtêm sucesso em relação aos fins aos quais se propõe. Tal necessidade, lugar onde reside a justificativa do trabalho, se acentua perante um paradoxo: mesmo que o discurso teórico acerca da avaliação aponte para um pensamento inclusivo e democrático, as práticas avaliativas ainda permanecem impregnadas de influências dos modelos tradicionais, o que resulta numa educação bancária, excludente e hierarquizante. Nesse sentido que, por meio de uma pesquisa qualitativa embasada em ampla análise bibliográfica, se empreenderá uma análise histórica da avaliação até o ponto do status quo atual das práticas pedagógicas avaliativas, no intuito de evidenciar tais contradições, lançando-se posteriormente a uma discussão crítica dessa trajetória histórica. Tal é o objetivo do trabalho. Por fim, concluiu-se que é necessário um esforço teórico e prático daqueles que pretendem pensar as práticas pedagógicas no sentido do desenvolvimento gradual de um novo modo de avaliar: um modo que leve a sério o princípio de uma escola democrática e todas as suas implicações.ResumenEl mecanismo de la evaluación puede ser entendido como uno de los más importantes engranajes que ponen en funcionamiento el proceso pedagógico de una institución de enseñanza. Por eso, es necesario que sus mecanismos constitutivos sean constantemente revisados, con miras a medir si logran éxito en relación a los fines a los que se propone. Tal necesidad, lugar donde reside la justificación del trabajo, se acentúa ante una paradoja: aunque el discurso teórico acerca de la evaluación apunta hacia un pensamiento inclusivo y democrático, las prácticas de evaluación aún permanecen impregnadas de influencias de los modelos tradicionales, lo que resulta en una educación banca, excluyente y jerarquizante. En este sentido, por medio de una investigación cualitativa basada en un amplio análisis bibliográfico, se emprender un análisis histórico de la evaluación hasta el punto del status quo actual de las prácticas pedagógicas evaluativas, con el fin de evidenciar tales contradicciones, lanzándose posteriormente a una discusión crítica de esa trayectoria histórica. Tal es el objetivo del trabajo. Por último, se concluyó que es necesario un esfuerzo teórico y práctico de aquellos que pretenden pensar las prácticas pedagógicas en el sentido del desarrollo gradual de un nuevo modo de evaluar: un modo que tome en serio el principio de una escuela democrática y todas sus implicaciones.Keywords: Educational assessment, History, Educational practices.Palavras-chave: Avaliação pedagógica, Historicidade, Prática pedagógica.Palabras-clave: Evaluación pedagógica, Historicidad, Prácticas pedagógicas.ReferencesBAUZER, Riva. Elaboração de provas objetivas. In: MARTINS, O.; SCHEEFFER, R.; NOVAES, M. H. et al. Testes e medidas na educação. Fundação Getúlio Vargas: Rio de Janeiro, 1970, p.51-61.FRANCO, Maria Laura Barbosa. Pressupostos epistemológicos da avaliação educacional. Caderno de Pesquisas, n.º 74, vol.1, 1990, pp. 63-67.FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.GADOTTI, Moacir. Educação e poder - Introdução à pedagogia do conflito. 8ª Ed. São Paulo: Cortez, 1988.GÓES, Maria Cecília Rafael de; SMOLKA, Ana Luiza Bustamante (orgs.). A significação nos espaços educacionais: interação social e subjetivação. Campinas: Papirus Editora, 1997.GONÇALVES, Alba Lúcia; LARCHERT, Jeanes Martins. Avaliação da aprendizagem. Ilhéus: Editora UESC, 2012.HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2010.HOFFMANN, Jussara. Avaliação, mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 43ªed. Porto Alegre: Mediação, 2013.HOFFMANN, Jussara. Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em avaliação. 5ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2012.LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.RISTOW, Simaia Zancan. Análise da trajetória da avaliação educacional brasileira. 2008. 85 p. Dissertação (Mestrado) – UFSM. Santa Maria/RS, 2008.ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.RUSSO, Maria de Fátima. Alfabetização: um processo em construção. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Temas Multidisciplinares. Florianópolis: COGEN, 1998.VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Superação da lógica classificatória e excludente da avaliação – do “é proibido reprovar” ao “é preciso garantir a aprendizagem”. São Paulo: Libertad, 1998.VASCONCELOS, E. M. Complexidade e pesquisa interdisciplinar: epistemologia e metodologia operativa. Petrópolis: Vozes, 2002.

Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 106-117
Author(s):  
Telma Adriana Pacifico MARTINELI ◽  
Carolina De Moura VASCONCELOS ◽  
Eliane Maria de ALMEIDA

