scholarly journals Cem anos de solidão:

2020 ◽  
Vol 12 (24) ◽  
pp. 489-513
Author(s):  
Maria Cristina Bohn Martins ◽  
Vinícius de Oliveira Masseroni

O artigo que apresentamos busca mostrar as possibilidades de intersecção entre a História e Literatura, por meio do romance, de autoria de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão. Sem aderirmos aos pressupostos da não diferenciação entre discurso historiográfico e discurso literário, valemo-nos das contribuições da História Cultural (Roger Chartier), em especial o conceito de representação. Dentro dessa perspectiva realizamos uma análise de algumas passagens do texto de García Márquez, com o intento de mostrar como, por meio de sua obra, Gabo tentou retratar a história da América Latina e quem eram os latino-americanos. Não foi possível realizar tal objetivo sem inserir o escritor colombiano dentro de seu contexto histórico e literário, ou seja, na década de 1960 – e a influência da Revolução Cubana – e, também, inseri-lo dentro da estética do realismo mágico. Por óbvio o texto não procura exaurir as possibilidades de análises continuando, o texto de García Márquez, uma obra aberta a novas problematizações e interpretações.

2020 ◽  
Vol 5 (2) ◽  
Author(s):  
Altamir Botoso

Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez, é considerado como um dos grandes romances da literatura latino-americana pela crítica especializada. Instigados por essa premissa, objetivamos analisar os leitmotivs ou motivos estruturadores dessa obra, que se centram em quatro tópicos: o mito da estirpe, o uso da categoria do realismo mágico, o tempo cíclico e a história da América Latina. Em síntese, esses motivos atestam a plurissignificação do romance analisado e a capacidade de invenção de seu autor.      


1993 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 133-135
Author(s):  
Branka Kalenić Ramšak

La autora de este libro, Gloria Bautista Gutiérrez, actualmente profesora en la Universidad de Clemson (South Caroline, en Estados Unidos), ha publicado basta ahora muchos ensayos de crítica literaria fijando su especial atención en temas literarios contemponineos, sobre todo en los narradores hispanoamericanos del iglo XX, como son por ejemplo Gabriel García Márquez, Jorge Luis Borges, Emesto Sábato, Juan Rulfo, Carlos Fuentes, Isabel Allende y otros. Como resultado de varios años de investigación y ensefianza apareció en 1991 el libro Realismo mágico, cpsmos latinoamericano donde la pofesora Bautista vio la necesidad de esclarecer el término "realismo mágico" tan vaga y libremente empleado por muchos críticos literarios hispanoamericanos y europeos a lo largo de nuestro siglo. El mayor valor del libro es el esfuerzo de alumbrar y hacer más comprensible el término mencionado, de concretizar y determinar sus límites formales, tanto en el campo teórico como en el práctico, porque en la segunda parte dellibro la teoría se aplica a dos novelas, a Cien años de soledad y a La casa de los espíritus, cuyos autores son escritores muy eminentes, el Nobel colombiano Gabriel García Márquez y la chilena Isabel Allende.


Author(s):  
Mariana Vieira

O artigo revisa as diferenças e as semelhanças entre o gênero fantástico e o realismo maravilhoso. Nesse mesmo período, se explica a motivação de técnicas realistas maravilhosas e a impossibilidade de sua classificação se dar pelo nome “realismo mágico”. Após esta breve revisão, nos debruçamos sobre alguns aspectos que tornam nossa leitura de Cien Años de Soledad, como a de um romance pertencente ao realismo maravilhoso, quais sejam: o narrador do romance e a cidade narrativa Macondo. Após esta análise, conclui-se que o romance incorpora a presença do mito do eterno retorno em sua construção espaço-temporal, o que pode dialogar, em nossa leitura, com a História da América Latina e alguns aspectos de sua recepção crítica.