O estudo teve objetivo analisar a BNCC para o Ensino Fundamental, em seus aspectos pedagógicos e curriculares, com foco na Educação Física e na concepção e classificação do esporte. Tratou-se de um estudo bibliográfico e documental fundamentado em uma perspectiva histórica- crítica. No documento, a Educação Física é um componente curricular que permite a aprendizagem de práticas corporais: brincadeiras e jogos, ginásticas, dança, lutas, práticas corporais de aventura e esportes. Essa concepção fundamenta-se na Praxiologia Motriz, que estuda a lógica interna e externa dos jogos e esportes, a partir da cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação, na tentativa de romper com a perspectiva positivista, busca-se na linguagem e no significado da ação motriz uma vertente social do esporte. Essa concepção pelo viés da motricidade, continua se perpetuando na Educação Física, repercutindo na BNCC e contrariando as críticas histórias.REFERÊNCIASARAÚJO P. A., RIBAS, J. F. M. Contribuições da praxiologia motriz para a abordagem crítico-superadora. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/881/Araujo_Pablo_Aires.pdf?sequence=3. Acesso em: 20/03/2017.BETTI, Mauro. Por uma Teoria da Prática. Motus Corporis. Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 73-127, dez. 1996.BITTENCOURT, J. A base nacional comum curricular: uma análise a partir do ciclo de políticas. In: XIII Congresso Nacional de Educação. Anais do EDUCERE. Paraná, 2017. BRASIL. Base Nacional Comun Currícular. Ministerio da Educação. Brasília, DF, 2018. Disponivel em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 07/08/2018.KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Editora Unijuí, 1994.MARTINELI, T. A. P.; MAGALHÃES, C. H.; MILESKI, K. G.; ALMEIDA, E. M.. A Educação Física na BNCC:  concepções e fundamentos políticos e pedagógicos. Motrivivência. Santa Catarina, v. 28,   n. 48,   p. 76-95,   setembro/2016. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2016v28n48p76/32564 Acesso em: 09/08/2018.MELLO, R. A. A necessidade da Educação Física na escola. São Paulo: Instituto Lukács, 2014.MOREIRA, L. R.et al. Apreciação da Base Nacional Comum Curricular e a Educação Física em foco. Motrivivência, v. 28, n. 48, p. 61-75, setembro/2016.NEIRA, M. G.; JUNIOR, M. S. A Educação Física na BNCC: procedimentos, concepções e efeitos. Motrivivência. Santa Catarina, v. 28, n. 48, p. 188-206, setembro/2016. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/45356 Acesso em: 09/08/2018.NORA, D. D.; WALTER, J; BUFFON, E.; RIBAS, J. F. M. Praxiologia motriz, trabalho pedagógico e didática na educação física. Movimento, Porto Alegre, v. 22, n. 4, 1365-1378, out./dez. de 2016. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/65268. Acesso em: 21/03/2018.OLIVEIRA, G. T; RIBAS, J. F. M. Articulações da praxiologia motriz coma Concepção Crítico-Emancipatória. Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 01, p. 131-148, jan./mar. 2010. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/viewFile/9680/7521. Acesso em: 03/05/2018.OLIVEIRA, A. A. B; PERIM, G. L. Fundamentos Pedagógicos do Programa Segundo Tempo. Maringá: EDUEM, 2009.PARLEBAS, P. Eléments de sociologie du sport. Revue française de sociologie. França, n. 3, v. 28, p. 547-550, 1987.PAULO-NETTO, J. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2011.PIAGET, J. A Epistemologia genética; Sabedoria e ilusões da filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1983.PIMENTEL, A. O método da análise documental: seu uso numa pesquisa historiográfica. Cadernos de Pesquisa, n. 114, p. 179-195, novembro/ 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/n114/a08n114.pdf .Acesso em: 03/08/2018.RENE, B. X. L’education physique Au XX e Siecleen France. Paris: Nouvelle, 1994.RIBAS, J. F. M. Praxiologia Motriz: construção de um novo olhar dos jogos e esportes na escola. Motriz, Rio Claro, v.11 n.2 p.113-120, mai./ago. 2005. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/10MRJ.pdf . Acesso em: 20/03/2017.RIBAS, J. F. M. O voleibol e os novos olhares dos jogos esportivos coletivos. In: RIBAS, J. F. M (Org.). Praxiologia motriz e voleibol: elementos para o trabalho pedagógico. Ijuí: Editora Unijuí, p. 21-56, 2014.RODRIGUES, A. T. Base Nacional Comum Curricular para a área de linguagens e o componente curricular Educação Física. Motrivivência, v. 28, n. 48, p. 32-41, setembro/2016.RUFINO, L. G. B; NETO, S. de S. Saberes docentes e formação de professores de Educação Física: análise da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na perspectiva da Profissionalização do Ensino. Motrivivência, v. 28, n. 48, p. 42-60, setembro/2016.SARAVÍ, J. R. A praxiologia motriz: presente, passado e futuro. Entrevista com Pierre Parlebas. Movimento, Porto Alegre, v. 18, n. 01, p. 11-35, jan/mar de 2012.  Disponível em: http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/27065 . Acesso em: Acesso em: 21/03/2018.SILVA, M. R; PIRES, G. L.; PEREIRA, R. S. A Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica em tempos de neoconservadorismo e de “neoliberalismo que saiu do armário”; mas também de tempos de resistência: Fora Temer!!!. Motrivivência. Santa Cataria, v. 28, n. 48, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2016v28n48p7/32530 Acesso em: 09/08/2018. SHIROMA, E.O.; CAMPO, R. F.; GARCIA, R. M. C. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para análise de documentos. Perspectiva. Florianópolis, v. 23, n. 02, p. 427-446, jul./dez. 2005.TABORDA, D. S. Aproximações teóricas entre a praxiologia motriz e a proposta transformação didático-pedagógica do esporte: por um diálogo da possibilidade. Dissertação (Mestrado). UFSM. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. RS, 2014. Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/6744/TABORDA%2c%20DOUGLAS%20DOS%20SANTOS.pdf?sequence=1isAllowed=y . Acesso em: 20/03/2017.Recebido em 15-05-2018 e aceito em 14-08-2018.


Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 84-98
Author(s):  
Danilo Da SILVA ◽  
Sueli De Fátima FERNANDES

A política nacional de educação inclusiva aponta o tradutor intérprete de língua de sinais (TILS) como o principal recurso para garantir acessibilidade linguística aos estudantes surdos em escolas inclusivas. O artigo objetiva analisar a oferta de TILS na rede pública estadual de ensino paranaense como importante indicador na avaliação de políticas inclusivas para estudantes surdos. A abordagem metodológica, com caráter quali-quantitativo, parte do estudo comparativo do Censo Demográfico (IBGE, 2010) e de dados obtidos da Secretaria da Educação do Paraná (SEED-PR) sobre a relação matrícula da população surda/oferta de TILS nas escolas da Região Metropolitana de Curitiba. Os resultados apontam para a exclusão da população surda, na faixa etária entre 10 e 24 anos, e consequente prejuízo à concretização do seu direito à educação bilíngue de qualidade.REFERÊNCIASBRASIL. Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.______. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências.______. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras.______. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos / Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. – Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2007.______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2008.______. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.______. Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.______.Lei nº 13.005, de 15 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providencias.______. Lei nº 13.145, de 6 de Julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br/cd/cd2010CGP.asp?o=13i=P. Acesso 25 mar 2016.FERNANDES, Sueli; MOREIRA, Laura Cerreta. Políticas de educação bilíngue para surdos: o contexto brasileiro. Educar em Revista, n. Especial 2, p. 51-69, 2014.LACERDA. Critina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol.26, n.69, ago. 2006. ______. Intérprete de Libras em atuação na educação infantil e no Ensino Fundamental. Porto Alegre: Editora Mediação, 2015. 6º EdiçãoLEITE, Emeli Marques Costa. Os papéis do intérprete de libras na sala de aula inclusiva. Petrópolis: Arara azul, 2005.ONU. Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizado em Nova York, em 2007. Disponível em http://www.inr.pt/content/1/1187/convencao-sobre-os-direitos-das-pessoas-com-deficiencia. Acesso em: 17 mai. 2015.PARANÁ. Lei nº 12.095, de 11 de março de 1998. Reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente.______. Instrução nº 003/2012 – SEED/SUED Estabelece normas para atuação do profissional tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais–Libras/Língua Portuguesa - TILS nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual.QUADROS, Ronice Müller. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa/Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004.______. Políticas linguísticas e educação de surdos em Santa Catarina: espaço de negociações. Cadernos Cedes, v. 26, n. 69, p. 141-161, 2006.SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009, p. 10-16.THOMA, Adriana da Silva; KLEIN, Madalena. Experiências educacionais, movimentos e lutas surdas como condições de possibilidade para uma educação de surdos no Brasil. Cadernos de Educação, n. 36, 2010.Recebido em 05-05-2018 e aceito em 20-08-2018.


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (39) ◽  
pp. 65-80
Author(s):  
Jonatas Rodrigues MEDEIROS ◽  
Sueli De Fátima FERNANDES

O artigo tem como objetivo apresentar um estudo inicial de aspectos composicionais que caracterizam gêneros textuais sinalizados, registrados em vídeo, que circulam na internet. A produção de dados empíricos da investigação seguiu pressupostos da pesquisa netnográfica, com levantamento de vídeos sinalizados em páginas na internet, demarcados por esferas de circulação na vida cotidiana e páginas institucionais. A produção técnico-material e o uso de recursos verbais e não-verbais foram as categorias que nortearam a análise metodológica deste estudo. Como resultados, apontamos o caráter recorrente de elementos composicionais que articulam recursos verbais e não-verbais na estrutura dos gêneros sinalizados, demandando etapas da pré-sinalização, da gravação do texto e da pós-sinalização, o que remete ao caráter intencional e planejado da articulação entre a dimensão linguística a dimensão visual produção de gêneros textuais em videolibras.Recebido em: 01-12-2019Revisões requeridas em: 04-05-2020Aceito em:21-05-2020REFERÊNCIAS:AMARAL, Adriana; NATAL, Geórgia; VIANA, Lucina. Netnografia como aporte metodológico da pesquisa em comunicação digital. Cadernos da Escola de Comunicação, v. 1, n. 6, 2017ARAÚJO. A.D. gêneros textuais acadêmicos: reflexões sobre metodologias de investigação. Rev. de Letras - N0. 26 - Vol. 1/2 - jan/dez. 2004BAKHTIN, M. M. ([1952-1953]). Os gêneros do discurso. In: ______. Estética da criação verbal.6 ed. São Paulo: Editora. WMF Martins Fontes, 2011BARRETO, A.G; Preservation of Sign Language (Veditz, 1913): uma leitura das Normas Surdas de Tradução para América Latina. In SILVA, Anderson Almeida da; ALBRES, Neiva de Aquino, RUSSO, Ângela (org.).   Diálogos em estudos da tradução e interpretação de língua de sinais 1.ed. – Curitiba: Editora Prismas, 2016BRAIT, Beth. Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, v. 8, n. 2, p. 43-66, 2013.DELMAR, A.S.M. Conto e Reconto de histórias na Educação Infantil: o uso de estratégias visuais no letramento da criança surda. Trabalho de Conclusão de Curso. Instituto Nacional de Educação de Surdas Departamento de Ensino Superior Curso Bilíngue de Pedagogia. Rio de Janeiro. 2016LÉVY, PIERRE. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999MARCUSCHI, A.L. A Questão do suporte dos gêneros textuais. DLCV – V.1 N. 1, João Pessoa, Out./2003, 9-40MARQUES, R.R; OLIVEIRA, J.S. A normatização de artigos acadêmicos em Libras e sua relevância como instrumento de constituição de corpus de referência para tradutores. In: Anais. Congresso Nacional de Pesquisa em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa, 3, 2012.ROJO, Roxane. Gênero do discursos e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MUER, J.L; BONINI. A; MOTTA-ROTH, D [orgs.] Gêneros teorias, métodos, debates. São Paulo: ParábolasSEGALA, R.R; QUADROS, RM. Tradução intermodal, intersemiótica e interlinguística de textos escritos em português para a libras oral. Cad. Trad., Florianópolis, v.35, n° especial, p.354-386, jul-dez, 2015SILVA, Rodrigo Custódio. Gêneros emergentes em Libras da esfera acadêmica: a prova como foco de análise. 241 p. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2019KOZINETS, Robert. V. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.FERNANDES, S; MEDEIROS. J.R. Contribuições ao letramento acadêmico de estudantes surdos no ensino superior. CADERNO ABRALIN EM CENA. Maceio-AL, 2016.FERNANDES, S. MEDEIROS. J.R. Tradução de libras no ensino superior: contribuições ao letramento acadêmico de estudantes surdos na Universidade Federal do Paraná. Revista Arqueiro. Instituto Nacional de Educação de Surdos. Rio de Janeiro, JAN/JUN 2017.FERNANDES, S. MEDEIROS. J.R. Libras e arte: manifestações verbovisuais de artefatos culturais da comunidade surda. REVISTA ESPAÇO. Instituto Nacional de Educação de Surdos.  Rio de Janeiro, 2020 (no prelo). FERNANDES, S; MEDEIROS. J,R. SANTOS. R.L. Tradução em videolibras: uma contribuição para a inclusão de estudantes surdos do ensino superior.  In: LEITE.L.P; MARTINS.S.E.S e VILLELA.L.M Recursos de acessibilidade aplicados ao ensino superior.  (org.). 2 ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, SP, 2017  