2016 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Jorge Iván Vélez ◽  
Fernando Marmolejo-Ramos

<p>De acuerdo con la estilística y crítica literaria la obra Cien Años de Soledad, escrita por Gabriel García Márquez, se caracteriza por una alusión constante a los personajes de la historia y un narrador que usa un tono neutro para relatar los eventos. En este artículo se utilizan métodos estilométricos para ratificar tales afirmaciones y proveer nuevos resultados acerca de esta novela. Los hallazgos indican que el autor hace uso de palabras abstractas y palabras referentes a objetos con los que se puede interactuar físicamente para producir el efecto lingüístico característico del realismo mágico. Dada la importancia de los resultados a partir de métodos estilométricos, se plantean algunas ideas acerca de las implicaciones que esta metodología puede tener en áreas de la psicolingüística y de la psicología cognitiva.</p>


2018 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 32706
Author(s):  
Marcelo Ferraz Paula

  O artigo propõe uma leitura crítica de episódio presente no início do romance Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez. A passagem gira em torno dos sucessos decorrentes da ‘peste da insônia’, que contamina os habitantes de Macondo e se difunde pela cidade, causando a perda das memórias. Além de situar essa passagem dentro da dinâmica geral da obra, discutimos alguns sentidos possíveis para as estratégias que os personagens desenvolvem diante da iminente deterioração das recordações. Com base nas contribuições teóricas de Adorno e Horkheimer (1985), Benjamin (1996) e Gagnebin (2014), concluímos que o enfrentamento da crise da insônia pode ser interpretado como superação da ‘pré-história’ de Macondo e que as estratégias empreendidas no romance podem iluminar o debate sobre as políticas da memória (e do esquecimento) na América Latina contemporânea. 


2012 ◽  
pp. 254-279
Author(s):  
Felipe de Paula Góis Vieira

O livro Cien años de soledad – escrito pelo autor colombiano Gabriel García Márquez – foi lançado como romance, pela primeira vez, em 1967. Desde então, inúmeras reedições somaram mais de 50 milhões de exemplares vendidos em 36 idiomas diferentes. O sucesso imediato da obra transformou García Márquez em um dos intelectuais mais reconhecidos e requisitados do continente. Além disso, difundiu uma ideia amplamente aceita e promovida pelos literatos do período de que Macondo, a cidade fictícia do romance, seria reflexo direto – ou, até mesmo, o perfeito retrato – da América Latina. O artigo tem por objetivo analisar as representações sobre o continente latino-americano dentro da obra. A intenção é buscar qual América constrói e descarta o escritor colombiano ao fundar o seu microcosmo urbano.


Author(s):  
Miguel Angel Cabañas

La película de Mike Newell, Love in the Time of Cholera (2007), con un alto presupuesto termina en desastre recaudatorio y crítico global, argüimos, puesto que la adaptación reduce la novela de Gabriel García Márquez a una fórmula (el romance histórico) y representa su contenido de forma realista, domesticando los aspectos controversiales del texto. Paradójicamente, la película intenta ser fidedigna al texto original, copiando minuciosamente las escenas importantes, la ambientación y las líneas memorables, pero olvidando la parodia novelística al realismo. Al desvirtuar el mensaje subversivo e híbrido del realismo mágico postcolonial, la película no consigue reafirmar la anhelada “autenticidad del texto” para el público.                                                                                                                                            Mike Newell's film, Love in the Time of Cholera (2007), with a high budget ends in a global critical and collecting disaster, we argue, since the adaptation reduces Gabriel García Márquez's novel to a formula (historical romance) and represents its content realistically, domesticating the controversial aspects of the text. Paradoxically, the film tries to be faithful to the original text, painstakingly copying the important scenes, setting and memorable lines, but forgetting the novelistic parody of realism. By distorting the subversive and hybrid message of postcolonial magical realism, the film fails to reaffirm the longed for "authenticity of the text" for the public.