2020 ◽  
Vol 14 ◽  
pp. 3246130
Author(s):  
Júlia Graciela de Souza ◽  
Mariana Lopes Junqueira ◽  
Carla Carvalho

This report emerges from the experience of a thematic seminar developed in the discipline of Art and Aesthetics in Education of the Graduate Program in Education, Master’s in Education of the Regional University of Blumenau/Santa Catarina, Brazil. The proposal elaborated as part of the activities of the curricular component of the discipline was organized by the academics and guided by the professor who teaches the discipline. The purpose of the seminar was to awaken the senses and to reflect on the role of the teacher as a provocateur of the senses. The seminar was attended by 17 students, who are also teachers from different areas, enrolled in the discipline of Art and Aesthetics in Education. The activities had as theoretical basis Duarte Júnior (2000) and happened in five moments: the anesthesia in which we live: critical analysis of the daily life; reconnecting nature; concealing the sight and awakening the touch; awakening the sensitive; and reflections. The experience promoted by the thematic seminar contributed significantly to the reflection on the current life, and how numb we are, to the (re)discovery of the senses and the sensitive education. As the academics who participated in the seminar are also teachers, they were provoked by the mediators to promote moments of sensitive education with their students. In view of this, we expect a resonance of the proposed activities beyond the moment of the seminar.ResumoEste relato emerge da experiência de um seminário temático desenvolvido na disciplina de Arte e Estética na Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado em Educação da Universidade Regional de Blumenau/Santa Catarina. A proposta elaborada como parte das atividades do componente curricular da disciplina foi organizada pelos acadêmicos e orientada pela professora que ministra a disciplina. O objetivo do seminário foi o despertar dos sentidos e a reflexão sobre o papel do professor como provocador dos sentidos. Participaram do seminário 17 acadêmicos, que são também professores de diversas áreas, matriculados na disciplina de Arte e Estética em Educação. As atividades tiveram base teórica em Duarte Júnior (2000) e aconteceram em cinco momentos: a anestesia em que se vive: análise crítica do cotidiano; reconectando a natureza; ocultando a visão e despertando o tato; despertando o sensível; e reflexões. A experiência promovida pelo seminário temático contribuiu significativamente na reflexão sobre a vida atual e o quão anestesiados se está, na (re)descoberta dos sentidos e na educação (do) sensível. Como os acadêmicos que participaram do seminário também são professores, eles foram provocados pelos mediadores a promoverem momentos de educação (do) sensível com os seus alunos. Diante disso, espera-se uma ressonância das atividades propostas, para além do momento do seminário.Palavras-chave: Educação (do) sensível, Estética, Sentidos.Keywords: Sensitive education, Aesthetics, Senses.ReferencesALVES, Rubem. A transformação pelo fogo. In: ZANDONÁ, Adriano. Conquistando a liberdade interior: curar as raízes da própria história. São Paulo, Planeta: 2015. Não paginado.ALVES, Rubem. O fogo que nos transforma. 2015. Disponível em: https://www.ippb.org.br/textos/revista-online/convidados/o-fogo-que-nos-transforma. Acesso em: 20 nov. 2018.ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando: poesia de convívio e humor. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.BUONAROTTI, Tales. Café, o poema do café. 2017.  Disponível em: http://www.mexidodeideias.com.br/cultura/poema-do-cafe/. Acesso em: 10 dez. 2018.DUARTE JÚNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. 2000. 234 f. Tese (Doutorado) - Curso de Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.DUSSEL, Inés; CARUSO, Marcelo. Sala de aula? Genealogia? Definições para iniciar o percurso. In: DUSSEL, Inés; CARUSO, Marcelo. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de pensar. São Paulo: Moderna, 2003. Cap. 1. p. 29-46.LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução de Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.LEÃO, Sônia Carneiro. Um poeta no pomar. Ilustrações Walther Moreira Santos. Recife: CEPE, 2015.MEIRA, Marly Ribeiro. Filosofia da criação: reflexões sobre o sentido do sensível. Porto Alegre: Mediação, 2003.URIARTE, Mônica Zewe et al. Mediação cultural: função de mestre explicador ou ação de mestre emancipador? In: NEITZEL, Adair de Aguiar; CARVALHO, Carla. (orgs.). Mediação cultural, formação de leitores & educação estética. Curitiba: CRV, 2016. p. 37-51.e3246130


Laborare ◽  
2020 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 3-6
Author(s):  
Os Editores

A "terra arrasada" é uma estratégia militar em que um exército em retirada destrói suas cidades e recursos para que os inimigos nada encontrem para se aproveitar. Os russos assim fizeram contra Napoleão e Hitler. No Brasil pós-golpe de 2016, a estratégia da "terra arrasada" ganhou novos contornos. Juízes, mídia hegemônica, políticos, empresários e militares passaram a destruir sistematicamente o país como um todo  - da Amazônia às políticas sociais,  empresas de infraestrutura, reservas de petróleo,  empregos, direito à alimentação, renda básica, direitos trabalhistas e previdenciários, SUS, Educação etc. Transformaram nosso país em pária internacional e os brasileiros amargam a vergonha de um governo serviçal dos Estados Unidos e negacionista em relação à Ciência e à História. Até que 2020 termine, o Brasil poderá ter 200 mil mortos em consequência da pandemia de COVID-19 e da irresponsabilidade do governo Bolsonaro, que agiu sempre em favor do vírus, semeando ilusões e mentiras, atrapalhando a ação dos governos estaduais e municipais, atacando a Organização Mundial da Saúde, a desviar o foco das questões essenciais. A estratégia adotada visa aplicar o joelho autoritário sobre o pescoço da Democracia e do nosso povo para que nunca mais se ergam. Mas nosso povo e nosso país vão se reerguer aos poucos. Não há estratégia capaz de vencer para sempre um povo e a Democracia. O processo de reconstrução do país  começará logo após nos libertarmos dessa nau repleta de seres de personalidades desviantes, que pregam o contrário do que fazem na sua vida privada ou pública. Governo das “rachadinhas”, das “flordelis”, do "toma-lá-dá-cá", imoral, genocida, antinacional, antipopular e antidemocrático. Na reconstrução do Brasil, continuaremos a defender a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, banir de vez o trabalho infantil e o trabalho escravo, reconstituir as normas de proteção à saúde e segurança do trabalho, combater com firmeza todas as formas de discriminação contra mulheres, negros, índios, idosos, pessoas com deficiência, populações vulneráveis etc. O mundo democrático está de olho e tem esperança que o Brasil ressuscite após este duro período de trevas. A Laborare, veículo de debate científico de iniciativa do Instituto Trabalho Digno, segue seu papel de qualificar a discussão dos temas mais relevantes do mundo do trabalho, sempre convicta que “outro mundo do trabalho” é possível. Nesta edição,  destacamos o primeiro artigo internacional que publicamos  - Maria de Fátima Ferreira Queiróz, Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo e Pós-Doutora pela Universidade Nova de Lisboa; João Areosa, Professor da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE-IPS) e Pesquisador da Universidade Nova de Lisboa; Ricardo Lara, Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina e Pós-Doutor pela Universidade Nova de Lisboa; e Filipe Gonçalves, Estivador do Porto de Sines – Alentejo - Portugal, nos trazem seu olhar sobre "Estivadores Portugueses - Organização do trabalho e acidentes". Duas operadoras do bom Direito do Trabalho trazem o atualíssimo artigo "Trabalho e Saúde Emocional em tempos de COVID-19". São elas Valdete Souto Severo, pós-doutoranda em Ciências Políticas pela UFRGS/RS e Presidenta da AJD - Associação Juízes para a Democracia; e Isabela Pimentel de Barros, Mestranda em Direito do Trabalho pela UERJ e membra da Comissão Especial de Direito Sindical da OAB/RJ. Valdete Severo é coeditora geral desta revista, mas, ressalte-se, todo o processo editorial do seu artigo se deu sem sua participação, assegurando-se o sistema duplo-cego de avaliação. A questão da violência sexual contra trabalhadora do comércio varejista, enquanto caso de acidente de trabalho de trajeto, é o foco de inquietante artigo das sanitaristas Cátia Andrade Silva de Andrade e Iracema Viterbo Silva, a primeira Doutoranda e a segunda Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), ambas profissionais da Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde da Bahia. A desigualdade de gênero e a discriminação contra a mulher é tema que a aplicação do Direito Internacional ainda não conseguiu dar conta. Luis Paulo Ferraz de Oliveira,  Graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, e Luciano de Oliveira Souza Tourinho, Pós-Doutor em Direitos Humanos pela Universidad de Salamanca (Espanha) e Professor Adjunto de Direito Penal e Direito Processual Penal na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, em seu artigo, investigam a condição da mulher, procurando contribuir com um "um pensamento jurídico emancipador". Esta edição traz ainda um artigo instigante e atual sobre a Indústria da Moda e sua responsabilidade civil frente ao Trabalho Escravo: Contemporâneo ou Démodé? É a contribuição de Emerson Victor Hugo Costa de Sá e Suzy Elizabeth Cavalcante Koury, o primeiro Doutorando em Direito na Universidade Federal do Pará e Auditor-Fiscal do Trabalho, enquanto a segunda é Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais e Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O Trabalho Escravo é também o tema do artigo de Maurício Krepsky Fagundes, abordando o desafio da Inspeção do Trabalho na promoção do trabalho digno em plena pandemia de COVID-19. Maurício é Auditor-fiscal do Trabalho e chefia a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) e o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). A foto da capa desta edição foi cedida pelo autor através do DETRAE e foi feita em recente operação, com a concordância da jovem trabalhadora. Esta é a Laborare a serviço da qualificação do debate científico para promoção do Trabalho Digno. Seguimos em frente semeando aos ventos para colher esperanças. Como diz, o tantas vezes premiado Francisco Buarque de Holanda, o Chico, em sua canção de 1972: “Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcança”. (...) “Eu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade" Sigamos de cabeça erguida. OS EDITORES