2015 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 192-207
Author(s):  
José Veranildo Lopes da Costa Junior ◽  
Ariadne Costa da Mata

Resumo: Muitos nomes têm sido dados, ao longo do tempo, à literatura produzida em primeira pessoa, cujo objetivo principal é contar a vida do próprio autor: escritas de si, literatura do “eu”, literatura memorialística, autobiografia ou autoficção. Na literatura latino-americana, as escritas de si estão presentes há séculos, empregadas por diversos escritores que se aventuraram a narrar suas histórias no descobrimento da América, no exílio, na ditadura e em outros momentos históricos do continente. No século XXI, Gabriel García Márquez ingressa nessa linhagem com sua autobiografia Vivir para contarla (2007), que representa um marco para entender a história do realismo mágico e conhecer as memórias do escritor. Neste artigo, nos propomos a analisar a autobiografia do escritor colombiano refletindo sobre as características do gênero, sobretudo com relação às tênues fronteiras da ficção e da realidade. Para tanto, nos fundamentamos nas contribuições teóricas de Gasparini (2014), Klinger (2007), Lejeune (2008), Noronha (2014), entre outros. 


2021 ◽  
Vol 45 (250) ◽  
pp. 213
Author(s):  
Daniele Benzi ◽  
Alessandro Peregalli

<div><p>No romance <em>O General em seu labirinto</em>, Gabriel García Marquez relata os últimos meses de quem supostamente é considerado o libertador da América Latina: Simón Bolívar. Supostamente, dizemos, porque na época das independências o conceito de América Latina ainda não existia, tendo surgido meio século depois, para contrastar o panamericanismo estadunidense. Mas também porque o projeto glorioso de Unidade continental de Bolívar logo chocou com a realidade fragmentada e pouco gloriosa de uma coleção de republiquetas oligárquicas excludentes e sem identidade nacional, dependentes e racistas. O Brasil, por outro lado, como bem se sabe, naquela época vivenciou outra história. Para evitar o desmembramento, as elites cariocas conseguiram com êxito estabelecer uma solução bastante singular, aquela da emancipação de uma colônia que durante uns setenta anos viraria um Império monárquico e escravocrata bem implantado no meio das Américas republicanas, mas olhando para a África e a Europa e depois os EUA. Talvez seja por isso que até o presente os brasileiros não conseguem decidir se querem ou não ser latino-americanos. E, da mesma forma, que os povos da América Latina pouco saibam e muita desconfiança sintam ainda acerca desse gigante, aparentemente “cheio de bonomia”, chamado Brasil. </p><p>Continue lendo no documento em PDF.</p></div>


LETRAS ◽  
2014 ◽  
pp. 77-86
Author(s):  
Elizabeth Abigail Sampson

El estudio aborda el tema de la dictadora en La dama de cristal (1999), de Zelmar Acevedo Díaz (Argentina, 1951). Se comparan con otras novelas sobre el mismo tema y se examinan coincidencias o disparidades entre la representación literaria femenina y masculina del autoritarismo. La dictadura latinoamericana como fenómeno político ha persistido en América Latina con diferentes matices ideológicos. Gabriel García Márquez en El otoño del patriarca, Mario Vargas Llosa en La fiesta del Chivo o Luis Spota en El tiempo de la ira tratan este hecho para perfilar sus rasgos distintivos. Existe un caso particular en que el autoritarismo lo encarna una mujer. This study focuses on the theme of female dictator in La dama de cristal (1999), by Zelmar Acevedo Díaz (Argentina, 1951). It is compared with other novels on the same theme and an analysis is carried out of coincidences or disparities between the feminine and masculine literary representation of authoritarianism. Latin American dictatorships are a political phenomenon that has persisted in Latin America with different ideological tones. Gabriel García Márquez in El otoño del patriarca; Mario Vargas Llosa in La fiesta del Chivo or Luis Spota in El tiempo de la ira have approached this issue to profile its distinctive features. There is one particular case of a female dictator.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document