Pós-Limiar ◽  
2019 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 117
Author(s):  
Carolina Duarte Damasceno ◽  
Júlio De Souza Valle Neto ◽  
Ricardo Gaiotto De Moraes
Keyword(s):  

O projeto deste dossiê, organizado pela Profa. Dra. Carolina DuarteDamasceno (Universidade Federal de Uberlândia) e pelos Profs. Drs. Júliode Souza Valle Neto (Universidade Federal de São Paulo) e Ricardo Gaiottode Moraes (Universidade Federal de Santa Catarina), surgiu a partir dedois simpósios, ocorridos nos Congressos da Associação Brasileira deLiteratura Comparada (Abralic) em 2018 e 2019, que tiveram comotema as escritas de si. A participação entusiasmada de pesquisadores dediferentes universidades brasileiras apontou a atualidade desse assuntopara o campo dos estudos literários. Este número da Pós-Limiar torna-seespaço para artigos que analisam em largo espectro as escritas marcadaspelas interferências explícitas e performáticas do eu, mobilizandodiscussões que extrapolam a área dos estudos literários e estabelecemdiálogos com outros campos das Ciências Humanas.


2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2005.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. II. Trad. br. Werner Fuchs. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. III. Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.  BLOCH, Ernst. Du rêve à l’utopie: Entretiens philosophiques. Textos escolhidos e prefaciados por Arno Münster. Paris: Hermann, 2016.  BLOCH, Ernst. Thomas Münzer, Teólogo da Revolução [1963]. Trad. br. Vamireh Chacon e Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.  BLOCH, Ernst. L’esprit de l’utopie, [1918-1023]. Trad. fr. de Anne Marie Lang e Catherine Tiron-Audard. Paris: Gallimard, 1977.  BLOCH, Ernst. El pensamiento de Hegel. Trad. esp. de Wenceslao Roces. Mexico; Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1963.   BOURETZ, Pierre. Testemunhas do futuro: filosofia e messianismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 690.  FREUD, Sigmund. Los sueños [1900-1901]. Trad. Luis Lopez-Ballesteros et al., Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.  FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Vol. I. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 2006.  HORKHEIMER, Max. Filosofia e teoria crítica. In: Textos escolhidos. Trad. de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 155 (Coleção Os Pensadores.). MÜNSTER, Arno. Ernst Bloch: filosofia da práxis e utopia concreta. São Paulo: UNESP, 1993.     MÜNSTER, Arno. Utopia, Messianismo e Apocalipse nas primeiras de Ernst Bloch. Trad. br. de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: UNESP, 1997.  PIRON-AUDARD, Catherine. Anthropologie marxiste et psychanalyse selon Ernst Bloch. In: RAULET, Gérard (org.). Utopie-marxisme selon Ernst Bloch: un système de l'inconstructible. Payot: Paris, 1976. VIEIRA, Antonio Rufino. Princípio esperança e a “herança intacta do marxismo” em Ernst Bloch. In: Anais do 5° Coloquio Internacional Marx-Engels. Campinas: CEMARX/Unicamp. Disponível em: <www.unicamp.br / cemarx_v_coloquio_arquivos_arquivos /comunicacoes/gt1/sessao6/Antonio_Rufi no.pdf>.  VIEIRA, Antonio Rufino. Marxismo e libertação: estudos sobre Ernst Bloch e Enrique Dussel. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.  RAULET, Gérard (Organizador). Utopie - marxisme selon Ernst Bloch: un sistème de l’inconstructible. Paris: Payot, 1976.  ZECCHI, Stefano. Ernest Bloch: Utopia y Esperanza en el Comunismo [1974]. Trad. esp. de Enric Pérez Nadal, Barcellona: Península, 1978.  


2019 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 23-38
Author(s):  
Cristian Marques

Resumo: O objetivo deste artigo é explicitar aspectos da interpretação de Gadamer à Carta Sétima de Platão que lancem luz sobre quais traços fundamentais são imprescindíveis a uma epistemologia que se ancore na hermenêutica filosófica. Merold Westphal propôs em um artigo que a hermenêutica filosófica poderia fornecer elementos para uma renovação da epistemologia analítica. O presente trabalho inscreve-se no interesse amplo de tratar sobre que implicações teriam para noção de conhecimento se a epistemologia seguisse o caminho apontado por Westphal. Para tanto, escolhemos um trabalho onde Hans Georg Gadamer, principal defensor da hermenêutica filosófica, explora uma interpretação fenomenológica de Platão em que identificamos elementos relevantes para pensar a noção de conhecimento dentro dessa chave de leitura. Hans-Georg Gadamer explora, sob a luz de sua concepção ontológico-hermenêutica, o texto da Carta Sétima, dando um entendimento renovado a alguns aspectos da obra platônica, bem como indicações a uma compreensão fenomenológica do conhecimento.  Palavras-chave: Teoria do Conhecimento. Gadamer. Platão. Carta Sétima. Hermenêutica.   Abstract: The aim of this article is to make explicit aspects of Gadamer 's interpretation of Plato's Seventh Letter that shed light on what fundamental traits are indispensable to an epistemology that is anchored in philosophical hermeneutics. Merold Westphal proposed in an article that philosophical hermeneutics could provide elements for a renewal of analytic epistemology. This paper is part of the broader interest of discussing what implications would have for the notion of knowledge if epistemology followed the path Westphal pointed out. For this, we chose a work where Hans Georg Gadamer, the main defender of philosophical hermeneutics, explores a phenomenological interpretation of Plato in which we identify relevant elements to think the notion of knowledge within this key of reading. Hans-Georg Gadamer explores, in the light of his ontological-hermeneutic conception, the text of the Seventh Letter, giving a renewed understanding to some aspects of the Platonic work, as well as indications to a phenomenological understanding of knowledge.  Keywords: Theory of Knowledge. Gadamer. Plato. Seventh Letter. Hermeneutics. REFERÊNCIASBONJOUR, L. The structure of empirical knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1985.GADAMER, H.-G. Dialektik ist nicht Sophistik. Theätet lernt das im Sophistes. In: Griechische Philosophie. t.3. Gesammelte Werke, Bd. 7. Tubingen: Mohr, 1985c [1990], pp.338-370._______. Dialektik und Sophistik im siebenten Platonischen Brief. In: Griechische Philosophie. t.2. Gesammelte Werke, Bd. 6. Tubingen: Mohr, 1985b [1964], pp.90-115._______. Die phänomenologische Bewegung. In: Neuere Philosophie, t. 1; Hegel, Husserl, Heidegger. Gesammelte Werke, Bd. 3. Tubingen: Mohr, 1987 [1963], pp.105-146._______. Hegel und Heidegger. In: Neuere Philosophie, t. 1; Hegel, Husserl, Heidegger. Gesammelte Werke, Bd. 3. Tubingen: Mohr, 1987 [1971], pp.87-101._______. Platos dialektische Ethik. In: Griechische Philosophie. t.1. Gesammelte Werke, Bd. 5. Tubingen: Mohr, 1985a [1931], pp.3-163._______. Platos dialektische Ethik - beim Wort genommen. In: Griechische Philosophie. t.3.  Gesammelte Werke, Bd. 7. Tubingen: Mohr, 1985c [1989], pp.121-127._______. Praktisches Wissen. In: Griechische Philosophie. t.1. Gesammelte Werke, Bd. 5. Tubingen: Mohr, 1985a [1930], pp.230-248._______. Wahrheit und Methode: Grundzüge einer philosophischen Hermeneutik. In: Hermeneutik I. Gesammelte Werke, Bd. 1. Tubingen: Mohr Siebeck, 1990 [1960].GRONDIN, J. Einführung zu Gadamer. Tübingen: Mohr Siebeck, 2000._______. Von Heidegger zu Gadamer: Unterwegs zur Hermeneutik. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft – WBG, 2001.HEIDEGGER, M. Sein und Zeit. 19. Faksimile-Ausgabe der 1. Ausgabe. Tübingen: Verlag, 2006 [1927].PLATÃO. Opera Platonis. Recognovit brevique adnotatione critica instruxit Ioannes Burnet. Scriptorum Classicorum. Bibliotheca Oxoniensis, v.1-6. Oxford: Clarendoniano Typographeo, 1900.///RORTY, R. A filosofia e o espelho da natureza. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.ROHDEN, L. Filosofa enquanto Fenomenologia e Hermenêutica à luz da Carta VII de Platão. In: BOMBASSARO, L. C.; DALBOSCO, C. A.; KUIAVA, E. A., (org.). Pensar Sensível. Festscrift ao prof. Jayme Paviani. Caxias do Sul, RS: Educs, 2011, pp. 87-104._______. Filosofando com Gadamer e Platão: movimentos, momentos e método[s] da dialética. Dissertatio, 36 (2012), pp. 105-130. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15210/dissertatio.v36i0.8660> (acessado em 09.08.2018)._______. Hermenêutica e[m] resposta ao elogio da verdadeira filosofia da Carta Sétima de Platão. In: Kriterion, Belo Horizonte, v. 54, 127 (2013), p. 25-42. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2013000100002&lng=en&nrm=iso > (acessado em 17.09.2018)._______. Filosofar com Gadamer e Platão: hermenêutica filosófica a partir da Carta Sétima. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2018.SMITH, P. C. H.-G. Gadamer’s Heideggerian Interpretation of Plato. In: Journal of the British Society for Phenomenology, Stockport, England, v. 12, 3 (1981), pp. 211–230. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/00071773.1981.11007544> (acessado em 06.07.2018).VALENTIM, I. A Carta VII, o manifesto e a autobiografia política de Platão. In: Revista Opinião Filosófica, Porto Alegre, v. 3, 1 (2012), pp-60-72. Disponível em: <http://periodico.abavaresco.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/435> (acessado em 17.09.2018).WESTPHAL, M. A hermenêutica enquanto epistemologia. In: GRECO, J.; SOSA, E. (orgs.). Compêndio de Epistemologia. São Paulo: Loyola, 2008. pp. 645-676. 


2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 131-160
Author(s):  
Pedro Henrique Araújo dos Santos ◽  
Juliana Kelly Dantas da Silva

 Resumo: Nos dias atuais, percebemos que muitas são as dificuldades para a organização da juventude e a participação política nos espaços de poder e decisão existentes na sociedade. Em muitos dos espaços políticos os jovens não se sentem representados, nem tem oportunidades de defender seus interesses. Nesse contexto, percebe-se a ausência de formação política e oportunidades de participação do jovem na sociedade. Nessa perspectiva, esta pesquisa está pautada no levantamento de elementos da participação social, cultura política dos jovens e da trajetória de organização da Rede de Juventudes do Seridó que contribuem para a formação da consciência crítica dos jovens e favorecem o exercício do controle social e da promoção de políticas públicas voltadas para a juventude.  Palavras-chave: Juventude; Participação Social; Rede de Juventudes.  Abstract: Nowadays, we realize that there are many difficulties for the organization of youth and political participation in the spaces of power and decision in society. In many political spaces young people do not feel represented, nor do they have opportunities to defend their interests. In this context, one can perceive the lack of political formation and opportunities for youth participation in society. In this perspective, this research is based on the survey of elements of social participation, political culture of the young people and the organizational trajectory of the Youth Network of Seridó that contribute to the formation of the critical awareness of young people and favor the exercise of social control and promotion of public policies aimed at youth.  Keywords: Youth; Social Participation; Youth Network REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni. (Orgs). Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2005.  ALBUQUERQUE, Alexandre Aragão de, Juventude, Educação e Participação Política. Paco Editorial. Jundiaí, 2012.  ALMEIDA, Elmir de. Políticas públicas para jovens em Santo André In:_____. Revista pólis: estudos, formação e assessoria em políticas sociais. São Paulo: Pólis, n.35, 2000. p. 80.  AMMANN. Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no Brasil. Cortez. 6º edição. São Paulo. 2003.  BORDENAVE, Juan E. Díaz. O que é participação. 8ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção primeiros passos; 95)  BRASIL. Constituição (1988). Constituição Federal. República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.  BRASIL. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 65, DE 13 DE JULHO DE 2010 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc6 5.htm (Acesso em 13 de dezembro de 2017).  BRASIL. Estatuto da Juventude. LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013. Disponível em Andlt; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2013/Lei/L12852.htmAndgt. (acesso em 10 de dezembro de 2017).  BRASIL, FLASCO. Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil. Disponível em: mapadaviolencia.org.br/mapa2014_jovens.php (acesso em 02/07/2017 às 18:22)  BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Direito a participação em assuntos políticos. Brasília, 2013.  CABRAL, João Francisco Pereira. "Participação, Imitação, Formas e Ideias em Platão"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/participacao-imitacao-formasideias-platao.htm>. Acesso em 19 de dezembro de 2017.CARITAS BRASILEIRA. Quem somos e histórico. Disponível em: http://caritas.org.br/quem-somos-e-historico (acesso em 28/11/2017 às 10:17)  CONCEITO.DE. Conceito de Participação. Disponível em: conceito.de/participacao (acesso em 25/11/2017 às 19:45)  CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Fundo Nacional de Solidariedade. Disponível em: fns.cnbb.org.br/fundo/informativo/index (Acesso em 22/12/2017 às 21:45)  FERRAREZI, Junior, Celso. Guia do trabalho científico: do projeto à redação final. São Paulo: Contexto, 2011.  GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas da pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.  GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores: Participação sociopolítica. São Paulo, Cortez, 2007.  Horkheimer, M.; Adorno, T.W.; Habermas, J. (1975). "Textos Escolhidos". Coleção "Os Pensadores". São Paulo: Abril Cultural.... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escola-de-frankfurtcritica-a-sociedade-de-comunicacao-de-massa.htm?cmpid=copiaecola (acesso em 03/12/2017 às 08:23)  HOBSBAWM. E. A era dos extremos. O breve Século XX. São Paulo: Companhia das Letras. 1999  INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico 2010: população residente, resultados do universo segundo mesorregiões, microregiões, municípios, distritos, subdistritos e bairros: Rio Grande do Norte. [online]: IBGE, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.com.br>. Acesso em: 03 dez. 2017.   LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012  BIBLIOTECA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Ex-Presidentes. Disponível em <biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/presidencia/expresidentes/luiz-inacio-lula-da-silva>. Acessado em 20 de novembro de 2017.  MACHADO, Loiva Mara de Oliveira. Controle social da política de assistência social: caminhos e descaminhos. Edipucrs. Porto Alegre, 2012.  MARTNELLI, Maria Lúcia, Pesquisa qualitativa: um instigante desafio. Veras Editora, São Paulo, 1999.  NETO, José Paulo. Ditadura e serviço social: Uma análise do serviço social no Brasil. Cortez. São Paulo, 2011.  PLATÃO. Sofista. Seleção de textos de José A. M. Pessanha. Trad. e notas de José C. de Souza, Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Nova Cultural, 1987.   PLATONE. Il Sofista. A cura di Mario Vitali e presentazione di Francesco Maspero. Milano: Tascabili Bompiani, 1992.  PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS. Conhecendo o programa. Disponível em: <prouniportal.mec.gov.br/o-programa>. Acessado em: 20 de Novembro de 2017.  SIGNIFICADOS. Significado de Participação Social Disponível em: significados.com.br/participacao-social/ (Acesso em 02/12/2017 às 15:36).  SOUSA, J. (2006) Apresentação do Dossiê: A sociedade vista pelas gerações. Política & Sociedade: Revista de Sociologia Política, Florianópolis: v. 5 n. 8. (pp. 9-30).


Author(s):  
Viviane Coutinho Massa ◽  
Alexandre Grangeiro ◽  
Marcia Thereza Couto
Keyword(s):  

A profilaxia pós-exposição sexual (PEPSexual), estratégia biomédica de prevenção ao HIV/Aids, foi implantada no Brasil em 2010. Considerando que os homens jovens constituem uma população com importante vulnerabilidade ao HIV, o estudo aborda as percepções de profissionais de saúde sobre comportamento sexual e a gestão de risco neste segmento, no contexto da busca e do uso da PEPSexual. A pesquisa foi realizada com abordagem qualitativa e segundo os referenciais conceituais de cuidado em saúde, masculinidades e juventudes. Participaram 19 profissionais de saúde, de cinco serviços especializados de cinco cidades brasileiras (São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza). Observa-se a centralidade de julgamentos e tentativas de controle da sexualidade dos jovens, baseadas no estereótipo da noção de desvio, o que gera impacto negativo na relação profissional-usuário e, consequentemente, apresenta-se como importante barreira tecnológica para o cuidado em saúde.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document